Trabalhos da R-Typography (na foto, à esq.), de Pedro de Sousa (ao centro) e de Silvia Matias (à dir.) conquistam galardões no concurso internacional de tipografia e design de tipos do Type Directors Club
Trabalhos da R-Typography (na foto, à esq.), de Pedro de Sousa (ao centro) e de Silvia Matias (à dir.) conquistam galardões no concurso internacional de tipografia e design de tipos do Type Directors Club
A empresa portuense R-Typography, o designer e investigador visual Pedro de Sousa e Silvia Matias, fundadora e diretora criativa do estúdio lisboeta Non-Off, conquistam prémios no TDC 2025, concurso internacional de tipografia e design de tipos lançado pelo Type Directors Club (TDC), em Nova Iorque, em 1953.
Ramboia é o nome do projeto que leva a R-Typography a figurar entre os vencedores. “Esta fonte é uma versão divertida e alegre inspirada na tradição francesa antiga. Combinando acessibilidade com elegância, esta família tipográfica de cinco pesos é criada inteiramente com curvas soltas e fluidas, livres de ângulos, para uma sensação suave e relaxante”, explica o TDC no site da instituição.
Pedro de Sousa é distinguido pela primeira versão de 2024 da Barra Monospaced Experimental Typography, uma fonte experimental monoespaçada desenvolvida com barras verticais de cantos arredondados, que inclui 126 caracteres experimentais.
Já Silvia Matias vê reconhecida a fonte Carnation, Word and Melody. Inspirada nos cravos da revolução de 25 de Abril, foi usada para promover um ciclo de debates com poetas, pensadores e intérpretes em diálogo sobre as experiências nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) antes e depois do 25 de abril de 1974, no âmbito das comemorações dos 50 anos da libertação de Portugal do regime ditatorial, em 2024.
“Esta fonte vai buscar inspiração aos cartazes políticos portugueses e africanos da década de 1970, onde a tipografia contrastante era o mote principal”, esclarece o TDC, que na 71ª edição do concurso distingue cerca de 160 projetos de todo o mundo. “Somos uma comunidade global unida pela crença partilhada de que as fontes e a tipografia impulsionam a cultura e vice-versa”, refere a instituição.
A Autoridade Tributária, a Segurança Social e um grupo de 20 trabalhadores pedem para votar plano de insolvência da Trust in News por escrito. Impostos e salários estão em atraso
O futuro da Trust in News (TiN) foi adiado por mais dez dias. Um grupo de credores, que inclui a Autoridade Tributária e Aduaneira, a Segurança Social e um grupo de 20 trabalhadores, pediu para votar o plano de insolvência do grupo de media por escrito, na reunião de 6 de maio, no Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa Oeste, em Sintra.
“Alguns dos credores que estiveram presentes na reunião registaram o seu sentido de voto. Aos outros, foi-lhe concedida essa prerrogativa, que está prevista na nossa legislação”, revela ao M&P André Correia Pais, administrador de insolvência da empresa, que detém órgãos de comunicação social como a Visão, a Exame, a Caras, a TV Mais, a Telenovelas, a Activa, o Holofote e a Prima.
A assembleia de credores discutiu o plano de insolvência da TiN, que prevê um investimento máximo de €1,5 milhões, a venda de títulos e a criação de uma ‘task force’ para renegociar contratos e baixar custos. O documento, apresentado por Luís Delgado, contempla ainda o encerramento da delegação no Porto, a redução de colaboradores e o pagamento faseado das dívidas à Autoridade Tributária e Segurança Social, em 150 prestações.
O encontro acontece numa altura em que o grupo continua com impostos e salários em atraso. “Tenho tentado fazer os possíveis, mas não é fácil. A incapacidade de acedermos a crédito torna a gestão da TiN complexa de gerir. À exceção do mês de dezembro de 2024, temos todos os impostos em dia, à data de hoje, mas os salários de abril ainda não foram integralmente pagos”, esclarece André Correia Pais, que conta regularizar a situação “nos próximos dias”.
Entre 12 e 15 de abril, a sede da TiN, no Taguspark, em Oeiras, esteve sem água e eletricidade por falta de pagamento. Embora a verba em dívida não tenha sido regularizada, a administração do espaço chegou a acordo com a TiN, com o grupo a comprometer-se a abandonar as instalações até ao fim de junho.
