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Media olham para um futuro que já chegou mas que não valoriza o “petróleo editorial”

Falar sobre o futuro dos media em Portugal era o objectivo da ACEPI quando convidou os responsáveis dos principais grupos de media nacionais para fechar o Digital Media Forum Portugal que decorreu esta terça-feira. Mas o futuro já chegou e acabou por se falar do presente.

Pedro Durães
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Media olham para um futuro que já chegou mas que não valoriza o “petróleo editorial”

Falar sobre o futuro dos media em Portugal era o objectivo da ACEPI quando convidou os responsáveis dos principais grupos de media nacionais para fechar o Digital Media Forum Portugal que decorreu esta terça-feira. Mas o futuro já chegou e acabou por se falar do presente.

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Falar sobre o futuro dos media em Portugal era o objectivo da ACEPI quando convidou os responsáveis dos principais grupos de media nacionais para fechar o Digital Media Forum Portugal que decorreu esta terça-feira. Mas o futuro já chegou e acabou por se falar do presente. “Isto é já, não é daqui a uns anos, não é só lá fora, não é só nos públicos jovens como tem sido dito tantas vezes e tem funcionado como um retardador que só prejudica os gestores do sector dos media. É hoje e só vai acelerar nos próximos anos”. Foi desta forma que Gonçalo Reis, presidente do Conselho de Administração da RTP abriu a conversa sobre o futuro dos media e as possibilidades da digitalização da indústria. “O online é uma grande oportunidade para a RTP chegar aos emigrantes, aos portugueses lá fora, 30% dos utilizadores que vão aos nossos sites são portugueses que estão fora de Portugal”, apontou o responsável da estação pública, revelando que ainda há muito por fazer já que actualmente “apenas 2% dos trabalhadores da RTP estão focados do online”. “Os canais internacionais de televisão e de rádio têm também muito para melhorar porque Portugal já é muito mais moderno do que aquilo que vemos ali”, refere, sublinhando que estas coisas são “só metade do trabalho. Os arquivos são também um activo que o online pode ajudar a difundir”.

Já Luís Cabral, administrador da Media Capital Rádios e da Plural, rompeu com o ambiente focado em plataformas para lembrar que “mais importante do que a mobilidade, onde nos devemos focar como meios de comunicação é que nós somos produtores de conteúdos, temos de nos focar é em produzir bons conteúdos, onde é consumido é-me indiferente”. “A adaptação ao digital é mínima, o que é mais difícil é a estabilização e criação de bons conteúdos”, considera. Nas palavras de Luís Cabral, o principal assunto de preocupação deve ser outro: “Os meios de comunicação devem é valorizar os seus conteúdos e não andar a vender os conteúdos ao desbarato.” Isso e “os agregadores que não nos pagam nada e aspiram os nossos conteúdos, como os Facebooks e Googles desta vida. Essa deve ser a preocupação dos meios, isso e uma coisa que se trabalhou muito mal e que é a degradação do nosso mercado publicitário”. Luís Cabral é mesmo liminar ao chamar a plateia à terra depois da apresentação de um estudo que aponta um futuro em torno do mobile e do digital: “Ninguém vive com o digital, morríamos de fome se vivêssemos das receitas digitais, temos de defender as nossas receitas publicitárias. Depois as marcas migrarão para o digital e as receitas seguirão.”

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Apesar disso, José Freire, COO do grupo Impresa, acredita que “o digital ainda é uma esperança, já vemos um modelo de negócio que gera lucros desde que inserimos conteúdos pagos no Expresso”. Mas, reconhece, “ainda é tudo muito pequenino” e os investidores e accionistas, nomeadamente os estrangeiros, “só os consigo convencer com euros e não com pageviews e cliques”. No sentido da monetização, e concordando com Luís Cabral, José Carlos Lourenço, COO do Global Media Group, lembra que “há uma crise do negócio mas não tem de haver uma crise da relevância dos conteúdos. As nossas audiências nunca foram tão impactantes, essa relevância estará no seu pico se juntarmos todos os pontos de contacto das nossas marcas, mas há que nos apropriarmos do valor que vamos criando, há um caminho significativo a fazer”. “Os publishers têm de dar contributo para mudar, mas não servirá usar as tecnologias de hoje para replicar modelos de negócio do passado”, avisa o responsável.

