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Especialistas nacionais partilham a perspetiva das marcas que investem no Super Bowl

“Estar no Super Bowl é um ‘statement’, define um posicionamento”, argumenta Ana Roma Torres, sócia-gerente e criativa da Havas Play. Já Daniel Sá, diretor executivo do IPAM, aponta “a enorme dose de visibilidade e as inúmeras oportunidades de ativação”

Luis Batista Gonçalves
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Especialistas nacionais partilham a perspetiva das marcas que investem no Super Bowl

“Estar no Super Bowl é um ‘statement’, define um posicionamento”, argumenta Ana Roma Torres, sócia-gerente e criativa da Havas Play. Já Daniel Sá, diretor executivo do IPAM, aponta “a enorme dose de visibilidade e as inúmeras oportunidades de ativação”

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Luis Batista Gonçalves
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De 2024 para 2025, o preço cobrado pelos espaços publicitários de 30 segundos no Super Bowl aumenta um milhão de dólares (cerca de €960 mil). De acordo com a Ad Age, ultrapassa este ano os oito milhões de dólares (cerca de €7,7 milhões), com a Fox Sports, que explora a comercialização da publicidade do evento desportivo da National Football League (NFL), a ter vendido, pelo menos, dez anúncios acima desse valor, a preços que rondam os €8 milhões.

Com uma audiência de 123,7 milhões de espectadores em 2024, que pode chegar aos 125 milhões em 2025, segundo a edição anglo-saxónica do jornal Marca, a final do campeonato de futebol americano, que este ano se realiza a 9 de fevereiro em Nova Orleães, é um dos eventos televisionados mais atrativos para as marcas. Em 2024, atinge os 650 milhões de dólares (cerca de €626,5 milhões).

Em 2025, ano em que os Philadelphia Eagles defrontam os Kansas City Chiefs e Kendrick Lamar atua no intervalo da prova, o Super Bowl volta a bater um recorde. A par de empresas tecnológicas como a Meta e a Google e de marcas de bebidas como a Stella Artois, a Montain Dew e a Coors Light, os laboratórios farmacêuticos lideram o investimento publicitário no certame, com a Novartis a estrear-se com uma campanha de sensibilização para a prevenção do cancro da mama.

Com a duração de 60 segundos, ‘Your Attention, Please’, o filme publicitário da campanha, protagonizado pela comediante Wanda Sykes e pela cantora e atriz Hailee Steinfeld, tem assinatura da Merkley and Partners.

Martha Stewart e Matthew McConaughey protagonizam o ‘spot’ que a Uber Eats estreia no Super Bowl LIX

Apesar de mais disputados, os espaços publicitários que acompanham a transmissão desportiva do Super Bowl LIX não são os únicos a atingir preços elevados. Há marcas que estão a pagar quatro milhões de dólares (cerca de €3,9 milhões) pela exibição de anúncios de 30 segundos nas horas que antecedem a prova, o dobro do ano passado.

“É um grande investimento, que deve ser ponderado e integrado na estratégia das marcas, mas as oportunidades não se esgotam no intervalo ou no próprio estádio, há todo um ‘storytelling’ que pode ser construído em torno deste momento, com investimentos bem inferiores e que podem ser muito eficazes”, explica ao M&P Ana Roma Torres, sócia-gerente e criativa da Havas Play.

Recurso a influenciadores dispara

Nas redes sociais, são muitas as marcas a explorar a euforia em torno do Super Bowl, recrutando influenciadores digitais para publicações nas redes sociais, ativações de marca e participações em festas e em eventos experimentais, com a intenção de gerar uma exposição orgânica.

Segundo a Ad Age, agências de gestão de influenciadores como a Digital Brand Architects e a United Talents Agency viram o número de pedidos subir consideravelmente nas últimas semanas, com a Hellmann’s, a Instacart e a Abercrombie & Fitch a figurarem entre as marcas que estão a adotar a estratégia.

“Tudo se resume a uma boa criatividade, seja para ser falado como o melhor anúncio do Super Bowl, seja para ser partilhado como a melhor ação de guerrilha do dia”, defende Ana Roma Torres. O interesse que o evento desperta leva cada vez mais marcas a quererem associar-se à onda de entusiasmo coletivo que se gera.

“O Super Bowl inicia-se semanas antes, com muitos eventos paralelos nos dias anteriores na cidade que acolhe o evento. Este autêntico ‘circo’ garante uma enorme dose de visibilidade e inúmeras oportunidades de ativação, de acordo com os objetivos e os targets de cada marca”, salienta Daniel Sá, diretor executivo do Instituto Português de Administração de Marketing (IPAM), explicando que não há em Portugal nenhum evento que se equipare ao Super Bowl.

“Na Europa, apenas a final da Champions League, que até tem maiores níveis de alcance e audiências em todo o mundo, é que se pode comparar”, refere o especialista. Em todas as ações em que as marcas se envolvem existe um denominador comum.

“Valoriza-se o espetáculo, vende-se um sonho, glorificam-se as equipas e os atletas e alimenta-se a imprevisibilidade do resultado”, sublinha Daniel Sá, explicando que “o Super Bowl, hoje um negócio de milhões, é revelador da forma como é hoje gerido o desporto”.

A Miss Piggy, de ‘Os Marretas’, regressa aos ecrãs no anúncio do Booking.com, criado pela Zulu Alpha Kilo

O diretor executivo do IPAM considera que “a máquina de marketing é monstruosa e envolve um planeamento minucioso de todos os detalhes. Além da garantia de transmissão em televisão e em ‘streaming’, há a disponibilização de sites, ‘chats’, fóruns, vídeos, redes sociais, ações promocionais e espetáculos associados, que garantem um produto perfeito de marketing atrativo para participantes e patrocinadores”.

Eventos desportivos geram mais interesse

Pela primeira vez, haverá duas emissões em espanhol, na Telemundo e na Fox Deportes, após a detentora dos direitos em espanhol de 2024, a TelevisaUnivision, ter visto a prova tornar-se na produção mais vista nas suas plataformas. A novidade atrai ainda mais marcas.

“Estar no Super Bowl é um ‘statement’ para qualquer marca, define um posicionamento”, sublinha Ana Roma Torres, explicando que o evento “tem um potencial de alcance, de eficácia e de retorno muito grande e que pode funcionar muito bem para as marcas, principalmente se souberem contar a história certa, fazendo parte do momento e nunca se sobrepondo ao mesmo”.

Um estudo do WARC Media revela que, em termos comparativos, o alcance e a consciencialização é maior no marketing desportivo, atingindo em média os 73%, face aos 3% observados em eventos musicais, causas sociais ou ativações de marca na área do ‘lifestyle’.

A utilização maciça de inteligência artificial (IA) nos anúncios ameaça, no entanto, diminuir o interesse da audiência, sendo que, face à atual ditadura do politicamente correto, a criatividade esperada também não é grande.

“Este ano, veremos uma escassez de mensagens que possam ser consideradas, de alguma forma, desagradáveis ou polarizadoras. Este será menos o Super Bowl da publicidade e mais o ‘superficial’ Bowl”, antecipa Glen Hilzinger, sócio e diretor criativo da agência Lucifer, citado na Adweek.

Häagen-Dazs, Bosch e MSC Cruises entre os estreantes

Nos meses que antecedem o Super Bowl, as várias marcas procuram capitalizar o investimento com a divulgação das notícias que anunciam a estreia no evento e com a apresentação dos ‘teasers’ das campanhas.

Em 2025, a lista inclui a marca de equipamentos elétricos Bosch, que apresenta um anúncio de 30 segundos no quarto bloco publicitário do Super Bowl LIX. Protagonizado por Antonio Banderas, o filme é idealizado pela Droga5.

A empresa de cruzeiros europeia MSC Cruises também se estreia com um filme de 60 segundos, concebido pela Highdive, que mostra os atores Drew Barrymore e Orlando Bloom numas férias num navio. A Häagen-Dazs opta por uma perseguição de automóveis e camiões para o primeiro anúncio no Super Bowl, criado pela Nice&Frank, com Vin Diesel e Michelle Rodriguez.