“Temos tido as dificuldades inerentes à atividade em si e à própria situação de insolvência, mas temos feito o que é possível ao longo dos últimos cinco meses, desde que assumi o cargo de administrador de insolvência desta empresa”, assegura André Correia Pais.
O grupo britânico, que emprega cerca de 40 mil pessoas em todo o mundo, deixa cair a marca com duas décadas para dar origem à WPP Media. A notícia é avançada pela Ad Age
O WPP prepara-se para substituir o GroupM pelo WPP Media, uniformizando a designação, à semelhança do que fez o Publicis Groupe com a Publicis Media e o Grupo Omnicom com o Omnicom Media Group. A notícia é avançada pela Ad Age, que indica que o grupo britânico, que emprega cerca de 40 mil pessoas em todo o mundo, um terço da força produtiva do WPP, prepara-se para reduzir o número de colaboradores.
“2025 será um ano de transição”, tinha avisado Brian Lesser, citado na Adweek, quando assumiu o cargo de CEO global do GroupM, em setembro de 2024, substituindo Christian Juhl. No entanto, em declarações à publicação, fonte da empresa não confirma as informações. “Não comentamos especulações”, diz fonte do GroupM à Adweek.
O WPP também não comenta o plano de despedimentos que, segundo a Ad Age, está a ser delineado para avançar ainda antes do verão, em simultâneo com a troca de designação de GroupM, que integra as agências Mindshare, Wavemaker, EssenceMediacom e T&Pm, por WPP Media, sendo que a empresa detém ainda o GroupM Nexus, a Choreograph e o GroupM Motion Entertainment.
O GroupM, responsável pelo planeamento, compra e análise de meios de marcas como Airbnb, Coca-Cola, Google, Adidas e Ford, negoceia anualmente cerca de 60 mil milhões de dólares (€52,9 mil milhões) em publicidade em televisão, plataformas digitais, imprensa e outros suportes, em todo o mundo.
No relatório de apresentação de resultados de 2024, o WPP reportou uma receita de 14,7 mil milhões de libras (€17,3 mil milhões), menos 0,7% face a 2023. No primeiro trimestre deste ano, o grupo anuncia uma receita de 3,2 mil milhões de libras (€3,7 mil milhões), o que corresponde a uma quebra de 5% em comparação com o mesmo período de 2024.
A função tem significados diferentes consoante a agência e abrange diversas áreas de atuação. Enquanto uns concentram-se na revisão das operações internas, outros centram-se no trabalho com os clientes, na venda de produtos ou na formação de funcionários
O número de agências a nomear profissionais para o cargo de diretor de inteligência artificial (IA) tem vindo a aumentar, refletindo o papel crescente que a IA assume nas estratégias empresariais, noticia a Ad Age. Nos últimos três meses, tanto a Stagwell como a Monks nomeiam diretores de IA, enquanto o IPG cria uma posição executiva focada no desenvolvimento das capacidades comerciais com IA.
A função tem significados diferentes consoante a agência e abrange diversas áreas de atuação. Enquanto alguns diretores de IA concentram-se na revisão das operações internas, outros centram-se no trabalho com os clientes, na venda de produtos e na seleção de parcerias. Alguns destes executivos são também responsáveis pela educação e formação dos funcionários, bem como pela gestão da ética e da governação.
A nomeação de um líder dedicado à IA ajuda as agências, que investem milhões nesta tecnologia, a tirar o máximo partido da mesma. No entanto, esta é uma função que requer adaptação e responsabilidade. A maioria dos diretores de IA tem experiência em dados e automação, mas nem todos têm experiência em agências tradicionais.
Os diretores de IA são responsáveis pelo desenvolvimento de ferramentas e sistemas que simplificam o trabalho dos funcionários e dos marketers, mas também têm de garantir que as ferramentas que desenvolvem são construídas de forma responsável e ética.
É o caso de Daniel Hulme, diretor global de IA do WPP, que está a desenvolver agentes de IA para ajudar o WPP em tarefas como a compra de meios e soluções de ‘back-end’, mas também é responsável por garantir que os sistemas de IA são seguros e se comportam de forma sensata.
