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Os homens dos candidatos

  O último congresso do PS, realizado em Espinho, apresentou algumas novidades que mostram como mudou o relacionamento entre o partido, a comunicação social e os eleitores. Os bloguers puderam […]

Rui Oliveira Marques
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Os homens dos candidatos

  O último congresso do PS, realizado em Espinho, apresentou algumas novidades que mostram como mudou o relacionamento entre o partido, a comunicação social e os eleitores. Os bloguers puderam […]

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O último congresso do PS, realizado em Espinho, apresentou algumas novidades que mostram como mudou o relacionamento entre o partido, a comunicação social e os eleitores. Os bloguers puderam acreditar-se, os jornalistas não tinham acesso às mesas dos congressistas, o palco alternou de cores e de disposição ao longo dos três dias de congresso e o site Socrates2009.com ficou online no preciso momento em que era anunciado perante os congressistas e os espectadores dos canais de informação por cabo, que o transmitiram em directo. Encabeçado pela mesma fotografia de campanha utilizada nas eleições de 2005, o Socrates2009.com apresenta informações e vídeos sobre a actividade política de Sócrates no governo e na direcção-geral do PS, ou a sua participação na Meia Maratona de Lisboa. A Euro RSCG esteve envolvida na organização do congresso, mas recusa prestar mais informações sobre o assunto. Já a LPM, que apresenta o PS na lista de clientes, um mês depois da realização do congresso, continua sem responder ao M&P sobre qual o papel que a consultora irá desempenhar nas legislativas.

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O congresso do PS é apenas um exemplo que mostra como os momentos de comunicação dos partidos são estudados ao pormenor. As agências de comunicação que nos últimos meses têm trabalhado para o governo e para o PS, a LPM de Paixão Martins e a First Five Consulting de João Tocha, são apontadas como as principais beneficiadas por este novo ciclo eleitoral. No entanto, o M&P não conseguiu obter um comentário dos seus responsáveis.

Com 2009 a incluir três actos eleitorais, haverá várias movimentações na área da comunicação. Eleições significam a contratação de consultoras de comunicação, de agências de publicidade, de empresas de publicidade exterior, empresas de brindes, de estudos de mercado, de aluguer de espaços e estruturas para comícios e de gráficas. Será, por isso, um bom ano para as agências de comunicação, que costumam ser a face mais visível na estratégia dos candidatos? Na YoungNetwork, as campanhas políticas poderão representar 10 a 15 por cento da facturação da agência. É apoiado nestes números que João Duarte, CEO da agência de comunicação, sustenta que “quem diz que não vai participar nas eleições porque não é rentável, pensa assim porque não de se deu bem no passado. Se calhar, há um ano diziam o contrário”. A YoungNetwork está a trabalhar a área política há dois anos e meio, tendo já tido experiências com o CDS, o PSD e o PS, para além de ter implementado uma campanha legislativa vencedora em Guiné-Bissau. Se numa primeira fase a agência investiu em desenvolver uma rede de contactos e melhorar o know how, o objectivo para este ano é participar em 10 eleições.

“Estamos em contactos avançados com um partido do arco do poder para as legislativas e, para as europeias, com um partido fora da esfera do poder”, adianta João Duarte.

Esta área é dirigida por Rui Calafate, que chefiou a área de imprensa de Santana Lopes, na Câmara de Lisboa e depois no Governo. Calafate é apoiado por mais duas pessoas, mas “em situação de campanha terá o apoio de toda a área de consultoria que são 30 pessoas”, detalha João Duarte. Quanto a preços, uma campanha poderá orçar entre 75 a 100 mil euros. “Depende da campanha e se é para ganhar. Se for para ganhar, gasta-se mais”, considera.

Também a Ipsis de Tiago Franco refere que a sua equipa “está atenta, porque (a política) é uma área de negócio da agência”. O responsável põe de lado a conotação que o mercado costuma fazer entre a Ipsis e o PSD e que, nesta fase, poderiam significar menos projectos em mãos. “A marca Ipsis é laranja. Esses comentários só podem ser baseados nisso”, ironiza Tiago Franco. A agência chegou a colaborar com o governo de Durão Barroso, mas esse trabalho, sustenta, “não tem comparação com o que faz o governo Sócrates”. A título de exemplo, a agência desenvolveu o projecto Abril é Evolução, aquando dos 30 anos do 25 de Abril.

No portfólio do grupo Brandia Central, que incorporou empresas como a MKT ou Mais Design que desenvolveram trabalhos na área política, estão a campanha autárquica de 2001 Eu Fico e a das legislativas de 2002 Braço Direito para o CDS/PP. Para as mesmas legislativas, a empresa desenvolveu a campanha distrital para o PS de Castelo Branco, numa lista encabeçada por José Sócrates.

A agência esteve ainda nas regionais de 2004 com o PS da Madeira e com o PSD dos Açores. “Trabalhamos com todos os partidos. Não somos tendenciosos, somos profissionais”, sublinha o responsável da Ipsis, agência que integra o grupo Brandia Central. Para 2009, “ainda é cedo” saber quais as campanhas em que a Ipsis estará envolvida. “Mais para o fim de Abril é que começará a haver movimentações.

A única excepção são as europeias, que deverão ser trabalhadas mais cedo”. Para este ciclo eleitoral, em que a Ipsis prevê que a área política represente 10 por cento da facturação, a agência pretende posicionar-se na parte “científica” das eleições, isto é, na recolha e análise de informação e criação de conceitos. E já que se fala de planos, Tiago Franco não hesita em apontar o político que gostaria de trabalhar: Jerónimo de Sousa. As razões são claras: “Com o crescimento do Bloco de Esquerda, o PCP tem tido dificuldade em posicionar-se. Seria um bastante interessante trabalhar Jerónimo de Sousa”.

Já a Agenda Setting está concentrada nas eleições autárquicas. A agência colocou online o site www.autarquicas2009.net, onde apresenta os serviços para as eleições, e realizou um seminário de dois dias no Porto, que vai replicar no início de Maio em Lisboa, sobre marketing político. É também com este trabalho para dar visibilidade à empresa, que José-Manuel Diogo diz que pode gerir até 15 campanhas autárquicas. Neste momento tem três confirmadas. O consultor explica o seu método de trabalho: “O meu foco é avaliar no terreno onde é que a comunicação funcionou, onde é que não funcionou, onde é que se podem explorar as debilidades do adversário e gerar awareness. Esse trabalho faz-se estudando o público. Tive há pouco uma experiência de um candidato que não avançou depois dos estudos”. A eleição de Alberto Santos (PSD) para Penafiel ou a segunda eleição de Carlos Encarnação (PSD) para Coimbra constam no portfólio da Agenda Setting. E preços? “Custa exactamente aquilo que a lei permite. Tenho avenças de 1.800 euros e outras de quatro mil, de acordo com a forma como eu e a minha equipa gastamos mais ou menos tempo”. Depois existem produtos agregados que fazem crescer a factura.

