Edição digital
PUB

Rui Oliveira Marques (Meios&Publicidade), Bruno Almeida (Unilever Jerónimo Martins), Bruno Monteiro ( DIA Portugal) e Miguel Salema Garção (CTT)

Marketing

Conversas M&P: Como as marcas estão a ajustar o investimento na era digital

Quais as prioridades das marcas para 2018? Foi este o ponto de partida para a conversa com Bruno Almeida (director de marketing foods e director de media da Unilever Jerónimo Martins), Bruno Monteiro (director de marketing, comunicação e digital da DIA Portugal) e Miguel Salema Garção (director de marca e comunicação dos CTT), na conferência Marketing em Debate, organizada pelo M&P

Pedro Durães

Rui Oliveira Marques (Meios&Publicidade), Bruno Almeida (Unilever Jerónimo Martins), Bruno Monteiro ( DIA Portugal) e Miguel Salema Garção (CTT)

Marketing

Conversas M&P: Como as marcas estão a ajustar o investimento na era digital

Quais as prioridades das marcas para 2018? Foi este o ponto de partida para a conversa com Bruno Almeida (director de marketing foods e director de media da Unilever Jerónimo Martins), Bruno Monteiro (director de marketing, comunicação e digital da DIA Portugal) e Miguel Salema Garção (director de marca e comunicação dos CTT), na conferência Marketing em Debate, organizada pelo M&P

Pedro Durães
Sobre o autor
Pedro Durães
Artigos relacionados
Audiências semanais: TVI e cabo aumentam ‘share’
Media
Audiências mensais: TVI é o único canal FTA que cresce e reforça liderança
Media
Lilly alerta para a obesidade em campanha da Float Health
Publicidade
Global Media acusa Lusa de boicote por cortar acesso ao DN
Media
Campanha de Natal da Meo promove igualdade entre culturas (com vídeo)
Publicidade
Bruno Salomão é o novo CEO do Adclick Group
Marketing
Natal do Boticário é sobre família e desafios dos cuidadores (com vídeo)
Publicidade
Já são conhecidos os vencedores do ranking do CCP
Publicidade
Lola Normajean faz Black Friday e oferece campanhas sociais
Publicidade
António Roquette mantém presidência da direção da APAP
Publicidade

Rui Oliveira Marques (Meios&Publicidade), Bruno Almeida (Unilever Jerónimo Martins), Bruno Monteiro ( DIA Portugal) e Miguel Salema Garção (CTT)

O digital continua a ganhar espaço nos orçamentos e nas estratégias de marketing, com investimento publicitário a ser transferido de outros meios, nomeadamente da televisão para as plataformas digitais, num ecossistema cada vez mais fragmentado em que o dinheiro é o mesmo mas os meios à disposição não param de aumentar. Mas é preciso lá estar porque as audiências estão a mudar e há públicos-alvo que não podem ser alcançados de outra forma que não através das plataformas digitais. Além disto, é necessário um esforço maior para cativar aa audiência num ecossistema cada vez mais saturado e no qual o grau de atenção diminuiu. É este o dilema e desafio das marcas na era digital, de acordo com o cenário traçado no painel “Marcas: Quais as prioridades em 2018?” por representantes de três sectores distintos: retalho, produtos de grande consumo e comunicações.