Estes profissionais devem ainda manter-se a par dos mais recentes desenvolvimentos da tecnologia e saber democratizar a informação em toda a equipa, educando os funcionários e aliviando as suas preocupações, segundo revelam alguns dos executivos contactados pela Ad Age.
Depois de anunciar Andrés Martín como o novo diretor de assuntos corporativos e regulamentares para Espanha e Portugal, a British American Tobacco aumenta a equipa
João Pedro Lopes (na foto) é a nova contratação da British American Tobacco (BAT), empresa de bens de consumo multicategoria, reforçando a equipa de assuntos corporativos e regulamentares, que desde o final de 2024 tem Andrés Martín como diretor ibérico.
“Com uma sólida experiência e um histórico de trabalho comprovado nesta indústria, João Pedro Lopes assume esta função num momento de profunda transformação do setor, onde a transparência, a regulamentação e a responsabilidade social são cada vez mais importantes”, explica a BAT Portugal em comunicado de imprensa.
O advogado, que conta com mais de uma década de atividade profissional enquanto gestor de assuntos corporativos, tem experiência em gestão da reputação e de relações institucionais, tendo trabalhado no Ministério da Justiça, no Parlamento Europeu, no JP.Group e na Imperial Tobacco ao longo da carreira.
“Para além deste ser um setor em transformação, acredito que posso contribuir de forma bastante positiva para solidificar a reputação da mesma no mercado nacional. Pretendo ajudar a BAT a construir ‘Um Amanhã Melhor’, o nosso ‘claim’, reduzindo o impacto do seu negócio na saúde e, assim, construir um negócio sustentável a longo prazo”, diz João Pedro Lopes, citado no documento.
Há 38 projetos em ‘shortlist’ nos Briefs Abertos CCP 2025
Os desafios, lançados em parceria com as marcas Betclic, Leroy Merlin, Nos/WTF e Zippy, deram origem a 161 propostas, apresentadas por 362 jovens criativos. Os vencedores são conhecidos no dia 23
Dos 161 projetos apresentados por 362 jovens criativos em resposta aos quatro desafios dos Briefs Abertos CCP 2025, 38 integram a lista de finalistas. “Este ano, a iniciativa conta com dez trabalhos em ‘shortlist’ no Brief Aberto Betclic, nove trabalhos no Brief Aberto Nos/WTF, nove trabalhos no Brief Aberto Leroy Merlin e também dez trabalhos no Brief Aberto Zippy”, informa o Clube da Criatividade de Portugal (CCP) em comunicado de imprensa.
Um júri, composto por representantes das marcas e profissionais convidados pelo CCP, avalia os trabalhos, com os vencedores a serem conhecidos no dia 23 de maio, durante a 27ª Gala de Entrega de Prémios CCP, que terá lugar na Fábrica de Pão, no Beato Innovation District, em Lisboa.
“Os vencedores na ‘shortlist’ ganham a anuidade sócio CCP, passando a integrar o Diretório CCP e a ser membros do ADCE. Têm também acesso a descontos no festival, nas atividades e nos parceiros. Aos grandes vencedores dos Briefs Abertos 2025 soma-se o prémio de €1.000, a possibilidade de ser jurado júnior no Festival CCP e ainda de representar Portugal em iniciativas do ADCE”, informa o documento.
