Marcas da distribuição podem atingir quota de 42% em 2012
Marcas da distribuição poderão passar de uma quota de 36,6 para os 40%

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A Kantar Worldpanel fez as contas e chegou à conclusão que o aumento do IVA no grande consumo poderá representar em média, um acréscimo de até 17 euros por ano, por lar, sendo certo que este deverá ser o sector menos afectado relativamente a outras áreas, como o lazer, cultura, vestuário, bens duráveis e qualquer outra despesa considerada não essencial. Sabendo-se que a actual conjuntura não contribui para o índice de confiança dos consumidores, o segundo trimestre de 2011 registou uma pequena recuperação do consumo no lar, depois de nos primeiros três meses do ano se ter verificado uma forte retracção do consumo Fast Moving Consumer Goods (FMCG).
Reflexo desta realidade foi a menor retracção do gasto por acto de compra e um ligeiro aumento das visitas, mantendo-se o crescimento das Marcas da Distribuição (MdD). Ou seja, segundo dados divulgados esta quarta-feira, os lares portugueses compraram, no acumulado deste ano até à data (YTD P9 2011), quase o mesmo mas em mais vezes (frequência de compra aumentou 1,4%). Quanto às compras por volume e valor, a consultora indica uma estagnação no primeiro item, enquanto no segundo a evolução foi de 0,7%. Já o preço registou um incremento de 0,8% para o gasto efectuado por acto de compra ter decaído 1,9% face ao mesmo período de 2010.
Significativa foi a evolução das marcas da distribuição (MdD), incluindo as de primeiro preço, que atinge no final do período em questão uma quota de 36,6% para nos produtos alimentares chegar aos 40%, prevendo a Kantar Worldpanel que, em 2012, essa quota possa chegar aos 42%, reflexo da procura por opções de substituição com o objectivo de contenção de custos.
Na comparação entre MdD e Marcas de Fabricante (MdF), as marcas dos retalhistas saem claramente vencedoras, verificando-se que, em valor, as MdD crescem 10% nas compras de FMCG (sem frescos), enquanto as MdF retraem 2,6%. Também em volume a oferta das marcas do retalho ganha, com uma evolução de 5,4% contra um decréscimo das MdF de 4,8%. Só mesmo no preço médio é que as duas se aproximam, com as MdD a subir 3%, enquanto as MdF evoluem 2,1%.
Portugueses acham que crise dura pelo menos três anos
Um reflexo da actual conjuntura, e mais importante da falta de confiança que existe no futuro, leva a que a percentagem das famílias que sentem mais a crise também tivesse aumentado, passando de 19%, em 2010, para uns actuais 22%, sendo estes também os mais pessimistas em relação a actual e futura conjuntura, admitindo que a crise irá durar pelo menos três anos.
Também é este o grupo de famílias que mais poupança procura na compra de MdD e 1.º Preço, com insígnias como Lidl e Minipreço a saírem beneficiadas por esta procura. Neste aspecto, a consultora adianta que este é o grupo que muda o seu comportamento e local de compra, sendo mais comedido, focado no essencial e que faz mais refeições em casa, admitindo que este grupo de shoppers deverá aumentar em 2012.
Em conclusão, a Kantar Worldpanel antecipa alguns vectores que certamente se vão intensificar em Portugal, em termos genéricos, destacando as compras mais baratas e o “downtrading”, além de admitir que as principais insígnias da distribuição moderna vão ganhar mais importância e preferência e que existirão oportunidades de negócio para quem apresentar opções relacionadas com um maior consumo caseiro.