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Estarão os jornais preparados para o novo modelo de negócio?

Juan Varela, jornalista, consultor de media e fundador da revista Cuadernos para Periodistas, da Associação de Imprensa de Madrid, chama a atenção no seu blogue, Periodistas 21, para o novo […]

Sofia da Palma Rodrigues
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Estarão os jornais preparados para o novo modelo de negócio?

Juan Varela, jornalista, consultor de media e fundador da revista Cuadernos para Periodistas, da Associação de Imprensa de Madrid, chama a atenção no seu blogue, Periodistas 21, para o novo […]

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Sofia da Palma Rodrigues
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Juan Varela, jornalista, consultor de media e fundador da revista Cuadernos para Periodistas, da Associação de Imprensa de Madrid, chama a atenção no seu blogue, Periodistas 21, para o novo modelo de negócio jornalístico. Neste paradigma, a internet é a plataforma central e há regras básicas que deverão ser cumpridas. As edições online dos jornais portugueses estão longe de o fazerAs repercussões da crise económica no sector dos media devem vir a fazer-se sentir este ano, mas os caminhos que o jornalismo deverá seguir não são ainda claros. Impresso ou digital? Uma conjugação de ambos os formatos? As possibilidades estão em aberto. Juan Varela diz, no seu blogue, que “faz falta um novo modelo de negócio para a informação”. O jornalista e consultor de media espanhol vai mais longe nas suas provocações e defende que “tudo mudou”: “jornalismo, público, publicidade, distribuição, comercialização e o paradigma da comunicação nas sociedades de informação”. As redacções online começam a dar os primeiros passos em Portugal. Leves e flexíveis. Menos dispendiosas. Alguns, apontam-nas como o futuro. Outros, defendem que o papel nunca irá esgotar-se mas reconhecem a importância da internet como plataforma. A questão que se coloca é: estarão as redacções dos jornais portugueses preparadas para fazer uma aposta séria na internet?
A resposta não é linear. Se se tiver em conta a realidade nacional de há 13 anos, 1995 foi o ano em que o Público e o Jornal de Notícias lançaram as primeiras edições online de um jornal português, houve, de facto, uma evolução tanto nos sites como nas ferramentas utilizadas. No entanto, a realidade do jornalismo online português está longe de poder ser comparada com aquilo que já se faz, por exemplo, em Inglaterra, nos EUA ou em Espanha. Juan Varela diz, no blogue Periodistas 21, que o rácio de produtividade de uma redacção online deve andar perto de um jornalista por 50 mil visitantes únicos. Depois de ter estado à conversa com os responsáveis dos sites do Público, Correio da Manhã, Expresso, Sol, Jornal de Negócios e Diário Económico, o M&P concluiu que a receita que o jornalista espanhol dá para que se construa a “redacção digital ideal” (ver caixa) é completamente utópica se aplicada à realidade portuguesa.
Nenhum dos principais jornais portugueses têm exclusivamente a trabalhar para o seu site mais do que oito jornalistas (o Expresso, com 2 349 109 visitantes em Novembro, e o Público, com 4 702 201 no mesmo mês, são os únicos que apresentam este número nas suas redacções online). É certo que Sol, Expresso e Jornal de Negócios dizem ter uma redacção única que contribui, a tempo inteiro, para o suporte escrito e digital. Que os jornalistas da redacção impressa do Público e do Diário Económico colaboram com o online. E que o Correio da Manhã se encontra actualmente em fase de convergência de ambas as redacções. Mas também é verdade que falar do site de um jornal é falar de uma nova linguagem audiovisual para a qual dificilmente a maioria dos jornalistas das redacções impressas estará habilitada. Pedro Santos Guerreiro, director do Jornal de Negócios, resume a complexidade do processo: “mudar da edição impressa para a edição online é uma questão cultural; mudar para vídeo, som e fotografia, é entrar numa nova linguagem que um jornalista da ‘escrita’ manifestamente desconhece”.