Para as autárquicas, José-Manuel Diogo acredita que vão existir “o triplo de candidatos independentes que houve nas últimas eleições. E neste caso ganhar pode não significar ficar com a Câmara, mas sim ser eleito”. O consultor ajuda a definir os passos de um trabalho político: “Estuda-se, definem-se os instrumentos de comunicação e adequa-se ao orçamento e ao que é necessário para comunicar com aquele público. A tecnologia e a estatística ajudam a perceber se vai acontecer ou não um desastre. Eu garanto que dou aos meus candidatos o que as sondagens dizem. Eles depois podem pedir para não dizer à equipa para não desmoralizar ou embandeirar em arco os resultados. Mas sei que há gente que não dá aos candidatos o que dizem as sondagens”, declara o responsável da Agenda Setting.

A Inforpress está também a desenvolver contactos para as eleições. Paralelamente, a agência está a assessorar um projecto paneuropeu para sensibilizar para a votação nas eleições europeias, e a nível nacional, conta Ana Margarida Ximenes, “estamos a desenvolver um trabalho continuado para a Câmara Municipal de Estremoz, que contempla um conjunto de acções de comunicação e marketing relacional, potenciando a comunicação desta autarquia com os munícipes”. Em ano de autárquicas, continua a country manager da Inforpress, “temos sentido um interesse e uma aposta cada vez maior pela área da comunicação, em especial na web 2.0”. Para os eventuais candidatos autárquicos, a Inforpress apresenta um portfólio de serviços que vai desde a “realização de serviços tradicionais de comunicação até à criação e implementação de projectos web”, resume.

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Efeito Obama a caminho?

As eleições vão marcar o explodir de ferramentas digitais, à semelhança do que aconteceu recentemente nos EUA com a campanha de Barack Obama? João Duarte acredita que não, até porque em Portugal, diz, “têm pouca audiência, mas é uma audiência que influencia bastante.

Estamos agora a assistir muito a bloguers que passam para comentadores de jornais e televisões. Vai ser uma ferramenta importante, mas nada que se compare a Obama.

Não será o principal eixo de comunicação”. O consultor apresenta um caso. Num meio pequeno, em que a idade média da população ronda os 50 anos, um comício será sempre mais importante que uma rede social. “É preciso estar onde está a audiência, ou neste caso, os eleitores”, refere João Duarte. José-Manuel Diogo destaca que as últimas décadas clivaram um fosso cultural entre Lisboa e Porto e o resto do país. Por isso, o uso de ferramentas deverá estar adequado à realidade do meio. “Se calhar em Viana do Castelo ainda se pode pensar em televisão, mas em Vila Nova de Cerveira é possível que baste rádio e um comício”, aponta.

Quem não vai

Salvador da Cunha, que dirige a Lift, é peremptório quanto à decisão de não prestar serviços na área de consultoria política: “Não quero ser conotado com política. Quero que a Lift seja conotada com uma boa consultora de comunicação.” No passado, o CEO da Lift acompanhou Paulo Portas nas legislativas de 2005, cujo resultado levou a que o líder do CDS PP deixasse à época a liderança do partido.

A remuneração é determinante para esta opção: “A actividade não é rentável para um consultor”. Salvador da Cunha faz as contas: “Eu cobro 200 euros à hora, se se multiplicar por oito horas por dia e depois por 30 dias, veja lá quanto é que o político tem de pagar por mês. Não há estrutura política em Portugal que pague 48 mil euros.

Se calhar, pagam esse valor a outras pessoas, mas a mim não pagam. E mesmo que me pagassem 48 mil euros, não sei se não seria mais rentável aqui na agência.” Daí que este profissional acredite que os líderes das agências “ou têm uma estrutura grande por detrás e mantêm a rentabilidade por estarem ao mesmo tempo nos clientes empresariais, ou então distraem-se com um ano inteiro de eleições. É preciso ter uma organização muito bem oleada para sair da organização para fazer consultoria política. É que estar totalmente focado na comunicação política consome 24 horas por dia. É absolutamente avassalador”. Mesmo assim, a Lift deverá começar a comercializar um produto chave na mão dirigido a autarcas e deputados. “Explicarei o que é na altura certa”, remata Salvador da Cunha.

Também Cunha Vaz optou por este ano não se envolver em eleições. A consultora que dirige ainda teve uma experiência recente em Cabo Verde onde conseguiu ganhar algumas das principais cidades para o MpD. Ao M&P Cunha Vaz referiu que “a CV&A decidiu que só em democracia se devem fazer campanhas políticas, sob pena de não se poder perder. A CV&A orgulha-se de ter ‘ganho’ duas das três eleições em que participou em Portugal, sempre em circunstâncias adversas, nomeadamente na ‘vitória’ que foi o segundo lugar de Carmona Rodrigues na eleição como independente para a Câmara Municipal de Lisboa. Nunca fará campanhas que ‘já ganharam’. Por essa razão, não terão relevância as suas acções políticas em Portugal.

Depois da vitória em que fomos intervenientes em Cabo Verde nas autárquicas e em nome do MpD, decidimos apenas fazer campanhas onde a democracia é real.” Cunha Vaz voltou a referir esta semana, a fechar a conferência com Plouffe em Lisboa, que não iria participar em consultoria política, referindo que os candidatos “terão de escolher segundas hipóteses” na hora de contratar uma agência.

Atenção ao Norte

No Norte, que concentra o maior número de concelhos do país, deverá assistir-se às principais movimentações na área da comunicação política. Mesmo assim, o protagonismo das agências do Porto não deverá igualar o registado na última década. A extinta McCann Porto, então dirigida pelo agora deputado do PSD e responsável pelo Canal Parlamento Luís Campos Ferreira, foi responsável nos 90 e no início da actual década por campanhas autárquicas de Norte a Sul do país. A multinacional acabou por fechar o escritório a Norte, com alguns dos seus profissionais a criaram depois a Cineponto. Também a NTM, então com Agostinho Branquinho à frente dos seus destinos, chegou a ser outra das referências nesta área. Recorde-se que o agora deputado do PSD e responsável pela primeira eleição de Rui Rio para a Câmara do Porto, está a coordenar as campanhas do PSD (ver caixa Ferreira Leite).
Rui Rio ainda não apresentou a recandidatura à Câmara do Porto, mas a B+ de Sara Balonas, que trabalha a comunicação da Câmara Municipal do Porto, teve a teve a seu cargo o marketing político do candidato nas últimas autárquicas. Para estas eleições, a agência volta a ser apontada como a empresa que irá ficar com essa tarefa. Contactada pelo M&P, Sara Balonas preferiu não comentar o assunto. Já a candidatura de Elisa Ferreira à edilidade está a ser trabalhada pela Aedis. Este empresa é detida por Domingos Ferreira, que foi funcionário do PS durante 30 anos e que está neste momento a trabalhar, entre outras, as candidaturas socialistas a Valongo, Gaia, Gondomar, Trofa, Maia, Gouveia, Mangualde, Angra do Heroismo e Vila Velha de Ródão. Ao todo, a empresa espera estar em 12 a 14 candidaturas. “Não há tempo para mais”, refere Domingos Ferreira. Para os candidatos, a empresa de consultoria política desenvolve um estudo de opinião “que nos dá os indicadores, que depois nos ajudam a alimentar um briefing e as etapas que se seguem”. Domingos Ferreira é também sócio da Longo Alcance, da Sino e da Grande Evento, que também estão envolvidas na concepção, execução e produção das campanhas. A empresa colabora ainda na organização dos congressos e encontros Novas Fronteiras do PS, e tem um pé nas europeias. Será a Aedis a responsável pelo evento que vai levar este fim-de-semana Vital Moreira e Mário Soares ao Porto, no âmbito da campanha para as europeias. O ciclo político deste ano, refere Domingos Ferreira, deverá representar uma facturação de 700 a 800 mil euros.
A aversão de Ferreira Leite às agências de comunicação

