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‘Mais do que lançar títulos, queremos explorar as marcas que temos’

No próximo dia 29 a Blitz dá o passo para a plataforma televisão com um magazine na SIC Notícias. Em entrevista ao M&P,

Ana Marcela
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‘Mais do que lançar títulos, queremos explorar as marcas que temos’

No próximo dia 29 a Blitz dá o passo para a plataforma televisão com um magazine na SIC Notícias. Em entrevista ao M&P,

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No próximo dia 29 a Blitz dá o passo para a plataforma televisão com um magazine na SIC Notícias. Em entrevista ao M&P, Miguel Cadete, director da revista de música, dá conta dos projectos para a marca Blitz, que recentemente lançou a MyBlitz para o segmento teen, e faz o balanço dos títulos do núcleo de revistas masculinas da Impresa Publishing, que dirige desde 2008. O regresso ao segmento das masculinas, área que o grupo abandonou este ano com o fim da FHM, parece estar afastado. “Não tenho uma bola de cristal, mas como as coisas estão penso que vai ser difícil”, admite o responsável.

Meios & Publicidade (M&P): O grupo encerrou no ano passado os títulos infanto-juvenis, com excepção da Visão Júnior, argumentando que as crianças tinham mais oferta em termos de conteúdos e que os títulos tinham de ser repensados. A MyBlitz dirige-se a um segmento teen, entre os 12-17 anos, porquê esta aposta?

Miguel Cadete (MC): Esta aposta não foi pensada para ter uma publicação para o segmento teen, surge da ideia de explorar a marca Blitz em todas as vertentes possíveis e são muitas. Quando pensamos na Blitz, Exame Informática ou AutoSport, não pensamos numa revista em papel, mas como marca que existe na forma de revista, de um website e agora em rádio, com um programa que já chega a quase 30 estações locais. O cerne não são as revistas infanto-juvenis mas sim a marca Blitz e o que posso fazer por essa marca. Estou certo de que posso fazer muitas coisas porque a marca provou ao longo dos anos que é robusta, tem elasticidade. Mudámos de um jornal semanal para uma revista mensal e, apesar de alguma turbulência existente, os resultados foram fantásticos. A marca aguentou isso muito bem e até triplicou a venda de cada um dos seus exemplares. Lançámos um site que é líder em informação musical e dos mais bem sucedidos de uma marca de informação em Portugal. A Myblitz é apenas mais uma representação da marca Blitz que acontece em papel.

M&P: A MyBlitz, pelos temas, entra nas revistas juvenis já no mercado, como a Bravo, líder de segmento. A revista tem argumentos para disputar a liderança?

MC: Não consigo fazer futurologia, muito menos na actual situação do mercado de publicações, e de revistas em particular. Mas não fizemos esta revista nem para entrar no mercado infanto-juvenil, nem para combater a Bravo ou a 100% Jovem, fizemos para responder a uma necessidade de preencher espaço da marca Blitz. Apesar desta revista ter muitos pontos de contacto com a Bravo ou com essas revistas, não sei se nessas revistas aparecem artigos a defender os direitos dos animais, por exemplo. Temos elementos distintivos muito próprios.

M&P: Essa diferenciação de conteúdos será suficiente para contrabalançar a periodicidade não regular? Já afirmou que a MyBlitz vai para a banca quando os conteúdos o justificarem.

MC: Nesta fase inicial de lançamento a revista terá uma periodicidade irregular e responderá aos acontecimentos e coisas importantes. Não me importava nada de poder fazer uma revista diária MyBlitz, mas o Expresso também não sai todos os dias. Já temos previstas mais duas edições no futuro próximo, não posso ainda dizer quando.

M&P: Na rádio diz já ter acordo com cerca de 30 estações…

M&P: Tivemos esses pedidos. Na próxima Blitz vamos apresentar 22 rádios e, entretanto, já aderiram mais ainda. O objectivo é estar presente em todas as que quiserem estar connosco. Lançámos um repto na revista a dizer ‘se quiser passar o nosso programa contacte-nos’ e isso tem acontecido.

M&P: Porque é que acha que as rádios locais têm reagido mais positivamente do que as nacionais? O grupo tem boas relações com a R/com…

MC: Não contactámos especificamente as rádios nacionais, mas não tenho nada contra, pelo contrário. Agora, sentimos que era bastante mais fácil para as rádios locais retransmitirem um programa como este, porque imagino que as nacionais tenham grelhas mais fixas, mais rígidas. Mas a nossa ideia inicial era espalharmo-nos pelo país inteiro.

M&P: Este programa não tem custos para as estações? O que a marca ganha com esta iniciativa? Notoriedade?

MC: Não tem nenhuns [custos para as estações]. Posso desenvolver um modelo de publicidade no programa, mas ainda não [estamos a desenvolver esse modelo].

M&P: Com uma partilha de receita com as estações?

MC: Não vejo porquê, já lhes estou a dar o conteúdo de forma gratuita.

