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Os 15 anos da TVI

No dia 20 de Fevereiro de 1993 nascia a estação de televisão que actualmente é líder de audiências. Desde 2001 a liderar no prime-time e há três anos no topo […]

Maria João Morais
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Os 15 anos da TVI

No dia 20 de Fevereiro de 1993 nascia a estação de televisão que actualmente é líder de audiências. Desde 2001 a liderar no prime-time e há três anos no topo […]

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No dia 20 de Fevereiro de 1993 nascia a estação de televisão que actualmente é líder de audiências. Desde 2001 a liderar no prime-time e há três anos no topo da tabela de audiências no total do dia, a história da TVI foi pautada por diversos momentos que marcaram o meio audiovisual em PortugalTrês novos programas de informação, reforço da ficção, nomeadamente com telefilmes, e a exibição do Euro 2008. São estes os três principais pilares da grelha da TVI em 2008, numa altura em que comemora o 15º aniversário. O ano começou com a liderança das audiências, um facto que tem marcado os últimos anos da estação, que chegou a ser conhecida como “o quarto canal”.

Menos de quatro meses depois do nascimento da SIC colocar um ponto final no monopólio da televisão estatal, nasce a segunda televisão privada em Portugal. Foi no dia 20 de Fevereiro de 1993 que a TVI-Televisão Independente, se lançou como o quarto canal generalista. A história destes 15 anos de emissão que a estação sedeada em Queluz assinala na próxima semana foi marcada por variados momentos, que se fundem em duas fases fundamentais: antes e depois da Media Capital.

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Hoje totalmente controlada pelos espanhóis da Prisa, a TVI já passou por várias mãos no decorrer do seu percurso. Inicialmente dominada por entidades ligadas à Igreja Católica, as emissões da estação começaram por estar associadas àquela, sendo a informação dirigida pelo padre António Rego e a programação liderada por José Nuno Martins. Em 1997, o grupo Media Capital entrava no capital social da TVI, que depois prosseguiria numa lógica de expansão. Miguel Paes do Amaral, presidente do grupo, inicia nessa altura a reformulação da empresa. Em Abril de 1998 é a vez da Sonae de Belmiro de Azevedo conseguir uma posição de relevo nas assembleias gerais, ao associar-se à Lusomundo e a Stanley Ho. A gestão da televisão é tomada pelos grupos Sonae, Cisneros e Lusomundo em Junho do mesmo ano. É Belmiro de Azevedo quem coloca José Eduardo Moniz aos comandos da estação, como director-geral. Entretanto, em Outubro a Sonae avança com um aumento de capital. Nessa altura a Media Capital exerce o seu direito de preferência e adquire as posições das três empresas, passando a holding de Paes do Amaral a deter mais de 90% do capital da TVI. A partir daqui começa a luta pelas audiências.

Depois de um início de emissões pautado por avanços e recuos, o ano 2000 iria marcar a verdadeira viragem na história das audiências da estação. Mudança indissociável da emissão do programa Big Brother, da Endemol. O reality show, que nasceu em Setembro, contribuiu para a TVI subir cinco pontos percentuais em termos de share e terminar o ano com 22,4%. No mesmo ano, também a informação era relançada. Já em 1999, o canal havia iniciado a forte aposta na produção de ficção nacional, uma vez que até aí a TVI detinha na ficção importada a base da sua programação. A partir de 2000 os tempos são de crescimento e consolidação, na qual a ficção nacional, aposta forte de José Eduardo Moniz, tem um papel de grande destaque. A emissão da novela Olhos de Água em 2001, protagonizada por Sofia Alves, foi uma das responsáveis para a estação de Queluz dar o salto e atingir 34,8% de share e reduzir a distância que a separava da SIC. Embora já fosse líder no prime-time desde 2001, horário que a TVI resolveu “atacar” em primeiro lugar, a liderança no share em all day é finalmente alcançada pela TVI em 2005, ano em que atinge os 34,9%, relegando a estação de Carnaxide, que há 11 anos liderava as audiências, para o segundo lugar. Hoje, para José Eduardo Moniz, vive-se na TVI um “ambiente de liderança saudável”. Condição esta que o director-geral destaca ter sido conquistada com “disponibilidades financeiras limitadas”.

