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Luís Lobato Almeida é o novo diretor de marca do Pingo Doce

O anúncio foi feito pelo próprio Luís Lobato Almeida no LinkedIn, onde revelou que é o novo diretor de marca do Pingo Doce, reportando a Maria João Coelho, diretora de […]

Sónia Ramalho
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Luís Lobato Almeida é o novo diretor de marca do Pingo Doce

O anúncio foi feito pelo próprio Luís Lobato Almeida no LinkedIn, onde revelou que é o novo diretor de marca do Pingo Doce, reportando a Maria João Coelho, diretora de […]

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O anúncio foi feito pelo próprio Luís Lobato Almeida no LinkedIn, onde revelou que é o novo diretor de marca do Pingo Doce, reportando a Maria João Coelho, diretora de marketing. A revelação surge após a marca ter lançado a nova campanha de Natal, que recupera o o jingle ‘Quem Trouxe’.

Este é um novo desafio profissional para Luís Lobato Almeida, que tinha assumido recentemente a direção de marketing do Intermarché. Recorde-se que, em março de 2022, o profissional tinha assumido a liderança de marketing do Lidl, cargo deixado vago com a saída de Filipa Appleton para a Galp, e cujas funções manteve até dezembro de 2022.

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Formado em Comunicação Empresarial (ISCEM) e pós-graduado em Gestão pelo ISEG, Luís Lobato Almeida passou pela Ogilvy como account executive e pela BBDO como account director. Transitou para a Fundação EDP, onde desempenhou funções de marketing e comunicação. Em 2016 entrou para o Lidl, tendo a pasta da estratégia de marca e de publicidade.

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AMD aprova novo código de conduta

“Este documento é uma ferramenta vital para garantir a confiança do consumidor, a equidade no mercado e a valorização da nossa atividade”, refere André Novais de Paula, presidente da direção da AMD (na foto)

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A Associação Portuguesa de Marketing Directo e Digital (AMD) aprova o novo código de conduta, que tem como objetivo reforçar o compromisso das empresas com a ética e responsabilidade legal no setor do marketing direto e digital, numa altura em que a utilização de dados pessoais e de marketing personalizado colocam desafios à privacidade e à confiança do consumidor.

“Num contexto de rápida evolução tecnológica e regulamentar, o novo código de conduta assume-se como um instrumento de referência para todas as empresas que desenvolvem atividade neste setor, independentemente da sua dimensão ou setor de atuação”, refere a AMD em comunicado.

O documento, obrigatório para todos os associados da AMD, foi revisto para responder aos desafios do setor, em especial nas áreas de proteção de dados e privacidade; do marketing digital e programático, com enfoque em práticas transparentes e não intrusivas; do comércio electrónico, assegurando a defesa do consumidor e a equidade nas transações, assim como da inteligência artificial, regulando a sua utilização ética na criação de perfis, automação e personalização de comunicações comerciais.

“O novo código de conduta é o culminar de um extenso trabalho de análise e reflexão. Representa o compromisso com um marketing mais ético, responsável e adaptado aos desafios tecnológicos e regulatórios que se colocam às empresas e aos profissionais. Este documento é uma ferramenta vital para garantir a confiança do consumidor, a equidade no mercado e a valorização da nossa atividade como motor da economia portuguesa”, refere André Novais de Paula, presidente da direção da AMD.

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Mafalda Castro é a cara da nova gama Matinal Livre

A campanha, presente em televisão, digital, exterior e ponto de venda, foi desenvolvida pela agência McCann, com a gestão de meios da Mindshare e a assessoria de imprensa da Burson

Mafalda Castro dá voz ao novo posicionamento de Matinal Livre. A comunicação arranca esta segunda-feira, dia 26 de maio, e vai prolongar-se por três semanas, permitindo uma presença da marca em diferentes canais como televisão, digital, exterior e ponto de venda.

A campanha foi desenvolvida pela agência McCann, com a gestão de meios da Mindshare e a assessoria de imprensa da Burson.

Com esta parceria, a marca tem como objetivo reforçar os valores que estão na sua génese: o equilíbrio, a leveza e o autocuidado. “A Mafalda personifica um estilo de vida moderno e consciente, tornando-se uma escolha natural para representar a gama Matinal Livre e estabelecer ligações com audiências diversas, pela sua notoriedade e presença em projetos e canais distintos”, explica a gestora da marca Matinal, Catarina Cruz, citada em comunicado.