M&P: A televisão é o passo que se segue? Tendo o grupo televisão imagino que a passagem para essa plataforma seja mais simples.

MC: É um sonho antigo. No dia 29 de Maio estreia o primeiro programa da Blitz TV, magazine de actualidade musical na SIC Notícias. É um programa que pretende impor a Blitz como marca de informação musical e que, durante 15 a 20 minutos, deixa o espectador da SIC Notícias a perceber tudo o que se passa no universo da música. A SubFilmes irá produzir este programa sob a minha direcção editorial, não temos apresentador nesta primeira fase.

M&P: Quais são as expectativas para esse programa?

MC: Penso que vai ser bem sucedido. Não há muitos programas de música em Portugal, as televisões são um bocadinho alérgicas à música, se calhar com razão, mas é um programa muito rápido, nada maçador e que pretende deixar as pessoas a par do que de mais interessante está a acontecer no universo da música.

M&P: Olhando para o núcleo de revistas que dirige, depois da Exame Informática e da Blitz terem um programas de televisão, a Volante é a que se segue?

MC: Eventualmente. Faz tudo parte da mesma estratégia de explorar as marcas que são credíveis e que têm histórico. O AutoSport, por exemplo, tem 32 anos, a Exame Informática comemora no próximo número 15 anos, a Blitz tem 25 anos. São marcas que consolidaram uma reputação e credibilidade, são líderes todas elas de mercado, o que permite invadir outras plataformas.

M&P: A entrada da Volante nessa plataforma tem uma data?

MC: Não há datas. Até porque estas coisas… Se fosse por mim era já amanhã. Posso querer casar-me amanhã e não acontece. São muitos casamentos e muitos namoros.

M&P: O facto de a Turbo, título que alienaram, ter um programa na SIC Notícias é um factor de ponderação?

MC: Aí vai ter de perguntar ao director da Turbo ou ao director da SIC Notícias.

M&P: A Volante nos primeiros dois meses deste ano tinha uma média de circulação paga de 10.831 exemplares. Estes números garantem a viabilidade da revista?

MC: Com certeza. A Volante parte também do sistema de marcas mas, neste caso, de competências. Temos a AutoSport e as pessoas que fazem a revista são perfeitamente capazes de fazer a Volante, criámos uma estrutura de custos bastante ágil para a fazer. Começámos no primeiro número com 12 mil [de venda em banca], acima de todas as outras mensais de automóveis, baixámos depois um bocadinho, os números de Março voltaram a subir. É uma revista que, para quem está a começar, já tem uma implantação no mercado assinalável. O caminho faz-se caminhando e não estamos nada desapontados com os resultados da Volante, que têm sido bons.

M&P: Em Março entraram com esta revista no segmento dos usados. Foi uma forma de captar uma fatia dos leitores do Guia do Automóvel?

MC: A Volante, ao contrário de outras no mercado, não é uma revista de carros aspiracionais, nem se dirige aos ‘maluquinhos’ dos automóveis. É uma revista que quer prestar serviço a quem deseja comprar automóvel, sejam homens, mulheres, mais velhos ou mais novos. É isso que distingue a Volante das outras revistas, não foi feita contra a Turbo ou o Guia do Automóvel.

M&P: A AutoSport, reformulada no ano passado, obteve no primeiro bimestre uma média de circulação paga de 16.588 exemplares, à frente da AutoFoco, com 16.075 exemplares de média de circulação. Dada a crise do sector automóvel, a revista tem margem para crescer?

MC: Enquanto o mercado estiver com tantas outras publicações, não sei se haverá espaço para um muito maior crescimento. O Auto-Sport é líder mas também se distingue das outras publicações no mercado, não só por já ter 32 anos de existência, mas por se basear muito no desporto automóvel e, aí sim, achamos que há espaço para carros mais aspiracionais, as tais ‘bombas’ que interessam aos amantes do desporto automóvel. O certo é que temos vindo a conquistar a liderança e estamos a manter, quer em audiência, quer em circulação. Temos um site mais do que líder em termos de desporto automóvel em Portugal, com índices de tráfego verdadeiramente assinaláveis, cheja aos 6 milhões de pageviews por mês.

M&P: O sector automóvel foi bastante atingido o ano passado pelas quebras de investimento publicitário. O lançamento da Volante foi justificado com a perspectiva de retoma desse investimento. Os dados actuais permitem falar de uma recuperação efectiva?

MC: Lentamente verifica-se uma recuperação. O mês de Janeiro foi muito bom, a instabilidade, até política, não será um factor de grande alento para a economia, mas registamos uma recuperação gradual, Março registou uma recuperação de 30 por cento das vendas automóveis. As nossas equipas comerciais também estão mais feitas ao produto.

M&P: Em Fevereiro encerraram a FHM invocando erosão de vendas, de investimento do segmento e da concorrência dos sites a este tipo de publicações. A saída do segmento das masculinas é para sempre?