Em 2005 é a vez da Prisa entrar em acção, assumindo oficialmente em Novembro o estatuto de accionista principal do grupo Media Capital. A posição foi conquistada após a aquisição da Vertix SGPS, e dos seus 33% de capital e direitos de voto, no seguimento da venda negociada entre ambas as partes em Julho do mesmo ano. Ainda em Novembro de 2005, Manuel Polanco é nomeado administrador-delegado da Media Capital, ocupando um cargo que até aí não existia na holding. Em Outubro de 2006, a Prisa lança uma oferta pública de aquisição (OPA) sobre a totalidade das acções representativas do capital social da Media Capital, oferecendo 7,4 euros por acção. Esta OPA deixou a Prisa no controlo de 73,7% do capital do grupo que detinha a TVI. Sobre o remanescente 27,3% de capital, a Prisa lançou então uma OPA obrigatória com base numa contrapartida de cerca de 8,2 euros por acção. Nesta altura, Juan Luís Cebrián, CEO da Prisa, manifestava satisfação por este processo permitir a “constituição de um grande grupo de comunicação ibero-americano e luso-hispânico”. A TVI pertencia agora ao maior grupo de comunicação espanhol, que detém o diário El País, a rádio Cadena SER e o canal de televisão Cuatro e possui ainda negócios de media em 22 países europeus e da América Latina. Em Abril de 2007, João Maia Abreu é nomeado director de informação do canal de Queluz, na sequência da reorganização da estrutura interna de direcções e serviços levada a cabo pelo director-geral, José Eduardo Moniz. Mário Moura mantém-se como director-adjunto e Manuela Moura Guedes como subdirectora. Logo de seguida, em Maio, Joaquim Pina Moura é nomeado presidente não-executivo da empresa proprietária da TVI. A OPA é concluída em Julho, ficando a Prisa a deter 94,39% do capital da MC. Quanto à TVI, desde Agosto de 2007 que a Prisa detém 99,9442% do seu capital.

Sob o controlo total da Prisa, a TVI continuou a aprofundar a sua posição enquanto jóia da coroa dentro do grupo, reforçando o estatuto do meio televisão como aquele que mais contribui para os resultados da Media Capital, e ocupando também o primeiro lugar no ranking do investimento publicitário.

A produção nacional continua a ser uma aposta forte do grupo. Daí que a Media Capital tenha passado a deter em Outubro a totalidade da NBP, ao adquirir a posição minoritária nas mãos de António Parente, num investimento de 13,5 milhões de euros. O objectivo agora passa pela concentração da produção da Prisa e Media Capital sob a marca NBP. Manuel Polanco garantia em Outubro ter nos seus planos a criação de uma verdadeira “cidade cinematográfica”, estando para tal em negociações com várias câmaras municipais na região de Lisboa com vista a acolher os cinco estúdios de produção da NBP e também produção de exterior. O mesmo afirmou na altura que a sua estratégia inclui a constituição de um “grupo de fornecimento de conteúdos”.

Na liderança em sinal aberto há três anos consecutivos, no percurso pautado por um crescimento consolidado, o que sempre escapou à TVI foi a presença no universo cabo. 2008 parece ser, por isso, um novo ano de viragem na história da estação, com o lançamento do canal de informação da estação no cabo, que tem estreia marcada para Setembro. Depois de mais de oito anos de negociações com a Portugal Telecom com vista à colocação do canal na TV Cabo, o processo que foi sendo alvo de sucessivos atrasos. Este ano, a TVI alarga finalmente a sua oferta a outro leque de público e, em aberto, está ainda a possibilidade de lançamento de um outro canal de entretenimento com a chancela da TVI na plataforma cabo, cujos planos passam pela utilização dos conteúdos do canal generalista

“Em Portugal para se ser líder em rentabilidade tem que se ser líder em audiências”

Meios & Publicidade (M&P) Como define actualmente a TVI?

José Eduardo Moniz (JEM): Como uma estação de perfil generalista aberta a todos os públicos, com ambição, estabilidade e ao mesmo tempo com enorme capacidade de atrevimento. Atrevimento na busca de modelos novos, de produtos novos, de não se resumir a avançar por formatos distintos daqueles que há hoje, por apostar em ser rigorosa e investigativa na sua informação, etc.