“Os hábitos dos consumidores estão a mudar muito rápido e isso implica alterações muito fortes, antes um anúncio colocado num intervalo à hora da novela de prime time alcançava uma grande quantidade de pessoas e hoje já não é tão simples, é preciso explorar outros canais e técnicas mais sofisticadas”, afirma Bruno Monteiro, director de marketing, comunicação e digital do grupo DIA Portugal, que detém a insígnia Mini Preço, admitindo que “a forma como é distribuindo o orçamento de marketing tem vindo a mudar, tal como a forma como se faz marketing”. “Os princípios básicos mantêm-se, as prioridades das marcas mantêm-se, mas a tecnologia e a fragmentação dos media e das audiências implica mudanças na forma como o marketing é feito”. “A televisão continuar a ser o principal meio mas é preciso olhar para outros meios que permitam um maior engagement com o consumidor que a publicidade tradicional pode efectivamente já não conseguir alcançar”, esclarece o responsável do grupo DIA, embora considere que “no caso do retalho alimentar tem havido um shift mais lento, o próprio e-commerce ainda vale pouco e é um sector onde a introdução do digital talvez seja mais lenta”. Ainda assim, sublinha, hoje em dia “para além da criatividade é preciso conteúdos mais personalizados e adaptados ao local onde se contra o consumidor, com ofertas focadas na localização e no seu perfil, algo que só está ao alcance do digital”.
PUB
“Hoje quando falamos de media é tudo muito mais complexo”, considera também Bruno Almeida, lembrando que a deslocação do investimento para o digital tem a ver ainda com outra questão determinante para as marcas: as vendas. Isto porque, explica o director de marketing foods e director de media da Unilever-JM, “no digital mistura-se algo que é a comunicação das marcas mas no fundo é também um canal de venda, o que faz com que capte desde logo muito investimento naturalmente”. Apesar do “mood de optimismo e de confiança económica”, Bruno Almeida sublinha que “a realidade é que, apesar do sentimento positivo, o universo de media está cada vez mais fragmentado” e “com um comportamento de consumidor cada vez mais dividido torna-se mais difícil o trabalho das marcas para alcançar quem querem alcançar”. “A televisão vai continuar a ser um meio muito importante, sobretudo num mercado como o português onde ainda se consome muita televisão e onde este é um dos meios que permite alcançar mais pessoas, mas a pressão é maior, quer para a televisão quer para outros meios, porque as pessoas hoje consomem muito mais meios e dividem muito mais a sua atenção”, reforça Bruno Almeida. “Agora, sem aumentar o investimento como é que mas marcas podem conseguir estar em todos esses meios? E estar com conteúdos relevantes para captar a atenção dos consumidores?”, questiono o responsável da Unilever-JM.
Um problema difícil de solucionar para muitas marcas cujos orçamentos de marketing não estarão a aumentar apesar do ciclo económico positivo que o país atravessa. Antecipando a chegada de 2018, Miguel Salema Garção adianta que “o orçamento não será maior do que o dos últimos anos”. “Não posso falar sobre ele porque os CTT estão num plano de transformação que será anunciado em breve mas não será maior do que o que tivemos este ano”, garante o director de marca e comunicação dos CTT, marca que aloca cerca de 35 por cento do seu investimento em meios digitais. Para Bruno Monteiro, que revela valores do orçamento de marketing do grupo DIA Portugal, “a tendência será a transferência do investimento da televisão para o digital”. Sobre o peso dos gigantes Google e Facebook nesse investimento, o responsável não avança valores mas confirma que “se consideramos o Google incluindo o investimento no YouTube é muito significativo”. “Durante algum tempo dizia-se que as pessoas não viam conteúdos muito longos no digital mas, se o conteúdo for impactante, as pessoas chegam até a ver mais tempo do que na televisão”, refere o responsável, explicando que “o consumo de media tem aumentado mas o nosso cérebro é o mesmo e por isso é muito mais difícil alcançar a atenção, é preciso conteúdos originais que contém uma história, que gerem envolvimento”. “Só assim é possível sobressair num ecossistema muito saturado da comunicação das marcas nos meios tradicionais”, acredita Bruno Monteiro.
No mesmo sentido, Bruno Almeida considera que formatos como branded content ou brand entertainment são “provavelmente o tipo de conteúdos, com uma história capaz de envolver, que têm mais capacidade para cativar o consumidor do que conteúdos demasiado informativos de produto, que é basicamente aquilo que o consumidor hoje em dia passa à frente nos breaks publicitários”. “As agências de meios têm um papel muito importante porque a digitalização veio fazer evoluir muito o negócio em que estamos inseridos”, concorda Miguel Salema Garção. Além das agências de meios, Bruno Almeida destaca também o papel das grandes empresas tecnológicas. O responsável considera que Facebook e Google “são parceiros através dos quais conseguimos alcançar públicos que não alcançaríamos de outras formas”, admitindo que estes dois gigantes “representam à volta de 50 por cento, talvez um pouco mais, do investimento digital” da Unilever-JM. “Há uma curva de aprendizagem que tivemos percorrer em termos de organização, as equipas na Unilever compreendem que o trabalho no digital é diferente e socorremo-nos destes parceiros para nos ajudar a ajustar mais rápido de forma a que consigamos acompanhar a constante evolução do meio digital”, explica Bruno Almeida, que deixa, contudo, um aviso: “O elemento sexy do digital não pode sobrepor-se aos objectivos de negócio, ou seja, não pode levar-nos a fazer coisas de nicho quando aquilo de que precisamos é de comunicar em larga escala. Face aos nossos objectivos, há um trabalho de comunicação que não pode ser para one-to-one nem sequer one to ten, temos de chegar ao maior número de pessoas possível.”
Sobre o autorPedro Durães