MC: A Impresa não renovou o contrato com a Bauer que lhe permitia publicar a FHM, mas sentíamos todos também uma menor relevância desse sector e, muito provavelmente, estamos certos: a FHM inglesa está numa queda acentuadíssima e é um tipo de publicação que sofre uma concorrência desenfreada da internet, onde as pessoas podem aceder a esse tipo de conteúdos à borla, sem serem vistas e, eventualmente, com uma liberdade de escolha bastante maior.

M&P: Não vê então sinais no mercado que lhe permitam pensar eventualmente num regresso a este segmento.

MC: Não tenho uma bola de cristal, mas como as coisas estão penso que vai ser difícil. E a queda, volto a sublinhar, não é da FHM, era internacional e das outras revistas que ainda estão no mercado.

M&P: Nas TI tem a Exame Informática e a Stuff. Vão ficar por aqui neste segmento?

MC: Já não são poucos [títulos]. Mas mais do que lançar novos títulos, queremos explorar as marcas que temos. A Exame Informática é uma revista que existe há 15 anos, é mais do que líder no mercado, tem um site, também referência, e o mais visto das TI, dois programas por semana na SIC Notícias com excelentes audiências, lançámos agora a Biblioteca Exame Informática com resultados qu, se fossemos auditados para o top de livros, estávamos de certeza no top 10 ou 5 dos livros mais vendidos em Portugal. Mais do que lançar novas marcas para o mercado, estamos interessados em explorar as nossas marcas que são líderes, com grande credibilidade e que construíram uma reputação ao longo dos anos que lhes permite fazer uma série de outras coisas, algumas delas ainda por fazer.

M&P: Tais como?

MC: Não vou dizer nada de muito concreto, mas a área de eventos é uma que ainda que não exploramos convenientemente. O AutoSport tem o evento Carro do Ano, a Exame Informática os troféus que ainda estão na penumbra, mas aí não só nos prémios, mas também em eventos mais genéricos… A credibilidade que conquistamos junto dos nossos leitores pode permitir também a exploração do e-commerce no futuro, que gostava que fosse mais próximo.

M&P: Dada a temática de tecnologias equacionam a hipótese de passar as revistas exclusivamente para o digital?

MC: Nem pense nisso. A Exame Informática é editada com a edição seca, só com a revista, mas também com um DVD pejado de conteúdos, o DVD tem vendas muito fortes. São produtos muito viáveis.

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Audiências semanais: SIC reforça liderança

O consumo global de televisão volta à tendência de crescimento e recupera esta semana, aumentando cerca de 11 minutos por dia. SIC, TVI e canais por cabo reforçam a quota de audiência

O consumo global de televisão volta à tendência de crescimento e recupera esta semana, aumentando cerca de 11 minutos por
dia, chegando então às cinco horas e 18 minutos diários por indivíduo.

Nas variações do ‘share’ semanal, SIC, TVI e os canais por cabo reforçam esta semana a sua quota de audiência, com a SIC a manter a liderança; com comportamento oposto estão RTP1 e os ‘outros’, que descem.

Desta forma, a RTP1 desce mais uma vez até aos 9,8% de ‘share’ semanal, com a SIC a apresentar o comportamento oposto e a reforçar, tem agora 14,7% de quota semanal, o que também se verifica com a TVI, que reforça até aos 14,2% de quota.

A oferta por cabo também apresenta aumento, chega aos 41,8% de ‘share’, enquanto o ‘outros’ (que inclui o visionamento em ‘time shift’, streaming e vídeo/jogos) decresce, tem esta semana 18,5% de quota de audiência.

Na tabela dos canais mais vistos da cabo da semana, o pódio continua sem registar qualquer alteração, ocupado ainda por CMTV, CNN Portugal e SIC Notícias. Nas posições restantes encontramos Globo, STAR Channel, Hollywood, News Now, SIC Mulher, STAR Life e ainda o STAR Movies, que fecha o Top 10.

Mais uma vez, é o programa de humor de Ricardo Araújo Pereira, ‘Isto é Gozar Com Quem Trabalha: Especial Outra Vez Eleições’, da SIC, que lidera o ranking da programação global, que esta semana tem a presença de alguns programas desportivos da CMTV dedicados ao derby de sábado, como é o caso de ‘Duelo Final/Benfica X Sporting’, que ocupa a segunda posição.

Seguem-se o ‘Jornal da Noite’ da SIC e ainda “Isto é Gozar Com Quem Trabalha: Especial Outra Vez Eleições – A Entrevista/Luís Montenegro’, também da SIC. A fechar, mais um conteúdo desportivo da CMTV do dia do derby, desta vez ‘Liga d’Ouro”.

Como seria de esperar, foram os programas desportivos da CMTV que acompanharam o derby de Lisboa, que ocuparam os primeiros lugares no top de programas dos canais por cabo, com ‘Duelo Final/Benfica X Sporting’ na liderança, programa que atingiu uma audiência média superior a 1 milhão de indivíduos.