Também José Luís Ramos Pinheiro, administrador do grupo r/com, afirma que “os conteúdos e o valor das nossas marcas são o nosso petróleo editorial e as pessoas continuam a querer comprar, embora com as reduções que conhecemos, mas as pessoas continuam a consumir os jornais, os nossos sites, a ouvir rádio, a ver televisão”. “O mercado digital tem um problema de escala mas o D de digital não é de doméstico, precisamos de uma escala maior do que aquela que o mercado português oferece, temos um mercado reduzido no contexto europeu e mundial. É preciso aproveitar as fronteiras que o digital nos retirou para criar mais valor”, aponta o responsável, sublinhando a necessidade de cooperação entre os vários meios e grupos de media. “Temos de ser capazes de cooperar. No Brasil ou Reino Unido os meios juntaram-se, foram capazes de se unir para vender a sua publicidade com mais escala, como é que nós que temos um mercado mais reduzido não conseguimos lançar pontes, temos de potenciar o nosso petróleo, isso não implica esquecer a natural concorrência entre os grupos”, afirma.

Neste ponto, o responsável teve o apoio de Cristina Vicente Soares, administradora do Público, que chama a atenção para o facto de que “o problema do modelo de negócio tem a ver com termos deixado de ter o controlo da distribuição e de nos terem levado parte das receitas publicitárias”. “O digital tem crescido a dois dígitos e já vale mais do que a imprensa toda junta mas os publishers globais têm 81% desta receita e o que nos sobra não chega para rentabilizar a nossa actividade e o nosso modelo de negócio”, refere. Para a administradora do diário da Sonaecom, “há uma diferença entre o valor atribuído por estes players à produção de conteúdos de entretenimento face aos conteúdos noticiosos”. Isto porque pagam quantias avultadas para ter conteúdos do Netflix ou do Spotify, mas depois “nos Instant Articles, o Facebook não põe sequer a hipótese de pagar pelo licenciamento dos nosso conteúdos, o Snapchat vai no mesmo sentido com o Discovery, a Apple News também”. “Querem distribuir porque têm interesse mas não estão dispostos a pagá-los como fazem com o entretenimento, parece que somos a segunda divisão da produção de conteúdos”, lamenta, referindo que “há uma percepção de que os conteúdos noticiosos de qualidade são gratuitos e temos de perceber como mudar esta perspectiva”. “Ficámos extasiados com os volumes de audiência e talvez tenhamos feito algum caminho para chegar onde estamos”, reconhece, mas “não conseguimos competir desta forma”.

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Pika promove IA como escape do mundo em ruínas

A mensagem do anúncio (na foto), realizado por Marie Schuller da RSA Films, é que se a IA e as redes sociais precipitam o fim do mundo, mais vale aproveitá-las . “Queríamos que a peça desafiasse a quem se destina a IA e o que as pessoas podem fazer com ela”, diz Demi Guo, CEO da Pika

Se a inteligência artificial (IA) e as redes sociais estão a precipitar o fim do mundo, mais vale aproveitá-las. Esta é a mensagem do filme publicitário de dois minutos da Pika, startup norte-americana de IA, no qual uma mulher vive no conforto da sua bolha de criação de outras realidades através da IA, enquanto o mundo ao redor se transforma num cenário apocalíptico.

O anúncio, realizado por Marie Schuller da RSA Films e desenvolvido pela equipa criativa da Pika, apresenta a IA como um refúgio sereno do caos do mundo real. Os primeiros 40 segundos do filme mostram a protagonista a brincar com a IA, colocando a cara de um pato na sua escova de dentes, dando a si própria uma mão de lagosta e brincando com uma versão animada do seu gato.

A cena é leve e inofensiva até que a câmara revela um cenário desolador, pós-apocalíptico, do lado de fora da janela. Vê-se uma bandeira dos Estados Unidos tombada, linhas eléctricas derrubadas, fogos a arder e o contorno inconfundível de um esqueleto.

A protagonista, porém, não parece importar-se. No final do anúncio, encontra-se totalmente absorvida pelo telemóvel, enquanto uma bola de fogo se dirige para a Terra. Pouco antes do impacto, a cena inverte-se: a esfera flamejante transforma-se num desenho animado (cortesia da Pika). ‘Tudo é terrível. Não, não é!’, lê-se no ecrã, seguido do mote: ‘A realidade é opcional’.