Pouco tempo depois de ser eleita presidente do PSD, Manuela Ferreira Leite fez saber que não iria trabalhar com qualquer agência de comunicação. Esta decisão representava um corte com a liderança de Luís Filipe Menezes que chegou a contar com a assessoria de António Cunha Vaz. Recorde-se que o então líder do PSD chegou a propor que a Cunha Vaz apoiasse, ao nível da comunicação, o grupo parlamentar, um plano que não chegou a concretizar-se, depois de ter criado uma crise política entre Menezes e o seu grupo parlamentar, então dirigido por Santana Lopes. Luís Paixão Martins escreveu no seu blogue e a propósito de Cunha Vaz que se estava a assistir a uma “novela mexicana” e que os associados da APECOM (Associação Portuguesa das Empresas de Conselho em Comunicação e Relações Públicas) deveriam reflectir “se a coabitação com a protagonista da ‘novela mexicana’ não é prejudicial para as suas empresas”.

A presidente do PSD voltou a colocar na ordem do dia o alegado protagonismo das agências de comunicação no processo político e encontrou em Pacheco Pereira o porta-voz dessa posição. “É interessante ver a sanha com que Manuela Ferreira Leite é atacada pelos donos e empregados das agências de comunicação que pululam nos blogues, muitas vezes sem se identificarem como tal.

Compreende-se bem: para eles seria insuportável que um político obtivesse resultados sem a ajuda dos ‘profissionais’ de comunicação”, escreveu Pacheco Pereira no Abrupto. O historiador e apoiante de Ferreira Leite considerou também que a relação entre políticos e agências de comunicação “é um dos sintomas da degradação da política contemporânea”.

O papel de Cunha Vaz e das agências de comunicação na vida política culminou numa entrevista do responsável máximo da Cunha Vaz & Associados ao Público, que recebeu um destaque significativo na primeira página do jornal, numa visibilidade até aqui inédita para um consultor.

Quase um ano depois deste episódio, o M&P pediu a Cunha Vaz para analisar o desempenho, ao nível da comunicação, de Manuela Ferreira Leite. O consultor é directo: “Avalio menos bem. O PSD tem sempre um comportamento autofágico.

Elegeu o dr. Luis Filipe Menezes com o maior número de votos de sempre e alguns dos que pensam ter pedigree assassinaram-no no dia seguinte à eleição. Muitos desses estão com Manuela Ferreira Leite, mas mordem pela calada – à espera da sua vez – e em nada contribuem para criar um partido forte que ajude a dar saúde à nossa democracia. Dizia-se que Carter tinha sido o melhor presidente da URSS que os EUA tinham tido até então. Espero que não possa dizer-se que Manuela Ferreira Leite é o melhor presidente do PS que o PSD teve até hoje. Não que eu seja do PSD ou do PS. O que eu desejo é uma democracia forte com dois partidos igualmente fortes.”

Nas legislativas e europeias, o PSD não deverá contar com os serviços de qualquer agência de comunicação. O trabalho eleitoral, que nos sociais-democratas costumava estar nas mãos do secretário-geral, conta com dois homens no terreno. Castro Almeida, presidente da Câmara Municipal de São João da Madeira, é o coordenador autárquico, enquanto Agostinho Branquinho, deputado com experiência na área da publicidade, coordena as campanhas. Matos Rosa, Emídio Guerreiro e Luís Rodrigues são ainda apontados como elementos-chave para as disputas que se avizinham. Francisco Azevedo e Silva, ex-director-adjunto do DN, enquanto chefe de gabinete de Ferreira Leite, irá também ser uma peça activa no planeamento das eleições. O PSD conta também com um gabinete interno organizado para as áreas das novas tecnologias, design e audiovisuais. A título de exemplo, o rebranding do logotipo do partido, que Menezes chegou a apresentar e entretanto foi abandonado, foi desenhado internamente por Júlio Pisa. O Bloco de Esquerda e o PCP, segundo informações recolhidas pelo M&P, vão continuar a privilegiar o envolvimento dos militantes nas estratégias eleitorais.
Seis lições da campanha de Obama

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David Plouffe, estratega da campanha de Barack Obama, esteve esta segunda-feira em Lisboa a explicar os eixos diferenciadores que marcaram a corrida eleitoral. Conheça as ideias principais.

1. Um plano de meios inovador. Uma campanha tradicional nos EUA baseava-se em televisão, em mailing e sound bites dos candidatos. Obama veio mudar estes pressupostos. O plano de meios alocou à televisão 50 por cento do orçamento, quando os candidatos costumam destinar-lhe 75 por cento. Ao mesmo tempo, a candidatura privilegiou a publicidade na internet e o investimento em tecnologia.

“Gastámos mais dinheiro em tecnologia do que qualquer outro candidato”, referiu David Plouffe. As redes sociais também foram privilegiadas. “Utilizámos uma comunicação de igual para igual, valorizando as pessoas”. No entanto, o consultor sublinha que não se pode ser “escravo de uma ferramenta” e é preciso estar preparado para actualizar constantemente os meios envolvidos. A título de exemplo, quando a campanha de Obama começou a ser planeada, ainda não existia o Twitter. No entanto, sublinha, “é um erro ficar apoiado na tecnologia. É preciso é pô-la ao serviço da campanha”.

2. Recolher o máximo de informação e medir tudo. “Quanto melhor for a informação e os dados, melhores serão as decisões”, considera David Plouffe, que destaca a necessidade de conhecer bem os vários grupos de eleitores e das diferentes regiões.

3. A rua e a internet são mais importantes que os meios tradicionais. Para o staff eleitoral de Obama, a opinião das pessoas comuns era mais valorizada que a da imprensa. “Enquanto Hillary Clinton e McCain viam se tinham tido ou não um bom dia através das notícias que passavam na CNN, para nós, mais importante do que diziam os media, era o que diziam as pessoas”, relembrou Plouffe. Os voluntários da campanha “eram os nossos olhos e ouvidos”. A campanha partiu também do princípio de que os jovens, que foram decisivos para os resultados, possuem um modelo para construir a sua opinião diferente das gerações mais velhas. “Já não estão atentos aos noticiários nacionais da noite ou aos jornais. Procuram por sua conta informação online para partilhar com as pessoas”.