Seguem-se ‘Liga d’Ouro, ‘Golos: Segunda Parte/Benfica X Sporting’ e ‘Golos: Primeira Parte/Benfica X Sporting’. A fechar o Top 5 está o ‘Grande Jornal – Noite’, também da CMTV.

by Data Insights, Havas Media Network

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Marcas reagem à eleição do Papa Leão XIV

De forma quase instantânea, as redes sociais dão palco a campanhas de marcas nacionais e internacionais, que se ‘colam’ ao novo Papa e viralizam rapidamente, em Portugal e no mundo

O anúncio do novo Papa, Leão XIV, não é apenas um momento histórico para a Igreja Católica, mas também um gatilho imediato para as marcas. De forma quase instantânea, vários anunciantes reagem nas redes sociais com campanhas criativas que rapidamente se tornam virais.

Em Portugal, as marcas não tardam a responder, fazendo-o com humor, agilidade e referências ancoradas na linguagem papal. A Control é uma das primeiras a entrar em cena, com uma publicação que estabelece uma ligação entre o emblemático “Habemus Papam” e a disponibilidade dos seus produtos, escrevendo “Habemus quando é possível…”.

A Sumol aproveita a ocasião para promover o novo sabor de limão. A campanha é apresentada como se de uma deliberação do conclave se tratasse. “SUMO-L Pontífice afirma: o nosso conclave já decidiu. Há Sumol de limão até ao fim do verão”.
A criatividade da associação de palavras e a estética da publicação ajudam a captar a atenção dos consumidores e a reforçar o ADN leve e jovem da marca.

 

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A Cerelac opta por um estilo mais minimalista, mas igualmente eficaz. Basta escrever “Habemus” numa imagem simples para evocar de forma direta a frase tradicional que marca a eleição de um novo Papa.

A Midas também aproveita a simbologia do momento para associar os serviços ao anúncio do novo Papa. A publicação mostra um automóvel com fumo branco a sair do escape, acompanhada da frase: “Fumo branco? Habemus Midas”.

Marcas como a Staples e o Ikea juntam-se igualmente ao momento, com publicações que tiram partido da expressão “Habemus” para criar associações inesperadas com os seus produtos. No caso da Staples, a ligação é feita com o mundo da papelaria e organização, enquanto o IKEA recorre ao habitual tom lúdico para integrar o acontecimento no universo doméstico.

Nos Estados Unidos, equipas desportivas de Chicago, cadeias de fast food e outras marcas usam a ligação geográfica com a cidade natal do novo Papa para reforçar a identidade local ou transmitir mensagens de orgulho nacional. Outras recorrem a trocadilhos ou imagens que exploram a novidade histórica de se tratar do primeiro pontífice norte-americano.

Veja abaixo como as marcas norte-americanas reagem à nomeação do primeiro Papa norte-americano na história da Igreja Católica.

 

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GirodMédias compra APS Media

“Pretendemos fundir as redes das duas empresas para oferecer uma cobertura nacional completa ao mercado”, revela ao M&P Jérémy Teixeira (na foto), gestor nacional da francesa GirodMédias

A empresa francesa de publicidade exterior GirodMédias comprou a APS Media, empresa de meios portuguesa especializada em serviços publicitários, gestão de múpis em centros comerciais e consultoria estratégica. A intenção é reforçar presença no setor do ‘retail media’, acrescentando três mil novas faces publicitárias ao portefólio.

“A aquisição reforça a tendência de concentração no mercado de ‘out-of-home (OOH) advertising’, resultando em empresas mais fortes e estruturadas, sendo que esta consolidação permite às marcas obterem uma cobertura nacional de forma mais simples e eficiente, uma vez que passam a lidar com uma única empresa para campanhas de grande escala, dentro e fora do ponto de venda. Isso não só facilita o processo de compra, como também garante uma maior consistência nas campanhas publicitárias em todo o país”, explica ao M&P Jérémy Teixeira, gestor nacional da GirodMédias.

Além de permitir à empresa assegurar um serviço mais integrado, com presença em 150 centros comerciais espalhados pelo país, a GirodMédias passa também a disponibilizar uma rede de 13 mil faces ativas, abrangendo uma diversidade de formatos OOH, de soluções de comunicação exterior, de media de retalho, de ativação de marca e de experiências ao consumidor, no exterior e no interior das superfícies comerciais.

“Pretendemos fundir as redes das duas empresas para oferecer uma cobertura nacional completa. A estratégia passa por disponibilizar um portefólio integrado que abrange desde a comunicação em autoestradas (monopostes) até campanhas em outdoors, múpis, sinaléticas direcionais e espaços comerciais e ativações, sublinha Jérémy Teixeira.

Antigos sócios da APS Media ficam como consultores

Concluído o processo de aquisição, a APS Media é integrada na estrutura nacional da GirodMédias, operando, nesta fase inicial, sob a insígnia da empresa francesa. Com uma abordagem centrada na inovação e na proximidade com o consumidor, a GirodMédias prepara-se ainda para anunciar em breve a criação de novas redes, na sequência desta operação.