Pedro Durães

Mais artigos
Artigos relacionados
Audiências semanais: TVI e cabo aumentam ‘share’
Media
Audiências mensais: TVI é o único canal FTA que cresce e reforça liderança
Media
Lilly alerta para a obesidade em campanha da Float Health
Publicidade
Global Media acusa Lusa de boicote por cortar acesso ao DN
Media
Campanha de Natal da Meo promove igualdade entre culturas (com vídeo)
Publicidade
Bruno Salomão é o novo CEO do Adclick Group
Marketing
Natal do Boticário é sobre família e desafios dos cuidadores (com vídeo)
Publicidade
Já são conhecidos os vencedores do ranking do CCP
Publicidade
Lola Normajean faz Black Friday e oferece campanhas sociais
Publicidade
António Roquette mantém presidência da direção da APAP
Publicidade
PUB
Media

Global Media acusa Lusa de boicote por cortar acesso ao DN

“Não existe boicote, foi uma decisão de gestão dado o incumprimento contratual e a ausência de resposta, face aos vários pedidos de reunião e recuperação da dívida que tínhamos feito”, declara Joaquim Carreira, presidente do conselho de administração da Lusa

O Global Media Group (GMG) está a acusar a Agência Lusa de boicotar o Diário de Notícias (DN), por bloquear unilateralmente o acesso do jornal aos serviços informativos da agência. A dona do DN refere, em comunicado de imprensa, que a decisão é um “ataque à informação livre e ao jornalismo produzido pela equipa editorial do DN”. Em causa estão alegadas dívidas pendentes à Lusa por parte do GMG.

Em declarações à Lusa, o presidente do conselho de administração da Lusa, Joaquim Carreira, diz que esta foi uma decisão de gestão em resposta a vários meses de dívida, em que o GMG não respondeu adequadamente aos contatos feitos pela Lusa para encontrar uma solução. “Não existe boicote, foi uma decisão de gestão dado o incumprimento contratual e a ausência de resposta, face aos vários pedidos de reunião e recuperação da dívida que tínhamos feito”, declara Joaquim Carreira.

Em comunicado de imprensa, a Global Media revela dados financeiros que considera necessários, “em nome da transparência e para dar contexto à situação atual”. É salientada a compra por parte do GMG de 23,36% do capital da Lusa em 2013 por €1,426 milhões e a venda da mesma percentagem em 2024 por €1,276 milhões. Quanto à dívida, o GMG revela que a dívida acumulada era em janeiro de 2024 de €905 mil e que “em nenhum momento foi o serviço suspenso ou sequer posto em causa”.

“Com o negócio em que o Estado adquiriu as participações do GMG e da Páginas Civilizadas na Lusa [por €2,49 milhões, no final de julho] a dívida anteriormente acumulada pelo GMG ficou limpa”, alega Joaquim Carreira, presidente do conselho de administração da Lusa. O que se passou entretanto, explica, é que “não foi paga nenhuma fatura desde agosto”.

“Agosto, setembro e outubro estão vencidas”, garante Joaquim Carreira, acrescentando que “o que veio a prejudicar ainda mais a situação é que tentámos várias vezes o contato com a administração, chamando a atenção para o agravamento da situação, e não tem havido resposta”, sublinha.

Quanto ao facto de haver outros títulos que também têm dívidas à Lusa, e que não têm o serviço cortado, Joaquim Carreira afirma que “a grande diferença é que os outros títulos têm valores em dívida mas pagaram alguma coisa”, acrescentando que o que está em causa é “uma situação extrema de uma empresa que não fez qualquer liquidação de faturas”.

O GMG considera, por seu turno, que “sofrer este ataque ao fim da tarde de uma sexta-feira, numa altura em que a equipa acionista e a administração estão empenhadas em salvar o título histórico que se presta a cumprir 160 anos de vida, é revelador sobre a forma como a informação livre é vista neste país”.

Sobre o autorMeios & Publicidade

Meios & Publicidade

Mais artigos
PUB
Publicidade

Campanha de Natal da Meo promove igualdade entre culturas (com vídeo)

O filme publicitário conta a história de um pai que se revela desconfortável com a proximidade entre a filha e uma colega de escola que é imigrante (na foto). Com planeamento de meios da OMD, a campanha inclui televisão, rádio, OOH, imprensa, digital, redes sociais e pontos de venda da Meo

A campanha de Natal da Meo celebra a diversidade e promove a igualdade entre comunidades, mostrando que em cada tradição, cor ou cultura, há espaço para todos. ‘Somos uma família’ é a mensagem da campanha criada pela Dentsu Creative, representando a união e a amizade, sem fronteiras, das duas crianças que, livres de barreiras, diferenças e preconceitos, são as protagonistas.

“Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade”, refere a marca em comunicado de imprensa. Este, que é o artigo 1º da Declaração Universal dos Direitos Humanos, serve também de inspiração para a narrativa da Meo, que pretende relembrar a sociedade da importância da união e aceitação mútua entre pessoas de diferentes origens e culturas.

O filme publicitário conta a história de um pai que, em vários momentos, se revela desconfortável com a proximidade entre a filha e uma colega de escola, imigrante. No dia da festa de Natal da escola, as crianças preparam-se para a peça de teatro, mas os pais da menina portuguesa não conseguem chegar a tempo e quando entram na sala, o palco está a ser desmontado. Para surpresa dos pais, as duas meninas brincam perante o olhar carinhoso da mãe imigrante. O pai português e a mãe imigrante trocam olhares de cumplicidade. Em casa, o pai recebe uma mensagem de um número desconhecido e, ao abri-la, assiste ao vídeo da atuação das crianças na festa, filmado pela mãe imigrante que assina a mensagem com ‘Boas Festas’.

O filme é produzido pela Garage Films, com produção executiva de Miguel Varela e realização de João Nuno. A direção criativa executiva da campanha é de Ivo Purvis, com redação de Cristina Amorim e direção de arte de Orlando Gonçalves. A banda sonora do filme é um ‘cover’ da música “I’d do anything for love”, de Meat Loaf, interpretado por Marta Rodrigues. A campanha, cujo planeamento de meios é da OMD, é divulgada em televisão, na rádio, em redes de publicidade exterior, imprensa, meios digitais e redes sociais, e nos pontos de venda da Meo.

“Para a Meo, o Natal é uma oportunidade única para despertar consciências e inspirar uma reflexão profunda sobre os valores que realmente importam. Esta campanha resulta do nosso firme compromisso com causas sociais. Somos realmente uma só família, uma família que abraça muitas outras, com apelidos e histórias de todas as partes do mundo. O que a história destas duas crianças nos vem dizer é que não importa como cada um celebra a quadra. O importante é a alegria, a partilha e o sentimento de união que nos aproxima quando nos (re)encontramos”, enfatiza Luíza Galindo, diretora de marca e comunicação da Meo, em comunicado de imprensa.

Sobre o autorMeios & Publicidade

Meios & Publicidade

Mais artigos
PUB
Publicidade

Já são conhecidos os vencedores do ranking do CCP

Os profissionais estão distribuídos por 31 categorias, entre agências criativas, agências de meios e produtoras, num ranking dominado por homens, com apenas nove mulheres premiadas e um empate em UI Designer

O Clube da Criatividade de Portugal (CCP) revelou os vencedores em cada uma das 31 categorias do Ranking Nacional da Criatividade, durante a festa de premiação a 29 de novembro, no Bar A Barraca, em Lisboa.

Os profissionais distinguidos estão distribuídos entre agências criativas, agências de meios e produtoras, num ranking dominado por homens, com apenas nove mulheres premiadas e um empate em UI Designer. A classificação é individual e baseada nos prémios atribuídos no 26º Festival CCP 2024.

Os resultados do Ranking Nacional de Criatividade são apurados através das fichas técnicas dos trabalhos inscritos no Festival CCP. O top 5 dos profissionais é o resultado da soma dos pontos conquistados por cada trabalho premiado com Ouro, Prata, Bronze e ‘shortlist’. Este apuramento é feito com o apoio dos auditores e consultores da BDO.

Vencedores

Profissionais de Agências

Diretor Criativo Executivo – Hellington Vieira

Diretor Criativo – Miguel Durão

Diretor de Arte – Luís Ferreira Borges

Designer – Cesária Martins

Produtor – Hugo Pacheco

Arte Finalista – Vanessa Alves

UI Designer – Duarte PiresTomás Almeida (empate)

UX Designer – Duarte Pires

Programador – Pedro Santos

Redator – Miguel Durão

Motion Designer – Sebastião Teixeira

Ilustrador – Jan Carr

Diretor de Estratégia – João Ribeiro

Marketer – Teresa Rio

Estratega – João Ribeiro

Executiva de Contas – Catarina Moreira

Diretor de Contas – Hugo Pacheco

Social Media Manager – Débora Rebello

Diretor geral – João Ribeiro

Profissionais de Agências de Meios

Planeadora de Meios Digitais – Joana Pereira

Planeadora de Meios – Marta Barreiros

Diretora de Contas de Meios – Ana Oliveira

Profissionais de Produtoras

Realizador – Marco Martins

Assistente de Realização – Luís Lisboa

Diretor de Fotografia – Bernardo Infante

Diretora de Arte Cinematográfica – Sofia Pereira

Produtor Executivo – Alberto M. Rodrigues

Editor – Marco Miguel

Fotógrafo – Rui Carvalho

Compositor – Fred Pinto Ferreira

Designer de Som – André Almeida

Em breve, o CCP irá revelar o top 20 dos Melhores Profissionais e o top 20 das Melhores Empresas, de 2024, uma classificação que distingue os melhores do mercado, com base nos prémios ganhos no 26º Festival CCP 2024.