M&P: Os três novos programas de informação mostram que a TVI está a reforçar a aposta numa área que tem sido um pouco descurada?

JEM: Há muito tempo que temos o objectivo de reforçar a componente informativa da TVI, que até agora tem estado basicamente concentrada nos jornais. Só não o fizemos ainda porque não estavam reunidas as condições objectivas para isso. A partir do momento em que elas existem avançamos.

M&P: Há alguma outra área que ainda falte reforçar na programação da TVI?

JEM: Nós nunca devemos estar satisfeitos com nada do que se faça em qualquer das áreas. Por isso todas as áreas são áreas de insatisfação, porque não queremos ficar parados à sombra da bananeira.

M&P: Como avalia a actual programação das televisões nacionais?

JEM: A programação da TVI aposta muito na componente portuguesa. Falamos português desde as 7h da manhã até pelo menos à meia noite e 15. Falamos português consecutivamente e depois voltamos durante a madrugada. Há outras estações de televisão que não têm este perfil, mas para nós isto é vital. Nós posicionamo-nos desta forma em oposição aos produtos brasileiros que marcaram durante muitos anos a programação das televisões, em particular da SIC, que foi líder até a TVI a destronar. Por outro lado, em relação ao chamado serviço público de televisão ainda há muito para fazer no sentido de tornar a RTP numa estação verdadeiramente de serviço público. Acho que se olharmos hoje em dia para a programação regular da RTP das 9h da manhã até às 22h da noite, poucos serão os programas de serviço público, é uma cópia da programação das privadas. E à noite, salvo um debate ou outro, ou uma reportagem, que os canais privados também podem introduzir, o resto não me parece que seja diferente relativamente àquilo que os privados apresentam.

M&P: Olhando para trás, terá sido mais difícil chegar à liderança ou mantê-la?

JEM: Nunca trabalhamos na lógica de virmos a ser líderes. Trabalhamos na lógica de garantir rentabilidades boas, queremos ser líderes em rentabilidade. A liderança das audiências vem por acréscimo. Provavelmente em Portugal para se ser líder em rentabilidade tem que se ser líder em audiências. É uma das conclusões a que pudemos chegar. Não sei se é mais difícil chegar ou manter [a liderança], acho que é igualmente trabalhoso.

M&P: Em termos de audiências, até onde pode ainda crescer a TVI?

JEM: Aí vou-lhe responder de uma forma vaga. Até onde os telespectadores quiserem.

M&P: O nascimento do quinto canal vai implicar um reforço de preocupação?

JEM: É evidente que haverá uma situação de dificuldades acrescidas para os operadores actuais e logicamente trará também dificuldades para o operador que nascer. Mas é uma inevitabilidade. O que as pessoas têm de fazer é organizar as suas empresas, a sua programação, estratégias de abordagem ao mercado tendo em conta que há um participante novo no mercado.

M&P: Imagina-se director-geral da TVI no 20º aniversário?

JEM: Eu actualmente sou director-geral da TVI. Não sei o que se passa nas nossas vidas nem hoje nem daqui a cinco anos. Enquanto me sentir bem na TVI não tenho razões para equacionar outras hipóteses.

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Há duas campanhas portuguesas no ACT Good Report 2025

‘Sem Acessibilidade, Mal Empregada a Lei’ (na foto), criada pela Dentsu para a Associação Salvador, ocupa o 26º lugar no ranking. ‘Uma Vida Salva Quatro”, da Mantra para o Governo de Cabo Verde, surge no 40º

Há duas campanhas portuguesas no ranking ACT Good Report 2025, que distingue campanhas que promovem o bem-estar social e a responsabilidade ambiental.
‘Sem Acessibilidade, Mal Empregada a Lei’, criada pela Dentsu Creative Portugal para a Associação Salvador e rebatizada ‘Impossibilities’ para o mercado internacional, ocupa o 26º lugar da tabela. A campanha alerta para as dificuldades na integração laboral de pessoas com deficiência por falta de estratégias de mobilidade inclusivas.

Na 40ª posição do ranking de campanhas, elaborado pela ACT Responsible em parceria com o World Advertising Research Center (WARC), surge a campanha ‘Uma Vida Salva Quatro’, concebida pela agência criativa Mantra para o Governo de Cabo Verde.
‘One Saves Four’, como é conhecida internacionalmente, apela à doação de sangue e, além de motivar os potenciais dadores, também explica os benefícios das transfusões sanguíneas.