“Os antigos sócios da APS Media entraram no capital social da GirodMédias e vão passar a colaborar como consultores estratégicos, contribuindo com a sua experiência para impulsionar o crescimento da empresa. Mantêm-se ligados ao projeto, mas com um foco mais direcionado para o aconselhamento e desenvolvimento estratégico. A direção executiva da GirodMédias permanece inalterada, continuando sob a minha liderança”, esclarece Jérémy Teixeira.

Em Portugal desde 2013, a GirodMédias tem vindo a adotar uma abordagem omnicanal, apostando em soluções de publicidade contextualizada e em aquisições estratégicas, como a da Shine Media em 2021, as da Espaço Exterior e da Publimpacto em 2022 e a da Mosaico Publicidade em 2024.

“Todos os colaboradores operacionais da APS Media permanecem na estrutura. A continuidade da equipa operacional da empresa garante a manutenção da experiência e do ‘know-how’ no terreno, assegurando que a transição ocorra de forma suave e eficiente”, refere o gestor nacional da empresa, que está a reforçar a aposta na sustentabilidade, através da adoção de painéis fotovoltaicos para iluminação dos suportes publicitários e da utilização de veículos 100% elétricos nas campanhas de ativação de marca.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

Luis Batista Gonçalves

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Sugestões para ler e escutar da edição 979 do M&P

O livro ‘Building Media Trust’, a série ‘The New Look’ e o podcast ‘The Heart & Hustle of Portugal’ são alguns dos destaques

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Building Media Trust

O jornalismo enfrenta uma crise de confiança. A desinformação, a manipulação política e o declínio dos media independentes ameaçam um dos direitos fundamentais da cidadania, o acesso à informação de qualidade. Este é o ponto de partida do autor Pedro Jerónimo, investigador do laboratório de comunicação da Universidade da Beira Interior, e Inês Amaral, investigadora do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra.

O livro apresenta estudos de casos na Europa, América Latina, América do Norte e África, e traça caminhos para a reconstrução de um sistema mediático mais fiável, incluindo propostas que vão desde a promoção de um maior envolvimento da comunidade com os media locais até ao impacto da regulamentação no jornalismo. A obra pode ser descarregada gratuitamente no site do Laboratório de Comunicação (LabCom).

Autores Pedro Jerónimo & Inês Amaral
Editora Livros LabCom
Lançamento Março de 2025
Páginas 276
Preço Gratuito

Marcas que Fazem Portugal

A autora e jornalista Margarida Vaqueiro Lopes, atualmente editora executiva do Dinheiro Vivo, conta as histórias das onze marcas nacionais com melhor desempenho ao longo dos anos.

Num mundo globalizado e cada vez mais homogéneo, o livro realça a importância da autenticidade das marcas portuguesas. Algumas nunca enfrentaram dificuldades, outras, mesmo quando o fim parecia próximo, conseguiram reinventar-se. Hoje, são incontornáveis quando se fala de sucesso nacional.

É o caso da Vista Alegre ou da Ramirez, marcas que partiram à conquista do mundo, ou do vinho Mateus Rosé, que Elton John tanto apreciava, e o homenageou numa canção.

Autora Margarida Vaqueiro Lopes
Editora Fundação Francisco Manuel dos Santos
Lançamento Setembro de 2024
Páginas 104
Preço €4,50

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The New Look

A série centra-se em Christian Dior e Coco Chanel, interpretados por Ben Mendelsohn e Juliette Binoche, e retrata a ascensão do designer de moda que redefiniu a silhueta na Segunda Guerra Mundial. Com dez episódios, a minissérie recorda o impacto da ocupação nazi na alta-costura parisiense, com foco nas estratégias que conduziram à prosperidade da Dior.

A importância de adaptar a identidade da marca ao impacto da realidade serve de insight para os profissionais de marketing e publicidade que querem compreender a evolução das marcas em contextos desafiantes.

Formato Série biográfica
Realizador Todd A. Kessler
Estúdio Apple Studios
Distribuidora Apple
Plataforma Apple TV+
Lançamento Fevereiro de 2024

The Playlist

A minissérie sueca de seis episódios explora as origens do Spotify através da história do empresário de tecnologia sueco, Daniel Ek e do seu parceiro de negócios, Martin Lorentzon.
Os dois revolucionaram a indústria da música quando lançaram o Spotify, uma plataforma que permite o streaming legal e gratuito. A série conta o caminho atribulado da empresa até ao topo.

Cada episódio é contado a partir do ponto de vista de uma personagem, seja a dos fundadores ou a dos artistas, para permitir a compreensão dos desafios e triunfos na construção de uma marca que alterou o consumo de música a nível global.

Formato Minissérie biográfica
Realizadores Per-Olav Sørensen e Hallgrim Haug
Estúdio Yellow Bird UK
Distribuidora Netflix
Plataforma Netflix
Lançamento Outubro de 2022

Escutar

À Descoberta das Cinco Estrelas

Conduzido por Sofia de Castro Fernandes, este podcast semanal, promovido pelo Prémio Cinco Estrelas, ajuda a conhecer produtos e serviços que os consumidores portugueses consideram Cinco Estrelas.