A MSC Cruises estreia-se no evento com um anúncio protagonizado por Orlando Bloom e Drew Barrymore

Entre os estreantes está também a plataforma de entregas Instacart, com um ‘spot’ desenvolvido pela equipa criativa da empresa, em colaboração com a agência TBWA\Chiat\Day. Para a estreia no Super Bowl, com um anúncio de 30 segundos, a marca de papel higiénico Angel Soft, recorre à Grey. Já a Coffee Mate, marca da Nestlé, delega a tarefa na Wieden+Kennedy New York. A cantora Shania Twain protagoniza o anúncio.

A Hims & Hers, a Cirkul, a Fetch e a Liquid Death estreiam-se no evento desportivo com ‘spots’ idealizados e desenvolvidos internamente. A Nerds, marca de guloseimas da Ferrara, aposta no cantor Shaboozey, numa campanha da Digitas Chicago, enquanto a NerdWallet exibe, no terceiro bloco de anúncios, um filme da Deutsch, protagonizado por uma baleia falante.

Os anunciantes do costume

A marca desportiva Skechers é a primeira a confirmar a intenção de ter um anúncio na edição de 2025 do Super Bowl, mas está longe de ser a mais repetente na prova. Entre as que somam mais participações está a Budweiser, que detém o título de maior investidor publicitário do Super Bowl.

Entre 1967 e 2020, a marca despende 470,5 milhões de dólares (cerca de €453,5 milhões) em publicidade nos intervalos do evento. Este ano, a empresa chega a ponderar a hipótese de avançar apenas com um anúncio regional, mas acaba por recuar e financiar um filme de 30 segundos, idealizado pela FCB New York.

Pela décima segunda vez consecutiva, a empresa financeira TurboTax investe no evento com uma campanha da agência R/GA. A empresa tecnológica Squarespace participa pela décima primeira vez, com um anúncio de 30 segundos, protagonizado pelo ator Barry Keoghan.

Na oitava participação, a Pringles muda de agência, apostando na FCB New York para um filme, com Adam Brody, Nick Offerman e James Harden, que pretende mostrar a nova direção criativa da marca. A Mountain Dew, refrigerante que integra o portefólio de bebidas da PepsiCo, repete a proeza pela sétima vez, com um ‘spot’ protagonizado pela artista Becky G, com criatividade da agência Goodby Silverstein & Partners.

Meg Ryan e Billy Cristal apelam ao saudosismo revivalista numa campanha da VML para a Hellmann’s

Na quinta presença consecutiva, a Hellmann’s é uma das marcas do segundo bloco de anúncios. Protagonizado pelos atores Billy Crystal e Meg Ryan, o ‘spot’, com criatividade da VML, junta novamente os atores no Kat’z Delicatessen, em Nova Iorque, para recriar uma das cenas mais memoráveis do filme ‘Um Encontro Inevitável’, de 1989.

A VLM também assina os dois anúncios de 15 segundos da The Foundation to Combat Antisemitism, que contam com a participação de Tom Brady e Snoop Dogg. A marca de cerveja Michelob Ultra regressa com um anúncio criado pela Wieden+Kennedy New York, protagonizado pelos artistas William Dafoe e Catherine O’Hara.

O Special Group assina o quinto filme seguido da Uber Eats a ser exibido no Super Bowl. A produção de 60 segundos mostra Matthew McConaughey a tentar provar, com o auxílio de Martha Stewart e Charlie XCX, que o futebol americano não passa de um estratagema para vender comida, juntando protagonistas de diferentes idades para apelar a diferentes audiências.

A quarta presença do Booking.com é da responsabilidade da agência criativa Zulu Alpha Kilo, que recupera as personagens de ‘Os Marretas’ num filme publicitário bem-humorado. Depois da estreia em 2024, a Reese’s reincide com uma campanha da Erich & Kallman. A Dove repete a participação de 2024 com uma campanha que promove o desporto feminino.

Lay’s, Meta, Stella Artois e Taco Bell regresssam

Após dois anos de ausência, tal como a Lay’s, que volta com um ‘spot’ da Highdive, a Meta regressa ao Super Bowl para publicitar os óculos que desenvolveu com a Ray-Ban, com um ‘spot’ protagonizado pelos atores Chris Hemsworth e Chris Pratt e pela socialite Kris Jenner.

O produtor de cerveja belga Stella Artois, que não investia no evento desde 2019, regressa para a quarta participação, tendo contratado Matt Damon e David Beckham para um ‘spot’, concebido pela Artists Equity Advertising, que mostra como o ex-futebolista inglês lidera com a existência de um irmão gémeo que não sabia que tinha.

A cantora Doja Cat é a estrela da campanha da Taco Bell, coprotagonizada por fãs da artista e clientes da marca

Após um hiato de três anos, a Taco Bell está de volta com um anúncio protagonizado pela artista Doja Cat. Ausente em 2024, a plataforma de ‘streaming’ Tubi, pertencente à Fox, regressa ao Super Bowl em 2025, tal como a Little Caesars e a Jeep.

Indústria automóvel é a grande ausente

Ao contrário de edições anteriores, com exceção da Jeep e da Ram Trucks, ambas da Stellantis, a indústria automóvel, que enfrenta uma quebra de vendas global, não marca presença na edição de 2025 do Super Bowl. General Motors, Ford, Toyota, BMW, Audi, Honda, Hyundai, Nissan, Lexus, Mercedes-Benz e Volkswagen são as ausências mais notadas, tal como a Kia, que esteve presente nas últimas 14 edições.

A seguradora State Farm cancela o investimento publicitário para centrar o investimento no apoio às vítimas dos incêndios de Los Angeles. A Pizza Hut, substituída pela Little Caesars como a piza oficial do evento, também não regressa em 2025. Após a rejeição da primeira versão do provocador anúncio de 2024 pela NFL, a NYX Cosmetics prefere evitar uma nova polémica e afastar-se do mediatismo do Super Bowl 2025.

 

Há mais investimento e audiência, mas a eficácia não aumenta

Apesar de os preços dos espaços publicitários terem vindo a subir exponencialmente, a eficácia não acompanha o investimento nem o crescimento da audiência do Super Bowl, ao longo dos anos.
Segundo um estudo da consultora Bottom-Line Analytics, em 2024 a taxa de eficácia dos anúncios desce, no ABX Index, de 101 para 97, o mesmo valor que atinge em 2013, apesar da audiência televisiva ter aumentado cerca de quatro milhões de telespectadores.
“Pela primeira vez, nesta década, fica abaixo dos cem e, também pela primeira vez, 48% dos ‘spots’ têm uma performance abaixo da esperada, uma percentagem que está bem acima dos 17% de 2023”, salienta Michael Wolfe, CEO da consultora, numa análise a que o M&P teve acesso.
Em 2024, só quatro de uma seleção de 15 anúncios analisados é que se revelam lucrativos para as marcas anunciantes. “Ainda que não o possamos afirmar categoricamente, acreditamos que o retorno sobre o investimento positivo a curto prazo não é muito habitual na publicidade do Super Bowl”, ressalva ainda o estudo comparativo da Bottom-Line Analytics.