BT-03 – Marta Rodrigues, Liliana Dantas e André Elvas BT-04 – Eduardo Mendes Cid e António da Costa Saraiva BT-11 – Rui José da Silva Oliveira e Rodrigo Miguel Caixinha Abrantes BT-13 – Rafael Luis Rodrigues Gomes e Joana Quintela de Noronha Moura BT-26 – Carolina Rodrigues e Pedro Chula BT-30 – Jéssica Lagos e Zé Perdigão BT-38 – Elsa Nogueira BT-41 – Carolina Leitão e João Tavares BT-44 – Francisco Lopes Lampreia, Tetyana Golodynska e Miguel de Abreu Duarte BT-53 – Rodrigo Montez e José Sampaio
WTF-01 – Ana Beatriz Ribeiro e Flor Kong WTF-24 – David Canaes e Francisco Roque do Vale WTF-25 – Patricia Barros Francisco e Pedro Chula WTF-32 – Tiago Pereira, André Nunes e Marisa Ferreira WTF-43 – Ana Luísa Dias Santos e Duarte Dargent de Figueiredo WTF-44 – Beatriz Martinho e Catarina Moura WTF-46 – Raquel Aguiar e Pedro Escarameia WTF-54 – Carolina Leitão e Mariana Cordeiro WTF-57 – Marta e Sena Nunes e Leonor Ventura Pedro
LM-05 – Udo Döhler Neto LM-06 – Marta Rodrigues, Liliana Dantas e André Elvas LM-09 – Guilherme Vasques e Cláudia Encarnação LM-11 – Liza Semegen LM-25 – Patricia Barros Francisco e Zé Perdigão LM-29 – Carolina Leitão e João Tavares LM-31 – Rita Costa e Bernardo Barros LM-33 – Henrique Santos e Marta Carrilho LM-34 – Duarte de Figueiredo e Mário Correia Aleixo
ZP-01 – Maria Panarra, Beatriz Ryder e Patrícia Caxatra Coelho ZP-02 – Débora Gonçalves Patrocínio ZP-13 – Joana Antunes e Mariana Trindade ZP-24 – David Canaes e Francisco Roque do Vale ZP-31 – Maicon Douglas de Oliveira Costa e Maria Vaz De Oliveira ZP-33 – Inês Soares Furtado Amaral Design ZP-34 – Beatriz Almeida e Henrique Santos ZP-38 – Tiago Dias Filipe e Mariana Casaca Afonso ZP-45 – André Coelho e Pedro Escarameia ZP-48 – Manuel Stock e Renato Porfírio
Agência espanhola TheGarage expande-se para Portugal
Liderada por Andreia Pereira, a agência independente de influência criativa aplicada à comunicação, às relações públicas e ao marketing, fundada em 2015, já trabalhava no mercado nacional
A agência espanhola theGarage, especializada em influência criativa aplicada à comunicação, às relações públicas e ao marketing, passa a contar com uma base em Lisboa, expandindo a presença no país, dez anos após a fundação.
“Sempre fez parte dos nossos planos poder prestar serviços de forma direta no país. Iniciamos esta nova etapa com muito orgulho e com um grande sentido de responsabilidade”, garante Mário Jiménez, fundador e CEO da theGarage, citado em comunicado de imprensa.
Liderada por Andreia Pereira, que construiu a maior parte da carreira profissional em agências em Portugal, trabalhando clientes e marcas ligadas ao turismo, ao ‘lifestyle’, à restauração, ao retalho e ao setor corporativo, a agência madrilena passa a ter uma equipa própria permanente na capital portuguesa.
A agência, que terminou 2024 com um aumento de 13% na faturação, fruto de um volume de negócios de €5,5 milhões, tem uma carteira de clientes com cerca de 65 marcas. “Esperamos expandir gradualmente os serviços e equipas em Portugal, com o objetivo de consolidar a presença no país e impulsionar novos projetos”, refere ainda Mário Jiménez.
Amazon anuncia lucros de €15,16 mil milhões no primeiro trimestre
Os resultados superam as expetativas dos analistas mas as fracas previsões para o próximo trimestre preocupam os investidores. A empresa alerta para o impacto negativo das tarifas comerciais
A gigante do comércio eletrónico Amazon anuncia um lucro de 17,13 mil milhões de dólares (€15,16 mil milhões) no primeiro trimestre, um aumento de 64% em termos homólogos.
As vendas foram as maiores impulsionadoras de receitas. Nas lojas online cresceram 5% para 57,41 mil milhões de dólares (€50,72 mil milhões), detalha a empresa num comunicado publicado no fecho de Wall Street.
O volume de negócios total da empresa foi de 155,67 mil milhões de dólares (€137,77 mil milhões), um aumento de 8% face aos 143,3 mil milhões de dólares registados no mesmo período de 2024.
O resultado operacional subiu para 18,4 mil milhões de dólares (€16,99 mil milhões), acima dos €15,3 mil milhões do ano anterior. Os resultados superam as expetativas dos analistas, mas as fracas previsões para o próximo trimestre preocupam os investidores.
Andy Jassy, CEO da Amazon, destaca a inovação como um dos pilares do desempenho. “Estamos satisfeitos com o início de 2025, especialmente com o ritmo da inovação e a melhoria contínua da experiência do cliente”, segundo o comunicado da empresa.