Um dos mais recentes episódios tem como convidado Bruno Galante, diretor de marketing e comunicação da Toyota, e aborda o tema ‘O futuro das compras’.

Campaign Chemistry

Conduzido por Alison Weissbrot, o podcast semanal da Campaign US aborda temas como a criatividade, os media, o marketing ou a liderança, através de conversas com criativos, ‘marketers’ e líderes por detrás de algumas das marcas e agências do momento.

Semanalmente, são fornecidas notícias, análises e entrevistas com figuras-chave da atualidade do setor para dar a conhecer os bastidores das maiores campanhas do mercado norte-americano.

The Heart & Hustle of Portugal

Apresentado por Tony Gonçalves, executivo na área dos media e fundador do The Evrose Group, The Heart & Hustle of Portugal é o primeiro podcast em inglês do Expresso e visa apoiar a cultura empreendedora portuguesa, dando voz a personalidades ligadas ao país que têm impacto no cenário internacional.

A nova temporada, com estreia a 11 de abril, traz personalidades como Joana Vasconcelos, Catarina Portas, Tim Vieira e Joaquim de Almeida, entre outros.

Sobre o autorDaniel Monteiro Rahman

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Maria Cerqueira Gomes é a nova embaixadora da Solverde.pt

O conceito foi desenvolvido pela agência criativa Legendary, com produção da Snowberry e realização de Tiago Ribeiro. A agência de meios é a Media Duyes, responsável pela divulgação da campanha

Maria Cerqueira Gomes é a nova embaixadora da casa de apostas e casino online Solverde.pt. A apresentadora de televisão protagoniza a nova campanha da empresa portuguesa, disponível em televisão, outdoors, imprensa e canais digitais.

“Slots há muitas, diversão sem igual, só na Solverde.pt” é o mote da nova campanha do casino online português. O conceito foi desenvolvido pela agência criativa Legendary, com produção da Snowberry e realização de Tiago Ribeiro. A agência de meios é a Media Duyes, responsável pela divulgação do ‘spot’ publicitário.

“Depois de Cândido Costa, Ukra e outras personalidades, é com muito orgulho que apresentamos uma nova embaixadora feminina do casino na Solverde.pt: Maria Cerqueira Gomes. Uma pessoa próxima e querida do público, reconhecida pela sua autenticidade e boa disposição. Mais se seguirá, este filme foi apenas o primeiro”, afirma Telma Marques, diretora de marketing da Solverde.pt.

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Nos é a empresa que mais investiu em inovação em 2023

O investimento acumulado em I&D, de 2020 a 2023, excedeu os €310 milhões. Uma parte substancial do valor tem sido alocada a áreas como 5G e inteligência artificial generativa (Gen AI)

A Nos foi a empresa que mais investiu em inovação em Portugal, segundo o ranking publicado pela Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC), tendo investido €96,6 milhões em 2023, um aumento de quase 22% em relação ao ano anterior.

“Este é um investimento que queremos e vamos manter, tal como o nosso compromisso com a transformação digital da sociedade portuguesa e a melhoria da vida das pessoas”, afirma João Ferreira, diretor da NOS Inovação.

Desde 2018, “a Nos figura no top 3 das empresas nacionais que mais investem em I&D [investigação e desenvolvimento] tendo liderado o ranking em três destes anos”, avança a empresa em comunicado.

A Nos, que em 2023 contava com 330 profissionais ligados às áreas de inovação, tem trabalhado “ativamente para criar um ecossistema de inovação aberto, que inclui a colaboração com universidades, centros de investigação, startups e outras organizações para criar novos produtos e tecnologias com impacto significativo na vida das pessoas”, diz o responsável à Lusa.

Paralelamente, “estamos a trabalhar com vários parceiros, autarquias, instituições públicas e empresas em novas soluções que permitam aproveitar o máximo potencial do 5G e conectar tudo e todos de maneiras extraordinárias”, conclui João Ferreira.

O investimento acumulado em I&D, de 2020 a 2023, excedeu os €310 milhões, segundo a Nos. Uma parte substancial do valor está alocada a áreas de inovação disruptiva, como 5G e inteligência artificial generativa (Gen AI), e em áreas de aplicação como mobilidade, sustentabilidade, processos industriais, saúde ou entretenimento.

O ranking de empresas faz parte dos dados do inquérito ao Potencial Científico e Tecnológico Nacional 2023 (IPCTN23), publicado pela DGEEC. Segundo este relatório oficial, a despesa em I&D do setor empresas, em Portugal, cresceu 10% face ao ano anterior, tendo atingido os €2.844 milhões e representado 1,06% do Produto Interno Bruto (PIB).

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Campanha da Lacoste reinventa ícones da moda e do ténis

‘Play With Icons’ é a nova campanha global da marca para 2025. Idealizada em colaboração com a agência criativa BETC, propõe um novo olhar sobre o ADN essencial da Lacoste

A nova campanha global da Lacoste para 2025, ‘Play With Icons’ é uma homenagem aos elementos mais emblemáticos da marca francesa, reinterpretados por celebridades internacionais do cinema, desporto e da música.