A audiência do Super Bowl versus a eficácia das campanhas, segundo uma análise que reúne dados da Bottom-Line Analytics, da Nielsen e do ABX Index

 

Preços sobem 21.233% desde 1967

Entre a primeira edição do Super Bowl, em 1967, e a 59ª, em 2025, o preço do espaço publicitário de um anúncio de 30 segundos nos intervalos cresce 21.233%. Tendo em conta a inflação e as variações do dólar neste período de tempo, o aumento é de 844,59%, de acordo com o Bureau of Labor Statistics.
Em 1967, as marcas têm de pagar 37.500 dólares (cerca de €36.145) por 30 segundos, o equivalente a 354.375 dólares (cerca de €343.166) a preços de 2025. No ano a seguir, em 1968, o preço sobe para os 54.500 dólares (cerca de €52.532). Logo na quarta edição, em 1970, o preço duplica face à primeira, atingindo os 78.200 dólares (cerca de €75.375). Em 1974, o preço do espaço publicitário ultrapassa, pela primeira vez, os 100 mil dólares, sendo comercializado por 103.500 dólares (cerca de €99.762).
Na 14ª edição do Super Bowl, em 1980, o valor sobe para os 222 mil dólares (cerca de €213.980) mas, em 1982, já atinge os 400.000 dólares (cerca de €385.556), praticamente o dobro. Em 1995, o valor cobrado por cada exposição de 30 segundos ultrapassa o milhão de dólares, atingindo 1,15 milhões de dólares (cerca de €1,10 milhões).
Apesar de descer ligeiramente em 1996, o preço continua a subir nos anos seguintes. Em 2000, chega aos 2,1 milhões de dólares (cerca de €2,02 milhões). Em 2011, ultrapassa os três milhões, com a exposição televisiva de 30 segundos a valer 3,1 milhões de dólares (cerca de €2,9 milhões). Em 2014, atinge os quatro milhões de dólares (cerca de €3,8 milhões) e, apenas três anos depois, os cinco milhões de dólares (cerca de €4,8 milhões).
Em 2022, sobe para os 6,5 milhões de dólares (cerca de €6,3 milhões). Logo em 2023, bate um novo recorde, atingindo os sete milhões de dólares (cerca de €6,7 milhões), valor que mantém em 2024. Em 2025, no Super Bowl LIX, o preço mais elevado ultrapassa os oito milhões de dólares (cerca de €7,7 milhões), com marcas a pagarem à volta de €8 milhões por 30 segundos de exposição.

 

Google é o maior anunciante com 51 anúncios

A Google é o maior investidor da edição deste ano do Super Bowl. Apesar de não avançar valores de investimento, a empresa anuncia que vai exibir 51 anúncios, 50 ‘spots’ regionais de 30 segundos (um por cada Estado) e um filme publicitário nacional.
Localmente, vai promover a utilização do Google Workspace, marca que se estreia no Super Bowl, com o Gemini, mostrando como é que a ferramenta de inteligência artificial (IA) pode potenciar o crescimento de pequenos negócios.
Para o desenvolvimento do projeto, a Google recorre ao Gemini para reduzir a lista de 34 milhões de startups para cerca de 500 e depois usa o AI Studio para obter informação para os ‘briefings’ que servem de base à campanha, concebida por cinco agências. A pós-produção dos anúncios é do Cntrl Studio. Nos últimos quatro anos, a empresa tem optado por promover os novos modelos dos telemóveis Google Pixel.

 

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RAR açúcar aposta em ‘rebranding’ da marca

A nova imagem dos açúcares RAR foi desenvolvida pela agência Summa. A marca atualiza o seu logótipo, bem como todo o ‘packaging’, associando um ‘storytelling’ para cada um dos produtos do seu portefólio

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A nova imagem da RAR Açúcar tem como objetivo unificar visualmente as diferentes gamas e fortalecer a imagem da marca em geral.
A RAR aposta, agora, num logótipo mais jovem, contemporâneo, e com um azul mais vibrante, colocado nas embalagens como um ‘brand block’, presente em todos os produtos do seu portefólio: açúcar branco, amarelo, fino e mascavado cristais, macio escuro e macio claro.
O ‘rebranding’ dos açúcares RAR foi desenvolvido pela Summa. A campanha de publicidade está ainda a ser finalizada, mas a primeira fase de comunicação nas redes sociais está a ser desenvolvida pela agência Savvy.

Esta mudança de identidade visual da RAR, essencial para solidificar a ‘brand equity’ da marca junto dos seus consumidores, é uma homenagem à história e tradição, ao mesmo tempo que abraça a modernidade e as exigências do consumidor atual. A marca mantém o legado da sua fundação, que remonta ao ano de 1962, mas atualiza a sua imagem, adaptando-se às novas tendências e necessidades dos consumidores.

Marco Castro, Diretor Comercial e Marketing da RAR Açúcar, citado em comunicado de imprensa, mostra-se satisfeito com a nova aposta: “Este ‘rebranding’ representa um marco significativo na nossa trajetória, refletindo o compromisso contínuo com a inovação e excelência. As novas embalagens não só são mais contemporâneas e apelativas, como também incorporam informações detalhadas sobre a melhor utilização de cada produto. Além disso, estamos a reforçar a nossa aposta na sustentabilidade, utilizando materiais recicláveis e promovendo práticas ambientais responsáveis. Acreditamos que esta nova identidade visual irá fortalecer ainda mais a nossa ligação com os consumidores, transmitindo uma imagem de confiança, modernidade e responsabilidade”.

Com 63 anos de história, a empresa mantém-se como uma referência no mercado ibérico, com produtos e serviços inovadores e com uma aposta clara na qualidade e excelência de serviço ao cliente.

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Ricardo Preto abandona direção criativa da Amorim Luxury

“Vou sair porque quero fazer outras coisas. Tinha um contrato de exclusividade e não quero trabalhar só para uma empresa. Estou com outras ambições”, afirma o criador de moda Ricardo Preto (na foto), que se mantém em funções até ao dia 15 de junho

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O criador de moda Ricardo Preto deixa a direção criativa da Amorim Luxury a 15 de junho, cerca de três anos depois de assumir o cargo, no final de 2021. A notícia é avançada pelo jornal Público, que revela que o designer deixou de trabalhar em regime de exclusividade para o grupo de Paula Amorim em janeiro, apesar de se ter comprometido a desenhar mais três coleções para a marca Paula e de concluir os projetos que tem em curso.

“Vou sair porque quero fazer outras coisas. Tinha um contrato de exclusividade e não quero trabalhar só para uma empresa. Estou com outras ambições”, declara Ricardo Preto citado pelo Público.

O grupo de moda e restauração confirma a saída. “Após vários anos de uma feliz colaboração de sucesso, esta decisão foi tomada de forma conjunta, ambas as partes concordam que o crescimento futuro será por caminhos distintos”. A Amorim Luxury, segundo ainda o Público, encontra-se em processo de seleção para a nova direção criativa da marca Paula, “a qual será anunciada em breve”.

Com formação em arquitetura pela Universidade Lusíada, o criador fez um curso de alta costura com a mestre Maria Emília Sobreira. Frequentou um curso de malas e acessórios na Central Saint Martins, em Londres, e chegou a desenhar colecções para a marca espanhola Amarras e de acessórios para a Perteguaz. Trabalhou, ainda, com os criadores portugueses Dino Alves e Osvaldo Martins.

Depois de ter sido diretor criativo das lojas de departamento Rustan’s, nas Filipinas, e de ter apresentado coleções na ModaLisboa de 2006 a 2021, Ricardo Preto regressou a Portugal para assumir a direção criativa da Amorim Luxury, que detém a cadeia de lojas Fashion Clinic, a marca Paula e os restaurantes JNcQUOI.

O estilista, que trabalhou como vitrinista e produtor em revistas de moda como a Máxima ou Umbigo no início da carreira, dedicou grande parte do último ano à criação de coleções para a marca Paula, que já é a segunda mais vendida nas lojas da Fashion Clinic, em Lisboa, Algarve, Comporta e Porto.

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“Mais do que sermos líderes, temos uma ambição maior e acima das vendas”

As vendas totais da Xiaomi em Portugal sobem 16% em unidades, em 2024, com a Xiaomi a crescer 50% e a Redmi sem oscilação. A quota em ‘smartphones’ é de 30%, com o predomínio do Redmi Note, diz Tiago Flores (na foto), CEO da Xiaomi em Portugal

Catarina Nunes

A propósito do lançamento de dois novos ‘smartphones’, com o objetivo de premiumizar os produtos Xiaomi e o ecossistema Human, Car, Home – que conecta os equipamentos destas três áreas de estilo de vida –, Tiago Flores, CEO da Xiaomi Portugal, revela ao M&P a estratégia seguida para afirmar a marca chinesa em Portugal, onde o carro elétrico ainda não tem data de lançamento.