4. Informar os apoiantes. A campanha chegou a ser constituída por uma rede de 30 milhões de e-mails de apoiantes, que eram alimentados com conteúdos renovados, ao mesmo tempo que contornavam as interpretações de jornalistas e comentadores. Cada voluntário de campanha dedicou em média 20 horas semanais à candidatura e era informado por e-mail sobre o estado em que se encontrava a disputa eleitoral e qual o seu papel para contribuírem para a vitória do candidato. A agenda era programada para que quando Obama estivesse com determinado tema na ordem do dia, os seus apoiantes tivessem já informação básica que os ajudasse a consolidá-lo junto de outros cidadãos.

Recorde-se que entre as acções de campanha a cargo dos voluntários, à boa maneira dos EUA, estavam o contacto porta-a-porta e chamadas telefónicas. “Não teríamos vencido sem o apoio destas pessoas”, declarou Plouffe.

5. Preparar momentos memoráveis. O discurso na convenção democrática em Denver ou o de Berlim foram momentos que permitiram criar imagens fortes junto do eleitorado. No caso do de Berlim e perante o risco que representava, “nove em cada dez pessoas diziam que não o devíamos fazer”, recordou Plouffe. “Não era fácil, um movimento em falso e podia ser um grande problema”. Por ser um candidato às presidenciais não contou com apoio logístico das autoridades dos EUA para a realização do comício na capital alemã.

6. O candidato outsider. Obama “era um outsider. Há candidatos que passam anos e décadas a planear a sua campanha. Obama não tinha apoio fora do Illionis”, conta o estratega. “Nós só podíamos conquistar a presidência com um movimento popular. Era David contra Golias”. Por ser desconhecido, a candidatura teve de antecipar ataques de desinformação de várias frentes. A titulo de exemplo, a candidatura preparou um site onde respondia a apenas uma questão: Obama é muçulmano? “Gastámos muito dinheiro a educar as pessoas, até para explicar como e onde podiam votar”, sublinha o estratega.

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Hollywood em choque com tarifas de Trump sobre o cinema

Apesar da Casa Branca não ter explicado como pretende executar a cobrança fiscal sobre os filmes produzidos fora do país, o anúncio leva à queda nas ações de estúdios como Netflix, Disney e Paramount

Hollywood reage com ceticismo ao anúncio do presidente Donald Trump de impor tarifas de 100% a filmes produzidos fora dos Estados Unidos, uma medida que especialistas da indústria consideram contraproducente.

“Não faz nenhum sentido”, diz Jonathan Handel, advogado do setor de entretenimento, à agência France-Presse. “Se uma cena de ação envolve o Tom Cruise a subir à Torre Eiffel, o que deveríamos fazer? Filmar na réplica da Torre Eiffel em Las Vegas?”, questiona Handel, que explica que filmes como a “Missão Impossível” são rodados fora dos Estados Unidos por razões artísticas.

Numa mensagem na rede Truth Social, Trump pediu ao Departamento de Comércio para “iniciar o processo de instituir uma tarifa de 100% a qualquer filme que chegue ao nosso país e que tenha sido produzido no exterior”. O objetivo, segundo o porta-voz da Casa Branca, Kush Desai, é “salvaguardar a segurança nacional e económica do país”, visando “tornar Hollywood grande novamente”.

Apesar da Casa Branca não ter explicado como pretende executar a cobrança fiscal sobre produções que muitas vezes são filmadas digitalmente e transferidas online ou por unidades de memória, a intenção leva à queda nas ações de estúdios como Netflix, Disney e Paramount.

Trump culpa o governador da Califórnia, o democrata Gavin Newsom, por permitir que outros países atraiam produções de Hollywood. “Outras nações estão a oferecer todo o tipo de incentivos para atrair os nossos cineastas e estúdios para longe dos Estados Unidos”, acrescenta. Trump disse que este é um “esforço concertado” que representa “uma ameaça para a segurança nacional” norte-americana.

Netflix anuncia investimento no México

A verdade é que a indústria foi afetada pela pandemia e, depois, pelas greves de argumentistas e atores que, em 2023, paralisaram todas as produções. Atraídas por incentivos fiscais, ofertas económicas e razões criativas, muitas produções migraram para outros países.

Em 2024, as receitas do ‘box office doméstico’ (que incluem Estados Unidos e Canadá) atingiram os 8,5 mil milhões de dólares (€ 7,48 milhões) uma quebra face aos 8,9 mil milhões de dólares (€7,83 milhões) do ano anterior.

Contudo, estes valores ficam longe dos 11,3 mil milhões de dólares (€9,94 milhões) atingidos em 2019 e também dos 11,8 mil milhões de dólares (€10,38 milhões) de 2018, e que representam um máximo para o box office norte-americano e canadiano, conforme indicam os dados da Statisca.

Dados que explicam a intenção do presidente norte-americano, Donald Trump, de avançar com as tarifas. Este ano, também a Netflix anuncia no México um investimento de mil milhões de dólares (€880 milhões) para desenvolver filmes e programas de televisão ao longo de quatro anos.

A Casa Branca afirma que está a tomar “decisões definitivas relativamente às tarifas sobre filmes estrangeiros”, mas que procura um consenso enquadrado nas orientações de Donald Trump. O Presidente norte-americano também manifesta a intenção de se reunir com representantes da indústria como parte dos esforços para restaurar a atratividade de Hollywood para a produção cinematográfica e impedir a migração de empresas de produção.

“É chocante e não é uma boa situação. Por isso, vamos reunir-nos com o setor. Quero ter a certeza de que estão satisfeitos, porque nos preocupamos com o emprego. É muito importante. É uma grande indústria, mas está a ser muito negligenciada agora”, disse Trump.

A China anuncia no início de abril que vai reduzir “de forma moderada” o número de filmes dos Estados Unidos exibidos oficialmente em território chinês, como uma das respostas às tarifas impostas pelos Estados Unidos.

Como Pequim utiliza um sistema de quotas para limitar o número de filmes estrangeiros exibidos oficialmente nas salas de cinema, uma redução do acesso a este mercado, o segundo maior do mundo a seguir aos Estados Unidos para o cinema, pode afetar as receitas dos estúdios de Hollywood.

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Trump admite nova extensão de prazo para venda do TikTok

Em entrevista ao programa ‘Meet the Press with Kristen Welker’, Donald Trump revela que está aberto à possibilidade de conceder um terceiro adiamento, caso o acordo não seja fechado até 19 de junho

O futuro do TikTok nos Estados Unidos continua envolto em incerteza. Depois de adiar, por duas vezes, o prazo para a chinesa ByteDance alienar os ativos norte-americanos do TikTok, Donald Trump revela que está aberto à possibilidade de conceder um terceiro adiamento, caso o acordo não seja fechado até 19 de junho.

Durante uma entrevista ao programa ‘Meet the Press with Kristen Welker’, da NBC News, Donald Trump mostra-se disposto a conceder uma nova extensão à empresa para que a plataforma de vídeos curtos, utilizada por 170 milhões de norte-americanos, continue ativa no país.

“Eu gostaria de ver isso feito”, afirma o presidente dos Estados Unidos, assumindo nutrir “um certo carinho” pela rede social, até porque reconhece que esta o ajudou a conquistar eleitores mais jovens nas presidenciais de 2024. “O TikTok é muito interessante, mas será protegido”, conclui.

