A consultoria em comunicação estratégica e em relações públicas são as áreas identificadas com maior potencial de crescimento em 2025, comparativamente a 2024, revela um estudo da International Public Relations Network (IPRN), representada em Portugal pela Central de Informação.
De acordo com o documento, que sintetiza as respostas ao inquérito feito aos membros da IPRN em 22 países, incluindo Portugal, 69% das agências antecipam um crescimento da operação em 2025, com a comunicação estratégica e as relações públicas a serem apontadas por 25% dos inquiridos, seguidas da gestão de crises e mudanças, reconhecida por 21% como uma disciplina crucial no ambiente de negócios volátil dos dias de hoje.
“À medida que as empresas navegam por um ambiente cada vez mais complexo, os profissionais de relações públicas nunca foram tão essenciais”, refere Rodrigo Viana de Freitas, presidente da IPRN, citado em comunicado de imprensa. A tecnologia surge como o segmento líder para o crescimento do setor, com 20% das agências a identificá-la como o campo mais promissor.
Outros setores com potencial de expansão incluem as áreas da energia e dos serviços públicos (14%), do governo e do setor público (13%), da saúde e do bem-estar (9%) e dos bens de consumo e alimentação e bebidas (7%). “Desde a gestão de reputação à transformação digital e estratégias de ESG [indicadores ambientais, sociais e de governação corporativa], a nossa indústria está a demonstrar uma agilidade ímpar. A pesquisa deste ano destaca que inovação, adaptabilidade e confiança são os pilares centrais que moldam o futuro das relações públicas”, afirma Rodrigo Viana de Freitas.
Reputação corporativa e comunicação ESG crescem
A criatividade ocupa, segundo o estudo da IPRN, o topo das prioridades de investimento, com 16% das agências a priorizá-la para diferenciar os serviços. Outras áreas de investimento incluem a comunicação e o marketing interno (15%), a formação e retenção de talento (15%), a produção de conteúdo multimédia (14%), a tecnologia e produção digital (12%) e as ferramentas de gestão (12%).
A incerteza económica e a hesitação dos clientes em investir são considerados os problemas mais urgentes do setor, sendo destacados por 29% das agências. Outros desafios incluem a implementação de novas tecnologias (23%), a retenção e atração de talento (17%) e o impacto da inflação e aumento das taxas de juros (10%), que também tem vindo a condicionar a tomada de decisões de empresas, organizações e consumidores.
“Apesar das incertezas globais, as agências de relações públicas continuam a construir e a manter relações fortes e confiáveis com os seus clientes. Esta resiliência reforça o papel crucial do setor orientado para a gestão de crise e da mudança, ao mesmo tempo que entrega valor estratégico”, salienta Rodrigo Viana de Freitas.
O estudo, realizado em Portugal, Brasil, Canadá, Dinamarca, França, Alemanha, Índia, Japão, Polónia, Espanha, Reino Unido e Estados Unidos, entre outros países, refere ainda que a reputação corporativa (22%) e a comunicação ESG (21%) estão a ganhar destaque como elementos críticos na construção de confiança e credibilidade da marca, tal como as estratégias de comunicação integrada (19%) e as relações públicas de marca (17%).