A publicidade com base na IA tem sido frequentemente recebida com reações negativas, pelo receio de que possa vir a substituir a criatividade humana, mas acredita que a mistura de produção tradicional e de efeitos melhorados vá impressionar o público, por apresentar uma outra perspetiva.

“Queríamos que a peça desafiasse a quem se destina a IA e o que as pessoas podem fazer com ela”, argumenta Demi Guo, CEO da Pika, acrescentando que “ao contrário de muitos concorrentes, concentramo-nos nos criadores sociais do quotidiano e queríamos que as possibilidades criativas da nossa plataforma fossem igualmente evidentes, com a facilidade de utilização”.

Sobre o autorDaniel Monteiro Rahman

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41% das empresas portuguesas já usam inteligência artificial

94% das empresas que incorporam a IA na atividade reportam um aumento médio de receita de 30%, com 77% a registarem melhorias na produtividade, segundo o estudo da AWS com a Strand Partners

Em 2024, 96 mil empresas portuguesas adotaram a inteligência artificial (IA) pela primeira vez, o que corresponde a 41% do total de empresas do país e um crescimento de 17% face a 2023. “São cerca de 12 novas adoções por hora”, avança o estudo ‘Desbloquear as Ambições de Portugal sobre Inteligência Artificial (IA) na Década Digital em 2025’, da Amazon Web Services (AWS) com a Strand Partners.

De acordo com o relatório, 94% das empresas que incorporam a IA na atividade reportam um aumento médio de receita na ordem dos 30%, com 77% a registarem melhorias relevantes na produtividade. O estudo revela que 62% das organizações empresariais são startups e que 65% das pequenas e médias empresas (PME) ainda estão em níveis básicos de adoção da IA.

Segundo a análise, o investimento em tecnologia digital cresce 61% no último ano, uma diferença de dez pontos percentuais face à média europeia, que não vai além dos 51%. “O ritmo acelerado de adoção de tecnologias digitais, principalmente de IA, poderá libertar €61 mil milhões para a economia portuguesa, caso se mantenha a esta velocidade”, refere o relatório.

“Portugal tem tudo para se destacar como líder europeu na adoção de IA. Estamos empenhados em impulsionar este futuro e ajudar o tecido empresarial, de todas as dimensões, a transformar ambição em inovação”, defende André Rodrigues, diretor de tecnologia da filial da AWS Sul da Europa e França, citado em comunicado de imprensa.

71% das empresas têm dificuldade em contratar profissionais especializados

A adoção de IA em Portugal não ocorre, porém, à mesma velocidade em todo o país. Segundo o estudo, apenas 11% das grandes empresas usam a tecnologia de forma transformadora e só 19% têm uma estratégia global de IA. A falta de competências digitais dos colaboradores é apontada por 42% das empresas como uma das barreiras à implementação.

71% dos empregadores portugueses admitem dificuldade em contratar profissionais com as competências adequadas e em retê-los nas empresas. A média europeia é de 44%. “Muitas empresas estão dispostas a oferecer prémios e aumentos salariais — em média 41% — a candidatos com fortes competências nesta área”, salienta a análise.

O investimento inicial é outro dos obstáculos à adoção de IA, com 34% das companhias a apontarem os custos como uma barreira, enquanto que 21% referem a falta de clareza sobre o retorno do investimento como obstáculo. A incerteza regulatória também demove mais de um terço das mil empresas nacionais e dos mil portugueses inquiridos para o estudo, com 37% das organizações empresariais a hesitarem na implementação por não saberem com o que podem vir a contar.

“Para ultrapassar as barreiras à adoção que ainda existem em Portugal, é necessária a cooperação digital entre empresas e governantes, para impulsionar as competências digitais entre os colaboradores tecnológicos e não tecnológicos e para desenvolver uma estrutura regulamentar que atenue os riscos e incentive a inovação”, recomenda o estudo.

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Nova agência de comunicação foca-se na gastronomia

A Sauce (na foto) é fundada por Mafalda Amaral e Rita de La Blétière e apresenta-se com a assinatura ‘Fluent in Food. Native in Storytelling’, apostando na comunicação de restaurantes e chefs

Há mais uma agência a especializar-se na comunicação gastronómica. Fundada pelas empresárias e consultoras de comunicação Mafalda Amaral e Rita de La Blétière, a Sauce apresenta-se com a assinatura ‘Fluent in Food. Native in Storytelling’, apostando na comunicação de restaurantes e chefs para promover sabores nacionais e internacionais.