O ranking de campanhas do ACT Good Report 2025 é liderado por ‘Assume That I Can’, campanha publicitária criada pela agência norte-americana Small para a CoorDown, associação que promove os direitos dos portadores de síndrome de Down, à frente de ‘Dreamcaster for AB InBev’, da FCB New York para a Michelob Ultra.

 

Em termos de agências, o ACT Good Report 2025 coloca a Publicis Conseil na primeira posição, a Small na segunda e a Ogilvy London na terceira. O WML lidera o ranking referente às redes de agências publicitárias, seguido do grupo Havas e da Publicis Worldwide.
Os Estados Unidos, a França e o Reino Unido ocupam os primeiros lugares do ‘ranking’ de países com os melhores anúncios que promovem o bem-estar social e a responsabilidade ambiental.

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Suíça é o primeiro país a exibir campanha global da Super Bock

A agência Caldas Naya assina ‘What Is Authentic Has More Taste’ (na foto), campanha internacional, com versões em francês e alemão, divulgada em televisão, digital e redes sociais, entre abril e agosto

Inspirada na autenticidade de Portugal, a nova campanha global da Super Bock já está presente no mercado suíço, com versões em francês e alemão. Concebida pela agência criativa Caldas Naya e produzida pela More Maria, com consultoria de produção de Pedro Gaspar, a primeira campanha internacional de comunicação em ‘mass media’ da cervejeira dá início a um novo posicionamento da marca nos mercados externos.

Divulgado em televisão, digital e redes sociais, o filme publicitário, com a assinatura ‘What is authentic has more taste’, convida o público internacional a descobrir um país “onde os sabores são reais, os abraços calorosos e os momentos partilhados em bares e esplanadas fazem parte da identidade cultural”, explica a marca em comunicado de imprensa.

O planeamento de media foi definido por uma agência de meios local, à semelhança do que está previsto para os restantes mercados onde a campanha será exibida, apurou o M&P.

A escolha da Suíça para a estreia da nova campanha internacional da Super Bock acontece numa altura em que a marca promove a Super Bock Unfiltered, uma nova cerveja criada exclusivamente para o mercado suíço.
“Produzida localmente, no estilo international pale lager, este lançamento representa um momento inédito para a marca, que aposta em inovação pensada especificamente para este mercado”, refere o documento.

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Frize recorre a Ljubomir Stanisic para mudar paradigma

A campanha, protagonizada pelo chef jugoslavo (na foto), pretende romper com a ideia pré-concebida de que a água com gás está associada à má disposição. O anúncio tem estratégia e criatividade da Bar Ogilvy

A Frize aposta no chef jugoslavo Ljubomir Stanisic para acabar com a ideia pré-concebida de que a água com gás está associada à má disposição, posicionando-se como uma marca “só para bem-dispostos”, na nova campanha publicitária omnicanal, com criatividade e estratégia da Bar Ogilvy e produção da Krypton. 

“Para comprovar esta afirmação, e agitar as águas, tomámos uma medida inédita e ousada: celebrámos um contrato de ‘não consumo’ com o embaixador da má disposição: Ljubomir Stanisic. Conhecido pelo seu temperamento explosivo, vimo-nos obrigados a proibir-lhe a venda e o consumo, para garantir que nenhuma das nossas águas cairá nas mãos erradas”, explica a Frize em comunicado de imprensa.

A campanha, com planeamento de meios da Initiative, está a ser divulgada em televisão, rádio, digital e redes sociais. A primeira vaga de comunicação decorre entre 14 de abril e 11 de maio. “Como era esperado, o Ljubomir Stanisic fez um grande filme quando percebeu que está proibido de beber Frize”, refere a agência criativa.

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Kor Media ganha concessão de OOH nos autocarros de Évora e Beja

A empresa, que também explora os espaços publicitários exteriores de transportes públicos no Algarve (na foto), alarga a área de intervenção às duas maiores cidades do Alentejo

A Kor Media, submarca da agência de design algarvia Kor Creatives, acaba de conquistar a concessão de exploração da publicidade exterior nas frotas de autocarros de Évora e Beja, em regime de exclusividade. A empresa, que também explora os espaços publicitários ‘out-of-home’ (OOH) de transportes públicos no Algarve, alarga a área de intervenção às duas maiores cidades do Alentejo, numa altura em que olha para o resto do país para crescer.