Com esta colaboração, a marca pretende estreitar a relação com os consumidores e reforçar o reconhecimento da gama Matinal Livre.
“Queremos inspirar novos públicos a estarem atentos para cuidar de si, criando uma ligação emocional com a marca e personificando a relevância da nossa proposta de valor”, conclui a gestora de marca.

Para Mafalda Castro, a marca é uma extensão do seu próprio estilo de vida: “Começar por mim e fazer escolhas que me fazem sentir bem é o que procuro no meu dia a dia, e a Matinal encaixa na perfeição na minha rotina: ajuda-me a sentir equilibrada e cheia
de energia”.

 

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Fraude publicitária cresce 19% em 2024

As campanhas oportunistas duplicaram no espaço de um ano, revela o estudo internacional do Integral Ad Science revela. Além de aumentarem em mobile e desktop, a ilegalidade está a chegar à televisão conectada

À primeira vista têm a aparência de anúncios insuspeitos, mas são, afinal, campanhas oportunistas para obter dados pessoais dos consumidores, promover negócios ilícitos ou induzir em erro os potenciais compradores.

Segundo o estudo internacional ‘Media Quality Report (MQR)’, realizado pela empresa Integral Ad Science (IAS), a fraude publicitária está a aumentar. Em 2024, cresceu 19%. Em 2023, o aumento tinha sido de 10,9%.

A ilegalidade afeta um sétimo do investimento global, que a plataforma Statista estima em 791,6 mil milhões de dólares (€697,6 mil milhões). “A publicidade fraudulenta teve um impacto que estimamos em 100 mil milhões de dólares (€88,1 mil milhões) em 2024. Além de contribuir para uma diminuição da eficácia dos anúncios, torna a divulgação das campanhas que não estão protegidas contra as fraudes cada vez mais vulnerável”, alerta o estudo.

De acordo com o IAS, que em 2024 duplicou o número de anúncios monitorizados (de 2,2% para 4%), as campanhas não otimizadas para combater a fraude publicitária aumentaram 81%. Na região Ásia-Pacífico (APAC), só 6,8% dos anúncios estão formatados para prevenir o problema. Na região EMEA, que abrange Europa, Médio Oriente e África, a percentagem ronda os 4,2%. No continente americano, desce para os 3,6%.

“As campanhas otimizadas mantiveram-se seguras contra os burlões, mesmo perante o aumento dos riscos de fraude detetados. As taxas globais de fraude publicitária para campanhas executadas com recurso a ferramentas de proteção contra fraudes desceu 9,8% em termos homólogos, para uma taxa estável de 0,7% ao longo de 2024”, informa o IAS, salientando que “as violações detetadas em campanhas não otimizadas chegam a ser 15 vezes superiores às que menosprezaram essa proteção”.

Visualização de conteúdos de vídeo em desktop cresce 5,4%

O estudo do IAS revela também que a visualização de conteúdos de vídeo, um dos formatos mais usados nas fraudes publicitárias, aumentou em 2024, em mobile, em desktop e em televisão conectada, onde também já começam a ser detetados casos de fraude publicitária. “A visualização em ecrã de computador tradicional cresce 5,4% face ao ano anterior, atingindo uma taxa de 83,9% em 2024. No telemóvel, a evolução é mais moderada, não vai além dos 2,4%”, informa o relatório.

O aumento do consumo de conteúdos de vídeo, alavancado pelo crescimento das redes sociais, está a obrigar os anunciantes a reverem as estratégias publicitárias. Segundo o estudo, só nos Estados Unidos, o investimento em anúncios em vídeo deverá aumentar 55% até 2028.

“Os anunciantes precisam de proteger as suas marcas. Colocarem as campanhas em locais de risco ou junto a temas que possam ser considerados ofensivos pode ser prejudicial para a sua reputação e para os seus resultados. 68% dos consumidores dizem que é inapropriado as marcas anunciarem ao lado de discursos de ódio e de conteúdos agressivos”, refere o relatório.