O desafio da segmentação de duas marcas distintas (Xiaomi e Redmi) debaixo da marca ‘umbrella’ Mi, as quotas de mercado em Portugal e a nível global, e a adequação dos produtos à diretiva europeia Ecodesign são outros dos temas abordados.

Tiago Flores revela ainda que a Xiaomi tem uma ambição maior e acima de ser líder nos ‘smartphones’: ser disruptiva na conectividade dos equipamentos pessoais e de casa com o automóvel, tendo como foco a experiência do consumidor.

Estão a lançar dois novos telemóveis Xiaomi na gama 15. O que é que distingue um do outro e como é que se posicionam?

Estes equipamentos inserem-se no segmento premium, onde colocamos a maior tecnologia de hardware e de software, para premiumizar os produtos de ‘smartphones’ e de ecossistema, dentro da estratégia Human Car Home, definida há cerca de dois anos, que é a primeira grande revolução no posicionamento da marca.

Temos todos os equipamentos ligados à internet e adicionámos no ano passado o último pilar, que é o Car. Já tínhamos Human, com equipamentos pessoais como ‘smartphones’, tablets, relógios, bandas e trotinetes elétricas; e a parte de Home, com todos os eletrodomésticos conectados e as câmaras de vigilância.
Os novos ‘smartphones’ trazem uma proposta de valor muito acima aos do ano passado e pretendem entregar a melhor experiência de fotografia, onde se integra a parceria com a Leica.

Quando é que o carro vai chegar a Portugal?

Não será em 2025, mas não temos ainda o ‘roadmap’ do negócio de automóveis para mercados internacionais, nem para Portugal.

Qual é a estratégia de marketing para o lançamento dos novos equipamentos em Portugal?

Estes equipamentos são da gama Xiaomi, que está inserida na experiência premium em termos de tecnologia, em que estabelecemos como territórios a fotografia e a gastronomia, com o Guia Michelin, em que conectamos o conceito de experiência premium com a alta gastronomia.

Temos projetos de criação de conteúdos locais para campanhas digitais. Na última edição trabalhámos com o Rui Caria, fotojornalista Leica, e com o César Mourão, que além de ator é apaixonado por fotografia e fotografa com Leica, mas ainda não sabemos se agora vamos trabalhar com eles.
O tema a interpretar é ‘Human Passions’ e o resultado será levado para as nossas redes sociais, enquanto testemunho de como é que se pode tirar partido deste tipo de equipamento.

Vão ter comunicação em outros suportes?

Esse é o nosso conteúdo local, em que exploramos o tema global fazendo a interpretação para o nosso território local. Temos uma campanha multimeios, desde 2 de março, com digital, publicidade exterior em grandes formatos e ponto de venda – operadores, retalho tradicional e lojas Xiaomi.

Têm alguém em Portugal que seja embaixador da marca ou que crie conteúdos?

Temos com a submarca Redmi, que tem produtos de entrada e de segmento médio, e a estratégia é muito focada no digital e em microinfluenciadores da geração Z, que criam conteúdo com os nossos equipamentos numa perspectiva de cocriação, que usamos nas nossas redes sociais e campanhas digitais.

Esses cocriadores são da área da tecnologia ou de outras áreas, como o ‘lifestyle’?

Cobrimos vários pilares, como ‘lifestyle’, tecnologia e viagens, com um leque o mais abrangente possível dentro dos territórios que trabalhamos, muito focados na fotografia e no ‘lifestyle’.

Além do Bernardo Almeida, trabalham com outros youtubers?

No YouTube trabalhamos com o Nuno Agonia e com o Bernardo Almeida, que são os mais relevantes, mas trabalhamos também com o Filipe View e com o Toni Vicente.

Vão ter outros lançamentos mais importantes?

Temos três grandes momentos: o lançamento do Xiaomi no primeiro semestre, uma derivação desta tecnologia dentro do segmento Xiaomi, no segundo semestre, e o lançamento dos Redmi.

Qual é o montante a investir nesses lançamentos?

Não revelamos o orçamento de comunicação, mas tem acompanhado o desenvolvimento do negócio, em que temos crescido mais do que o mercado e atingimos os objetivos. Junto do ‘headquarter’ temos captado mais investimento para Portugal, para promover os equipamentos e melhorar a forma como estamos junto do consumidor.

Dobráveis estão aquém das expetativas

Vão apostar em telefones dobráveis em tríptico, como a Samsung, ou mantêm-se nos modelos com uma dobra?

Lançámos os equipamentos com uma dobra há cerca de quatro anos, na China. No ano passado lançámos nos mercados internacionais esse formato ‘flip’ e temos planos para continuar a expansão com mais portefólio de produto dobrável. ‘Triple fold’ não será apresentado, seguramente, este ano.

Os dobráveis têm algum eco junto dos consumidores, em termos gerais?

Em termos de perspectiva de utilização ou de comunicação é um formato que ganhou muito interesse por parte dos consumidores, mas do ponto de vista do mercado não teve uma penetração tão rápida como a indústria estava a projetar.

Qual é a barreira?

Os utilizadores apontam a vantagem de um ecrã maior – distinguido os ‘flips’ [dobrável compacto] dos ‘folds’ [expansão do ecrã], que é o que faz um ‘smartphone’ passar quase para o formato de tablet – como demasiado específico e o equipamento ser demasiado grande quando está fechado. Nos ‘flips’, isto não se coloca porque o formato é para ser de alta mobilidade.
Se calhar o mercado posicionava estes equipamentos em outro segmento de preço, o que faz com que também o custo ainda seja uma barreira.

Qual é a quota de mercado que têm com a Redmi, no segmento médio e baixo?

Temos quotas acima dos 45%, por trazermos para estes segmentos tecnologia topo de gama a preço justo.

O consumidor associa a Redmi à Xiaomi?

Inicialmente houve uma maior dificuldade de perceção entre o que é Xiaomi e o que é Redmi. Ao longo do percurso da marca Mi como ‘umbrella’ é cada vez mais evidente para o consumidor que há dois grandes segmentos de produto, um que são os topos de gama e os ‘premium experience’ que são os Xiaomi, e o segmento da Redmi.
Fizemos isto através de comunicação, com campanhas locais dedicadas a Xiaomi e a Redmi, que, no entanto, são comunicadas nas mesmas plataformas da Mi.

Qual é a primeira marca a aparecer, Xiaomi ou Redmi?

Na verdade é a Mi, com o primeiro telefone, o Mi 1, em 2010.

Era mais próximo da Xiaomi ou da Redmi, ou seja, era mais topo de gama ou gama média/baixa?

Nem um nem outro. Tem a génese da filosofia da empresa, porque pela primeira vez é possível na China democratizar um ‘smartphone’. O Mi 1 trazia características topo de gama a um preço muito justo. Foi vendido apenas no mercado chinês e exclusivamente online.

Crescer no segmento alto

A Redmi tem uma quota de mercado acima de 45%. E a Xiaomi?

Com Xiaomi, a penetração ainda é diminuta, não é acima dos 5%.

O objetivo é crescer dentro do segmento da Redmi ou no segmento mais alto, com Xiaomi?

Aproveitando para fazer uma introdução para a resposta, com os números do ano passado: em 2024 crescemos cerca de 16% em unidades. Os segmentos que mais crescem são os segmentos da Xiaomi, que crescem 50% em unidades face a 2023. Em 2025, a Xiaomi será o segmento de produto dentro dos ‘smartphones’ que vai apresentar o maior crescimento.

Os 16% de aumento é só com a Xiaomi ou inclui a Redmi?

É o total com Redmi.

O segmento alto é onde a Xiaomi tem mais dificuldade em conquistar mercado. É um segmento prioritário?