“Estamos a estudar novas possibilidades a nível de espaços publicitários em centros comerciais e a preparar o estabelecimento de parcerias com as maiores agências de meios de Portugal”, revela ao M&P Pedro Águas, CEO da Kor Creatives. A agência, fundada como LCPA Creative Agencies em 2014, está também a reforçar a aposta no design digital focado na experiência e no interface do utilizador.

“Acreditamos que a área de webdesign UX/UI é uma das alavancas para o crescimento da agência, a par da forte aposta que fazemos na gestão de redes sociais, que é a área onde temos crescido mais nos últimos dois anos. Temos uma metodologia própria e conseguimos ser diferenciadores nesta área, a nível nacional”, salienta Pedro Águas.

Com 16 colaboradores afetos à Kor Creatives e à Kor Media, a agência, que faturou cerca de €925 mil em 2024, antevê um aumento do volume de negócios em 2025. “Prevemos acabar o ano com 20 colaboradores”, refere o responsável, que acaba de estabelecer uma parceria com a Universidade do Algarve, no âmbito da Kor Academy, para formar profissionais especializados em produção e edição de vídeo para as redes sociais.

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Emma Roberts é a primeira embaixadora global da Kiko Milano

Emma Roberts x Kiko Milano é a coleção de cosmética de edição limitada, em parceria com a atriz e cantora norte-americana (na foto), que protagoniza a campanha de lançamento

Emma Roberts, que tem 20,5 milhões de seguidores no Instagram, é a primeira embaixadora global da Kiko Milano, protagonizando a nova campanha da marca de cosmética italiana, que divulga a coleção de maquilhagem Emma Roberts x Kiko Milano, linha de edição limitada lançada a 10 de abril.

Realizado por Mateusz Sitek, com direção criativa de Benn Northover, o anúncio está a ser divulgado nas redes sociais, sites e múpis digitais. Os materiais promocionais da campanha integram ainda conteúdos audiovisuais realizados nos bastidores da produção, assinados por Simone Rigamonti.

“Criar uma coleção inspirada no meu próprio visual era um sonho que tinha desde que era adolescente. Esta colaboração torna esse meu sonho realidade. Nunca me sinto tão eu como quando uso tons quentes e terrosos e um batom vermelho poderoso. Espero que as outras pessoas se sintam inspiradas a criar e a partilhar os seus próprios looks com os produtos desta coleção”, refere Emma Roberts, citada em comunicado de imprensa.

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O Lado B da edição 978 do M&P

No Lado B, a rubrica Fatal, Banal, Genial apresenta o Insteroid, carro elétrico da Hyundai que é inspirado na estética dos videojogos. O chocolate do Dubai e o impacto das tarifas nos investimentos publicitários são outros dos temas na última página do jornal

Fatal, Banal, Genial

Carro real ou de videojogos? É as duas coisas

O nome do novo protótipo da Hyundai pré-anuncia ao que vem. O Hyundai Insteroid é uma versão em esteroides do utilitário elétrico Inster, com inspiração na estética dos videojogos. O objetivo é cativar quem mais ordena nos planos de marketing: os consumidores jovens (ou os menos jovens que não largaram os videojogos).

Mas não só: também todas as tendências de consumo e de comunicação estão a ‘obrigar’ as marcas a trazer os universos imersivos para a realidade e a gamificar as experiências de utilizador. Em tudo idêntico aos carros dos jogos de corridas, o Insteroid faz jus à origem: habitáculo semelhante a uma consola de jogos, gaiola de segurança, bancos ajustáveis, controlos minimalistas próprios da competição automóvel, sistema de áudio Beat House e um dispositivo Message Grid, para o condutor transmitir mensagens para o exterior, através dos píxeis instalados na traseira do carro, entre outros.

Revelado a 1 de abril no evento Night Garage Party, em Seul, pode até parecer mentira, mas está a ser apresentado até 13 de abril, no Salão da Mobilidade de Seul. Fica por saber se e quando vai ser comercializado ou se é apenas um projeto para construir a notoriedade da Hyundai e promover o Inster.