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EDC volta a comunicar UrbanGlide

A nova estratégia de comunicação pretende reforçar a presença digital da marca de mobilidade urbana, através de ações focadas nos media de ‘lifestyle’ e tecnologia e de um novo alinhamento nas redes sociais

A UrbanGlide (na foto) volta a entregar a comunicação estratégica à EDC. Para além de definir a nova estratégia de comunicação da marca, a agência é responsável pelas relações públicas e pela gestão das redes sociais da empresa mobilidade elétrica urbana, em Portugal.

“Receber novamente a UrbanGlide é um orgulho e uma oportunidade de mostrar o que conseguimos fazer com marcas que desafiam o ‘status quo’. Vamos trabalhar para aproximar a marca dos portugueses e reforçar a sua posição como referência de inovação, estilo e sustentabilidade”, refere João Trigo, diretor executivo da EDC, citado em comunicado de imprensa.

A nova estratégia de comunicação, definida dois anos após a primeira colaboração com a agência, pretende reforçar a presença digital da marca, através de ações de relações públicas focadas nos media de ‘lifestyle’ e de tecnologia, que serão amplificadas com um novo alinhamento de divulgação nas redes sociais.

“Queremos estar mais próximos dos consumidores, comunicar com autenticidade e dinamismo, e acreditamos que a EDC é o parceiro certo para essa missão, porque já conhece a marca, os nossos valores e o público a que nos dirigimos, o que faz toda a diferença”, salienta Carlos Luís, gestor nacional da UrbanGlide, citado no documento.

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M80 celebra 18 anos com imagem renovada

A rádio do grupo Bauer Media aposta num rebranding, acompanhado por uma campanha com criatividade da DJ que marca presença em televisão, rádio, outdoor, digital e redes sociais

A M80 assinala os 18 anos com um rebranding, desenvolvido pela agência DJ, que tem como ambição “reforçar o papel da estação como marca emocional, transversal a várias gerações, e cada vez mais presente na vida dos ouvintes – dentro e fora da rádio”, refere o comunicado de imprensa.

A nova campanha de comunicação arranca esta segunda-feira com presença em TV, rádio, outdoor, digital e redes sociais. Para João Pacheco, diretor criativo da DJ, o objetivo é garantir que a marca continua a evoluir num cenário cada vez mais digital, ” onde as estações de rádio deixam de ser apenas uma frequência para se afirmarem, progressivamente, como marcas de áudio fortes e relevantes”, realça.

A nova assinatura, ‘De longe, a música da sua vida’, dá o tom a esta nova fase da M80, que conta com mais de 1,7 milhões de ouvintes semanais. O rebranding recupera elementos visuais do passado “e reinterpreta-os com uma linguagem gráfica mais arrojada e dinâmica, que se estende à antena, redes sociais, digital, eventos e campanhas”, segundo o comunicado de imprensa.

Miguel Cruz, diretor da M80, explica a importância da nova identidade gráfica e sonora. “A M80 foi sempre uma marca com um pé no passado e outro no presente. Hoje damos um passo importante rumo ao futuro, com uma nova identidade que nos permite continuar a crescer, a emocionar e a acompanhar gerações. Queremos continuar a ser a rádio de quem ama boa música – independentemente da idade”.

Rita Sobral, responsável pelo departamento comercial, marketing e eventos da Bauer Media Audio Portugal, fala num passo natural na evolução da marca: “A nova imagem e assinatura procuram atualizar a identidade da estação sem desvirtuar o seu ADN, trazendo-lhe maior versatilidade e dinamismo na forma como se apresenta e comunica”. E confia no impacto junto da audiência: “Acreditamos que esta transformação vai reforçar a perceção positiva da marca, aumentar o seu potencial de crescimento e gerar impacto junto dos nossos clientes e parceiros”, conclui.

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Susana Azevedo reforça equipa do Observador

“A prioridade passa por apoiar a gestão da equipa comercial, bem como a exploração de novas fontes de receita”, refere Miguel Simões, diretor-geral adjunto do jornal online, responsável pelas áreas comercial e marketing

Susana Azevedo, até agora diretora comercial da TSF, jornais e revistas do grupo Notícias Ilimitadas, é a nova diretora comercial adjunta do Observador.