“Trabalhamos lado a lado com os nossos clientes, desde a raiz. Somos uma estrutura profundamente envolvida, e gostamos de entrar nos projetos integrando a equipa. Acreditamos que só se faz bom trabalho com proximidade, transparência e uma certa dose de intimidade, conhecendo as pessoas, os ritmos, os desafios e as ambições de cada projeto. Cada estratégia é pensada à medida, sem fórmulas prontas”, refere Mafalda Amaral, que exerceu funções na agência de comunicação Amuse Bouche, entre 2023 e 2025, citada em comunicado de imprensa.

Para além dos restaurantes Alma, Tapisco, Fortaleza do Guincho, Sala e Kureiji e dos chefs Henrique Sá Pessoa, Gil Fernandes e João Sá, a lista de primeiros clientes da Sauce inclui ainda as marcas de restauração Jezzus e Ground Burger.

“O nosso trabalho é feito com tempo, escuta e visão. Mais do que prestadoras de serviço, somos parceiras. Estamos sempre por perto, com disponibilidade verdadeira, envolvimento total e um compromisso firme com a qualidade e a verdade do que comunicamos”, diz Rita de La Blétière, ex-diretora de comunicação e relações públicas da Amuse Bouche, cargo que desempenha entre outubro de 2022 e abril de 2025, citada no documento.

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Amazon aposta em anúncios adaptados ao programa que está a ser visualizado

Durante uma cena triste, o novo formato de anúncios pode mostrar lenços de papel, por exemplo. A Fox, por seu lado, está a eliminar os conteúdos com fraco desempenho, para que os anunciantes não sejam obrigados a celebrar acordos no ‘upfront’ deste ano

A Amazon quer atrair os profissionais de marketing para um dos formatos de publicidade mais populares no streaming: os anúncios em pausa. No evento de apresentação do inventário publicitário de 2025, que decorre no Beacon Theatre, em Nova Iorque, a empresa anuncia que vai recorrer à inteligência artificial (IA) para criar anúncios em pausa que correspondem à programação que o espectador está a ver na plataforma de streaming Prime Video.

Por exemplo, durante uma cena triste, o novo formato de anúncios pode mostrar lenços de papel. Da mesma forma, durante uma perseguição automóvel, o anúncio em pausa pode promover os carros que participam na ação. Alan Moss, vice-presidente de vendas globais de anúncios da Amazon, afirma que a ideia é que os espectadores vejam estes novos anúncios como uma extensão da experiência de entretenimento e não como uma interrupção.

A Amazon tenciona criar os novos anúncios com recurso a IA que consegue compreender, instantaneamente, o tipo de programa ou filme que está a ser visto e os atributos relevantes para cada cena no ecrã. “É uma experiência de publicidade contextual que combina dinamicamente a mensagem publicitária com o conteúdo que os espectadores estão a ver, criando uma ligação natural e relevante”, sustenta Alan Moss, citado na Variety.

Os anúncios representam uma nova forma de fazer chegar a publicidade aos cerca de 130 milhões de espectadores mensais que subscrevem ao plano com anúncios da Prime Video, uma base de consumidores que está cansada dos intervalos comerciais tradicionais, sobretudo porque os serviços de streaming não passam tantos anúncios como a televisão linear.

A Amazon também está a introduzir formatos de anúncios que levam os consumidores a comprar produtos disponíveis no site, bem como anúncios que utilizam vários mecanismos para levar à aquisição de produtos não disponíveis na Amazon. O formato de anúncio comprável na Amazon extrai, em tempo real, informações de retalho como detalhes do produto, preços, ofertas, avaliações, disponibilidade de inventário e informações de envio Prime, diretamente da loja online.

Fox aposta em IA e programação de alto desempenho

A Fox, por seu lado, está a eliminar os conteúdos com fraco desempenho, para que os anunciantes não sejam obrigados a celebrar acordos no ‘upfront’ deste ano, onde as principais empresas de media e televisão apresentam inovações e novos formatos publicitários para planeadores de meios e responsáveis de marketing.

“Enquanto outras empresas, como a NBC Universal, estão a perder ativos lineares com uma audiência decrescente, a Fox transmite aos anunciantes a mensagem de que não precisa de forçar os anunciantes a comprar conteúdo que não desejam, visto já se ter livrado dos programas menos interessantes”, revela Jeff Collins, presidente de vendas de publicidade, marketing e parcerias da Fox, durante a apresentação no Manhattan Center, em Nova Iorque.