52%

É a percentagem de pessoas que considera que as mulheres são culpadas pelas situações de assédio sexual em espaços públicos, devido às suas atitudes, comportamentos ou aparência. Os resultados do estudo, divulgado por ocasião da semana internacional contra o assédio na rua (de 6 a 12 de abril), dão o mote à campanha ‘A Culpa Nunca é Tua’, da L’Oréal Paris.

Para dar poder às mulheres e recordar-lhes o direito de serem quem são, a mensagem é difundida no Instagram e no TikTok, nas universidades e com ativações no metro da Alameda, em Lisboa, que incluem o revestimento de uma carruagem com a cor laranja.

O Melhor🔥

A campanha da companhia aérea Icelandair, que pede às grandes empresas de inteligência artificial (IA) que parem de gerar imagens enganosas da Islândia. O argumento é que as paisagens do país são tão espetaculares que não precisam de ser melhoradas. Como nenhuma imagem de IA pode substituir a verdadeira Islândia, a campanha da agência criativa Hvita Husid pede às empresas de IA que sugiram aos utilizadores uma visita ao país.

O Pior💀

O agravamento das tarifas dos Estados Unidos, o quarto país de destino das exportações nacionais. Em Portugal, a Centromarca manifesta preocupação e pede medidas para proteger o mercado único da União Europeia, que tem uma tarifa generalizada de 20%, que acresce à de 25% sobre os automóveis, aço e alumínio. É inevitável o efeito dominó na desestabilização das cadeias de abastecimento e na retração dos investimentos publicitários.

 

A Seguir

Chocolate do Dubai e a subida de preço do pistáchio

É uma tendência difícil de antecipar o que ainda está por inventar. Cada uma à sua maneira, Galp, Staples, Control, Magnum, Licor Beirão, Electrão, Cleanup, Remax, Sociprime, Lindt, Artisani, Regina – e até a Lusíadas Saúde, a GNR e a PSP – são apenas algumas das marcas que em Portugal estão a capitalizar a comunicação nas redes sociais, em torno da histeria mundial com o chocolate do Dubai.

Outras aproveitam o Dia das Mentiras e promovem produtos com chocolate do Dubai, que não vão lançar. Ou ‘colam’ a narrativa chocolate/pistáchio/Dubai a produtos com zero em comum com esta trilogia. Faz sentido? Dá ‘engagement’, a métrica do ‘vale tudo o que seja o que os consumidores querem ouvir falar e comprar’. Enquanto houver filas nas lojas e os ditos chocolates esgotarem assim que vão para as prateleiras.

A Normal e o Lidl serão os mais recentes retalhistas a inovar com derivados desta tendência, que faz esquecer a reconhecida qualidade e tradição dos chocolates suíços e belgas. A Normal lança chocolate do Dubai em creme para barrar, enquanto o Lidl aventura-se na versão em licor. Entretanto, o preço do pistáchio está a disparar. A próxima ‘trend’ das redes sociais já está à espreita?

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Novobanco rejuvenesce marca com campanha da BBDO

Coprotagonizado pela atriz Júlia Palha (na foto), o filme publicitário é divulgado em televisão, cinema, rádio, digital e redes sociais, com o planeamento de meios da Hearts & Science

O Novobanco prossegue a estratégia de rejuvenescimento da comunicação da marca com uma campanha criada pela BBDO. Coprotagonizado pela atriz Júlia Palha, que volta a dar a cara pela instituição bancária, o filme publicitário está a ser divulgado em televisão, cinema, rádio, digital e múpis digitais dos balcões, com adaptações mais curtas para as redes sociais. A Hearts & Science assina a estratégia de planeamento de meios da campanha.

“Esta comunicação assinala uma evolução clara no nosso posicionamento, materializado numa identidade visual mais vibrante, alinhada com a leveza e frescura dos protagonistas”, explica o Novobanco em comunicado de imprensa.

A instituição bancária recorre, pela primeira vez, a um tema musical internacional, ‘Alright’, lançada pela banda britânica Supergrass em 1995, que ultrapassa os 400 milhões de ‘streams’ no Spotify. “Esta música é um hino à juventude que perdura. Capta a energia e o otimismo de quem é e se mantém jovem, onde a vida aparece sempre cheia de possibilidades”, refere o documento.