Vamos continuar a investir nesse equipamento em R&D, na parceria de longo prazo com a Leica e para produzir melhores experiências em termos de portefólio. Em segundo lugar, queremos que esses equipamentos tenham cada vez mais expressão.
Ou seja, apresentamos equipamentos no primeiro e no segundo semestre, mas consideramos que dentro destes períodos podemos alargar o número de equipamentos no segmento alto, com outros formatos, novas configurações de ecrã e novos segmentos dentro destas linhas.

Em terceiro lugar, queremos que esteja em conexão com os outros equipamentos do ecossistema. Temos mais de 800 milhões de equipamentos conectados, globalmente, e quanto mais o nosso ecossistema for conectado e fácil de ligar, também a procura por novos equipamentos topo de gama será uma realidade. Para partilhar uma curiosidade: na China, a partir do momento em que lançámos o carro, as vendas da Xiaomi dispararam automaticamente, ou seja, o posicionamento da marca ao entrar na indústria automóvel também sobe.

Vender para um segmento mais alto tem a ver com a perceção da marca?

Exatamente. A introdução da plataforma automóvel posiciona a marca de outra forma e a integração desses equipamentos numa propriedade Xiaomi é uma experiência totalmente diferente. Quando se entra no veículo, há o reconhecimento do utilizador que está conectado com o ‘smartphone’ e todas as experiências de software estão integradas, o que cria um valor adicional para o consumidor. Isto será uma das vertentes de desenvolvimento futuro da marca neste segmento.

Quanto é que a Xiaomi investe globalmente em pesquisa e desenvolvimento?

O nosso compromisso para 2025 são cerca de 30 biliões de RMB (€4 mil milhões), em 2024 investimos 24 biliões de RMB (€3,15 mil milhões).

A Xiaomi ainda enfrenta algumas falhas no software. Como é que isto impacta a perceção da marca e a adesão dos consumidores?

Estamos no top em termos de avarias e de fiabilidade de software, de acordo com dados auditados pelos operadores de telecomunicações em Portugal. Temos tido um desenvolvimento muito grande do nosso software MIUI, que é a ‘skin’ que assenta sobre o Android, e tem tido um investimento muitíssimo significativo com a integração do HyperOS, novo sistema operativo que liga o Human Car Home.

Os problemas são precisamente com o HyperOS. Terão a ver com falhas a nível internacional e não em Portugal?

Provavelmente em Portugal não existiram, mas podem ter existido quando se fez a atualização dos equipamentos antigos dos utilizadores. Pode ter sido numa atualização que foi reportada alguma falha do sistema.

O trabalho de perceção da marca passa por afinação do software?

Não, aliás, o nosso software é reconhecidamente um dos mais leves em termos de sistema operativo, ocupa muito pouco espaço de memória num equipamento móvel. É muito fluido e tem um código que aumentámos, com o Xiaomi Opera OS, mais de 30% a velocidade do software em termos de experiência. Também na conectividade entre os equipamentos, o atraso no comando de um equipamento para o outro foi melhorado, que é um dos aspetos mais determinantes no desenvolvimento do nosso ecossistema Human Car Home.

Xiaomi tem 30% do mercado

Em termos dos resultados do quarto trimestre de 2024, que ainda não foram apresentados, estimativas da Bloomberg indicam que a Xiaomi terá crescido em todos os segmentos, mais na Internet das Coisas, 10,7%, e nos carros elétricos, que vêm de uma base menor, seguido dos serviços de internet e dos ‘smartphones’, que sobem 5%. Qual é a situação em Portugal, apesar de não terem ainda carros nem serviços de internet?

Em Portugal, só a linha Xiaomi cresce 50%, em unidades. No total, o número de unidades que vendemos em 2024 versus 2023 cresce 16%.
A Redmi é partida em vários segmentos: a Redmi Note cresce 16% e a Redmi Número, que são os mais baratos, ficaram ‘flat’ em relação ao ano passado.

A Xiaomi sem a Redmi cresce 50%. A quantas mais unidades corresponde esse crescimento?

O número total em Portugal não revelamos. A base era pequena.

Quais são as quotas de mercado em Portugal?

Com esses resultados atingimos uma quota em ‘smartphones’’ em unidades, de 30%, com o predomínio do Redmi Note.

Quais são os resultados nas outras áreas de negócio em Portugal?

No ecossistema, a receita cresce 50%, estou a falar em valor e não em unidades. Não temos carros, mas temos a outra panóplia de equipamentos. A mais emblemática no ano passado em ecossistema são as televisões, seguida dos relógios inteligentes, que têm um crescimento muito expressivo com quota em unidades acima dos 30%.
Temos a família da mobilidade urbana, com as trotinetes elétricas a pesar cerca de 18% nas receitas do ecossistema e uma quota de cerca de 35% a nível nacional.

Temos ainda a parte de aspiração, com os robôs e aspiradores que podem ser controlados pelos ‘smartphones’. Depois há os equipamentos de áudio e os tablets, em que os crescimentos foram muitíssimo grandes, porque não tínhamos quase portefólio de tablets.

Em termos de divisão da receita é 60% para ‘smartphones’ e 40% para tudo o que não sejam ‘smartphones’. O nosso grande objetivo é ter um balanço de 50-50 entre as duas grandes famílias, com os ‘smartphones’ com 50% e tudo o resto com os restantes 50%. Mas não queremos decrescer as vendas dos ‘smartphones’, queremos aumentar em muitas novas famílias do ecossistema.

É mais fácil crescer nas famílias de ecossistema do que nos ‘smartphones’?

Não, tem a ver com a estratégia de digitalização do utilizador e de amplificação do Human Car Home. Existem muito mais famílias fora dos ‘smartphones’ do que nos ‘smartphones’. Comercializamos em Portugal cerca de 30% das categorias que comercializamos na China. Existem 70% de categorias que não estão nos mercados internacionais.

Em Portugal não temos, por exemplo, as máquinas de lavar, os frigoríficos, o ar-condicionado nem os equipamentos de ‘lifestyle’ de desporto. O que temos feito, ano após ano, é introduzir nos mercados internacionais novas categorias. Umas são mais prioritárias do que outras e serão sempre aquelas que estão ligadas a equipamentos que já estão disponíveis. Os frigoríficos, as máquinas de lavar e o ar-condicionado são equipamentos mais fáceis de introduzir no mercado internacional do que outros equipamentos.

Os frigoríficos e as máquinas de lavar são as próximas categorias a lançar em Portugal?

Não temos ainda esse planeamento. Quando falamos em ir para mercados internacionais não é a questão de vir para Portugal, é o sair da China.

Portugal é relevante em termos estratégicos ou não estamos no mapa da Xiaomi na China?

Somos um país bastante relevante, não só por estarmos inseridos numa plataforma ibérica, mas acima de tudo pela presença e notoriedade da marca, e resultados nas outras famílias de produto. Somos uma região em termos ibéricos e um país como território de prioridade no ‘headquarter’.

Tem números concretos em relação a esses indicadores?

Quando comparamos a nossa quota de mercado de ‘smartphones’, em Portugal é cerca de 30%, na Europa é cerca de 15% e de 30% em Espanha. Em termos de notoriedade, os últimos resultados indicam que a consideração e a preferência em Portugal são, em termos de mercados internacionais, um dos mais relevantes em termos de posicionamento de marca junto do consumidor.

Houve algum trabalho nesse sentido ou tem a ver com o consumidor nacional ser mais experimentalista?

Há dois fatores determinantes. Primeiro, a marca teve uma grande exposição e interesse online. Somos um mercado onde o consumidor é altamente desenvolvido do ponto de vista da plataforma online. Não quer dizer que compre muito online versus outros países, mas é um consumidor muito informado e conectado com o digital.

Por que razão é a Xiaomi e não a Huawei a beneficiar desse contexto local?

O primeiro patamar é que os portugueses são muito digitais e a Xiaomi nasce como uma marca de serviços digitais. O MIUI nasce porque a Xiaomi começa a produzir software para outras marcas de telemóveis, no que diz respeito à utilização do Android.

