Cofina, a “fura-negócios”
No desenrolar deste processo surge um nome até á data desconhecido no meio, a Cofina. O que não é de estranhar, uma vez que até hoje a empresa não tinha […]

Meios & Publicidade
Patrick Dempsey é o novo embaixador da TAG Heuer Eyewear
Crise habitacional em Lisboa vira campanha imobiliária
Nuno Riça é jurado de ‘shortlist’ de Films em Cannes
Dérbi Benfica-Sporting inspira campanha da Nos
SAPO e APENO firmam parceria para impulsionar o enoturismo com a Wine Tourism TV
Miguel Giménez de Castro dirige assuntos corporativos e ‘engagement’ da L’Oréal
SaTG amplifica campanha espanhola da Uber Eats com lançamento de restaurantes virtuais
8ª Avenida junta-se a Camaleaooo para recriar a Liga dos Campeões
Vendas da Temu e Shein caem com tarifas de Trump
Rebeca Venâncio assume comunicação e ‘public affairs’ do Grupo Brisa
No desenrolar deste processo surge um nome até á data desconhecido no meio, a Cofina. O que não é de estranhar, uma vez que até hoje a empresa não tinha revelado qualquer interesse nos meios de comunicação social, sem contar, é claro, com a pequena participação que detinha na Investec. A Cofina é uma empresa, no mínimo, interessante. Detida por três famílias oriundas da zona de Ovar, de onde se destacam os Borges de Oliveira, Pedro Mendonça, Domingos Vieira Martins e Paulo Fernandes, é gerida por este último, um engenheiro electrotécnico pós-graduado em Gestão que, em menos de uma década, transformou o que era uma pequena empresa familiar numa organização que, pelos vistos, já consegue fazer frente aos grupos Impresa e Lusomundo. Tudo começou quando a Cofina decidiu alienar á americana Hayworth a sua parte no capital da Cortal/Seldex, empresas de mobiliário de escritório que deram origem á holding. Pouco depois, a Cofina comprou em Bolsa uma pequena participação da F.Ramada, uma empresa metalúrgica que á data tinha um forte endividamento e problemas de gestão. Após um acordo com os accionistas e um aumento de capital, passa a controlar a gestão, detendo actualmente 41% da empresa. Pouco depois, foi a vez da Crisal, onde a Cofina comprou uma pequena quota e passou também a controlar a gestão, com a ajuda de familiares accionistas desavindos com a antiga administração. A sua quota na empresa é de 30%. O processo repetiu-se na Vista Alegre, onde detém uma participação de 23,5%, na Celulose do Caima (19%), mas falhou na Efacec – de onde acabou por sair – e não chegou a concretizar-se na Papéis do Prado. Neste momento, a Cofina detém também uma participação de 41% na AFIR, uma empresa de aços. O perfil da empresa parece, no entanto, ter-se definido. Todos os negócios foram concretizados com a ajuda de mecanismos bolsistas, boas relações com a banca – onde se destaca o BPI – e, principalmente, revelando um grande instinto predador: normalmente, o controlo da gestão é ganho á custa de divergências entre os tradicionais accionistas. Um dado é, no entanto, adquirido: a gestão é eficaz. A Cofina conseguiu tornar todas estas empresas apetecíveis, tornando-se ela também. Agora, face ao silêncio do seu líder, Paulo Fernandes, pródigo em aparecer e desaparecer á imprensa consoante as suas conveniências, resta saber quais são as suas intenções na SIC.