A campanha serve também para apresentar a nova assinatura de marca da instituição bancária: ‘Novobanco. Presente no meu futuro’. “É uma declaração expressa pelos clientes, na primeira pessoa, e que capta a essência do que representamos, um parceiro de confiança que desempenha um papel ativo, hoje, na vida dos seus clientes e que os acompanha na construção do futuro que desejam”, esclarece ainda o comunicado.

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Millie Bobby Brown e Jake Bongiovi promovem turismo do Dubai

O casal é o protagonista da campanha promovida pelo ‘Visit Dubai’, co-realizada pelo argentino Armando Bo, e que tem como objetivo destacar a variedade de experiências turísticas que a cidade tem para oferecer

A atriz e embaixadora da Unicef, Millie Bobby Brown, e o seu marido, o ator e modelo Jake Bongiovi, protagonizam a campanha de marketing ‘Descubra a sua história no Dubai’, promovida pelo departamento de economia e turismo do Dubai (Visit Dubai), com o objetivo de mostrar as aventuras que os viajantes podem viver na cidade, mesmo durante uma breve escala.

Escrito e co-realizado pelo argentino Armando Bo, vencedor do Óscar de melhor argumento original em 2015 pelo filme ‘Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)’, a campanha será lançada, numa primeira fase, em 21 países, nos quais se inclui Portugal, e estará presente em várias plataformas, incluindo publicidade ‘online’, meios ‘outdoor’, redes sociais e serviços de ‘streaming’.

Filmado em vários locais do Dubai, o enredo do filme começa no Aeroporto Internacional do Dubai (DXB), onde Brown e Bongiovi, com algumas horas antes do próximo voo, encontram um argumento de cinema mágico que os leva para uma nova história, segundo o comunicado de imprensa.

O argumentista e realizador Armando Bo explica que a campanha pretende mostrar ao mundo como o Dubai é um lugar cheio de possibilidades: “Os locais de filmagem foram perfeitos para ilustrar tudo o que a cidade tem para oferecer”.

Millie Bobby Brown, que protagoniza o filme da Netflix ‘The Electric State’ e é conhecida pelo papel de Eleven na série ‘Stranger Things’ contracena pela primeira vez com o marido, Jake Bongiovi.

Cidade procura novos públicos internacionais

Durante uma pausa nas filmagens, a atriz partilha o entusiasmo por colaborar com o Dubai e elogia a diversidade cultural da cidade: “É uma cidade global e diferente de qualquer outro lugar onde já estive. Parece mesmo que reúne muitos destinos num só”. Jake Bongiovi destaca a beleza das paisagens do deserto: “Explorar a cidade foi uma experiência muito especial e levamos connosco memórias inesquecíveis”.

Integrada no marketing global do ‘Visit Dubai’ para promover a cidade junto de novos públicos internacionais, a campanha ‘Descubra a sua história’ junta-se a outras ações protagonizadas por nomes do mundo do entretenimento, como Zac Efron e Jessica Alba em ‘Dubai: A Romance to Remember’ ou Gwyneth Paltrow, Zoe Saldana e Kate Hudson em ‘A Story Takes Flight’.

Issam Kazim, responsável pelo departamento de economia e turismo do Dubai (Visit Dubai), explica a aposta numa estratégia de marketing diversificada, assente em campanhas criativas e feitas à medida. “Ter Millie Bobby Brown e Jake Bongiovi como protagonistas da nova campanha permite-nos alcançar um público alargado, ao mesmo tempo que destacamos a variedade de experiências turísticas que o Dubai tem para oferecer. Eles personificam o espírito de descoberta e estamos confiantes de que a narrativa do filme irá inspirar os viajantes a transformar uma simples escala numa estada memorável”.

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P28 expõe arte em painéis publicitários de grande formato

Setúbal exibe o trabalho da artista Isabel Baraona (na foto) e é uma das sete cidades que acolhem as criações de sete artistas durante sete meses, no âmbito da Outdoor ’25, mostra de arte contemporânea

A P28 está a expor arte em painéis publicitários de grande formato (8x3m) em sete cidades do país (Viana do Castelo, Viseu, Coimbra, Lisboa, Setúbal, Évora e Faro). Ao longo de sete meses, a associação de desenvolvimento criativo e artístico divulga obras de sete de artistas plásticos (Cláudia R. Sampaio, Edson Chagas, Isabel Baraona, Isabel Simões, José Maçãs de Carvalho, Luísa Cunha e Pedro Valdez Cardoso), no âmbito da mostra de arte simultânea Outdoor ’25.

