Adidas, Nike, Puma e Under Armour pedem isenção de tarifas a Trump
Setor do calçado defende que já enfrenta taxas significativas, entre os 20% e os 37,5% ou mais. A Mattel, que fabrica 40% dos produtos na China, suspende previsão de crescimento para 2025 devido a tarifas sobre brinquedos

Meios & Publicidade
Lucros da Tesla caem 71% para €358 milhões devido ao efeito Musk
Coca-Cola é alvo de boicote e tenta distanciar-se de Trump
Marcas britânicas reduzem orçamentos de marketing pela primeira vez em quatro anos
Cofundador do Instagram diz que Meta negou recursos à rede social e a considerou uma ameaça
Produtor do programa da CBS ’60 minutes’ demite-se
Trump corta financiamento da rádio e televisão públicas por parcialidade
Temu altera estratégia nos Estados Unidos face a novas tarifas
Hollywood em choque com tarifas de Trump sobre o cinema
Trump admite nova extensão de prazo para venda do TikTok
Vendas da Temu e Shein caem com tarifas de Trump
As marcas de calçado Nike, Adidas, Under Armour e Puma pedem a isenção de tarifas impostas pela administração Trump.
Para a associação que representa os produtores de calçado, a Footwear Distributors and Retailers of America (FDRA), o aumento dos preços é uma “ameaça existencial” para o setor, com consequências dramáticas para as empresas de calçado, que correm o risco de fechar as portas, segundo o portal Bloomberg.
A associação comercial defende que o setor já enfrenta taxas significativas, entre os 20% e os 37,5% ou mais, (antes sequer das novas tarifas entrarem em vigor) e que sem a isenção, a produção teria de ser transferida para o território norte-americano, o que exigiria “investimento de capital e a mudança de fornecedores, o que poderia levar anos”, realça a FDRA, acrescentando que as empresas não conseguiriam absorver os novos custos enquanto adaptavam os modelos de negócios. “Se a situação atual continuar, os trabalhadores e consumidores americanos vão sofrer as consequências”.
A carta enviada ao Presidente norte-americano, Donald Trump, foi assinada por 76 empresas, incluindo gigantes como Nike, Adidas America, Skechers, Under Armour, Deckers Brands, Capri Holdings e VF Cor, que apelaram ao bom senso num setor que já lida com taxas significativas.
Barbie é a mais recente ‘vítima’ das tarifas de Trump
A Mattel, empresa responsável pela produção da boneca Barbie, suspende a previsão de crescimento nas vendas para 2025 após o anúncio de Donald Trump sobre a possível imposição de tarifas de até 145% sobre os brinquedos importados da China. A empresa tinha projetado um crescimento de até 3% para o próximo ano, encerrando um período de estagnação nas receitas.
A empresa, que até agora fabricava cerca de 40% dos produtos em território chinês, assume que as novas tarifas tornam o planeamento financeiro “imprevisível”. “A evolução do panorama tarifário nos Estados Unidos torna difícil prever o comportamento do consumidor”, justifica a empresa em comunicado.
A Mattel fez ainda saber que vai aumentar os preços dos brinquedos no mercado norte-americano e rever a estratégia de produção, transferindo parte da manufatura para fora da China. Ou seja, os brinquedos vão mesmo encarecer, incluindo a popular Barbie — um dos produtos com maior peso na faturação da empresa.