Licenciada em relações públicas e publicidade pelo Instituto Superior de Novas Profissões (INP), Susana Azevedo tem um percurso profissional quase todo feito no universo dos media. Ao longo da carreira, foi responsável por equipas e projetos estratégicos em empresas como Microfocus, Global Media Group e TSF, com foco na gestão de marcas e pessoas, rentabilização comercial, desenvolvimento de conteúdos, eventos e resultados do negócio.

“A prioridade da nova função passa por apoiar a gestão da equipa comercial de uma forma próxima e articulada, bem como a exploração de novas fontes de receita, que exigem um pensamento estratégico e um conhecimento do mercado. A Susana é um importante reforço da equipa num momento tão complexo e com tantos desafios”, revela Miguel Simões, diretor-geral adjunto do Observador, com responsabilidade pelas áreas comercial e marketing.

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Tecnológicas despediram 90 mil pessoas este ano. Intel lidera lista

As empresas norte-americanas lideram com 65.545 despedimentos, entre 1 de janeiro e 20 de maio. A Intel ocupa o primeiro lugar do ‘ranking’, seguida pela Panasonic e Microsoft.

As empresas tecnológicas, desde o início do ano, despediram 90.471 mil funcionários, de acordo com o relatório da RationalFX, plataforma que apresenta dados detalhados sobre as demissões no setor tecnológico, incluindo listas de empresas que realizaram demissões e o número de trabalhadores afetados.

“Entre 1 de janeiro e 20 de maio foram anunciados 90.471 despedimentos no setor, uma média de 646 perdas de emprego por dia. A este ritmo, o setor tecnológico deve perder mais 145.500 empregos até ao final do ano, colocando o total de despedimentos nos 235.871”, avança a RationalFX, citada pelo Jornal Económico.

As empresas norte-americanas lideram com 65.545 despedimentos. Segue-se o Japão com 10.100, a Suécia com 3.053, a Suíça com 3.050 e a Índia com 2.688.

A Intel ocupa o primeiro lugar do ‘ranking’ com 21.780 despedimentos, seguida pela Panasonic com 10 mil e a Microsoft com 8.840, avança o relatório. Na lista surge também a Meta com 3.720, a ST e a Northvolt com três mil, enquanto que a HP Enterprise atinge os 2.500. A fechar a tabela aparece a Onsemi com 2.400, a Amazon com 2.200 e a HP com dois mil.

 

 

 

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A verdade da mentira

‘The First Speech’ (na foto), da Innocean Berlin para os Repórteres Sem Fronteira, é a campanha que o brasileiro Rodrigo Cardoso, diretor criativo da McCann Lisboa, gostaria de ter feito, ao passo que ‘O Que Travou Chuck Norris’, da Artplan para a TIM Brasil, é a que mais se orgulha de ter cocriado

As contradições entre o que os líderes Vladimir Putin (Rússia), Recep Tayyip Erdogan (Turquia) e Nicolás Maduro (Venezuela) afirmam nos discursos, e as decisões políticas que depois tomam, são exploradas nos três filmes de ‘The First Speech’, campanha que a Innocean Berlin concebeu para a filial alemã dos Repórteres Sem Fronteiras (RSF) e que Rodrigo Cardoso, diretor criativo da McCann Lisboa, gostaria de ter feito, como revela em Como É Que Não Me Lembrei Disto?, rubrica do M&P.

A campanha de que mais se orgulha tem como protagonista o ator norte-americano Chuck Norris, que cedeu o rancho onde reside, no Texas, para a gravação de um anúncio da operadora de telecomunicações italiana TIM, no Brasil, idealizado pela Artplan.

Qual é a campanha publicitária que gostaria de ter feito?

Todos os anos surgem novas ideias e aparecem campanhas que gostava de ter feito. Uma das últimas que me despertou a atenção ao ponto de a incluir nesta lista é ‘The First Speech’, uma campanha para a Reporter Ohne Grenzena, a delegação alemã dos Repórteres Sem Fronteiras (RSF).

Quais são as razões dessa escolha?

Acima de tudo, porque tem subjacente uma ideia extremamente verdadeira. Só por isso já me conquista. Especificando mais um pouco, gosto da forma como a campanha cria um confronto entre o discurso político e a realidade. A campanha expõe a mentira e a falsidade que existem por detrás de uma coisa que, à primeira vista, até parece honesta e bem-intencionada.

