Quer ter uma sound experience?
A partir de hoje, nas salas de cinema digitais com o filme Avatar, os espectadores são surpreendidos pelo mais recente formato publicitário. Trata-se do sound experience e tem a Vodafone […]

Maria João Lima
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A partir de hoje, nas salas de cinema digitais com o filme Avatar, os espectadores são surpreendidos pelo mais recente formato publicitário. Trata-se do sound experience e tem a Vodafone como a primeira marca a apostar neste formato. “Através do ouvido conseguimos manipular o que as pessoas sentem. Se não tivermos imagem a vítima, o herói, o protagonista somos nós”, diz Manuel Faria, director-geral da Índigo, em jeito de apresentação. “Nós próprios criamos as imagens que aqueles sons nos despertam”, acrescenta Catarina Bastos, directora-geral da Screenvision.Antes da exibição do filme passa uma mensagem que pede aos espectadores para fecharem os olhos. E começa a ser contada uma história apenas com sons, desafiando a imaginação de cada um. A história que antecede o filme Avatar começa num avião. Pelos sons percebe-se que o avião se despenha, caindo no mar. O espectador é transportado para dentro do avião, ora acima ora abaixo da tona de água. Depois, percebe-se que o protagonista consegue sair e nadar até terra, onde começa a ouvir sons de animais. Ouvem-se vozes de uma tribo e dos seus rituais. O “filme” termina com uma voz que diz: “João, acorda. Estás atrasado para apanhar o avião.”
Esta é a história da primeira experiência sensorial criada e concebida pela Índigo, em associação com a Screenvision, para a Vodafone. Vão ser criadas 12 Vodafone Sound Experiences, com duração entre dois e três minutos e com diferentes guiões. Os filmes serão lançados ao longo dos seis meses. “Os filmes da marca vão ser adequados ao filme em exibição no cinema. Este filme que passa com o Avatar não seria adequado para anteceder um filme infantil”, explica António Carriço, director de marca e CRM da Vodafone. Por isso, haverá filmes mais infantis, outros mais românticos e outros de acção.
António Carriço explicou ao M&P que a marca decidiu associar-se a este projecto por ser inovador. “Os portugueses vão ter uma experiência que é inédita em termos mundiais”, refere. “É um investimento importante para nós, apesar de ser pouco significativo no nosso budget de publicidade. Pensamos que vale muito a pena”, acrescenta. O mesmo responsável acrescenta que, para a marca, é fundamental não só usar os meios tradicionais, mas também usar este tipo de associações em que estão a fazer uma experiência que é importante para reforçar a imagem de inovação. António Carriço escusou-se a revelar o investimento nesta experiência.
Exportação do projecto
Estas Vodafone Sound Experiences poderão vir a ser exportadas para a Vodafone Internacional. “Vamos tentar que a Vodafone noutros países use a mesma experiência”, disse ao M&P. “Houve uma vontade demonstrada de vários países que querer isto. Mas estamos a dar a primazia à Vodafone”, garantiu Manuel Faria, acrescentando que gostava de avançar para os outros países com esta marca.
A experiência do Avião demorou um ano a fazer. “Foi aqui que fizemos os nossos erros todos. Foi aqui que os emendámos”, comenta o responsável da Índigo. “Neste filme estão 250 efeitos sonoros e pistas de som. É uma coisa muito densa”, explica. “Foi o regresso ao princípio da Índigo. Sempre quisemos ter uma produtora criativa e criar conteúdos. Queremos apresentar os nossos próprios conteúdos e não estar à espera que o telefone toque”, remata.