A Fox apresenta um novo conjunto de ferramentas de IA, o OneFox, que permite aos anunciantes utilizar a IA para gerir o planeamento entre os canais lineares e de streaming da Fox, bem como dos conteúdos do Fox Sports, Fox News e Fox Entertainment, possibilitando ainda a ativação automatizada de campanhas. O OneFox também fornecerá informações de medição em tempo real, com base em resultados comerciais, incluindo aumento de vendas, envolvimento e ressonância da marca.

Jeff Collins revela ainda que a audiência total da Fox em todos os setores verticais aumenta 26% em 2024, o que considera ser um crescimento mais rápido do que o de plataformas como a Netflix e a Prime Video.

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Joana Carravilla assume direção do grupo Elife na América Latina

Responsável pelo mercado ibérico, passa a dirigir a expansão do grupo para a América Latina, com o objetivo de disponibilizar serviços e software que combinam inteligência artificial, ‘social listening’ e tecnologia

Joana Carravilla, sócia e diretora-geral da Elife e Buzzmonitor para a Ibéria, desde 2007, alarga as funções para a América Latina, reforçando a presença do grupo nesse mercado.

Com uma carreira marcada pela liderança estratégica, Joana Carravilla tem-se focado na implementação de soluções que combinam inteligência artificial, ‘social listening’ e tecnologia para otimizar o relacionamento entre marcas e consumidores.

Licenciada em ciências de comunicação, assumiu, em 2016, a função de gestora nacional da agência criativa SA365, iniciando a sua incursão no grupo Elife. Do seu percurso profissional, fazem parte passagens pela associação Selectiva Moda, pela empresa digital Seara.com e ainda a criação do projeto MUUDA, ‘concept store’ que promove produtos e criações de designers nacionais.

Atualmente, o grupo Elife está presente em mais de uma dezena de mercados, incluindo Portugal, Brasil, Espanha, México, Colômbia, Chile, Argentina e Peru, e oferece serviços de ‘social listening’, atendimento multicanal e soluções de ‘customer experience’.

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Galp estreia-se no Nos Alive como patrocinadora oficial

Enquanto fornecedora de energia, a marca irá participar no festival de música com ativações e experiências, em que o palco Galp Fado Café e a Rua Galp são dois dos eixos das iniciativas. Outra das presenças é através da Fundação Galp

A Galp estreia-se este ano como patrocinadora oficial do Nos Alive, assumindo-se como parceira multienergia do evento com o abastecimento dos geradores do festival com combustível renovável (HVO), fornecimento de eletricidade do recinto e apoio logístico à organização, com os cartões Galp Frota.

“A Galp está onde estão os portugueses. Seja no dia a dia das famílias como fornecedor de energia, seja nos grandes momentos de celebração como aqueles ligados à seleção nacional de futebol, à Volta a Portugal ou agora ao Nos Alive. Independentemente da forma, acreditamos que há uma energia que move tudo: a das pessoas. Na música, essa energia sente-se e faz-se sentir. E quando a energia humana se cruza com a nossa acontece algo único. Daí o nosso mote, ‘A tua energia traz magia’. É essa energia essencial que torna os festivais inesquecíveis e que pretendemos continuar a impulsionar”, diz Filipa Lopes Ribeiro, diretora global de marca da Galp, citada em comunicado de imprensa.

A marca irá participar no festival de música com ativações e experiências, em que o palco Galp Fado Café e a Rua Galp são dois dos eixos das iniciativas.

“A rua manter-se á com o propósito de sempre, uma cenografia impactante, inspirada em traços tipicamente portugueses que convida cada festivaleiro a uma experiência envolvente e marcante, não deixando de cumprir o o seu principal propósito: o expoente máximo da portugalidade – seja através das características da rua, seja através do palco onde o fado é o principal protagonista – com a união de uma marca que faz parte da vida de todos os portugueses”, avança o Nos Alive e comunicado de imprensa.

Outra das presenças é através da Fundação Galp, com uma mostra que reflete o acesso à educação, pela mão de dois dos projetos apoiados: o centro de educação TUMO Lisboa e a DiVERGE, marca portuguesa de ‘sneakers’.