Segundo os media americanos, a corrida para adquirir a aplicação está a ser liderada pela Amazon, Oracle e pelo fundador da OnlyFans, Tim Stokely.

A continuidade das operações do TikTok nos Estados Unidos depende, assim, da concretização de um acordo de venda que satisfaça as exigências da legislação americana, nomeadamente a transferência do controlo para as entidades norte-americanas. A declaração de Trump sugere flexibilidade quanto ao prazo, mas a necessidade de encontrar uma solução definitiva permanece.

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Francisco Faria revela que em Madrid há mais trabalho e concorrência, o que gera também mais pressão e síndrome do impostor FOTO MARJORIE LE GALL
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“Sinto-me perdido quando tenho um trabalho e a criatividade não aparece”

Apesar de trabalhar como modelo e ator, é na criação de conteúdos para redes sociais que está o foco de Francisco Faria (na foto), que muda-se para Madrid para estar num ponto central na Europa, revela na rubrica do M&P De Portugal Para o Mundo

Catarina Nunes

A solidificar a carreira como criador de conteúdos digitais para marcas de luxo, Francisco Faria encontra em Madrid a base ideal para se instalar, por estar a uma hora de Portugal e de outros países onde trabalha, também como modelo.

O vencedor do concurso Model Tour 2013 tem no portefólio desfiles para a Dolce&Gabbana, na ModaLisboa e no Portugal Fashion, de par com editoriais, ‘lookbooks’ e campanhas publicitárias para marcas como Dsquared2, Barbour, Farfetch e Browns Fashion, entre outras.
Em 2024 estreia-se no cinema como ator, no filme ‘Chuva de Verão’, realizado por António Mantas Moura.

É com perfecionismo que agarra as oportunidades que a vida lhe dá e que o levam a ser também o fundador de duas marcas: a Blue Avenue (calções de banho para homem) e a Hurricane Lab (chapéus de ‘cowboy’ feitos em Portugal), que está à venda em cerca de 20 lojas a nível mundial.

Com 154 mil seguidores no Instagram e 240,7 mil seguidores no Tik Tok, Francisco Faria cria conteúdos para marcas de luxo FOTO ORLANDO GONÇALVES

Na rubrica De Portugal Para o Mundo, dedicada a profissionais expatriados, Francisco Faria revela que em Madrid há mais trabalho e concorrência, o que gera também mais pressão e síndrome do impostor. “Muitas vezes sinto-me perdido quando tenho um trabalho e a criatividade, simplesmente, não aparece no momento em que preciso”, explica, acrescentando que “no fim, dá sempre certo”.
Com 154 mil seguidores no Instagram e 240,7 mil seguidores no TikTok, diz que “hoje em dia é muito difícil crescer nas redes sociais”.

Trabalhar fora de Portugal é uma ambição concretizada ou há alguma circunstância que determina a saída?
Sempre tive um pé dentro e outro pé fora do país: nos últimos anos estive a viajar todas as semanas, maioritariamente para Milão, Paris ou Madrid, e surgiu a necessidade de me mudar para um ponto mais central na Europa. Madrid é perfeita para isso. Estou a uma hora de voo de Portugal e de outros mercados onde trabalho.
Além disso, sou muito feliz em Madrid e esta mudança está a fazer todo o sentido. Primeiramente, porque tenho a sorte de ter grandes
amigos cá, que me fazem sentir em casa. A cidade é muito confortável e a cultura é parecida com a nossa, não estranho nada e, profissionalmente, há mais oportunidades na minha área. É uma mudança leve, muito normal.

Quais são as diferenças entre trabalhar em Lisboa e em Madrid?
Em Madrid há mais oportunidades, o mercado é maior. Há mais concorrência também, mas sinto que há espaço para todos. Trabalho nesta área há uns anos e em Lisboa, na área da moda principalmente, não havia muito mais que pudesse conquistar.

Quais são os projetos mais recentes que tem entre mãos?
Divido-me em projetos distintos, mas todos interligados. Tenho duas marcas, das quais orgulho-me muito, a Hurricane, que é uma marca de chapéus feitos à mão em Portugal, com lã natural e biodegradável. E a Blue Avenue, com fatos de banho para homem, também fabricados em Portugal. Enquanto ‘talent’, trabalho como modelo, ator e criador de conteúdos digitais, sendo que as redes sociais são neste momento o meu maior foco, pelo retorno e experiências que me têm trazido.

A trabalhar a partir de Madrid, quais são as mais-valias e os obstáculos de ser português?
Em comparação com outras pessoas que também vêm de fora para Madrid, o ser português aproxima-me mais das pessoas, quer pela cultura como pela língua. Falamos alto como os espanhóis – temos a mesma energia – e mais facilmente entendemos e falamos espanhol do que alguém do Norte da Europa, por exemplo. Senti-me sempre muito bem recebido.

Quais são os desafios, enquanto criador de conteúdos digitais num mercado muito maior do que Portugal?
O facto de haver mais trabalho, concorrência e fluxo gera também mais pressão. Às vezes tenho síndrome do impostor e sinto que o grau de exigência nos conteúdos subiu muito. Muitas vezes sinto-me perdido quando tenho um trabalho e a criatividade simplesmente não aparece, no momento em que preciso. Sou um perfeccionista e tento fazer sempre o mais premium possível, o que nem sempre ajuda. Mas a verdade é que, no fim, dá sempre certo.

As redes sociais são o maior foco de Francisco Faria, pelo retorno e experiências que lhe têm trazido FOTO RENATA LESSA

Qual é o momento que o mercado espanhol atravessa, em termos da procura de marcas internacionais?
Madrid neste momento é um ‘hot spot’ na Europa. Está muito ‘trendy’ e nos últimos anos cresceu muito. Creio que com as complicações que houve em Barcelona, as coisas começaram a acontecer mais aqui. As empresas investiram mais em Madrid e estão a abrir constantemente novos restaurantes, hotéis e ‘cool spots’ como o Soho House.

É um fenómeno semelhante a Lisboa. Quando saio à rua, vejo sempre algo novo, seja uma ‘coffee shop’, uma galeria de arte ou uma loja, o que é refrescante e um reflexo do crescimento da cidade. As marcas internacionais também sentem este movimento aqui, por isso há mais investimento, eventos e ativações todas as semanas, mais até do que em Milão, por exemplo.

Como é que está a evoluir o número de seguidores e de interações que tem nas redes sociais?
Hoje em dia é muito difícil crescer nas redes sociais, mas felizmente os meus números estão a aumentar de forma orgânica e esta mudança ajuda muito.

Madrid funciona também como rampa de lançamento enquanto ator, depois da estreia no cinema em 2024, com o filme ‘Chuva de Verão’?
Acredito que sim, se houver oportunidade para isso. Tenho tido aulas, de representação e de sotaque, e em fevereiro comecei a ter aulas de espanhol. Preciso de evoluir mais, para poder ter projetos de representação em Espanha, mas estou a trabalhar para isso.