Entre as novidades, salientam-se o lançamento da nova Alexa+, a expansão do projeto Kuiper, com o lançamento dos primeiros satélites para fornecer internet acessível a zonas carenciados em todo o mundo, as novas funcionalidades de IA generativa e novidades no retalho e entregas mais rápidas.
Apesar dos resultados positivos, a Amazon alerta para o impacto negativo das tarifas comerciais, num momento em que se intensificam as incertezas no comércio internacional. A empresa assegura que as previsões estão sujeitas a incerteza devido a fatores como “flutuações nas taxas de câmbio”, “políticas tarifárias e comerciais” ou mudanças no consumidor devido a uma possível “recessão”.
A Amazon Web Services (AWS) e os serviços de publicidade aumentaram de forma expressiva, com a AWS, motor da empresa, a crescer 17% no trimestre, gerando 29,27 mil milhões de dólares em vendas (€27,1 mil milhões). Este negócio continua a destacar-se, representando mais de 60% do lucro operacional da empresa.
Jeff Bezos volta a vender ações da Amazon
O fundador da empresa de comércio eletrónico, JeffBezos, quer regressar ao mercado e planeia vender 25 milhões de ações ao longo dos próximos doze meses.
O resultado da venda poderá resultar num reforço de financiamento da empresa espacial Blue Origin, para continuar a desenvolver as visitas ao espaço.
Esta não é a primeira vez que o fundador da Amazon vende ações da empresa que lançou em 1994. Ao longo de 2024, Bezos vendeu mais de 13,4 mil milhões de dólares (€11,8 mil milhões) em títulos da empresa que detém a plataforma de ‘e-commerce’.
“Em 2011, iniciámos a expansão internacional no Brasil, ainda como Inforpress, abrindo um escritório no Rio de Janeiro”, recorda Núria Vilanova (na foto), fundadora e presidente executiva da Atrevia
A Atrevia está a investir no Brasil com a aquisição da XCOM, agência de relações públicas, marketing de influência e marketing digital, com sede em São Paulo. A operação insere-se no Plano Estratégico 2024-2028 da consultora de comunicação e de assuntos públicos, que se pretende consolidar como a principal consultora nestas áreas, em todos os países de língua espanhola e portuguesa.
“Esta operação representa um passo estratégico no reforço da presença da Atrevia nos países de língua portuguesa, onde Portugal e Brasil assumem um papel de destaque”, refere a Atrevia em comunicado de imprensa, acrescentando que a liderança da agência manter-se-á associada à empresa, garantindo continuidade, expertise local e alinhamento com a visão da Atrevia.
Para Daniela Agra, presidente da Atrevia, “esta operação reforça não só a presença da Atrevia no Brasil, mas também a nossa capacidade de gerar sinergias e desenhar estratégias de comunicação consistentes entre os dois principais mercados de língua portuguesa”.
“A afinidade cultural e linguística que Portugal e Brasil partilham representa uma enorme vantagem competitiva para clientes que atuam ou querem atuar de forma estratégica nos dois lados do Atlântico. É mais um passo no crescimento sustentado da Atrevia e reforça a nossa ambição de liderar a comunicação empresarial e institucional no espaço ibero-americano”, salienta Daniela Agra.
A XCOM tem uma equipa de 40 profissionais, trabalha marcas como UOL, PagBank, Instituto Brasileiro de Governança Corporativa ( IBGC), St. Marché, Construtora Patriani e Complexo Tatuapé, e não é a estreia da Atrevia no mercado brasileiro. “Em 2011, iniciámos a expansão internacional no Brasil, ainda como Inforpress, abrindo um escritório no Rio de Janeiro. Agora, como Atrevia, fortalecemos ainda mais a nossa presença no país com a aquisição da XCOM”, recorda Núria Vilanova, fundadora e presidente executiva da Atrevia, citada em comunicado de imprensa.
A Atrevia está presente em 15 países, como Espanha, Portugal, Bélgica, Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, México, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai, e conta com uma equipa de 650 profissionais multidisciplinares. Esta aquisição reforça a aposta num crescimento inorgânico sustentado, através de parcerias e integrações com empresas com ‘know-how’ e presença regional complementares.