“A entrada da Galp no Nos Alive é o ‘match’ entre uma das maiores marcas nacionais e o maior festival de música em Portugal. Com esta parceria, o Nos Alive reforça a sua ligação às raízes culturais portuguesas e à energia que move gerações, celebrando a música, a tradição e a inovação lado a lado com a Galp”, declara Álvaro Covões, diretor-geral da Everything is New, citado no comunicado.

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QSP SUMMIT 2025 reúne líderes globais para debater os novos motores estratégicos

De 1 a 3 de julho de 2025, um dos maiores eventos de gestão e marketing da Europa regressa ao Porto e a Matosinhos

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A 18ª edição do QSP SUMMIT, um dos maiores eventos europeus na área do management e marketing, regressa ao Porto e a Matosinhos de 1 a 3 de julho de 2025, com o mote “The New Strategic Drivers”. O evento propõe uma reflexão sobre os motores estratégicos que estão a transformar as organizações – da cultura à tecnologia, passando pela estratégia, pessoas, comunicação, educação, performance e até ética – num contexto empresarial cada vez mais exigente e em constante mudança.

A cerimónia de abertura realiza-se a 1 de julho, no Palácio da Bolsa, no Porto, e contará com a participação de António Lobo Xavier, que abordará a relação entre ética e negócios, seguido de um debate com líderes de empresas como Deloitte Portugal, TMG Automotive, Grupo Visabeira e Symington Family Estates.

O evento prossegue nos dias 2 e 3 de julho, na Exponor, em Matosinhos, com mais de 3.500 participantes diários esperados. As sessões decorrem num ambiente imersivo, com múltiplos palcos, ativações de marca e oportunidades de networking.

No dia 2, o Main Stage recebe um painel de oradores de destaque internacional. Erin Meyer, professora no INSEAD, abre o dia com uma intervenção sobre como as diferenças culturais influenciam a forma como pensamos, comunicamos e tomamos decisões em contextos globais. Angela Lane, autora e professora na IE University, abordará como desbloquear o desempenho máximo nas organizações. Dan Cable, professor na London Business School, falará sobre o papel das emoções positivas na construção de culturas vencedoras. Heather McGowan, futurista e autora premiada, explora a aprendizagem como vantagem adaptativa. A fechar o dia, Laura Gassner Otting, autora bestseller do Wall Street Journal, apresenta uma perspetiva sobre como a comunicação autêntica e o alinhamento pessoal impulsionam o crescimento individual e coletivo.

No dia 3, Arun Sundararajan, professor na New York University, aborda os riscos e dilemas da inteligência artificial nas empresas, com foco na importância da confiança, regulação e liderança estratégica. Segue-se Hajj Flemings, brand technologist e CEO da Rebrandx, que explora como a interseção entre tecnologia e pessoas está a redesenhar o futuro do trabalho.

Worklabs, Special Sessions e Lab Stage

O programa inclui também vários Worklabs, além das sessões especiais Thinkers Hall e Trends Forum, que aprofundam temas como liderança, cultura organizacional, inovação, IA e governança. Haverá ainda sessões temáticas dedicadas ao futuro do retalho, turismo e diplomacia económica, bem como Special Sessions com entidades como Turismo do Porto e Norte, Ageas, Galp, Diáspora Prime, Casa da Arquitetura, e ainda outras a anunciar.

O Lab Stage, centrado no desenvolvimento pessoal e profissional, propõe sessões práticas sobre comunicação, ansiedade, sono, produtividade, saúde digital e investimento – cruzando bem-estar com performance no trabalho.

Programa complementar focado em liderança e networking

Antes da abertura oficial, a 1 de julho, realiza-se a Leadership Masterclass, no Porto Palácio Hotel, conduzida por Adam Kingl, especialista em inovação e liderança. No dia 2, regressa a já tradicional Sunset Party, na Piscina das Marés, em Matosinhos – um momento informal de convívio entre participantes num cenário único junto ao mar.

A área de exposição reúne mais de 130 empresas de referência, com propostas interativas e ativações de marca, consolidando o QSP SUMMIT como uma plataforma privilegiada de partilha, aprendizagem e contacto com as tendências que moldam o futuro das organizações.

 

 

Sobre o QSP SUMMIT

Desde 2007, o QSP SUMMIT afirma-se como um dos mais prestigiados eventos europeus na área da gestão e marketing, atraindo líderes da indústria, executivos de topo e profissionais de todo o mundo. A cada edição, o evento oferece conteúdos de excelência e oportunidades únicas de networking e partilha de conhecimento.