“Falta de formação é um dos maiores problemas”

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António Granado, editor do Público.pt, reconhece que a falta de formação é um dos maiores problemas do jornalismo português. “Fazer jornalismo em 2008 não é o mesmo que fazer jornalismo no século passado e as redacções têm de se consciencializar disso. É evidente que os princípios continuam a ser os mesmos, mas as novas tecnologias obrigam a uma constante adaptação que se consegue, na maior parte das vezes, através de formação”, analisa. No Público “já foi feita alguma formação mas é preciso fazer muito mais”. “O vídeo é essencial, assim como o webdesign, associado à programação. Os mapas e gráficos interactivos, ou o que actualmente se considera ‘database journalism’, têm de entrar em força nas redacções online. Para isso, precisamos de recursos”, reivindica o responsável pelo site do Público. O Jornal de Negócios “vai apostar em mais formação”, antecipa Pedro Guerreiro. Segundo Octávio Ribeiro, director do Correio da Manhã, o diário ainda não deu formação na área digital aos jornalistas mas prevê fazê-lo para 2009. Bruno Proença, director-adjunto do Diário Económico, adiantou em Dezembro ao M&P que o arranque do novo site agregador do Diário e Semanário Económico estava no topo das prioridades. O novo site quer “ser um ponto de encontro com as pessoas e empresas que querem trocar informações sobre economia, finanças ou política”, revela. O responsável pelo site do Expresso, Miguel Martins, conta que “todos os jornalistas são multiplataforma e têm competências multimédia”. E, Mário Ramires, subdirector do Sol, recorda que desde o início do semanário são feitas acções de formação em edição de imagem e som mas que “ninguém é obrigado a ser um ‘faz-tudo’ porque a especialização é, em muitos casos, a garantia da qualidade”. Todos admitem as potencialidades do formato digital. No entanto, como defende Juan Varela, “até nos mercados mais desenvolvidos a internet tem ainda uma importância menor do que a imprensa escrita”.
Portugal não é excepção. Quando questionado sobre se as notícias do Expresso são guardadas para sair na edição impressa ao invés de serem publicadas online, Miguel Martins diz que “tudo o que é notícia tem que ir para a internet”. No entanto, admite que se o jornalista garantir ser uma história que não vai ser dada por mais nenhum órgão, esta é guardada para o papel. No Correio da Manhã, de acordo com Octávio Ribeiro, “as cachas são dadas no papel”. “O ano de 2008 registará um crescimento de vendas do Correio da Manhã bastante consideráveis. Por isso, não faz sentido desinvestir na aposta no suporte tradicional”. No Sol, Mário Ramires garante que o site não é visto como “armazenamento” ou “depósito”. “Há trabalhos e notícias que o online avança e o papel desenvolve e o seu contrário. Cada suporte tem a sua originalidade e fio condutor”.
No que toca a retornos publicitários, dos jornais que revelaram percentagens, o Jornal de Negócios é o que apresenta números mais elevados. Segundo revelou ao M&P Pedro Santos Guerreiro, mais de 40 por cento das receitas publicitárias do jornal são geradas online. O responsável reconhece que nos últimos tempos tem havido uma deslocação do investimento publicitário para o site, “um fenómeno que está, aliás, apenas no início”. António Granado adianta que, no mês de Outubro, as receitas publicitárias do publico.pt representaram cerca de 10 por cento do bolo total. O Diário Económico e o Expresso não revelaram valores e Octávio Ribeiro, diz que não sente qualquer tendência para que a publicidade no Correio da Manhã se desloque do papel para o site. “Não sentimos essa tendência que alguns pretendem provocar, a nossa proposta em papel é um veículo ultra-eficaz na passagem de mensagens publicitárias”, atira.