Em segundo lugar, comparando com outras regiões na Europa, a Xiaomi é a marca que teve o desenvolvimento mais rápido a nível de parceiros comerciais locais e de lojas próprias. Temos 18 lojas próprias em Portugal, com venda exclusiva de produtos Xiaomi, que permitiram que o consumidor nacional conhecesse a marca e que houvesse um ponto de contacto para todo o ecossistema que foi trazido para Portugal.

As lojas físicas ainda têm impacto nas vendas, apesar da digitalização das compras?

Porque é a parte humana e a da experiência da marca. Esse fator é determinante e é o ‘layer’ associado à rápida disseminação da marca. O interesse que já havia no online provoca essa procura, que desperta a atenção também de retalhistas e operadores de mercado, o que contribui para o desenvolvimento muito rápido da penetração em outros pontos de venda que não os da própria marca.

O desafio da diretiva europeia Ecodesign

Como é que Xiaomi está a preparar a remodelação do portefólio, para se ajustar à diretiva europeia Ecodesign, que entra em vigor no segundo semestre?

Essa é uma questão super atual e muito interessante. A normativa Ecodesign obriga todos os fabricantes e agentes de mercado a desenvolver a arquitetura dos ‘smartphones’ e equipamentos de uma forma que cumpra essa legislação. A Xiaomi já tem vindo a adequar-se e o portefólio vai cumprir a 100% com as normas do Ecodesign, que serão integradas em Portugal.

Os novos modelos que estão a lançar agora já cumprem essa diretiva?

Sim. O ponto mais visível tem a ver com o ciclo de carregamento da bateria, que tem de ser maior, e os equipamentos têm de ter uma tecnologia melhor, para providenciar esse ciclo de carregamento. A ideia é que o consumidor possa ter o equipamento por mais tempo e com melhores funcionalidades.
Por outro lado há a questão do ciclo de vida, em que a Comissão Europeia diz que equipamentos deste segmento têm de ter no mínimo X número de ciclos de carregamento, que corresponde, em termos teóricos, a X anos de utilização.

Isso significa aumentar quantos anos no ciclo de vida?

Depende dos modelos e da descodificação dos ciclos. Uma normativa mais recente já implementada recomendou a extensão da garantia do equipamento de dois para três anos, nos Estados da União Europeia. Nem todos adequaram esta normativa, mas o Estado português adequou, na perspetiva de aumentar o ciclo de vida do equipamento.

Isso agora materializa-se nas baterias, na proteção ao pó e à água que os equipamentos têm de ter, que é a proteção de resistência IP68. Todos os nossos equipamentos vão ter um ‘claim’ de resistência, não só à água e ao pó, mas também do vidro frontal, que modificámos para ser mais resistente às quedas.

Vão ter de retirar equipamentos do portefólio?

Não, a partir dessa determinada data, os equipamentos que sejam colocados no território nacional têm de cumprir essa normativa. Isto significa que a Comissão Europeia autoriza que os equipamentos que já estão no mercado continuem a ser vendidos. Não se refere aos equipamentos em ‘stock’, mas aos novos que vão ser colocados no mercado.

Quanto é que a Xiaomi está a investir para estar em conformidade com essas matérias?

Do ponto de vista de R&D exige a adequação a estas normativas, com os telefones a terem características melhores e mais adequadas em todas as linhas de produto. Em alguns equipamentos e segmentos será mais desafiante do que em outros, porque os topo de gama já têm há muitos anos esse tipo de características. O investimento que referi em R&D para 2025 já inclui os investimentos no Ecodesign.

Nº 3 no mundo, nº2 em Portugal

A Xiaomi é a marca número três em ‘smartphones’ a nível mundial e com crescimento mais acelerado, entre 2022 e 2024, segundo a Counterpoint Research, chegando a ultrapassar as vendas da Apple em unidades, em agosto de 2024. É possível a Xiaomi chegar à liderança, com uma posição fraca nos Estados Unidos?

Não consigo fazer grandes considerações a nível global, sobre territórios que não sejam Portugal. O que posso dizer é que a Xiaomi, mais do que a ambição de sermos líderes em termos de equipamentos móveis, tem uma ambição maior e acima das vendas de ‘smartphones’ em unidades.

A ambição, e já falámos aqui nisso, é ter uma estratégia disruptiva face a outros fabricantes, com a Human Car Home, que neste momento só é possível com a Xiaomi. Não se perspetiva que num curto ou médio prazo exista outra tecnológica com a penetração e ecossistema que a Xiaomi tem para desenvolver este tipo de estratégia, que posiciona o consumidor no centro da atuação, olhando para ele de forma 360º.
Há grandes e diferentes dinâmicas a acontecer, dependendo das regiões. Dando o caso ao contrário: a Samsung é um dos líderes globais e não vende no mercado chinês.

O mercado norte-americano continua a ser maior em termos de consumo?

Em unidades de ‘smartphones’, o mercado chinês é maior do que o norte-americano. Mesmo no segmento alto, o consumo é maior.

Mas há limitações na conquista dos Estados Unidos, na perspetiva da guerra geopolítica tecnológica entre ambos os países.

Por esse ponto não consigo comentar, mas esta nossa visão poderá posicionar-nos independentemente da questão do território. O posicionamento transversal com a Human Car Home vai possibilitar termos crescimentos e desenvolvimentos tecnológicos, também na área dos ‘smartphones’, mais rápidos do que os nossos parceiros da indústria, devido à aglutinação de novas tecnologias de integração.

Para chegar ao consumidor não basta ter a tecnologia, há a construção de marca, que tem sido a fragilidade das marcas chinesas no ocidente.

Esse caminho vai-se fazendo, região a região, país a país, com velocidades distintas, mas a empresa só tem ainda 15 anos, quatro anos em Portugal. O que continua a ser uma pedra basilar e altamente consistente na estratégia desde a fundação é a criação de um ecossistema inteligente a preço justo. Com isto temos conseguido fazer essa diferenciação. Mas, como diz e bem, a marca tem de ser construída e terá andamentos diferentes em determinadas regiões

Será mais fácil crescer a marca na Europa, até pelas dinâmicas EUA/China?

Sim, a marca está presente na Europa há muito tempo e já tem uma ‘pegada’ de consumidores bastante relevante. Essa é uma dinâmica quase natural.

Falou-me nas vendas em unidades em Portugal. E em valor?

Não lhe consigo dar.

Qual é a posição da Xiaomi no ranking em Portugal?

É a número dois em unidades, a seguir à Samsung e à frente da Apple, em ‘smartphones’, desde 2021, quando entramos e passamos de uma quota de 10% para 21%.

Incluindo os equipamentos Redmi, que não concorrem com a Apple?

Sim. Não temos culpa que a Apple só produza equipamentos acima de mil euros. Trabalhamos todos os segmentos de mercado, o que significa que temos uma proposta de valor para todos os segmentos, desde os cem euros até aos €1499.
O que a Samsung e a Apple fazem é lançar um equipamento novo, mas continuam a comercializar equipamentos dos anos anteriores, com um preço mais descontado.

A Xiaomi tem sempre à venda apenas as novidades?

Mantemos sempre em linha só os novos equipamentos. Queremos ter uma estratégia de portefólio de construção de proposta de valor, em que todos os segmentos que têm novos equipamentos ocupam os ‘slots’ em termos de preço.
No primeiro semestre lançamos os novos equipamentos com este posicionamento e, quando lançarmos os do segundo semestre – que são equipamentos ligeiramente mais baixos -, vão ocupar uma outra fatia de preço.
Se mantivesse os antigos, iria conflituar com outro equipamento novo, que tem um preço semelhante.

A posição que têm no mercado beneficia de operarem com mais do que uma marca para segmentos diferentes, consolidando quota de mercado?

Claro. O mercado é o mesmo, é o mercado de ‘smartphones’, com determinados tipos de consumidores. É como nos automóveis: há marcas que ficam só num segmento, outras que têm o portefólio todo e outras que se especializam no luxo e no alto luxo.
Nos ‘smartphones’ é muito similar.