Qual é a experiência profissional em Madrid mais marcante, negativa ou positiva?
Estando neste mercado há mais de dez anos consigo tirar sempre alguma coisa de positivo das experiências que acontecem, seja a nível profissional ou até pessoal. Se dermos tempo e – como se costuma dizer – virmos a situação de fora, conseguimos sempre tirar uma aprendizagem. ‘In the end, this is all about the people’. Fora isso, há coisas positivas e negativas em ambos os mercados, há sempre o outro lado da moeda.

Os aspetos positivos e negativos em Espanha e Portugal são os mesmos?
O mercado espanhol é maior, por isso tem a seu favor uma quantidade de atrativos como os orçamentos, a internacionalização e uma economia que ecoa mais, mas a concorrência é enorme.
Em Portugal, sendo mais pequeno, ficamos um pouco mais condicionados, mas reconheço um potencial gigante, nomeadamente em termos de manufatura. A minha marca de chapéus, a Hurricane Lab, por exemplo, é feita 100% em Portugal, pois os nossos materiais são dos melhores. Os outros países reconhecem essa qualidade e já não somos um país tão desconhecido como podemos achar.

Pensa regressar a Portugal?
Sim, o bom filho a casa regressa. Amo Portugal, é o melhor país do mundo, e sou muito ligado à família e aos amigos. Mas neste momento faz mais sentido, profissionalmente e estrategicamente, estar por cá, porque estou focado na minha carreira.
Tenho de aproveitar as oportunidades que a vida me está a dar e voar. Quem sabe se essas oportunidades não irão passar por Portugal. Se surgir um projeto, não descarto a ideia de voltar.

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Grupo Rodilla adquire 100% da A Padaria Portuguesa

“O grupo Rodilla irá implementar um plano de crescimento para a cadeia portuguesa, com o objetivo de reforçar o seu caráter português e impulsionar a sua expansão internacional”, refere o comunicado sobre a aquisição, que marca a estreia em Portugal do grupo espanhol

O grupo de restauração espanhol Rodilla é o novo dono de 100% do capital da cadeia A Padaria Portuguesa, que tem 84 lojas e duas fábricas, avança o comunicado enviado à Lusa e citado na imprensa nacional.

Este negócio, que ainda está sujeito à aprovação da Autoridade da Concorrência (AdC), marca a estreia em Portugal do grupo espanhol, que inicia a internacionalização em 2019, com a entrada em Miami.

“O grupo Rodilla irá implementar um plano de crescimento para a cadeia portuguesa, com o objetivo de reforçar o seu caráter português e impulsionar a sua expansão internacional”, refere o comunicado que anuncia o negócio e a entrada em Portugal do grupo espanhol, que tem cerca de 300 pontos de venda com as marcas Rodilla, Hamburguesa Nostra, Vaca Nostra, Café de Indias e Jamaica.

Depois da aprovação da AdC, o grupo pretende concentrar-se em assegurar um período de transição cuidado, mantendo o foco na gestão das equipas e nas operações diárias da empresa. O grupo Rodilla é criado em 1939, quando Antonio Rodilla abre uma confeitaria em Madrid. Desde 2015, é detido a 100% pelo grupo cervejeiro Damm, que tem a marca Estrella Damm.

A cadeia de pastelarias A Padaria Portuguesa é fundada há 15 anos por Nuno Carvalho, emprega cerca de mil trabalhadores e conta com 84 lojas na Grande Lisboa e no Grande Porto e duas fábricas, em Lisboa e no Porto.

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Dio Rods destaca-se pelos vídeos sobre o jogo Minecraft; Pedro Timóteo foca-se no universo dos videojogos de futebol; e Wuant publica vídeos com tom humorístico, vlogs e situações do quotidiano FOTO DR
Digital

Dio Rods é o ‘gamer’ nacional com mais interações no Instagram

Pedro Timóteo ocupa a segunda posição, com 31,2 mil interações por vídeo publicado, cerca de um quarto do ‘engagement’ do líder do ranking da Snack Content Portugal, Dio Rods

Catarina Nunes

Dio Rods, criador de conteúdos com tutoriais de construção no Minecraft (na foto, à esq.), é o jogador nacional de videojogos com mais ‘engagement’ no Instagram, com quatro vezes mais interações (129 mil) por ‘reel’ do que o segundo classificado no ranking da Snack Content Portugal.

Com 32,1 mil seguidores no Instagram, Dio Rods (@dio.rods) destaca-se na comunidade digital não só pelos vídeos sobre o jogo Minecraft mas pelas transmissões que faz ao vivo enquanto joga, as partilhas do seu dia a dia e as interações com outros influenciadores.

“Esta mistura de entretenimento com autenticidade faz com que os seguidores se sintam mais próximos, se interessem pelos temas partilhados e interajam bastante”, diz Inês Ramada Curto, codiretora executiva e sócia da Snack Content Portugal, estúdio especializado na criação de vídeo social e de linhas editoriais para marcas nas redes sociais.

A análise, elaborada em exclusivo para o M&P, é feita a partir do programa de dados Tubular para o Instagram, no período entre 1 de janeiro e 7 de abril, considerando a média do somatório de gostos, comentários e partilhas por publicação no formato ‘reels’, de ‘gamers’ nacionais.

De salientar que o Instagram tem vindo a evoluir para uma montra digital, em que os ‘gamers’ partilham os ‘gameplays’, onde aparecem a jogar videojogos, em emissões gravadas ou em direto.

No ranking da Snack Content, Pedro Timóteo (na foto, ao centro) ocupa a segunda posição, com 31,2 mil interações por vídeo publicado, cerca de um quarto do ‘engagement’ do líder da tabela e apesar de ter mais 17 mil seguidores do que Dio Rods, num total de 49,2 mil. Focado no universo dos vídeojogos de futebol, como o FIFA e o PES, Pedro Timóteo (@pedrotim23) é um dos ‘streamers’ mais reconhecidos da comunidade ‘gamer’ em Portugal.

O também embaixador da Adidas “tem uma habilidade natural para criar conteúdo envolvente e interativo no Instagram onde faz transmissões de jogos, dá dicas e conversa com os fãs. Pela consistência e pelo alto nível de capacidade de gerar interações com a sua comunidade tem mantido uma base fiel de seguidores no Instagram”, destaca Inês Ramada Curto.

Começar no YouTube e expandir-se no Instagram

O top 3 da tabela é fechado com Wuant (na foto, à dir.), que começa por ser um dos primeiros ‘gamers’ com mais notoriedade em Portugal, enquanto jogador no YouTube, mas que nos útimos anos tem-se expandido no Instagram.

Com 21,4 mil Interações e 891 mil seguidores no Instagram, Wuant (@wuant) comunica não só os jogos, mas também publica vídeos com um tom humorístico, vlogs e situações do quotidiano.

“Um dos vídeos onde partilha uma simples ida ao ginásio é um dos conteúdos com maior destaque no seu perfil. Esta mistura de entretenimento com ‘lifestyle’ faz com que consiga atrair uma audiência jovem, com a qual dialoga bastante”, explica a codiretora executiva da Snack Content Portugal, que destaca “o número médio de interações por ‘post’ muito robusto e mesmo com uma base de seguidores menos focados em ‘gaming’, consegue gerar uma conexão sólida com a audiência, mantendo a relevância na plataforma”.