Jornalismo mais participativo

A possibilidade dos leitores participarem imediatamente nos conteúdos que são publicados é uma das maiores potencialidades do formato digital. Sugerem notícias, correcções e comentários. O trabalho do jornalistas passa a estar sujeito a escrutinío público ao qual todos podem aceder. Alguns jornais admitem seguir as histórias sugeridas pelos leitores, depois de avaliadas. No ideal de Juan Varela, a participação do cidadão repórter no produto jornalístico é imprescindível. Encarar aquilo que é publicado como algo flexível, que pode estar sempre sujeito a alterações, é uma das tendências apontadas para o futuro já adoptadas por alguns dos jornais portugueses. No entanto, o que acontece é que, em Portugal, não existem profissionais talhados unicamente para ler e, posteriormente, publicar os comentários dos leitores. São muitas vezes os jornalistas que cumprem essa tarefa ao mesmo tempo que executam aquilo que lhes compete: informar. “A moderação de comunidades é, actualmente, uma das mais importantes tarefas que realizamos. Quando se recebem mais de 2 mil comentários diários (como acontece actualmente com o Público) é essencial ter pessoas que se preocupem com esta actividade”, alerta António Granado. Pedro Santos Guerreiro chama também a atenção para o facto de que “a maior parte das vezes as informações sugeridas pelos leitores do Jornal de Negócios não são verdadeiras, confirmáveis ou relevantes”.
Nesta área, começam também a emergir ferramentas tecnológicas que permitam agregar todo o fluxo de informação que é gerado em torno dos comentários e referências dos leitores. O Público foi pioneiro em Portugal ao adoptar o “twingly”, uma ferramenta que reúne todas as referências e comentários feitas em blogues e sites sobre os artigos publicados na sua edição online. O Sol concebe a sua “homepage” não como uma edição diferente da que é feita em papel mas como “um ponto de encontro de pessoas”, como apelida Mário Ramires.
No fundo, todos começam a caminhar, mesmo que em marcha lenta, para a reinvenção do jornalismo. A revista “The Economist” dizia que a crise veio acelerar o fim da era em papel. Reinventam-se novos modelos. Novos negócios. As transformações estão em curso mas o produto para o qual o jornalismo, tal como o conhecemos hoje, irá convergir é ainda uma incógnita. A realidade é que os jornais portugueses têm revelado uma necessidade de mudança e alguns projectos que a preconizam.

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Portugal traz 20 prémios dos Eventex Awards 2025

A Desafio Global, que conquista seis troféus, cinco Ouros e uma Prata, é a grande vencedora nacional do concurso anual que distingue empresas de organização de eventos e ativações de marcas

Luis Batista Gonçalves

Portugal conquista 20 prémios no Eventex Awards 2025, evento anual que distingue empresas de organização de eventos e ativações de marcas. Na 15a edição do concurso, que recebeu 1.239 candidaturas, oriundas de 59 países, o país consegue “oito Ouros, sete Pratas e cinco Bronzes”, avança ao M&P fonte oficial da Eventex.

A Desafio Global, conquista seis prémios, vence três Ouros, nas categorias Brand Experience — Automotive, Brand Engagement Event e European Event, pelo projeto NRM@HUB – Charged to Lead, desenvolvido para a Toyota Motor Europe, tendo também recebido dois Ouros, nas categorias B2B Event e Use of AI, com um evento da Deloitte. ‘Time to ReThink’, tema das Conferências do Estoril 2024, promovidas pela Nova School of Business & Economics e pela Nova Medical School, ganhou uma Prata, na categoria Conference.

A agência GR8 Events regressa da cerimónia com quatro distinções. A XXVII ANOC General Assembly e os ANOC Awards, organizados para a Association of National Olympic Committees (ANOC), vencem Prata na categoria Association Meeting, sendo que a assembleia-geral também ganha um Bronze na categoria Conference.

O evento NTT Data Emojination, organizado pela GR8 Events para a NTT Data, arrecada um Bronze na categoria Celebration Event, enquanto que o Linha Amarela, encontro de colaboradores do Banco Montepio, é recompensado com um Bronze, na categoria de Event Concept.

O Filosofia Event Group, com delegações em Portugal e na Ucrânia, também consegue quatro galardões. Além de um Ouro na categoria B2B Event pela Cyber Beast Party, ganha uma Prata na categoria Networking Event com um evento para a Growe Partners, uma Prata na categoria Consumer Engagement Event com a Cyber Beast Party e um Bronze na categoria People’s Choice Team.