A marca de moda francesa, que colaborou com a Max na produção da série ‘The White Lotus’, escolhe o ator, que interpreta a personagem Greg Hunt, para protagonizar a nova campanha
A Jacquemus procura capitalizar o êxito da terceira temporada da série ‘The White Lotus’, ao escolher Jon Gries (na foto) como o novo rosto da marca. O ator norte-americano, que interpreta a personagem Greg Hunt, protagoniza a campanha de primavera/verão 2025 da marca, fotografada por Andrew Jacobs e filmada por Yoann & Marco, num campo de golfe.
Os anúncios mostram o ator, que faz 68 anos a 17 de junho, com peças da nova coleção da marca, a segurar bananas, o fruto que aparece nos boxers que Jon Gries exibe num dos looks. A banana também integra o padrão do vestido que a Jacquemus apresentou no desfile de moda que realizou em janeiro, em França. A campanha já está a ser divulgada em imprensa, meios digitais e redes sociais.
Jon Gries, que tem apenas 67,6 mil seguidores no Instagram, é o único ator a figurar nas três temporadas da série ‘The White Lotus’, com a audiência do último episódio da terceira temporada a atrair a atenção de 6,2 milhões de espectadores, mais 1,4 milhões do que os 4,8 milhões que viram o final da segunda. De acordo com o The New York Times, a terceira história da série já foi vista por cerca de 20 milhões de pessoas em todo o mundo.
A Jacquemus colaborou com a plataforma de streaming Max na produção de ‘The White Lotus’, desenvolvendo figurinos para várias personagens. Alex Bovaird, a figurinista que assina os looks das personagens nas três temporadas, trabalhou com o designer Simon Porte Jacquemus na criação de alguns dos visuais que Chloe, personagem interpretada pela atriz Charlotte Le Bon, usa na produção.
Uma das criações da Jacquemus que a atriz Charlotte Le Bon usa na terceira temporada de ‘The White Lotus’
Menos é mais: a publicidade que dispensa logótipos e explicações
Com a atenção do consumidor a durar menos do que um scroll, a publicidade minimalista fala para os consumidores que procuram transparência, autenticidade e humildade. A tendência é um movimento de regresso à simplicidade
Uma marca deve refletir a forma como a sociedade pensa e funciona. Quanto mais próxima estiver dos consumidores, maior será a probabilidade de ser eficaz. Numa era em que a atenção do consumidor dura menos do que um scroll, as marcas estão a alterar a forma como se relacionam com os consumidores, não em termos do meio, mas sim do que escolhem representar e da forma como o fazem.
Surge um novo tipo de publicidade minimalista que dispensa logótipos e explicações, e não apresenta os elementos característicos que definem uma marca, transmitindo a sensação de não se estar a ver um anúncio.
“As pessoas gostam deste tipo de anúncios porque estão habituadas a uma publicidade muito explicativa. O que isto faz é valorizar a inteligência dos consumidores através do anúncio. Sem dizer muita coisa, fornece uma certa gamificação em que as pessoas têm de descodificar qual é a marca e isso acaba por chamar a atenção e por ser uma boa forma de trabalhar a notoriedade”, afirma João Ribeiro, cofundador e sócio-gerente da Stream and Tough Guy, em declarações exclusivas ao M&P.
A campanha ‘Just Lime’ da Gut Buenos Aires para a Corona é um dos exemplos mais recentes deste género de campanhas. Nem o logótipo, nem o produto estão presentes. Neste anúncio, a Corona promove o caráter icónico da marca através de um único elemento: a rodela de lima. A mesma rodela que é quase sempre associada à experiência de beber uma Corona e que a marca considera um ritual universal.
A campanha ‘Icons’, da BBH London para o Tesco, substitui o logótipo da marca por alimentos frescos FOTO DR
Ausência de informação é chamativa
Esta tendência está relacionada com um movimento mais amplo, o regresso à simplicidade. Atualmente, os consumidores procuram transparência, autenticidade e humildade, sobretudo no que diz respeito aos produtos e aos valores das marcas. De acordo com o mais recente relatório de tendências da VML, ‘The Future 100’, 82% dos inquiridos preferem publicidade humilde que evite afirmações grandiosas. Esta mudança leva ao surgimento da ideia de minimalismo na construção da marca, em que a visibilidade e a clareza são fundamentais. O minimalismo deixa de ser apenas uma escolha estética e torna-se uma declaração de confiança e de maturidade da marca.