Sobre o autorMeios & Publicidade

Meios & Publicidade

Mais artigos
PUB
Media

O que pode ler na edição 970 do M&P

O setor do ‘outdoor’, a ativação de marca da Renova em Madrid e as opiniões de Marco Pacheco, Miguel Moreira Rato e Pedro-Filipe Santos são parte da edição

Na edição 970, o M&P foi saber as posições dos líderes das empresas protagonistas das mais recentes movimentações no OOH, em relação aos temas que afetam o setor.
A Renova junta arte e cor numa ativação de marca em Madrid, que leva o papel higiénico preto e vermelho numa visita privada no museu Thyssen, orientada por obras de arte com estas cores. O objetivo da ativação para 30 convidados é “precisar um território de marca em Espanha, onde estamos há 25 anos”, explica Paulo Pereira da Silva, CEO da Renova, em declarações ao M&P, em Madrid.
Inês Rubio, da Ogilvy Singapura, é a protagonista da rubrica dedicada a profissionais expatriados, De Portugal Para o Mundo
Na coluna Silicon Wood, Pedro-Filipe Santos, sócio e codiretor executivo da Snack Content Portugal, questiona se o TikTok é mesmo o novo Google da geração Z.
Na opinião, Miguel Moreira Rato, diretor-geral da Adagietto, diz que quase todos concordam que o anúncio da Coca-Cola, feito inteiramente com IA, não é minimamente natalício.
Na crónica Profissão: Idiota, Marco Pacheco, diretor criativo executivo da BBDO e escritor, escreve que o ‘networker’ é um influenciador de si próprio: a única marca com a qual trabalha é ele mesmo.
O dossier especial é dedicado ao marketing de desempenho.
Sobre o autorMeios & Publicidade

Meios & Publicidade

Mais artigos
PUB
Digital

Decisão do julgamento da Google só em 2025

Nos argumentos finais, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos alega que a Google abusa da posição na tecnologia publicitária, para prejudicar os concorrentes. Se for considerada uma empresa monopolista, um segundo julgamento determinará as medidas a tomar

Os argumentos finais do julgamento da Google nos Estados Unidos, referente ao domínio da empresa no mercado da tecnologia publicitária, já foram apresentados, mas a decisão final, que se previa que seria em novembro, está marcada para depois do primeiro trimestre de 2025.

Nos argumentos finais, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos alega novamente que a Google abusou da posição no mercado da tecnologia publicitária, ao manipular as regras para favorecer os seus produtos e prejudicar os concorrentes. A entidade norte-americana argumenta ainda que a gigante tecnológica monopolizou três segmentos fundamentais do ecossistema de tecnologia publicitária: os servidores de anúncios das empresas editoriais, as redes dos anunciantes e as plataformas que ligam os anunciantes às empresas editoriais.

A defesa da Google centra-se no argumento de que o Departamento de Justiça possui uma definição incorreta do mercado, que se centra estritamente na publicidade na internet e ignora a concorrência da empresa nos telemóveis, nas redes sociais e na ‘connected TV’, onde enfrenta a concorrência de empresas como a Meta e a Amazon.

A Google alega também que os seus produtos de tecnologia publicitária não são monopolistas, mas sim parte de um panorama competitivo, e que a integração das suas ferramentas beneficia os anunciantes e as empresas editoriais, ao simplificar as operações.

A empresa norte-americana de tecnologia considera que as provas apresentadas pelo Departamento de Justiça são seletivas e que o processo do Governo carece de provas substanciais de danos anticoncorrenciais. O Departamento de Justiça, por seu lado, critica a Google por não ter preservado provas, uma vez que apagou mensagens que poderiam ter revelado intenções anticoncorrenciais.

Leonie Brinkema, a juíza federal do distrito de Virginia responsável pelo caso, afirma que a decisão não vai ser tomada antes do primeiro trimestre de 2025, mas elogia a qualidade dos argumentos de ambas as partes. Se a Google for considerada uma empresa monopolista, um segundo julgamento determinará as medidas a tomar.