 

Para mais informações, consulte o website oficial do evento: www.qspsummit.pt.

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39% dos diretores de marketing vão reduzir orçamentos das agências em 2025

Segundo o inquérito CMO Spend Survey 2025 da Gartner à medida que reduzem os gastos com agências e custos de mão de obra, os diretores de marketing estão a aumentar os gastos com ‘paid media’, que representa cerca de 31% dos orçamentos de marketing em 2025

Cerca de 39% dos diretores de marketing planeiam reduzir os gastos com agências este ano, de acordo com o inquérito CMO Spend Survey 2025 da Gartner, o que representa um aumento face aos 34% registados em 2024.

Dos 402 diretores de marketing entrevistados entre fevereiro e março na América do Norte, no Reino Unido e na Europa, 60% afirmam que pretendem pôr fim às relações improdutivas com as agências, de forma a otimizar os recursos.

Segundo a análise, 39% dos diretores de marketing informam que pretendem reduzir os gastos com mão de obra em 2025, sobretudo através da simplificação de funções que se sobrepõem e da redução do número total de funcionários.

Os planos surgem numa altura em que os orçamentos de marketing estagnam. Em 2025, os orçamentos de marketing deverão permanecer equivalentes a 7,7% das receitas totais das empresas, mantendo-se estáveis em relação a 2024. A maioria das empresas inquiridas apresenta receitas anuais superiores a mil milhões de dólares (€900 mil).

A maioria dos inquiridos refere que os orçamentos estão a diminuir em relação às receitas da empresa. Consequentemente, 59% dos diretores de marketing afirmam não dispor de orçamentos suficientes para executar as estratégias desejadas em 2025. De facto, os orçamentos têm diminuído nos últimos anos: em 2019, representavam, em média, 10,5% da receita total de uma empresa.

“À medida que a economia permanece volátil, com a redução dos gastos do consumidor e o aumento dos custos devido às tarifas, os orçamentos estão sob pressão. Como resultado, os responsáveis corporativos estão a pressionar as equipas de marketing a encontrar formas de reduzir custos. Enquanto procuram poupanças, os profissionais de marketing identificam as agências como algo que podem cortar sem reduzir a percentagem de intervenção que detêm”, argumenta Ewan McIntyre, vice-presidente, analista e diretor de investigação de marketing da Gartner.

Gastos em media aumentam

À medida que reduzem os gastos com agências e custos de mão de obra, os diretores de marketing estão a aumentar os gastos com ‘paid media’, que representa cerca de 31% dos orçamentos de marketing em 2025, ou cerca de 2% das receitas totais das empresas. Este valor é superior aos 28% registados no inquérito de 2024 e começa a apresentar uma tendência de aumento em 2023, de acordo com a Gartner.

A priorização do ‘paid media’ cria expetativas mais elevadas nos parceiros das agências. Embora a permanência das agências tenha melhorado nos últimos anos, as relações com as agências de meios tornam-se menos estáveis, uma vez que os clientes mudam mais regularmente de agência se os parâmetros de desempenho não forem atingidos, de acordo com um estudo recente da Association of National Advertisers.

“À medida que mais dinheiro é canalizado para os canais de desempenho, não há onde se esconder”, afirma Ewan McIntyre, acrescentando que “se não se estão a alcançar os resultados, não se pode disfarçar isso com KPIs vagos”.

O inquérito da Gartner conclui também que a inflação dos preços de media deixa os responsáveis de marketing com menos retorno por cada dólar investido. Apesar deste cenário, os profissionais conseguem encontrar formas de serem mais produtivos com recursos limitados.

Segundo o inquérito, 41% dos inquiridos afirmam que a utilização de dados, análises e medições para otimizar o desempenho é uma das cinco principais medidas adotadas para aumentar a produtividade, seguida da utilização de inteligência artificial (IA) para automatizar tarefas (40%) e da IA generativa para a criatividade e o desenvolvimento de estratégias (20%).