Os filmes publicitários de ‘The First Speech’ retratam o quotidiano de cidadãos de diferentes extratos sociais

O que lhe chama mais a atenção na campanha?

É uma daquelas campanhas que tem todos os elementos no sítio certo. Isso é o que mais me desperta a atenção. Os discursos são reais e vemos pessoas em situações do quotidiano a ouvir os políticos retratados. Como não sabem que aquelas supostas verdades que lhes estão a ser apresentadas são, no fundo, mentiras, mostram-se impreparadas para questionar o que lhes está a ser dito. Toda a relação entre as imagens e o texto é construída para reforçar a intenção da campanha.

Essa campanha inspira-o a nível criativo?

Recorrer a um conceito verdadeiro para dar um novo sentido ao que está a ser mostrado e, dessa forma, subverter as expetativas das pessoas é uma maneira inteligente de fazer publicidade. E isso inspira-me.

Rodrigo Cardoso, diretor criativo da McCann Lisboa, escolhe a campanha ‘The First Speech’

Qual é a campanha que fez que mais o concretizou profissionalmente?

Um dos trabalhos que mais me realizou foi uma campanha publicitária criada para a operadora de telecomunicações italiana TIM, no Brasil, com o ator Chuck Norris. Uma campanha integrada que foi muito bem-sucedida, num momento em que essa realidade ainda não era comum. Além de prémios, gerou resultados muito além das expetativas do cliente.

Como é que chega a essa ideia e avança para a execução?

A TIM tinha uma forte presença no Brasil e queria lançar um serviço de internet rápida com impacto em diversos meios. Há 11 anos, as campanhas de 360º já eram uma ambição dos clientes, mas viam-se pouquíssimas. Precisávamos, por isso, de uma ideia que resultasse em televisão, mas que também tivesse força no digital. Foi assim que nasceu a ideia de criar uma campanha com o Chuck Norris.

Porquê o Chuck Norris?

Na altura, os ‘Chuck Norris facts’ eram um fenómeno da internet. Faziam parte da cultura popular. Para os que não sabem ou não se recordam, os ‘Chuck Norris facts’ eram afirmações absurdas, que apresentavam o ator de forma sarcástica e exagerada, como uma pessoa invencível, como um super-herói capaz de feitos incríveis. Tínhamos, de um lado, um ator muito famoso e, do outro, um tipo de humor que funcionava muito bem no universo digital.

O ator norte-americano Chuck Norris recebeu a equipa de filmagens da Tycoon Estúdios no rancho onde reside

Como é que materializaram a ideia?

O que fizemos foi pegar na marca e compará-la diretamente com o Chuck Norris. O tom irónico da campanha foi um sucesso.

As campanhas estão mais ou menos criativas do que anteriormente?

A publicidade mudou muito, mas não acho que seja menos criativa nos tempos que correm. A verdade é que, atualmente, podemos ser ainda mais criativos. Continuamos a ter filmes, anúncios e media tradicionais, mas também temos um mundo de novas oportunidades. Há conceitos tecnológicos que são ótimos exemplos de criatividade publicitária. Existem ideias que nem sequer têm um formato específico e que são bons conceitos publicitários.

Pode dar alguns exemplos?

A app Samsung Impulse, desenvolvida para o Samsung Watch e premiada em Cannes o ano passado. Através do ritmo das vibrações, ajuda pessoas que gaguejam a falar melhor. Basta escreverem o que querem dizer e a app define o ritmo da fala.

Outro exemplo que não tem um formato específico e é um grande trabalho publicitário, chama-se ‘The Bread Exam’, da McCann Health, que também ganhou um Grande Prémio em Cannes. Essa campanha, feita para o Líbano, ensinava as mulheres a fazer o autoexame da mama para detetar sinais precoces de cancro.

As imagens mostravam os gestos a serem feitos em massa de pão, porque, num país com leis muito rígidas, onde mostrar o corpo feminino é um crime grave, essa foi a maneira que os criativos encontraram para poderem transmitir a mensagem.

Rodrigo Cardoso recorreu ao fenómeno da internet para cocriar a campanha ‘O Que Travou Chuck Norris’

É a favor de campanhas desenvolvidas integralmente com recurso a inteligência artificial (IA)?