Inês Ramada Curto argumenta que, nos últimos anos, o panorama dos jogos digitais em Portugal passa por uma revolução, não só no consumo, mas também na forma como os jogadores se conectam com os seguidores.

“O Instagram tornou-se num dos principais pontos de encontro para esse público, onde as comunidades partilham dicas, novos jogos, eventos, tiram dúvidas e interagem bastante, gerando conversas que conferem cada vez mais tempo passado nesta plataforma. Os ‘gamers’ nacionais estão a saber adaptar-se a esta plataforma e não só mostram as suas habilidades em jogos, mas também partilham o dia a dia, pensamentos e vida pessoal”, argumenta.

RicFazeres (@ricfazeres) é um dos mais antigos ‘gamers’ em Portugal e ocupa o quarto lugar, com 7,6 mil Interações por ‘reel’. O vencedor do All Star Challenge – FPF UFL Challenge powered by Cristiano Ronaldo, campeonato virtual de futebol, joga há cerca de 30 anos e tem 476 mil seguidores no Instagram.

“Publica vídeos nos mais diversos formatos, mas é principalmente nos cortes de jogos que se destaca”, salienta Inês Ramada Curto.

Capacidade de gerar conversas e interações

Tiagovski (@tiagovski555), por seu lado, soma 558 mil seguidores e 5,9 mil interações por vídeo, encerrando o ranking da Snack Content dos cinco ‘gamers’ nacionais com mais interações no formato ‘reels’.

“Publica, como quase todos os outros ‘gamers’, situações do dia a dia, ‘posts’ com memes e vídeos onde faz publicações de conteúdo publicitário”, diz a codiretora executiva da Snack Content Portugal, referindo-se ao ‘gamer’ que começa há 13 anos com um canal de YouTube, como jogador de Minecraft.

Inês Ramada Curto considera que os ‘gamers’ do top 5 se destacam “não só pelo notório talento e perícia para jogar jogos online, mas pela capacidade de gerar conversas e interações, fazendo exatamente o que estas plataformas tanto ambicionam: aumentar o tempo de retenção dos utilizadores na plataforma”.

Para a codiretora executiva de Snack Content Portugal, “o mundo dos ‘gamers’ no Instagram tem evoluído de forma impressionante nos últimos anos, e transformou-se num espaço onde os jogadores não mostram apenas as suas habilidades a jogar, mas também onde comunicam e se relacionam com os seguidores de forma mais pessoal e autêntica”.

Este novo paradigma no universo do ‘gaming’ reflete a crescente importância da construção de uma comunidade online sólida, onde as interações vão muito além dos temas publicados, e são basicamente sustentadas pela proximidade e criação de debates. As plataformas de redes sociais são, cada vez mais, sobre a criação de conteúdos envolventes e estratégicos.

“Apesar de cada um destes perfis de Instagram ter a sua linguagem, originalidade e autenticidade todos eles têm uma característica comum e fundamental: a capacidade de gerar conexões reais com os públicos. Tão importante como publicar vídeos sobre o tema que os caracteriza é jogar o jogo da plataforma e criar um impacto significativo, gerando conversas”, remata Inês Ramada Curto.

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Doja Cat dá a cara pela Marc Jacobs

A marca norte-americana, subsidiária da Moët Hennessy Louis Vuitton (LVMH), aposta na rapper e compositora californiana para promover a coleção de pré-outono de 2025

Doja Cat (na foto) é a escolha da Marc Jacobs para promover a coleção de pré-outono de 2025 da marca norte-americana, subsidiária da Moët Hennessy Louis Vuitton (LVMH). A rapper e compositora californiana, que tem 25,4 milhões de seguidores no TikTok, 24,6 milhões no Instagram e 4,8 milhões no Facebook, protagoniza a campanha que divulga a nova linha.

“Esta campanha, que realça a importância de viver a vida com os melhores looks, não poderia ser um palco mais perfeito para apresentar as minhas novas músicas, com o glamour retro a encontrar um pouco de alma”, realça Doja Cat, citada em comunicado de imprensa.

Fotografada por Stef Mitchell, com estilismo de Sydney Rose Thomas e direção criativa de Christian Breslauer, a campanha captura o espírito do verão no espaço urbano, com um estaleiro de obras a tornar-se no local perfeito para aproveitar o sol e o banco de uma paragem de autocarro a revelar-se a melhor alternativa ao cadeirão de relaxamento de um spa.

O novo single da cantora, ‘Jealous Type’, integra a banda sonora do filme publicitário, que já está a ser divulgado em meios digitais e redes sociais. A coleção de pré-outono 2025 da Marc Jacobs já está disponível nas lojas da marca, online e em espaços comerciais selecionados. Em Portugal, o El Corte Inglés é uma das superfícies comerciais que comercializa as novas peças.

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APR exige retoma de programa de aquisição de geradores para rádios locais

A Associação Portuguesa de Radiodifusão revela que a esmagadora maioria das rádios de proximidade não conseguiu manter emissão ativa durante o apagão, por não dispor de sistemas de alimentação autónoma

A Associação Portuguesa de Radiodifusão (APR) exige que o Estado português retome, com caráter de urgência, o programa de apoio à aquisição de geradores para as rádios locais, garantindo que “nenhum cidadão volta a ser deixado no silêncio informativo em contextos de catástrofe ou falência dos sistemas digitais”, defende a APR em comunicado de imprensa.

A APR apela à ação imediata do Governo e à mobilização da Assembleia da República para que esta medida, há muito identificada como necessária, seja concretizada. “A segurança e a coesão da população começam na capacidade de comunicar e é responsabilidade do Estado garantir que essa capacidade existe, independentemente das circunstâncias”, argumenta a associação em comunicado.

O apelo da da APR surge na sequência do apagão a 28 de abril, que demonstrou a importância da rádio em situações de emergência nacional e uma vulnerabilidade: “a esmagadora maioria das rádios de proximidade, não conseguiu manter a sua emissão ativa, por não dispor de sistemas de alimentação autónoma”, revela a associação.

“Apenas as grandes rádios nacionais, equipadas com geradores, conseguiram garantir o serviço público de informação que se exige nestes momentos críticos. As rádios locais, por falta de meios técnicos adequados, foram forçadas ao silêncio e, com elas, milhares de cidadãos, particularmente em regiões do interior e em zonas menos cobertas pelos meios nacionais, ficaram privados de orientação e esclarecimento”, denuncia a APR.

Esta realidade, no entanto, poderia ter sido evitada, segundo a associação de rádios. “Em 1999, o Estado português iniciou, em conjunto com a Associação de Portuguesa de Radiodifusão (APR), um programa com o objetivo de comparticipar a aquisição de geradores para as rádios locais, reconhecendo o seu papel estratégico no sistema de proteção civil. No entanto, esse processo foi interrompido no ano 2000 e nunca chegou a ser retomado, apesar das insistências da APR. Os últimos contatos com o Governo sobre estas matérias decorreram no final de 2022, com a secretaria de Estado da Proteção Civil, mas, apesar de ter sido esboçado em novo protocolo, infelizmente, acabou por não ter sido fechado”, recorda a associação.