Há mais marcas de telemóveis com marcas para segmentos diferentes?

Existem nomenclaturas diferentes dentro da marca. Por exemplo, a Oppo, que também é chinesa, tem a marca Reno para o segmento de gama média e para o topo de gama tem o X-Series. A Samsung é mais transversal, mas tem a Galaxy S para os topos de gama e a Galaxy A para os de média gama.
O que pode fazer alguma confusão é que a nossa assinatura de marca, que é Mi, não coincide com nenhuma das submarcas.

Como é comunicam, nomeadamente fora da China, essa segmentação tendo em conta que a marca ‘umbrella’ não está nos produtos?

É uma segmentação mais próxima do grande consumo, onde a empresa têm várias marcas posicionadas para determinados ‘targets’ de consumidor e não se canibalizam. Fazemos a segmentação pela comunicação: a Redmi fala para a geração Z, um consumidor totalmente distinto do da Xiaomi, que é mais velho e sofisticado.

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Ana Ferreira nomeada Diretora de Marca da Miele para a Península Ibérica

“Acredito que, ao combinar a tradição e a herança de mais de 125 anos de inovação com uma abordagem moderna e próxima dos consumidores, conseguimos criar um impacto mais forte e relevante no mercado”, assume Ana Ferreira (na foto)

A Miele anuncia a nomeação de Ana Ferreira como Diretora de Marca para a Península Ibérica. Com uma carreira de 17 anos na empresa, Ana Ferreira será responsável por todas as iniciativas de ‘branding’, incluindo campanhas, eventos, relações públicas e estratégias de marketing digital, com o objetivo de reforçar a notoriedade da marca e impulsionar as vendas diretas e indiretas na região.

Nos últimos anos, Ana Ferreira desempenhou um papel crucial no crescimento da Miele em Portugal, tendo contribuído para um aumento significativo na sua notoriedade. A sua visão estratégica e abordagem inovadora resultaram em campanhas publicitárias, aproximando a marca dos consumidores e consolidando a sua posição como referência no segmento premium.

“Nesta nova função pretendo consolidar a gestão da marca num formato ibérico, capitalizando a minha experiência 360º, mas sempre com a consciência de que cada mercado está em diferentes estágios de desenvolvimento. Ao adaptar a estratégia de ‘branding’ à realidade de cada país, tenho a certeza de que continuaremos a impulsionar resultados muito positivos para a Miele nos próximos anos. Paralelamente, quero fortalecer a cultura de marca dentro da organização, inspirando as equipas a trabalhar com um ‘mindset’ mais estratégico, colaborativo e orientado para a inovação”, explica Ana Ferreira citada em comunicado.

Entre as prioridades para esta nova etapa, a digitalização e a personalização da experiência premium do consumidor assumem um papel central. “Acredito que, ao combinar a tradição e a herança de mais de 125 anos de inovação com uma abordagem moderna e próxima dos consumidores, conseguimos criar um impacto ainda mais forte e relevante no mercado”, reforça a Diretora de Marca da Miele para a Península Ibérica.

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Pedro Fernandes leva troféu da Liga Portugal Betclic a todo o lado

“Esta campanha da Liga Portugal Betclic é mais uma demonstração de como procuramos ser inovadores, promovendo o nosso compromisso para com o desporto, os clubes e, em especial, os adeptos”, explica Tiago Simões, gestor nacional da Betclic

A nove jornadas do final do campeonato português de futebol, a Betclic e a Liga Portugal Betclic dão início a um ‘roadshow’ do troféu à boleia do humorista e animador de rádio Pedro Fernandes (na foto), que terá a missão de levar a taça a locais menos habituais, mas onde a paixão pelo futebol é inegável.
Sob o mote “Liga Betclic e manda vir o Troféu”, a campanha da Dentsu Creative Portugal, com produção da Krypton e o planeamento de meios da OMD, convida os adeptos a ligarem para o 808 200 200 e sugerirem um destino especial para a taça.

“Gravar esta campanha foi uma aventura. Entrar no papel de estafeta do troféu e dar o pontapé de saída para esta viagem foi divertido e especial”, adianta Pedro Fernandes citado em comunicado de imprensa.

Com direção-geral de Patrick Stilwell, direção criativa executiva de Ivo Purvis, direção de arte de Madalena Montellano e João Miquelina e redação de Diogo Stilwell, o anúncio mostra Pedro Fernandes a enfrentar uma série de adversidades para conseguir cumprir a missão de levar o troféu a aniversários, despedidas de solteiro e até mesmo reuniões de condomínio.

“Esta campanha da Liga Portugal Betclic é mais uma demonstração de como procuramos ser inovadores, promovendo o nosso compromisso para com o desporto, os clubes e, em especial, os adeptos. Através do seu amor e paixão, são o 12º jogador em qualquer estádio durante toda a época, pelo que que também aqui quisemos que fossem uma peça fundamental”, refere Tiago Simões, gestor nacional da Betclic, citado em comunicado de imprensa.

O filme publicitário é realizado por Fred Oliveira. Sergi Gallardo assume a direção de fotografia, estando a produção executiva entregue a João Vilela e Ricardo Estevão e a gestão de produção a cargo de Alexandra Ribeiro e Ana Ribeiro. Com edição de José Barreiros e coordenação de pós-graduação de Neia Oliveira, o ‘spot’ tem efeitos especiais da Cine Set e efeitos visuais 3D do Musgo Studio.

A Yellow Color Studio assina a graduação de cor e a Som de Lisboa a sonoplastia do anúncio, que está a ser divulgado em televisão, rádio, exterior e digital. As fotografias promocionais da campanha foram tiradas pelo estúdio fotográfico On Shot. No final da época, a viagem de Pedro Fernandes culmina com a entrega do troféu ao campeão da Liga Portugal Betclic 2024/25.

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Gigi Hadid é a nova embaixadora global da Havaianas

Enquanto protagonista da nova campanha publicitária da linha Slim Point (na foto), Gigi Hadid apela aos consumidores com maior poder de compra e contribui para reforçar a presença da Havaianas no segmento de moda urbana

Gigi Hadid é a escolha da Havaianas para embaixadora global, protagonizando a nova campanha da linha Slim Point (com a ponta bicuda), que pretende reforçar a presença da marca no segmento de moda urbana. Com a contratação da modelo e celebridade norte-americana, a marca brasileira pretende também reposicionar a marca, associando-a a um ícone de estilo para atrair consumidores com maior poder de compra.

“Os chinelos atravessam um grande momento atualmente. Este acessório de verão tem evoluído desde os inícios humildes, convertendo-se num ‘statement’ de moda muito celebrado. Com a contratação de Gigi Hadid, pretendemos elevar os nossos chinelos a novos patamares de estilo e de reconhecimento”, salienta Maria Fernanda Albuquerque, vice-presidente global de marketing da Alpargatas, empresa que detém Havaianas, citada em comunicado de imprensa.

As imagens e os vídeos com Gigi Hadid estão a ser divulgados na imprensa e nas redes sociais. A modelo, que cresceu em Malibu, nos Estados Unidos, surge com o modelo de chinelos Slim Point. “Tendo crescido na praia, não me recordo de uma altura em que não usasse esta peça essencial do verão. Estou muito entusiasmada por trabalhar com esta marca”, refere Gigi Hadid, citada em comunicado.

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Millenium bcp escolhe José Condessa como embaixador

O ator protagoniza a nova campanha publicitária (na foto) com o mote ‘Liga-te ao Banco que tem o Chip da Evolução’ e que pretende atrair novos consumidores. O filme tem criatividade da Bar Ogilvy e é produzido pela Playground

O ator José Condessa é o novo embaixador do Millenium bcp e protagoniza a campanha da marca com o mote ‘Liga-te ao Banco que tem o Chip da Evolução’, ao lado de um ator que representa o cientista Charles Darwin. Idealizado pela Bar Ogilvy e produzido pela Playground, o filme publicitário é realizado por Martim Condeixa.