A Tox’Inn, entretanto rebatizada Bloomer, conquista dois prémios, uma Prata na categoria People’s Choice Supplier e um Bronze na categoria Staffing Company.

A Vanilla Project também é distinguida com dois. Além de um Ouro na categoria Rising Star Agency, vê também a iniciativa Lisboa – Portugal vencer Prata na categoria People’s Choice Destination.

A lista de vencedores nacionais inclui ainda a New Sheet Brand Activation, que arrecada um Ouro com o projeto Noitada Portimão, para a Câmara Municipal de Portimão, na categoria Municipal Event, bem como a Ocubo, que vê a iniciativa Serralves in Light ser recompensada com um Bronze, na categoria Cultural Event.

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Jovens já podem aceder a jornais e revistas digitais gratuitamente

A medida tem metas ambiciosas. O Governo sublinha que o principal objetivo é “fomentar a literacia mediática e digital, combater a desinformação e promover o espírito crítico nos jovens”

Todos os jovens entre os 15 e os 18 anos, com residência em território nacional, podem subscrever gratuitamente uma assinatura digital de um jornal ou de uma revista de caráter generalista ou económico, à sua escolha, durante dois anos.

O Programa de Assinaturas Digitais é uma medida que está inserida no Plano de Ação para a Comunicação Social, apresentado pelo Governo a 8 de outubro do ano passado, e que mobiliza um investimento de €5,9 milhões.

À escolha dos jovens estão onze meios de comunicação social que aderiram ao programa: Diário de Notícias, Correio da Manhã, ECO, Expresso, Jornal de Notícias, Jornal Económico, Observador, Público, Sábado, Vida Económica e Visão.

A adesão pode ser feita através do portal Gov.pt, mediante autenticação com Cartão de Cidadão ou Chave Móvel Digital.

“A inscrição no programa, bem como a escolha do jornal, deve ser realizada diretamente pelo beneficiário, sendo permitida uma única adesão por jovem. O valor da assinatura é integralmente suportado pelo Estado”, explicam os ministérios da Juventude e Modernização, Assuntos Parlamentares e Educação, Ciência e Inovação num comunicado enviado às redações.

A medida tem metas ambiciosas. O Governo sublinha que o principal objetivo é “fomentar a literacia mediática e digital, combater a desinformação e promover o espírito crítico nos jovens”, capacitando-os para um consumo de informação mais consciente e informado.

 

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Patrick Dempsey é o novo embaixador da TAG Heuer Eyewear

“O ator norte-americano é mais do que um embaixador, ele é parte da nossa família. Não só partilha os nossos valores, como os incorpora na vida quotidiana”, diz George Ciz, diretor de marketing da Tag Heuer

A parceria da marca suíça Tag Heuer com o ator e piloto profissional de corridas de resistência, Patrick Dempsey, que tem mais de uma década, entra agora numa nova fase.

O embaixador da marca, eleito o ‘homem mais sexy do mundo’ pela revista People em 2023, é o novo rosto da linha de óculos da marca de relógios de luxo, fundada em 1860 por Edouard Heuer, e que hoje pertence ao grupo francês LVHM.

A marca compara a escolha de Patrick Dempsey à do antigo ator norte-americano, Steve McQueen, um piloto de sucesso que também competia regularmente em corridas de automóveis, e que colaborou com a Tag Heuer ao longo da carreira.

A empresa, que está a aprofundar a colaboração com competições internacionais de corridas, tornou-se a cronometrista oficial da Fórmula 1 em janeiro de 2025, substituindo a Rolex, que cumpria a função desde 2023.

George Ciz, diretor de marketing da Tag Heuer, destaca a importância do ator norte-americano para a marca. “Patrick Dempsey é mais do que um embaixador, ele é parte da nossa família. Não só partilha os nossos valores, como os incorpora na sua vida quotidiana”, segundo o comunicado de imprensa da Tag Heur.