Sou a favor de qualquer ferramenta que nos ajude a fazer um bom trabalho. E aqui é que está o ponto. A IA é uma ferramenta. A utilização que fazemos dela é muito mais relevante do que a ferramenta em si. Quem trabalha com criatividade sabe que o que faz a diferença não é a máquina, é a pessoa que está por trás dela. Sempre foi assim com os computadores, está a acontecer agora com a IA e vai ser sempre assim com qualquer nova tecnologia que apareça.

Não teme que a criatividade artificial se sobreponha à humana?

É claro que há muita coisa que ainda vai mudar com a IA e as mudanças, por norma, assustam. Mas o importante é abraçá-las e saber aproveitar o lado bom que trazem. É isso que procuro fazer. E também é fundamental regulamentar o uso das novas tecnologias, para proteger as pessoas e o mercado.

O que faz quando não tem ideias?

Não ter ideias gera tensão, e a tensão é a maior inimiga da criatividade. Pelo menos para mim. É por isso que, quando as ideias não aparecem, agarro-me ao humor, às piadas e à descontração. Nessa altura, faz bem deixar o ‘briefing’ de lado durante um breve período, para voltar a olhar para ele, depois, já com a cabeça mais leve. Para mim, criar tem de ser uma atividade lúdica. Tem de ser uma coisa divertida, acima de tudo. Escolhi esta profissão porque é divertido criar.

Ficha técnica

Campanha ‘The First Speech’
Cliente
Reporter Ohne Grenzena
Agência Innocean Berlin
Diretor criativo Gabriel Mattar
Diretor criativo executivo Ricardo Wolff
Produtores executivos Moritz Merkel, Florian Hülbig e Uta Wittchen
Redação Juan Andrés Kebork
Produtoras Stink Films, Yatta Films, Studio Metro e Studio Funk
Diretor de produção Fabian Barz
Realizador Giordano Maestrelli
Diretor de fotografia Konrad Losch
Diretor de arte Leon Celay
Edição Simon Klinkertz
Pós-produção Jan Scholz
Designers gráficos de animação Carlos Suárez e Alexander Aleksidze
Graduação de cor Joseph Bicknell
Sonoplastia Satelite e Studio Funk
País Alemanha
Ano 2024

Ficha técnica

Campanha ‘O Que Travou Chuck Norris’
Cliente TIM Brasil
Agência Artplan
Diretores criativos Alessandra Sadock e Gustavo Tirre
Diretor criativo executivo Ricardinho Weitsman
Criativos Alessandra Sadock, Ricardinho Weitsman, Rodrigo Cardoso, Sergio Carvalho, João Santos e Bruno Foscaldo
Produtora Tycoon Estúdios
Realizador Kiko Lomba
Diretor de fotografia Flavio Zangrandi
Diretor de arte Charles Infante
Edição Victor van Ralse
Computação gráfica Blend
Graduação de cor Pedro Conforti
Sonoplastia Sonido
País Brasil
Ano 2014

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

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Campanha da Uzina para a Ikea vence Grande Prémio CCP 2025

‘Ikea Hidden Tags’ também ganha o Grande Prémio Jornalistas, com a Ikea a conquistar o prémio Melhor Anunciante do Ano e a Uzina o de Melhor Agência do Ano. O Grande Prémio para o Bem é atribuído à campanha Change The Ref, da Stream and Tough Guy

A campanha ‘Ikea Hidden Tags’ (na foto), da Uzina para a Ikea, é a grande vencedora do 27º Festival CCP. Além de ganhar o Grande Prémio CCP 2025, também conquista o Grande Prémio Jornalistas. A Uzina vence ainda o troféu de Melhor Agência do Ano e a Ikea é o Melhor Anunciante do Ano.

‘Save Us From The USA’, a campanha que a Stream and Tough Guy criou para a Change The Ref, associação que combate a violência armada nos Estados Unidos, vence o Grande Prémio para o Bem. Os vencedores foram anunciados na gala final do festival, que decorreu na Fábrica de Pão, no Beato Innovation District, a 23 de maio.