“Ao juntar estas duas personagens inesperadas – Charles Darwin, uma referência basilar em termos de evolução, e José Condessa, protagonista da geração Z que vai servir de exemplo em toda a narrativa dos filmes – o banco pretende mostrar as vantagens de nos adaptarmos e evoluirmos para o mundo digital com a App Millennium, posicionando-se como um banco inovador”, explica o Millennium bcp em comunicado de imprensa.

Divulgada em televisão, rádio, exterior, digital e cinema, além das sucursais do banco, a campanha publicitária, integra um ‘teaser’ e um filme principal de lançamento. Ao longo dos próximos meses, será amplificada com dois filmes de produto, protagonizados pelo ator da série ‘Rabo de Peixe’.

“O José Condessa é um ator com grande visibilidade mediática, que traduz valores importantes como a jovialidade, empenho e profissionalismo, que fazem a ligação ao mote desta campanha de inovação e evolução. O objetivo é construir uma ligação sólida e posicionar o banco como uma referência para a vida financeira também desta geração”, explica o Millenium bcp, que acaba de se estrear no TikTok em colaboração com a VML.

Para além do ator José Condensa, a instituição bancária conta ainda com um grupo de embaixadores nacionais que inclui três desportistas, as surfistas Marta Paço e Teresa Bonvalot e o tenista Nuno Borges.

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Rodrigo Viana de Freitas é júri no Festival de Publicidade de Kiev

O português, co-fundador e CEO da Central de Informação, agência de comunicação, relações púbicas e estratégias digitais, integra o Jury Team 4 para avaliação de projetos em diversas áreas

O Festival Internacional de Publicidade de Kiev conta este ano, no painel de jurados, com o português Rodrigo Viana de Freitas, co-fundador e CEO da Central de Informação, agência de comunicação, relações púbicas e estratégias digitais, e presidente executivo da Internacional Public Relations Network.

Rodrigo Viana de Freitas integra o Jury Team 4, para avaliação de projetos nas áreas de ‘Experience & Activation’, ‘PR’, ‘Direct Marketing’, ‘Brand Experience Craft’, ‘PR Craft’, ‘Direct Marketing Craft’. O prazo limite para entrega de candidaturas em competição termina a 25 de abril, sendo que a cerimónia de entrega de prémios decorre em Kiev no dia 30 de maio.

O festival regista anualmente 700 candidaturas de agências de todo mundo e é composto por seis equipas de jurados para análise das diferentes categorias em competição. Apesar do contexto de guerra no país, o festival mantém-se ativo, registando um número crescente de participações.

Fundado em 2000, o Festival Internacional de Publicidade de Kiev tem vido a tornar-se um importante palco para agências internacionais, empresas de produção e criadores independentes, bem como para profissionais de indústrias criativas de todo o mundo. É ainda uma plataforma de ideias criativas e soluções inovadores para o mundo da publicidade.

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Impresa explora em exclusivo Samsung Ads em Portugal

Unilever e Vodafone são os anunciantes que se estreiam na colaboração que permite o acesso ao inventário de CTV na Samsung TV Plus, serviço de ‘streaming’ gratuito, disponível apenas nas ‘smart TV’ da marca

O grupo Impresa anuncia uma parceria estratégica com a Samsung Ads, divisão de publicidade da Samsung Electronics, de forma a gerar mais oportunidades em conteúdo premium de ‘connected TV’ (CTV) para marcas em Portugal. A Vodafone e a Unilever são os anunciantes que inauguram esta parceria.

Esta colaboração proporciona um acesso ao inventário premium de CTV na Samsung TV Plus, serviço de ‘streaming’ gratuito da Samsung, disponível exclusivamente nas ‘smart TV’ da marca. “Esta iniciativa reforça o compromisso da Impresa em oferecer soluções de publicidade diversificada de alta qualidade, que atingem eficazmente os públicos através de formatos em linear e ‘on-demand’, refere a Impresa em comunicado de imprensa.

Para João Paulo Luz, diretor comercial de TV e digital da Impresa, “a nossa parceria com Samsung Ads é mais um passo estratégico para diversificar e fortalecer a oferta de conteúdo e publicidade em CTV. Os primeiros parceiros comerciais, Vodafone e Unilever, marcaram o início desta nova fase da plataforma em Portugal. Com este investimento, a Impresa reforça a posição como referência no mercado de ‘connected TV’, garantindo acesso eficaz, inovador e relevante para as marcas e os seus públicos”.

A publicidade em CTV permite alcançar os espectadores durante momentos de alto envolvimento, mas o mercado nacional tem enfrentado alguns desafios, como a escassez de inventário e a oferta fragmentada.

“A publicidade em televisão atingiu novos patamares, os públicos estão agora mais recetivos do que nunca à publicidade em troca de conteúdo gratuito de alta qualidade. Estamos empenhados em colaborar com a Impresa para oferecer aos anunciantes em Portugal acesso ao nosso conteúdo premium e seguro para marcas”, refere Alex Hole, vice-presidente sénior e diretor geral da Samsung Europe.

Teresa Burnay, diretora da unidade de negócios da Unilever, considera, por seu lado, que “a Samsung TV Plus é mais uma plataforma disponível no mercado português, que nos coloca um passo à frente em termos de modernização e vem apoiar a Unilever no permanente acompanhamento das tendências de consumo, sempre em busca de formas inovadoras de visualizar conteúdos, nomeadamente no campo do entretenimento doméstico. Tendo os dispositivos da marca uma taxa de penetração já bastante significativa, são um complemento à nossa estratégia de media, ajudando a maximizar a cobertura da nossa comunicação em CTV.”

Do lado de outro dos anunciantes aderentes a esta iniciativa, Leonor Dias, diretora de marca da Vodafone, sustenta que “no atual contexto, em que assistimos a um consumo de media cada vez mais fragmentado, estarmos presentes no lançamento deste novo formato que nos permite inovar na forma como comunicamos, chegando a novas audiências e targets segmentados, de forma complementar à nossa comunicação em televisão”.

Esta parceria dá resposta às várias questões que impactam o setor, ao integrar o Samsung TV Plus nos seus serviços, ampliando o ‘reach’ em CTV em cerca de um milhão de lares em Portugal, complementado a oferta que já incluía 350 mil utilizadores na Opto, 640 mil lares na Rakuten e  1,4 milhões de lares na SIC Playce, de acordo com os dados da Impresa.

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48,25% dos emails promocionais ficam por ler

Para maximizar o envolvimento, o melhor dia e hora para enviar emails promocionais é às quintas-feiras, às 18h, revela o relatório ‘Email Marketing Benchmark 2025’ da Deployteq, plataforma neerlandesa de automação de marketing

Cerca de 48,25% dos emails promocionais que os consumidores recebem ficam por ler. A taxa de abertura ronda os 51,75%, sendo as quintas-feiras o melhor dia e as 18h a melhor hora para os enviar, para maximizar o envolvimento, segundo o relatório ‘Email Marketing Benchmark 2025’ da Deployteq, plataforma neerlandesa de automação de marketing.

A taxa média de ‘click-through rate’ (CTR) é de cerca de 4,95%, enquanto que a de ‘click-to-open rate’ (CTOR) se situa nos 8,59%. Segundo o estudo, a análise das tendências sazonais mostra que o maior volume de emails tende a ser recebido nos meses de maio, outubro e novembro.

Tendo por base a análise de mais de quatro milhões de emails enviados nos Países Baixos e no Reino Unido, o estudo conclui que o email marketing continua a gerar um retorno sobre o investimento (ROI) de 3600%.

“À medida que expandimos a nossa presença, incluindo um crescimento significativo em Portugal, este relatório oferece ‘insights’ valiosos baseados em dados para ajudar as marcas a otimizar as suas estratégias de email, aumentar o envolvimento e potenciar as conversões”, refere a Deployteq em comunicado de imprensa.

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