As imagens da campanha, além da referência aos ícones do passado, apresentam uma visão refinada do catálogo de óculos da ‘maison’. O ator é fotografado com as linhas de óculos Jack Heuer e Mini Vingt-Sept.
A coleção de óculos Tag Heuer 2025, que também inclui novas peças das famílias Shield Pro e Avant-Garde, já está disponível online e nas lojas físicas.

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Crise habitacional em Lisboa vira campanha imobiliária

Desenvolvida pela Lola Normajean, a ação passa pela criação de um ‘show apartment’ nas ruas de Lisboa, a publicação de falsos anúncios em portais imobiliários e ainda a distribuição de flyers com pedras da calçada

A Comunidade Vida e Paz lança a campanha ‘Condomínio Olho da Rua’, com o objetivo de chamar a atenção para o problema das pessoas em situação de sem-abrigo da região de Lisboa e dessa forma, incentivar a doação de 0,5% do IRS a favor da ONG portuguesa.

A Comunidade Viva e Paz transforma o drama das ruas num falso empreendimento premium, recorrendo a todos os clichés do marketing imobiliário de luxo, de forma a chamar atenção para o direito básico de ter um teto.

 

Desenvolvida pela Lola Normajean, a ação passa pela criação de um ‘show apartment’ nas ruas de Lisboa, a publicação de falsos anúncios em portais imobiliários, a colocação de placas “vende-se” em casas reais despejadas e ainda a distribuição de flyers com pedras da calçada lisboeta.

A população em situação de sem-abrigo da cidade de Lisboa, segundo o comunicado da ONG, cresceu 25% só em 2024, incluindo agora famílias, crianças e jovens trabalhadores.

A campanha arrojada conta com Nuno Markl como embaixador e gerou 1,9 milhões em ‘earned media’. Além disso, viu as doações aumentarem 66% e o número de doares a crescer mais de 50%.

 

 

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Nuno Riça é jurado de ‘shortlist’ de Films em Cannes

“Vai ser uma injeção em dose industrial das melhores ideias do mundo, um privilégio. Pede-se exigência, sentido de responsabilidade e justiça na avaliação, mas conto divertir-me muito pelo caminho”, refere Nuno Riça (na foto), em declarações ao M&P

Catarina Nunes

Nuno Riça, diretor criativo da Bar Ogilvy, é jurado de seleção da ‘shortlist’ na categoria Films do Cannes Lions Festival Internacional de Criatividade. É também o único criativo em representação de agências nacionais a integrar um júri da edição deste ano do festival, que decorre em Cannes de 16 a 20 de junho.

“Espero ver muitos exemplos de excelência daquilo a que a indústria criativa já nos habituou ser capaz, com muita frescura, ‘craft’ imaculado, relevância e impacto. Mas confesso que estou mais ansioso por ver o que nunca pensámos ser possível, o supostamente inconcebível mas que afinal bate certo, ideias que criam um novo padrão”, refere Nuno Riça em declarações ao M&P.

O diretor criativo da Bar Ogilvy, desde 2020, considera que a seleção dos trabalhos a concurso, que posteriormente serão votados para prémio por outro grupo de jurados, “vai ser uma injeção em dose industrial das melhores ideias do mundo, um privilégio. Pede-se exigência, sentido de responsabilidade e justiça na avaliação, mas conto divertir-me muito pelo caminho”.

O trabalho de Nuno Riça é reconhecido nos principais festivais de criatividade e eficácia, em Portugal e no Cannes Lions, incluindo um Leão de Ouro em 2022, ao longo do percurso profissional em que trabalha marcas como Galp, TAP, Millennium, Nestlé, Frize, Olá e Jogos Santa Casa. Nascido em Lisboa, é licenciado em relações públicas e publicidade e começa a estagiar na BBDO, em 2006, como redator. Seguem-se a Strat e a Havas Worldwide, até 2013. Posteriormente, passa cinco anos na Bar Lisboa e transita para a Bar Ogilvy.