Entre as medidas propostas pelo Departamento de Justiça para quebrar o monopólio de pesquisa da Google, estão a venda do navegador de internet Chrome e uma proibição que impede a gigante tecnológica de fazer parte do mercado dos programas de navegação durante cinco anos. A entidade governamental também pretende proibir a Google de assinar contratos de exclusividade com empresas como a Apple e a Samsung, para ser o motor de pesquisa por defeito dos dispositivos das empresas.

Sobre o autorDaniel Monteiro Rahman

Daniel Monteiro Rahman

Mais artigos
PUB
Publicidade

Judite Mota deixa VML. Sara Soares promovida a diretora criativa executiva

Judite Mota (na foto, à esq.) deixa o cargo de diretora criativa executiva da VML depois de duas décadas ao serviço de agências criativas do grupo WPP. Sara Soares (à dir.) ocupa a posição

Ao fim de duas décadas ao serviço de agências criativas do grupo WPP, Judite Mota, até agora diretora criativa executiva da VML, deixará o cargo, após liderar a integração das equipas criativas da VMLY&R e da Wunderman Thompson.

Sara Soares é promovida a diretora criativa executiva da VML, assumindo a liderança do departamento criativo da agência.

Judite Mota refere, em comunicado de imprensa, que “20 anos passam a correr, quando fazemos o que nos apaixona e com as pessoas de quem gostamos. Esta viagem não foi feita a solo e agradeço a todos os que me acompanharam. Acaba um ciclo, começa outro e espero ser tão feliz nesta nova etapa como fui aqui. À Sara desejo toda a sorte do mundo, embora sabendo que ter a incrível equipa criativa da VML já é uma enorme sorte”.

Nuno Santos, CEO da VML Portugal, diz, por seu lado, que “estamos imensamente gratos à Judite pela sua dedicação e liderança, durante um período de significativa mudança, tendo ajudado a construir uma base que nos servirá para crescimento nos próximos anos”.

“Estamos também entusiasmados por dar as boas-vindas à Sara Soares no novo cargo de diretora criativa executiva. A energia criativa e a visão da Sara serão fundamentais para impulsionar o sucesso contínuo e crescimento da agência, e entregar um trabalho cada vez mais extraordinário aos nossos clientes”, refere Nuno Santos.

Licenciada em estudos de media e publicidade pela Universidade Católica Portuguesa e mestre em ‘design leadership’ pela Executive London Academy, Sara Soares foi redatora em diversas agências criativas em Portugal e no Reino Unido, como a McCann Erickson, Fullsix e Leo Burnett, entre outras. Mais recentemente foi diretora criativa da VML em Londres e, até agora, era diretora criativa da VML Portugal.

“Depois de 12 anos a viver e a trabalhar em Londres, posso dizer que não foi o sol, a praia ou a proximidade ao estádio do Sporting que me convenceram a voltar e a fazer de Portugal a minha casa. Foram as pessoas com quem tive o prazer de trabalhar durante estes dois anos e com quem vou continuar a trabalhar, agora como diretora criativa executiva”, assume Sara Soares.

Sobre o autorMeios & Publicidade

Meios & Publicidade

Mais artigos
PUB
Media

Ricardo Costa na administração da Impresa. Bernardo Ferrão é o novo diretor de informação da SIC

Ricardo Costa (na foto, à esq.) passa a administrador com o pelouro editorial e com responsabilidade sobre os conteúdos do Expresso e da SIC. Bernardo Ferrão (à dir.) assume o cargo de diretor de informação da SIC e de diretor da SIC Notícias

Ricardo Costa assume, a partir de 6 de janeiro, o cargo de diretor de conteúdos da Impresa, passando a fazer parte da comissão executiva do grupo. Bernardo Ferrão é o novo diretor de informação da SIC, cargo que acumulará com o de responsável máximo da SIC Notícias.

Ricardo Costa passa a ser “administrador com o pelouro editorial” e terá “responsabilidade sobre os conteúdos do Expresso e da SIC, quer na área de informação, quer na área de entretenimento”. A partir dessa data, “Bernardo Ferrão assume o cargo de diretor de informação da SIC e de diretor da SIC Notícias, tendo já sido ouvido o Conselho de Redação da SIC”, refere a Impresa em comunicado de imprensa.

Ricardo Costa está no Grupo Impresa desde 1989. Começa na secção de política do Expresso, tendo sido repórter da SIC a partir de 1992, editor de política entre 1998 e 2001, diretor-adjunto de informação desde 2001 e diretor da SIC Notícias a partir de 2003. Em 2009, ocupa o cargo de diretor-adjunto do Expresso, assumindo a direção do Expresso de 2011 a 2016, função que acumulava com a direção de informação da SIC e da SIC Notícias.