“Apesar de não parecerem anúncios, acabam por ser, claramente, anúncios. A diferença está no facto de jogarem com a curiosidade das pessoas. Normalmente, os anúncios são mais poluídos e contêm mais informação. Nestas campanhas, há um minimalismo que chama a atenção, a ausência de informação por si só é chamativa”, considera João Ribeiro.
É o caso da campanha ‘Icons’, criada pela BBH London para o retalhista britânico Tesco, que quebra uma das regras mais importantes do branding ao alterar o logótipo icónico da marca. A campanha tem como objetivo posicionar o Tesco como uma fonte fiável de alimentos de qualidade. Em vez de utilizar o logótipo do supermercado, a agência criativa substituiu cada letra do nome da empresa por imagens de alimentos frescos, transformando o “T”, o “E”, o “S”, o “C” e o “O” em representações visuais dos produtos vendidos nas lojas.
A BBH London percebeu que a marca só precisava dos traços azuis presentes no logotipo do Tesco para manter a identidade visual da marca. Ao recriar o logótipo de forma lúdica, o resultado é uma série de cartazes que oferecem aos consumidores um puzzle para resolver e que deixam a qualidade dos alimentos falar por si.
A Coca-Cola opta por eliminar o produto por completo na campanha ‘Coke Zero Auditions: Zer Props, Zero Scripts, Zero Sugar’ FOTO DR
Zero ‘props’, zero ‘scripts’ e zero produto
Ao contrário das marcas que estão a aproveitar a onda do minimalismo, prescindindo do logótipo, a Coca-Cola opta por eliminar o produto por completo na campanha ‘Coke Zero Auditions: Zero Props, Zero Scripts, Zero Sugar’, criada pela Ogilvy India. Não há latas nem garrafas, apenas a experiência de beber uma Coca-Cola Zero. O filme da campanha apresenta vários atores numa audição a fingirem que estão a beber uma Coca-Cola Zero, sem nunca tocarem numa lata ou garrafa. A ideia principal está na surpresa: as audições são o próprio anúncio. A metáfora visual realça a proposta central da Coca-Cola Zero, a mesma experiência refrescante de uma Coca-Cola clássica, mas sem as calorias. A ausência deliberada do produto é o que torna a campanha diferente. O objetivo é que o consumidor consiga interpretar que a bebida invisível é uma Coca-Cola Zero.
Marco Pacheco, diretor criativo executivo da BBDO Portugal, responsável pela criatividade nacional da McDonald’s (ver caixa), acredita que existe espaço no país para desenvolver este tipo de criatividade. “O Pingo Doce e a Delta, por exemplo, são marcas que podiam fazer algo semelhante, porque têm um nível de notoriedade que lhes permite interagir com os consumidores desta forma. Uma campanha que promovesse a Delta, por exemplo, através do triângulo, bastaria para que o consumidor a reconhecesse”, sustenta.
Por outro lado, a publicidade com pouca informação não está isenta de desvantagens. “Este tipo de campanha só é viável para marcas com um elevado nível de notoriedade”, enfatiza João Ribeiro, acrescentando que a única coisa que se está a promover é a marca ou o produto. “Não estamos a ir para além disso, não estamos a dizer que o produto é barato ou bom. Estamos a só falar de notoriedade e, no mercado atual, uma marca não se pode ficar só pela notoriedade”, argumenta.
A campanha ‘No Logo’ da TBWA\Paris para a McDonald’s França recorre a outdoors da marca com dentadas FOTO DR
Na perspetiva de Marco Pacheco, à semelhança de João Ribeiro, este tipo de comunicação apresenta limitações. “Não é uma muito útil para a conversão e para o desempenho, é uma comunicação que fica sempre pela marca. Em casos específicos, pode fazer sentido, mas nunca poderia ser mais do que uma estratégia pontual. É uma tendência que há de passar”, considera.
A atenção está no conteúdo Para algumas marcas, os meios de comunicação tradicionais não souberam acompanhar a transformação digital. Os spots publicitários na televisão linear têm custos de seis dígitos, mas há cada vez mais consumidores a evitarem os anúncios nos serviços de streaming, independentemente do custo, noticia a Ad Age.