Fotografada e filmada por Tyler Mitchell, com cenografia de Poppy Bartlett e ‘styling’ de Imruh Asha, a campanha oferece uma visão arrojada e vanguardista da moda. Idealizada em colaboração com a agência criativa BETC, ‘Play With Icons’ propõe um novo olhar sobre o ADN essencial da Lacoste.

A campanha é composta por uma série de retratos e filmes, com banda sonora original do compositor francês Émile Sornin, que exploram a química única entre os cinco embaixadores Lacoste e algumas das peças mais icónicas da marca, cada uma reinterpretada com uma abordagem artística e um espírito criativo.

Os mitos modernos da Lacoste

Novak Djokovic & o Polo Lacoste – O Rei do Court
Vestido com o icónico polo ‘off-white’, Novak Djokovic surge com rede dourada de ténis transformada em capa real. A imagem é uma homenagem ao estatuto de Djokovic como GOAT, ao mesmo tempo que reafirma o lugar do polo no panteão dos ícones do desporto e da moda.

Adèle Exarchopoulos & a Carteira Lenglen – Elegância Sem Esforço
Atriz e ícone de estilo, Adèle Exarchopoulos redefine o chique com a carteira Lenglen, o novo ‘it-acessório’ da Lacoste. Uma homenagem subtil ao legado da Lacoste entre o ténis e a moda, com o inconfundível toque francês.

Pierre Niney & o Polo Lacoste – O Emblema Vivo
O ator francês Pierre Niney projeta uma elegância discreta com um toque de humor. Vestido da cabeça aos pés em verde Lacoste,  inclina-se num sofá verde subtilmente moldado como uma cauda de crocodilo. Numa composição depurada e cheia de humor, Pierre completa o próprio emblema, tornando-se um só com o Crocodilo.

Venus Williams & a Saia Plissada – A Lenda
Venus Williams ergue-se como uma deusa a partir de uma forma escultórica plissada, coroada com pregas igualmente elegantes —uma homenagem ao savoir-faire inovador da Lacoste. Segurando uma bola de ténis de brilho de pérola, personifica a lenda viva por excelência, reinventando a graça, o poder e a criatividade.

Wang Yibo & o Polo Lacoste – O Carisma Singular
O ator, cantor e fenómeno global, Wang Yibo surge em palco a receber ramos feitos inteiramente de polos Lacoste em vários tons de azul — uma homenagem ao seu carisma em palco e ao encanto intemporal do polo Lacoste em todos os tons.

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Centromarca defende legislação europeia eficaz contra práticas comerciais desleais

“É fundamental que as regras sejam aplicadas de forma consistente em todos os estados-membros e que as autoridades tenham a capacidade para sancionar as práticas desleais”, diz Pedro Pimentel (na foto), diretor-geral da Centromarca

A necessidade de um combate mais efetivo às práticas comerciais desleais (PCD) que afetam a cadeia de abastecimento alimentar, leva a Centromarca, Associação Portuguesa de Empresas de Produtos de Marca, a exigir uma legislação europeia mais robusta e eficaz.

Com o arranque das negociações entre o Conselho da União Europeia e o Parlamento Europeu, relativas à proposta de revisão da diretiva sobre práticas comerciais desleais, a Centromarca apela ao Governo e aos eurodeputados portugueses, que defendam uma posição ambiciosa nas instâncias comunitárias, e garantam que o diploma final apresenta soluções eficazes de controlo.

A Centromarca, em comunicado de imprensa, sublinha que a nova legislação deve garantir a aplicação transfronteiriça consistente das regras contra as PCD, “protegendo todos os elos da cadeia de abastecimento e as empresas, incluindo as pequenas e médias empresas (PME), de práticas abusivas que prejudicam a concorrência, a inovação e, em última análise, os consumidores”.

“É fundamental que as regras sejam aplicadas de forma consistente em todos os estados-membros e que as autoridades nacionais tenham os recursos e a capacidade para investigar e sancionar as práticas desleais, mesmo quando estas ocorrem além-fronteiras”, afirma Pedro Pimentel, diretor-geral da Centromarca, em comunicado.

A Centromarca acompanha o trabalho da AIM, Associação Europeia de Marcas, e apoia iniciativas que promovam uma legislação mais eficaz nesta área, incluindo o reforço da capacidade das autoridades nacionais para lidar com PCD transfronteiriças, a criação de mecanismos de denúncia mais eficazes e o acesso das PME ao apoio jurídico.

