WPP acaba com GroupM e prepara despedimentos
O grupo britânico, que emprega cerca de 40 mil pessoas em todo o mundo, deixa cair a marca com duas décadas para dar origem à WPP Media. A notícia é avançada pela Ad Age

Luis Batista Gonçalves
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O WPP prepara-se para substituir o GroupM pelo WPP Media, uniformizando a designação, à semelhança do que fez o Publicis Groupe com a Publicis Media e o Grupo Omnicom com o Omnicom Media Group. A notícia é avançada pela Ad Age, que indica que o grupo britânico, que emprega cerca de 40 mil pessoas em todo o mundo, um terço da força produtiva do WPP, prepara-se para reduzir o número de colaboradores.
“2025 será um ano de transição”, tinha avisado Brian Lesser, citado na Adweek, quando assumiu o cargo de CEO global do GroupM, em setembro de 2024, substituindo Christian Juhl. No entanto, em declarações à publicação, fonte da empresa não confirma as informações. “Não comentamos especulações”, diz fonte do GroupM à Adweek.
O WPP também não comenta o plano de despedimentos que, segundo a Ad Age, está a ser delineado para avançar ainda antes do verão, em simultâneo com a troca de designação de GroupM, que integra as agências Mindshare, Wavemaker, EssenceMediacom e T&Pm, por WPP Media, sendo que a empresa detém ainda o GroupM Nexus, a Choreograph e o GroupM Motion Entertainment.
O GroupM, responsável pelo planeamento, compra e análise de meios de marcas como Airbnb, Coca-Cola, Google, Adidas e Ford, negoceia anualmente cerca de 60 mil milhões de dólares (€52,9 mil milhões) em publicidade em televisão, plataformas digitais, imprensa e outros suportes, em todo o mundo.
No relatório de apresentação de resultados de 2024, o WPP reportou uma receita de 14,7 mil milhões de libras (€17,3 mil milhões), menos 0,7% face a 2023. No primeiro trimestre deste ano, o grupo anuncia uma receita de 3,2 mil milhões de libras (€3,7 mil milhões), o que corresponde a uma quebra de 5% em comparação com o mesmo período de 2024.