De acordo com uma análise de 2024 da Statista, quase dois terços dos espectadores evitam anúncios em plataformas de vídeo gratuitas, como o YouTube, e mais de metade faz o mesmo em plataformas de streaming. Os anunciantes têm de se dirigir para onde está a atenção e a forma mais eficaz de o fazer é através do ‘product placement’, num contexto de ‘storytelling’.”
As audiências que rejeitam a publicidade são muito mais recetivas ao ‘storytelling’ do que à venda direta. Os consumidores valorizam momentos que acrescentam autenticidade e realismo ao conteúdo e tendem a ignorar colocações óbvias, forçadas ou irrelevantes que quebram a imersão”, defende Travis Peters, CEO da agência norte-americana de ‘product placement’ EightPM, citado na Ad Age.
A parceria com E.T: O Extraterrestre (1982) resulta num aumento de 300% nas vendas dos Reese’s Pieces FOTO DR
Este não é um conceito novo. Quando um jovem Tom Cruise espreita por cima de um par de óculos Ray-Ban Wayfarers no cartaz do filme ‘Negócio Arriscado’, não foi porque a marca pagou por esse ‘placement’, mas porque se adequava à personagem. O facto de as vendas terem aumentado 50% após o lançamento do filme foi apenas um acontecimento orgânico que beneficiou a marca.
O mesmo acontece com os chocolates Reese’s Pieces da Hershey’s e a sua integração na história de ‘E.T: O Extraterrestre’. Neste caso, a ironia é que a M&M’s, de John e Forrest Mars, a primeira marca de chocolate a ser contactada, rejeita a proposta de parceria da Universal Studios.
A Hershey, ao investir um milhão de dólares em troca dos direitos de utilização do extraterrestre na publicidade dos Reese’s Pieces, assume um risco e sai vitoriosa: após a estreia do filme, as vendas dos Reese’s Pieces triplicam. Mais tarde, calcula-se que o investimento de um milhão de dólares (€905 mil) foi o equivalente a um investimento de 15 a 20 milhões de dólares (€13,5 a €18,1 milhões) em marketing, resultando num aumento de 300% nas vendas.
Os números dão razão ao CEO da EightPM, Travis Peters: “Desde que a integração de uma marca seja divertida e envolvente no contexto da história, os telespectadores assistem e apreciam”.
A campanha ‘Iconic Needs No Explanation’ é assinada pela Leo Burnett para a Mcdonald’s no Reino Unido FOTO DR
Sem logos nem ‘copy’, só um pequeno-almoço McDonald’s
A campanha ‘Iconic Needs No Explanation’, assinada pela Leo Burnett para a McDonald’s no Reino Unido, é a mais recente aposta da cadeia de restauração rápida para promover o menu de pequeno-almoço. Ao abdicar dos elementos tradicionais que compõem a marca, desde o mote – ‘I’m loving it’ – aos icónicos arcos dourados, a campanha baseia-se numa ideia simples: o pequeno-almoço da McDonald’s é tão icónico que não precisa de apresentação.
De acordo com Matthew Reischauer, diretor de marketing da McDonald’s no Reino Unido e Irlanda, a ideia surgiu após o relatório da ferramenta de análise McVue, (da consultora britânica de estudos de mercado Savanta), revelar que cerca de 90% dos consumidores conseguem identificar os menus de pequeno-almoço da McDonald’s, mesmo quando apresentados sem marca. As imagens em larga escala dos produtos de pequeno-almoço da McDonald’s, incluindo o Sausage & Egg McMuffin, o Hash Brown, o Egg & Cheese McMuffin e o Breakfast Wrap, são o destaque e o elemento distintivo que comunica a marca.
Ao M&P, a McDonald’s Portugal revela ao que a campanha ‘Iconic Needs No Explanation’ “não está, de momento, prevista para Portugal”, ao mesmo tempo que explica que a marca “adapta a sua comunicação e estratégia a cada mercado, considerando as preferências dos seus consumidores”.
Marco Pacheco, diretor criativo executivo da BBDO Portugal, que assina a criatividade da McDonald’s em Portugal, revela ao M&P que, há alguns anos, a BBDO Portugal adaptou uma campanha semelhante da TBWA Paris para a McDonald’s França, a ‘Icons’. “O conceito era muito semelhante a esta nova campanha da Leo Burnett, em termos da abordagem minimalista, mas focou-se em ícones e ilustrações em 2D dos produtos mais reconhecíveis da marca”.