“Ricardo Costa é uma das pessoas com melhor visão estratégica sobre o setor e que melhor conhece o grupo, no qual trabalha há 35 anos. É por isso natural que com a entrada em vigor de um novo plano estratégico, para o triénio 2025-2027, que reforçará a área editorial na estrutura de ‘governance’, Ricardo Costa seja promovido a administrador da Impresa. Contamos com a sua visão, capacidade de liderança e experiência, agora na comissão executiva, para continuar a ajudar o grupo”, diz Francisco Pedro Balsemão, CEO da Impresa, em nota de imprensa.

Bernardo Ferrão, que é licenciado em comunicação e estudos mediáticos pela Universidade Fernando Pessoa, integra a redação da SIC em 1999, como jornalista de política. Em 2014, passa a ser editor de política do Expresso, de onde sai dois anos depois, para assumir o cargo de subdiretor de informação da SIC e da SIC Notícias. Até agora ocupava as funções de diretor-adjunto de informação da SIC e da SIC Notícias.

“Bernardo Ferrão, pelo rigor, pelas provas dadas na gestão de equipas e pela forma como representa os valores da estação e do grupo, uma casa onde está há 25 anos, é a pessoa certa para assumir a direção de informação da SIC e da SIC Notícias”, justifica o CEO da Impresa, acrescentando que “estamos convictos de que estas alterações nos aproximarão ainda mais dos nossos espetadores, fortalecerão as nossas marcas e darão continuidade ao respeito pelos princípios jornalísticos que nortearam a criação do grupo”.

Sobre o autorDaniel Monteiro Rahman

Daniel Monteiro Rahman

Mais artigos
PUB
Marketing

Portugueses planeiam gastar menos na Black Friday

Consumo será cauteloso e planeado, antecipam vários estudos. Inquérito da Klarna revela que 45,7% dos inquiridos vai aproveitar a Black Friday para comprar presentes de Natal, com os homens a liderar nas aquisições tecnológicas e as mulheres em artigos de moda

Os portugueses planeiam gastar menos na Black Friday. Segundo um inquérito conduzido pela Klarna, rede de pagamentos global, a mil consumidores, no início de novembro, os portugueses mostram-se conscientes e moderados nos gastos, com 10% dos inquiridos a afirmaram que não vão fazer nenhuma compra esta Black Friday.

“Apenas 3,6% afirmam que, provavelmente, vão acabar por gastar muito durante esta Black Friday. Em contraste, quase metade dos respondentes (45,5%) indicam que já estão a monitorizar os preços para garantir que fazem um bom negócio. Além disso, 31% dos inquiridos planeiam tirar partido das promoções para comprar artigos que já precisavam de adquirir, mas a um custo mais vantajoso”, revela a Klarna em comunicado de imprensa.

A maioria (45,7%) vai aproveitar o período de promoções para comprar presentes de Natal, com os homens a liderar nas aquisições tecnológicas (47,8%) e as mulheres em artigos de moda e calçado (29%). Em termos de orçamento, eles estão dispostos até €250, valor apontado por 28,9%. Elas não vão além dos €100, o montante mencionado por 28,4%.

Um estudo do Portal da Queixa, realizado em meados de outubro, também estima os gastos nessa ordem de valores. O inquérito realizado a cerca de 2.350 consumidores revela que 37% preveem gastar entre €100 e €300, 26.1% menos de €100 e 23% entre €300 e €500.

“À semelhança do ano passado, as categorias que os portugueses mais tencionam comprar são tecnologia (22%), moda e acessórios (19%) e eletrodomésticos e compras para o lar (15%). Sobre o local [onde as realizam], 39% dos participantes no estudo disse que pretende comprar em lojas online e 33% referiu que tenciona comprar tanto em espaços físicos como online”, indica o Portal da Queixa em comunicado de imprensa.

A análise revela ainda que os consumidores estão mais seletivos e a agir menos por impulso em momentos de descontos massivos, “até porque 61% dos inquiridos considera que os descontos da Black Friday não são genuínos”, refere o documento, que avança ainda que 63% dos portugueses afirmam que vão monitorizar os preços e pesquisar sobre os produtos antes de avançarem para a compra.

Um estudo realizado pelo Observador Cetelem, com base nas respostas a mil inquéritos, aponta para um gasto médio estimado em consonância com os valores apresentados pelas outras análises. “Este ano, prevê-se aumento expressivo no valor médio que a população prevê gastar, comparativamente a anos anteriores. Os consumidores planeiam gastar em média €179 euros, representando um aumento significativo, de 37%, face a 2023 (€131 euros)”, avança o estudo.