“O combate às práticas comerciais desleais não é apenas uma questão de justiça, mas também de competitividade: ao garantir um mercado mais justo e transparente, estamos a criar as condições para que a produção primária se desenvolva e modernize e para que as empresas possam investir e inovar, beneficiando os consumidores e a economia”, conclui Pedro Pimentel.
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Adidas, Nike, Puma e Under Armour pedem isenção de tarifas a Trump

Setor do calçado defende que já enfrenta taxas significativas, entre os 20% e os 37,5% ou mais. A Mattel, que fabrica 40% dos produtos na China, suspende previsão de crescimento para 2025 devido a tarifas sobre brinquedos

As marcas de calçado Nike, Adidas, Under Armour e Puma pedem a isenção de tarifas impostas pela administração Trump.
Para a associação que representa os produtores de calçado, a Footwear Distributors and Retailers of America (FDRA), o aumento dos preços  é uma “ameaça existencial” para o setor, com consequências dramáticas para as empresas de calçado, que correm o risco de fechar as portas, segundo o portal Bloomberg.

A associação comercial defende que o setor já enfrenta taxas significativas, entre os 20% e os 37,5% ou mais, (antes sequer das novas tarifas entrarem em vigor) e que sem a isenção, a produção teria de ser transferida para o território norte-americano, o que exigiria “investimento de capital e a mudança de fornecedores, o que poderia levar anos”, realça a FDRA, acrescentando que as empresas não conseguiriam absorver os novos custos enquanto adaptavam os modelos de negócios. “Se a situação atual continuar, os trabalhadores e consumidores americanos vão sofrer as consequências”.

A carta enviada ao Presidente norte-americano, Donald Trump, foi assinada por 76 empresas, incluindo gigantes como Nike, Adidas America, Skechers, Under Armour, Deckers Brands, Capri Holdings e VF Cor, que apelaram ao bom senso num setor que já lida com taxas significativas.

Barbie é a mais recente ‘vítima’ das tarifas de Trump

A Mattel, empresa responsável pela produção da boneca Barbie, suspende a previsão de crescimento nas vendas para 2025 após o anúncio de Donald Trump sobre a possível imposição de tarifas de até 145% sobre os brinquedos importados da China. A empresa tinha projetado um crescimento de até 3% para o próximo ano, encerrando um período de estagnação nas receitas.

A empresa, que até agora fabricava cerca de 40% dos produtos em território chinês, assume que as novas tarifas tornam o planeamento financeiro “imprevisível”. “A evolução do panorama tarifário nos Estados Unidos torna difícil prever o comportamento do consumidor”, justifica a empresa em comunicado.

A Mattel fez ainda saber que vai aumentar os preços dos brinquedos no mercado norte-americano e rever a estratégia de produção, transferindo parte da manufatura para fora da China. Ou seja, os brinquedos vão mesmo encarecer, incluindo a popular Barbie — um dos produtos com maior peso na faturação da empresa.

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Wise Pirates investe em estúdio e explora realidade aumentada

“A intenção é permitir aos clientes a aceleração do seu próprio alinhamento com os fenómenos vividos pelas suas audiências”, revela ao M&P Pedro Barbosa, CEO da agência de marketing digital

A agência de marketing digital Wise Pirates acaba de criar um estúdio e um laboratório de produção, que procuram tirar partido de tecnologias como a inteligência artificial (IA) e a realidade aumentada para criar campanhas e ativações de marca. O objetivo é produzir conteúdos de alto impacto para redes sociais, websites e plataformas digitais.

“Esta aposta mistura os elementos tradicionais como fotografia, vídeo e podcasts com um laboratório de IA e de experiência aumentada. A intenção é permitir aos clientes a aceleração do seu próprio alinhamento com os fenómenos vividos pelas suas audiências”, explica ao M&P Pedro Barbosa, CEO da Wise Pirates.

O investimento acontece numa altura em que a agência está atenta à evolução das ‘trends’ que marcam a comunicação digital global.

“Na Wise Pirates, trabalhamos a identificação de tendências com base em sistemas de ‘crowdsourcing’ e com base em ‘predictive analytics’, usando computação e ‘algoritmização’ para prever potenciais movimentos de comportamento das sociedades (pessoas, empresas, mercados e indústrias particulares) com determinadas probabilidades, de forma a potenciar estratégias com maior assertividade, eficácia e sucesso”, salienta o responsável.

A análise desenvolvida nas últimas semanas mostra que a tecnologia vai continuar a ter um peso crescente na comunicação e na promoção das marcas.

“A incorporação massiva de IA nas nossas vidas, uma nova vaga de automação de processos nas empresas, um crescimento do foco em saúde e bem-estar das pessoas, investimentos em segurança e cibersegurança por parte de pessoas, famílias, empresas e estados, a hiperpersonalização, a ascensão da biotecnologia e o uso de ‘partners’ digitais híbridos e com soluções holísticas entre tecnologia e negócios marcam algumas das tendências”, afirma Pedro Barbosa.

Nas redes sociais, as ‘trends’ acompanham a evolução. “Os fenómenos de ‘AI shorts’ serão muito relevantes, à semelhança dos movimentos ao estilo BeReal [aplicação de partilha de fotografias muito usada pela geração Z], que promove uma autenticidade sem filtros, a par do comércio social, da ‘mix reality’, dos espaços sociais híbridos e dos desafios interativos entre pessoas e IA”, avança o CEO da Wise Pirates.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

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