Netflix tem 155 mil euros para 10 projectos nacionais
“Impulsionar a produção audiovisual portuguesa” é o objectivo de um concurso para argumentistas anunciado esta quarta-feira pelo Netflix, numa parceria com o Instituto do Cinema e Audiovisual (ICA), que irá atribuir um total de 155 mil euros distribuídos por 10 projectos.
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Pedro Durães
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“Impulsionar a produção audiovisual portuguesa” é o objectivo de um concurso para argumentistas anunciado esta quarta-feira pelo Netflix, numa parceria com o Instituto do Cinema e Audiovisual (ICA), que irá atribuir um total de 155 mil euros distribuídos por 10 projectos. A iniciativa está aberta a candidaturas de argumentistas e autores residentes em Portugal até ao próximo dia 1 de Junho, período após o qual um júri seleccionará os 10 melhores trabalhos. “Esta é uma iniciativa especialmente relevante que, por via da escrita de argumento e do desenvolvimento de ideias por autores portugueses, representa um importante passo para a consolidação da ficção audiovisual e do documentário no nosso país”, salienta, em comunicado, Nuno Artur Silva, secretário de Estado do Cinema, Audiovisual e Media.
“Estamos muito satisfeitos por poder colaborar com o Instituto do Cinema e do Audiovisual numa iniciativa que visa apoiar e estimular o grande talento da comunidade criativa portuguesa”, sublinha, por seu lado, Diego Ávalos, vice-presidente da área de conteúdos originais do Netflix, dizendo acreditar “firmemente que grandes histórias estão para chegar e podem seguir para qualquer lugar”. “Estamos confiantes de que este concurso abrirá novas janelas de inspiração e oportunidades para os criadores”, remata o responsável da área conteúdos do serviço de streaming.
A pré-selecção será assegurada por um painel de jurados português mas a responsabilidade final sobre quais os projectos a serem financiados caberá à plataforma de streaming, que entregará 25 mil euros a cada um dos cinco melhores, reservando seis mil euros para as cinco restantes candidaturas. A par disso, “a Netflix, a seu exclusivo critério, pode ter a iniciativa de continuar a apoiar um ou alguns dos cinco melhores projectos, sem assumir nenhuma obrigação presente a esse respeito, iniciando uma fase de negociação com os respectivos autores, nos termos contratuais a determinar pelas partes”, detalha o regulamento do concurso, onde se ressalva que “caso a Netflix não prossiga com o apoio a algum dos projectos, os autores mantêm todos os direitos sobre a obra”.
O júri nacional é constituído por Isabel Lucas (jornalista), Jorge Paixão da Costa (realizador), Luís Proença (adjunto de comunicação da Fundação Calouste Gulbenkian) e Possidónio Cachapa (escritor), aos quais se junta Verónica Fernandéz, directora de conteúdos do Netflix. Os vencedores serão conhecidos no próximo dia 30 de Julho.