Em relação ao desempenho das agências portuguesas, Nuno Riça defende que “precisamos de ganhar consistência em Cannes, temos potencial para isso e acredito que as agências portuguesas podem dar mais um passo nesse sentido este ano”.

O júri de seleção de ‘shorlist’ abrange especialistas globais de todas as indústrias criativas, de 79 mercados e divididos pelas várias categorias do festival, em que o Azerbaijão, Bósnia e Herzegovina, Islândia e Mongólia estão representados este ano pela primeira vez. Marian Brannelly, diretora global de prémios do Cannes Lions, considera que “o júri de seleção de 2025 é um verdadeiro reflexo da natureza global da criatividade hoje. A adição de novos mercados como Azerbaijão, Bósnia e Herzegovina, Islândia e Mongólia é uma prova da crescente influência criativa e das economias dessas regiões”.

Sobre o autorCatarina Nunes

Catarina Nunes

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Dérbi Benfica-Sporting inspira campanha da Nos

O jogo que pode decidir o campeão nacional está na origem dos dois anúncios da nova vaga comunicacional da operadora, protagonizados por Pote, Geovany Quenda, Fredrik Aursnes, Vangelis Pavlidis e Júlio Isidro

A segunda vaga da nova campanha da Nos, ‘Liga Tudo A Que Ligas’ (na foto), tira partido do dérbi que opõe o SL Benfica ao Sporting CP a 10 de maio, apresentando dois filmes publicitários, um para cada equipa. Com criatividade da agência O Escritório, produção de Estela Rocha e da Krypton Films, realização de Augusto Fraga e estratégia de meios da Arena Media, os filmes contam com a participação dos futebolistas Pote, Geovany Quenda, Fredrik Aursnes e Vangelis Pavlidis e do apresentador de televisão Júlio Isidro.

“Reforçando o propósito da campanha, continuamos a apostar em ligar as pessoas às suas paixões, e, se há algo que apaixona os portugueses, é o futebol. A poucos dias do dérbi que poderá decidir quem será o próximo campeão nacional, lançamos novos spots que vêm reafirmar a sua relação com o futebol e a parceria com os dois clubes”, explica a Nos em comunicado de imprensa.

Divulgados em televisão e digital desde 8 de maio, os anúncios amplificam a campanha, que terá mais momentos relacionados com a final do campeonato de futebol nacional e com a celebração do título. Os próximos anúncios são revelados antes do fim do mês. “Todos estes spots estão alinhados com o objetivo da marca se tornar mais relevante para os portugueses, mais atual e capaz de acompanhar as conversas do momento”, salienta o documento.

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SAPO e APENO firmam parceria para impulsionar o enoturismo com a Wine Tourism TV

A presença da Wine Tourism TV no SAPO representa uma plataforma estratégica para alavancar o setor do enoturismo, impulsionando o desenvolvimento regional e criando novas oportunidades de negócio

O portal SAPO estabeleceu uma nova parceria com a APENO – Associação Portuguesa de Enoturismo – para integrar a Wine Tourism TV na oferta de conteúdos. A colaboração visa promover Portugal como destino de excelência para enófilos e viajantes, através do primeiro canal de televisão do mundo dedicado exclusivamente ao enoturismo.
Com esta parceria, a programação da Wine Tourism TV passa a estar disponível em exclusivo no SAPO, reforçando a presença do canal junto de milhões de utilizadores. Entrevistas, reportagens, documentários e formatos originais que exploram as regiões vitivinícolas, os produtores, as castas, as experiências enoturísticas e a cultura do vinho portuguesa, estarão agora acessíveis a uma audiência mais ampla.
“Estamos muito felizes com esta parceria. A Wine Tourism TV foi lançada em outubro do ano passado com uma programação diversificada que inclui um noticiário semanal, dois programas temáticos e inúmeros vídeos dos nossos parceiros e entidades ligadas ao vinho e ao turismo em Portugal. A nossa audiência crescia todos os dias, mas agora, com a projeção que o SAPO nos oferece, vamos chegar muito mais longe. O mundo do vinho e do enoturismo só tem a ganhar com esta união”, afirma Maria João de Almeida, presidente da APENO, em comunicado de imprensa.
Para Gil Moreira, Diretor-Geral do SAPO, “a ligação a um parceiro com a inovação e o nível de especialização da APENO através da Wine Tourism TV, permite ao SAPO disponibilizar aos seus leitores e utilizadores conteúdos diferenciadores e representativos da capacidade de desenvolvimento das marcas do país além fronteiras”.
A presença da Wine Tourism TV no SAPO representa uma plataforma estratégica para alavancar a visibilidade do setor do enoturismo no panorama mediático nacional e internacional, impulsionando o desenvolvimento regional e criando novas oportunidades de negócio para os profissionais do setor. A partir de agora, toda a gestão comercial da Wine Tourism TV será assegurada pelo SAPO, garantindo uma abordagem profissional, estruturada e com grande alcance no mercado digital português.
O SAPO continua a destacar-se como o portal mais visitado em Portugal. Em 2024, o site registou uma média mensal superior a três milhões de utilizadores e ultrapassou os 120 milhões de ‘pageviews’ por mês.
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Miguel Giménez de Castro dirige assuntos corporativos e ‘engagement’ da L’Oréal