“Estamos a aproveitar o enorme potencial destes ‘outdoors’, que são meios de comunicação de massas, para levar a arte contemporânea a todos de forma gratuita e improvável”, salienta a P28 em comunicado de imprensa, explicando que “a iniciativa surge da necessidade de reabilitar e de reavivar suportes que foram concebidos para outros propósitos”.

Os trabalhos dos artistas selecionados para a Outdoor ’25 vão circular entre as sete cidades entre abril e outubro, apresentando criações em fotografia, pintura, texto e escultura. “Em vez de serem exibidas penduradas numa típica parede branca, as obras surgem em ponto grande, expostas na paisagem urbana, fazendo com que seja a exposição que se desloca até ao visitante”, esclarece a associação.

Nascida em 2012, a iniciativa Outdoor, dinamizada pela P28, tem divulgado, ao longo dos anos, obras de artistas como Jorge Molder, Pedro Cabrita Reis ou Jeff Koons, sempre com o objetivo de trazer a arte contemporânea para a rua, mostrando-a em lugares improváveis.

“Pode acontecer que a pessoa só se aperceba da presença daquela obra depois de ter passado naquele local três ou quatro vezes, mas é esse tipo de contacto com o grande público – inesperado, invulgar e subversivo – que pretendemos alcançar, levando a arte aos visitantes através destes espaços públicos que são não-lugares”, refere ainda a associação, que está sediada em Lisboa.

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Marketing na era digital do niilismo

O novo niilismo pode ajudar as marcas a interagir com os consumidores numa época de elevada incerteza económica, de acordo com o relatório da Ipsos em conjunto com a Effie Worldwide

64% dos consumidores concordam com a ideia de que “o importante é aproveitar a vida hoje, o amanhã encarregar-se-á de si próprio”, um número que sobe cerca de 50% face a 2013, de acordo com o relatório ‘Navigating Nouveau Nihilism: How Brands Can Thrive in the YOLO Economy’, publicado pela Ipsos em conjunto com a Effie Worldwide. Compreender esta ideia, apelidada de novo niilismo pela Ipsos, pode ajudar as marcas a interagir com os consumidores numa época de elevada incerteza económica.

Segundo a análise, os consumidores estão a adaptar-se à incerteza a curto prazo e à estratificação económica a longo prazo. “As pessoas estão a adotar uma mentalidade de ‘só se vive uma vez’, que dá prioridade à satisfação imediata, embora estejam cientes da necessidade premente de planear o futuro”, refere o relatório. Perante este contexto, os ‘marketers’ devem encontrar formas de satisfazer as necessidades dos consumidores a curto e a longo prazo.

A análise, baseada num inquérito a 1005 consumidores norte-americanos, revela que 76% dos inquiridos consideram os pequenos luxos uma forma de autocuidado e que 62% gastam dinheiro com pequenos luxos, independentemente do seu custo. Os millennials (60%) e a geração Z (58%) são mais propensos a optar por experiências mais dispendiosas do que a geração X (44%) e os baby boomers (37%).

Entre as estratégias que as marcas podem implementar para servir os consumidores, destacam-se a criação de momentos significativos (38%), a capacidade de proporcionar momentos de alegria (35%) e a satisfação do desejo de pequenas indulgências (33%). A empatia é outro aspeto essencial, assim como a criação de um sentido de comunidade e a oferta de experiências que permitam ao consumidor escapar momentaneamente da realidade.

A Ipsos e a Effie Worldwide recomendam que as marcas proporcionem conforto e tranquilidade face à incerteza (46%), apresentem soluções concretas e relevantes para os problemas (44%) e projetem um futuro positivo que as pessoas queiram alcançar (43%). Segundo o relatório, outras abordagens úteis passam por privilegiar a educação financeira, incentivar hábitos responsáveis e demonstrar como os produtos podem representar um investimento útil a longo prazo.

Sobre o autorDaniel Monteiro Rahman

Daniel Monteiro Rahman

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