“Este ano foram inscritos 843 trabalhos a concurso, tendo 388 chegado a ‘shortlist’. Foram atribuídos no total 47 Ouros, 66 Pratas e 105 Bronzes”, informa o Clube da Criatividade de Portugal (CCP), promotor do festival, em comunicado de imprensa.

Na categoria Publicidade, que teve teve 125 trabalhos finalistas e 62 prémios, foram atribuídos 29 Bronzes, 20 Pratas e 13 Ouros. A Dentsu Media ganha o prémio Melhor Agência de Meios em Publicidade e a Dentsu Creative o de Melhor Agência.

Com 89 finalistas e 35 prémios, 17 Bronzes, 12 Pratas e 6 Ouros, a categoria Design, a Fundação Livraria Lello leva o troféu de Anunciante. O de Melhor Agência vai para o Studio Eduardo Aires. Na categoria Digital, houve 55 finalistas e 46 prémios, 25 Bronzes, 13 Pratas e 8 Ouros. A Bürocratik conquista o prémio de Melhor Agência e a McDonald’s Portugal o de Melhor Anunciante.

A categoria Experiências de Marca teve 42 finalistas e 27 trabalhos premiados, 14 Bronzes, 6 Pratas e 7 Ouros, com a Ikea a conseguir o prémio de Melhor Anunciante e a Uzina o de Melhor Agência. Com 70 finalistas e 43 trabalhos premiados, 18 Bronzes, 14 Pratas e 11 Ouros, a categoria Craft em Publicidade entregou o prémio de Melhor Anunciante ao Turismo de Portugal, o de Melhor Produtora de Som à Salva e o de Melhor Produtora de Imagem à Casper Films.

“Este ano, pela primeira vez, as subcategorias de Criatividade em Meios passaram a vigorar na categoria de Publicidade. A antiga categoria Integração e Inovação passou a chamar-se Integração, sendo que a Inovação passou a vigorar como subcategoria nas categorias de Publicidade, Design, Digital e Experiências de Marca”, esclarece o CCP.

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Trump ameaça UE com com tarifas de 50% a partir de 1 de junho

“As nossas discussões não estão a chegar a lado nenhum. Nestas circunstâncias, recomendo a imposição de direitos aduaneiros de 50% à UE, a partir de 1 de junho”, ameaça Donald Trump na rede Truth Social

O Presidente Donald Trump “recomenda” uma tarifa de 50% sobre os produtos da União Europeia (UE), citando a falta de progresso nas atuais negociações comerciais. O anúncio foi feito através da rede social Truth Social: “As nossas discussões não estão a chegar a lado nenhum. Nestas circunstâncias, recomendo a imposição de direitos aduaneiros de 50% à UE, a partir de 1 de junho. Não existem direitos aduaneiros sobre os produtos fabricados nos Estados Unidos”.

Trump vai mais longe e acusa a UE aplicar, via IVA, sanções “ridículas” às empresas, entre outras críticas, que, diz, geraram um défice comercial com os Estados Unidos.

“As poderosas barreiras comerciais, impostos sobre o IVA, penalizações ridículas para as empresas, barreiras comerciais não monetárias, manipulações monetárias, processos judiciais injustos e injustificados contra empresas americanas, e muito mais, conduziram a um défice comercial com os EUA de mais de 250 milhões de dólares por ano, um número que é totalmente inaceitável”, assume Donald Trump esta sexta-feira numa publicação na rede Truth Social.

Ameaças que também foram dirigidas à Apple. Donald Trump quer impor uma tarifa de “pelo menos 25%” se a empresa não transferir a produção do Iphone para os Estados Unidos. Mais de 60 milhões de telemóveis são vendidos anualmente nos Estados Unidos, mas o país não fabrica smartphones.

“Há muito que informei Tim Cook, da Apple, que espero que os iPhones que serão vendidos nos Estados Unidos sejam fabricados e construídos nos Estados Unidos, não na Índia ou em qualquer outro lugar”, escreve Trump, acrescentando que “se não for esse o caso, a Apple terá de pagar uma tarifa de pelo menos 25% aos EUA”.

A Apple junta-se agora à Amazon, ao Walmart e a outras grandes empresas norte-americanas na mira da Casa Branca, que tentam responder à incerteza e às pressões inflacionistas desencadeadas pelas suas tarifas.

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