“Vivemos um momento em que a reputação corporativa deixou de ser apenas um valor intangível para se tornar uma alavanca estratégica, que influencia a capacidade de exercer influência, atrair talento e garantir a sustentabilidade a longo prazo”, diz Miguel Giménez de Castro (na foto)

O L’Oréal Groupe escolhe Miguel Giménez de Castro para diretor de assuntos corporativos e ‘engagement’ para Portugal e Espanha, com início de funções a 1 de maio.

“Encaro esta nova etapa com entusiasmo e compromisso. É um privilégio poder liderar uma área que desempenha um papel essencial na articulação do posicionamento, do impacto e das relações com os grupos de interesse de uma empresa global como o L’Oréal Groupe. Vivemos um momento em que a reputação corporativa deixou de ser apenas um valor intangível para se tornar uma alavanca estratégica, que influencia a capacidade de exercer influência, atrair talento e garantir a sustentabilidade a longo prazo”, refere Miguel Giménez de
Castro, citado em comunicado de imprensa.

Miguel Giménez de Castro irá liderar as áreas de comunicação externa e interna, estratégia de assuntos públicos, gestão de crise, ‘engagement’ de colaboradores e construção da marca corporativa. “Nesta nova função, vai integrar de forma estratégica as funções de comunicação corporativa e assuntos públicos, com o objetivo de maximizar o impacto do grupo entre os seus ‘stakeholders’ chave e fortalecer o seu posicionamento como ator empresarial responsável por um ambiente regulatório e dinâmico”, avança a L’Oréal em comunicado de imprensa.

Com um percurso internacional, Miguel Giménez de Castro conta com 20 anos de experiência em comunicação corporativa, relações institucionais e gestão de ‘stakeholders’, em setores altamente regulamentados como a energia, o aço, a automação e a tecnologia. Inicia a carreira na Repsol, em 2006, onde assume funções na área de comunicação e assuntos públicos, incluindo a direção destas áreas para a Argélia e outros mercados internacionais.

Posteriormente, ingressa na ArcelorMittal e na ThyssenKrupp, onde funda e lidera o departamento de comunicação e assuntos governamentais, para 72 países – como a Turquia – no Médio Oriente e África. No âmbito da automação, desempenha o cargo de diretor de comunicação, parcerias e liderança na Jannarelly Automotive, antes de se juntar à IBM, em 2021, como líder de comunicação, marca e liderança social para Espanha, Portugal, Grécia e Israel. Desde 2024 tem liderado a comunicação para a região de EMEA, englobando meios, marcas, crises, comunicação executiva e empresarial.