A geração Z é a que se prepara para gastar mais na Black Friday. “Os jovens entre os 18 e 24 anos lideram as intenções de compra neste período (79%). Em relação ao valor médio a ser despendido, Lisboa destaca-se como a região de maior consumo (€213), enquanto os consumidores entre 55 e 74 anos são os que planeiam gastar mais (mais de €200)”, informa o Observador Cetelem em comunicado de imprensa.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

Luis Batista Gonçalves

Mais artigos
PUB
Marketing

FPF troca Nike por Puma

“Ficámos muito entusiasmados com o modo como a Puma interage com os adeptos e como conta a história de cada equipa que representa”, justifica Fernando Gomes, presidente da Federação Portuguesa de Futebol

A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e a Puma acabam de assinar um contrato de longa duração. Válido por um período mínimo de cinco anos, a partir de 1 de janeiro de 2025, o acordo torna a marca alemã na nova parceira técnica das seleções nacionais de futebol, futsal, futebol de praia e de ‘e-sports’. Com o contrato, a Puma substitui a Nike nos equipamentos das seleções nacionais, o que não acontecia desde 1997.

“Ficámos muito entusiasmados com o modo como a Puma interage com os adeptos e como conta a história de cada equipa que representa. Temos muita vontade em desenvolver uma gama interessante de produtos que satisfaça a nossa grande base de fãs e simpatizantes em todo o mundo”, justifica Fernando Gomes, presidente da FPF, citado em comunicado de imprensa.

A direção criativa da parceria será tornada pública no início de 2025, altura em que também serão apresentados os novos produtos resultantes da colaboração entre as duas entidades. “Associarmo-nos a uma seleção nacional de topo era uma das nossas prioridades no futebol e estou muito entusiasmado por termos uma equipa tão popular como Portugal na família Puma”, refere Arne Freundt, CEO da PUMA, citada no documento.

Sobre o autorMeios & Publicidade

Meios & Publicidade

Mais artigos
PUB
Media

Max tem novos formatos publicitários

A Max está a aderir à moda dos ‘shoppable ads’, disponibilizando novos formatos publicitários (na foto), concebidos para apresentar produtos semelhantes aos que são vistos nos programas da plataforma ‘streaming’

A Max está a aderir à moda dos ‘shoppable ads’ com o lançamento de um novo conjunto de formatos publicitários, concebidos para apresentar produtos semelhantes aos que são vistos nos programas da plataforma ‘streaming’, noticia a AdAge. Os novos formatos são acompanhados de ferramentas de segmentação contextual que ajudam os anunciantes a associarem o marketing a cenas emocionalmente relevantes.

As possibilidades de compra na plataforma resultam de uma parceria entre a Warner Bros. Discovery e a Kerv, uma empresa de tecnologia publicitária que desenvolve aplicações com recurso a inteligência artificial (IA). Através da tecnologia da Kerv, são armazenados metadados relativos ao conteúdo sonoro e visual de todas as cenas dos conteúdos do Max para fazer corresponder a apresentação de produtos ou anúncios relevantes a uma cena.

A nova ferramenta de segmentação contextual da Warner Bros. Discovery, denominada Moments, permite aos anunciantes segmentarem os seus anúncios por conteúdo temático, em vez da segmentação tradicional, com base na audiência. A Max vai disponibilizar 40 momentos predefinidos que incluem conteúdos relacionados com culinária, imobiliário, videojogos e ciência.

Os novos formatos publicitários assumem a forma de anúncios ‘mid-roll’, que apresentam produtos consoante o programa a que o espetador está a assistir e que incluem códigos QR para o fazer chegar ao produto.

“Os novos formatos também ajudam a diversificar a publicidade que os utilizadores veem na Max, oferecendo aos profissionais de marketing uma combinação de inventário padrão e unidades interativas”, explica Ryan Gould, diretor de vendas de anúncios digitais da Warner Bros. Discovery.

A Max não é a única a investir nestes formatos. Empresas de media como a Disney têm lançado ferramentas semelhantes com o objetivo de simplificar a compra de produtos através de plataformas digitais como o Instagram. A Prime Video também lançou, este ano, um formato publicitário que permite a compra de produtos específicos relacionados ao programa que o espetador está a assistir, na Amazon.

Sobre o autorDaniel Monteiro Rahman

Daniel Monteiro Rahman

Mais artigos
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB

Navegue

Sobre nós

Grupo Workmedia

Mantenha-se informado

©2024 Meios & Publicidade. Todos os direitos reservados.