“A situação vivida segunda-feira vem demonstrar, de forma inequívoca, a urgência em corrigir esta falha. A Lei de Bases da Proteção Civil é clara ao estabelecer que a atividade de proteção civil se exerce também através da informação e formação das populações, promovendo a sua sensibilização para a autoproteção e para a colaboração com as autoridades”, conclui a APR.

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João Maia Abreu assume direção executiva da SPi

“Quero contribuir para o sucesso, ajudar nas conquistas e preparar o futuro da internacionalização da SPi”, declara João Maia Abreu, que assume o novo cargo na produtora da SPTV, dedicada a projetos internacionais em streaming

João Maia Abreu junta-se ao grupo SPTV para assumir o cargo de diretor executivo de negócios e coproduções da SPi. “É com grande entusiasmo que me junto à família SP, a maior produtora independente de ficção em Portugal. Quero contribuir para o sucesso, ajudar nas conquistas e preparar o futuro da internacionalização da SPi”, declara João Maia Abreu, citado em comunicado de imprensa.

Licenciado em direito e com cerca de 25 anos de experiência na área dos media, João Maia Abreu tem um percurso enquanto jornalista e diretor de informação, bem como na área de negócio, com a criação e direção de canais de televisão. Esteve também envolvido em negócios e parcerias internacionais, com destaque para o lançamento de projetos em mercados internacionais.

“Acreditamos que a sua vasta experiência em contextos internacionais virá, certamente, promover e dinamizar a abertura de novos horizontes à produção nacional, acrescentando valor ao propósito da SPi”, refere o comunicado do grupo SPTV. A SPi é uma produtora independente do grupo SPTV, vocacionada para o desenvolvimento de projetos internacionais, nomeadamente em produções com e para plataformas de streaming.

A SPi é responsável pela primeira série original portuguesa da Netflix, Glória, estreada em 2021. No catálogo da HBO Max, em Portugal e Espanha, tem também disponíveis as duas temporadas de Auga Seca, coproduzida pela SPi e pela Portocabo.

Em 2024, produziu a série documental Senhor Presidente – O Campeonato de Uma Vida, de três episódios, que retrata a vida de Jorge Nuno Pinto da Costa, presidente do Futebol Clube do Porto. Em pós-produção, encontram-se os projetos Cold Haven, em coprodução com a produtora islandesa Glassriver, e Algodão a Frio, ambos para serem exibidos na RTP.

Desde 2017, a SPi desenvolve séries de ficção, documentários e outros conteúdos em modelo de coprodução. Em 2022, a SPi coproduziu a série baseada no ‘bestseller’ do jornalista José Rodrigues dos Santos, CODEX 632, com a RTP e a Globoplay, e a Motel Valkirias, em coprodução com a CTV.

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Hub Media reforça portefólio com quatro novas contas

“Estas novas colaborações refletem a confiança do mercado na nossa abordagem estratégica, criativa e orientada a resultados”, afirma Vanda Rosário, diretora executiva da agência de comunicação integrada

A Hub Media, agência especializada em comunicação integrada, anuncia a entrada de quatro novas contas no seu portfólio: IQVIA, Eurofred, e os projetos King Colis e MoneyLab Summit.

A parceria com a IQVIA, líder global em análise de dados e soluções tecnológicas para o setor da saúde, tem como objetivo reforçar a presença em território nacional, ao passo que a Eurofred, empresa especializada em soluções de climatização e eficiência energética, entrega à Hub Media a comunicação institucional e digital em Portugal.

Já a King Colis, ‘start-up’ francesa que recupera encomendas perdidas de comércio eletrónico, vendendo-as ao peso a preços competitivos, visa desenvolver uma estratégia de marca e visibilidade orientada para um crescimento sustentado.

Por último, o MoneyLab Summit, evento europeu dedicado à literacia financeira e inovação no setor financeiro, que terá lugar no dia 24 de maio no MEO Arena, será dinamizado pela Hub Media em termos de posicionamento, divulgação e cobertura mediática.

“Estas novas colaborações refletem a confiança do mercado na nossa abordagem estratégica, criativa e orientada a resultados. Estamos entusiasmados com os desafios que cada um destes clientes nos traz e preparados para contribuir ativamente para o seu crescimento e notoriedade”, afirma Vanda Rosário, diretora executiva da Hub Media.

Com estas novas parcerias, a Hub Media reforça o compromisso em criar impacto através de soluções de comunicação integradas e personalizadas.

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Nuno Markl é a personalidade nacional que gera mais empatia

O autor do formato ‘O Homem Que Mordeu o Cão’ (na foto) obtém um valor médio de 7.29, no estudo Figuras Públicas e Digital Influencers 2025 da Marktest. Cristiano Ronaldo ocupa o quarto lugar, na mesma posição de César Mourão

Os humoristas e os apresentadores de formatos de entretenimento dominam o top 5 de personalidades pelas quais os portugueses nutrem mais empatia, com Nuno Markl na liderança, seguido por Ricardo Araújo Pereira e Vasco Palmeirim. Fora do entretenimento, Cristiano Ronaldo ocupa o quarto lugar no estudo Figuras Públicas e Digital Influencers 2025 da Marktest, a mesma posição de César Mourão.

Entre as 150 personalidades sugeridas nesta edição do estudo, o apresentador e humorista Nuno Markl é quem obtém um maior índice de empatia e identificação junto dos inquiridos. Numa escala de um (não se identifica) até dez (identifica-se muito), o autor do formato ‘O Homem Que Mordeu o Cão’ obtém um valor médio de 7.29.

Na segunda posição, bastante perto de Markl, surge o humorista Ricardo Araújo Pereira com um valor médio de 7.28. O radialista e apresentador de televisão Vasco Palmeirim ocupa o terceiro posto, com 6.95. O top 5 fica completo com o humorista, ator e apresentador de televisão César Mourão e o futebolista internacional Cristiano Ronaldo, que ocupam os dois a quarta posição, com um valor médio de 6.81.

O estudo da Marktest abrange também as figuras públicas preferidas dos portugueses, em áreas como desporto, música, cinema, televisão, moda, humor ou redes sociais. Nestes parâmetros, as respostas dos inquiridos fizeram sobressair Cristiano Ronaldo na área do desporto, com 58,3% das menções, Ricardo Araújo Pereira no humor (27,5%), a estilista Fátima Lopes na moda (26,2%), Manuel Luís Goucha nos apresentadores de televisão (18,7%) e Ana Garcia Martins (A Pipoca Mais Doce) nas redes sociais (11,5%).

Os objetivos principais do estudo Figuras Públicas e Digital Influencers são conhecer a imagem que os portugueses têm das figuras públicas e influenciadores nacionais, a opinião acerca das principais características destas personalidades e a sua associação à publicidade.

Na aferição da opinião dos portugueses, é realizado um estudo de opinião junto de portugueses com 15/64 anos, residentes em Portugal Continental. A amostra é constituída por 1202 entrevistas, representativa da população portuguesa, considerando género, idade e região, e recolha online através de um questionário de auto-preenchimento, entre 11 e 25 de fevereiro de 2025.

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