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SaTG amplifica campanha espanhola da Uber Eats com lançamento de restaurantes virtuais

Os ex-futebolistas Gerard Piqué (na foto, à esq.) e Iker Casillas (à dta.) retomam picardias antigas, num projeto que “requereu muita coordenação e resiliência”, revela ao M&P João Ribeiro, sócio-gerente da agência Stream and Tough Guy

O jogo do campeonato espanhol que opõe o FC Barcelona ao Real Madrid CF, no próximo dia 11, está na origem da nova fase da campanha que a Stream and Tough Guy (SaTG) desenvolveu para a Uber Eats.

Entre os dias 9 e 11, a plataforma digital de restauração recupera a rivalidade entre os dois clubes através de três anúncios que mostram os ex-futebolistas Gerard Piqué e Iker Casillas a retomar picardias antigas para promover as bolachas Manitas de Piqué e os palmiers Orejonas de Casillas.

“O maior desafio neste projeto foi conseguir ‘cozinhar’ a opinião de todos os intervenientes nesta receita (SaTG, Uber Eats, La Liga, Gerard Piqué e Iker Casillas) acerca de todos os ingredientes da campanha, a tempo de sair do forno antes do jogo, que é já no próximo domingo. Foi um projeto que requereu muita coordenação e resiliência”, assume ao M&P João Ribeiro, cofundador e sócio-gerente da agência.

As Manitas de Piqué e as Orejonas de Casillas, as duas especialidades gastronómicas comercializadas nos dois restaurantes virtuais que os ex-futebolistas anunciam nos filmes publicitários, criados para televisão e digital, são comercializadas pela Uber Eats em exclusivo, em Madrid e Barcelona.

“Isto reforça a nossa estratégia de querer fazer trabalho a partir de Portugal para qualquer parte do mundo. Além de Espanha, já fizemos trabalhos para países como o Paquistão e os Estados Unidos, entre outros. Temos mais ideias no forno à espera de saírem para outros mercados muito em breve”, desvenda João Ribeiro.

Depois de reacenderem as picardias futebolísticas na última campanha publicitária conjunta, na qual o antigo defesa catalão e o ex-guarda-redes madrileno trocavam piadas sobre ‘manitas’ e ‘orejonas’, a Uber Eats transforma esses símbolos do futebol em produtos reais que os adeptos poderão encomendar em exclusivo, para saborearem nos dias que antecedem o clássico.

“As Manitas de Piqué são bolachas em forma de mão, inspiradas no mítico gesto do catalão após a vitória por 5-0 do FC Barcelona frente ao Real Madrid CF, em 2010. Já as Orejonas de Casillas são comercializadas numa caixa com 15 palmiers, um por cada troféu da Liga dos Campeões conquistado pelo Real Madrid CF”, explica a SaTG em comunicado de imprensa.

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8ª Avenida junta-se a Camaleaooo para recriar a Liga dos Campeões

O centro comercial, gerido e comercializado pela CBRE, junta-se ao conhecido criador de conteúdos nas redes sociais para consolidar a estratégia digital e de fidelização

O 8ª Avenida, centro comercial gerido e comercializado pela CBRE, dá mais um passo na consolidação da estratégia digital e de fidelização com o lançamento de um sistema de recompensas, a ‘Liga dos Pontos’.

Para dar a conhecer esta novidade, o 8ª Avenida junta-se ao conhecido criador de conteúdos nas redes sociais, Camaleaooo, para uma recriação da Liga dos Campeões.

A campanha do 8ª Avenida pretende transformar o clube de fidelização numa autêntica liga em que cada compra e cada visita ao centro comercial se tornam jogadas decisivas para acumular pontos e chegar ao topo das vantagens.

Esta nova funcionalidade é a materialização da estratégia global da Castellana Properties, que aposta numa transformação digital centrada na experiência do cliente e na criação de valor a longo prazo.

Este novo sistema vem reforçar a ligação entre o 8ª Avenida e os clientes, premiando a interação com benefícios reais e personalizados, através de uma experiência ‘gamificada’ que torna o processo de fidelização mais interativo. Através da APP, os utilizadores podem acumular pontos com ações simples do dia-a-dia — dentro ou fora do centro — e trocá-los por prémios, descontos, vantagens exclusivas ou participação em passatempos.

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