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TikTok, Meta e LinkedIn apresentam novos formatos publicitários no NewFronts 2025

O TikTok, a Meta e, pela primeira vez, o LinkedIn marcam presença em Nova Iorque, com novidades que reforçam a centralidade do vídeo, a valorização de conteúdos de influenciadores e a integração com contextos culturais e ‘premium’

Num cenário marcado por incertezas, o IAB NewFronts volta a reunir plataformas digitais, anunciantes e empresas de tecnologia publicitária para a apresentação de propostas comerciais e novos formatos. O TikTok, a Meta e, pela primeira vez, o LinkedIn marcam presença em Nova Iorque, com novidades que reforçam a centralidade do vídeo, a valorização de conteúdos de influenciadores e a integração com contextos culturais e ‘premium’.

Khartoon Weiss, vice-presidente de soluções de negócios globais do TikTok, começa a apresentação da rede social com uma promessa. “O TikTok está aqui, estamos aqui”, declara. É o segundo ano consecutivo em que o TikTok se depara com a necessidade de tranquilizar os anunciantes no meio de uma longa batalha jurídica sobre o seu futuro nos Estados Unidos.

Em termos de novidades, o TikTok reforça a ligação entre conteúdo de marca e tendências culturais. A plataforma chinesa apresenta a Sponsorship Solutions, uma funcionalidade que permite inserir anúncios nos resultados de pesquisa associados a conteúdos em destaque, e amplia a oferta de ferramentas Pulse.

O Pulse Core garante agora um posicionamento junto a vídeos de utilizadores em categorias como desporto e beleza, entre outras, ao passo que o Pulse Premiere, que garante anúncios junto a conteúdos de parceiros de media, tem agora novas parcerias com a Fórmula 1, a Red Bull Media e a Warner Bros. Discovery.

Meta e LinkedIn reforçam aposta no vídeo

A Meta centra a apresentação na evolução dos formatos em vídeo e na colaboração com criadores de conteúdo. Para o Instagram, a empresa liderada por Mark Zuckerberg apresenta os Reels Trending Ads, que integram publicidade nos vídeos curtos mais vistos, e a funcionalidade Trends no Creator Marketplace, que permite às marcas aceder a ‘insights’ culturais em tempo real.

A gigante tecnológica lança ainda novos formatos de anúncios no Facebook e no Instagram, como os Partnership Ads e os Facebook Live Partnership Ads, bem como anúncios em vídeo no Threads, permitindo que as marcas expandam a presença publicitária no ecossistema da empresa.

O LinkedIn, que participa pela primeira vez no NewFronts, destaca o crescimento do vídeo na plataforma. A rede social, que pertence à Microsoft, indica que o tempo de visualização de vídeos aumenta 36% face a 2024 e que estes conteúdos geram 1,4 vezes mais interações. Nesse sentido, o LinkedIn apresenta os First Impression Ads, que garantem que o anúncio em vídeo seja o primeiro a surgir no feed do público-alvo, e reforça as opções de ‘connected TV’.

A plataforma destaca também os novos BrandLink Ads, que associam campanhas a conteúdos de editores e criadores de conteúdo verificados, e as novidades introduzidas nos Event Ads, que passam a permitir novas opções de promoção, prolongando a visibilidade e o impacto dos eventos organizados dentro da rede social dedicada a profissionais.

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Miguel Baumgartner reforça internacionalização do GCIMedia Group

O especialista em marketing, representação diplomática, relações institucionais e desenvolvimento de negócios internacionais assume o cargo de consultor sénior de diplomacia económica e internacionalização

O GCIMedia Group anuncia a contratação de Miguel Baumgartner (na foto) como consultor sénior de diplomacia económica e internacionalização. Especialista em representação consular e diplomática, relações institucionais, gestão pública, desenvolvimento de negócios internacionais, marketing e gestão de projetos e contratos internacionais, reforça a internacionalização do grupo em ‘public affairs’.

“A integração sublinha o nosso crescimento estratégico na área da comunicação institucional, ‘public affairs’ e relação com os ‘stakeholders’ em Portugal e além-fronteiras. Contamos com uma sólida carteira de clientes internacionais e a visão estratégica, o pensamento crítico e a capacidade de análise política e económica internacional que o Miguel Baumgartner tem são cruciais para esses projetos”, explica André Gerson, CEO do GCIMedia Group, citado em comunicado de imprensa.

O grupo de comunicação, que detém a GCI, a Media Consulting, a WMK, a Sonomage e a Sustainable Society Initiative (SSI) em Portugal, além da Meraki, em Angola, continua a expandir a atividade internacional “com novas áreas de negócio e com a contratação de uma equipa reconhecida, com créditos firmados”, salienta ainda o responsável.

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