O Grupo Omnicom regista um aumento de 1,6% das receitas mundiais de faturação no primeiro trimestre de 2025, ascendendo a 3,69 mil milhões de dólares (€3,24 mil milhões), em comparação com o mesmo período em 2024, em que regista 3,63 mil milhões de dólares (€3,19 mil milhões).
Apesar do aumento da faturação, os resultados líquidos dos primeiros três meses do ano apresentados pelo Omnicom ficam abaixo do esperado. O grupo norte-americano apresenta uma queda dos lucros de 9,7% para 287,7 milhões de dólares (€245,2 milhões). A ‘holding’ revela ainda um crescimento orgânico de 3,4% nas receitas totais de faturação, que não contabiliza novas aquisições.
John Wren, presidente e CEO do Grupo Omnicom, minimiza as preocupações com a atual turbulência económica, mesmo quando a ‘holding’ reduz a margem inferior da previsão de crescimento das receitas para 2025 de 3,5% para 2,5% “dada a incerteza do ambiente atual”.
No que se refere às receitas de faturação por áreas de negócio, a publicidade e media continuam a ancorar o crescimento do grupo, com um aumento de 7,2% nas receitas de publicidade e media, 5,8% em marketing de precisão e 1,9% na área de execução e suporte. O Grupo Omnicom regista, no entanto, quedas nos setores dos cuidados de saúde (3,2%), do ‘branding’ e comércio a retalho (10%), das relações públicas (4,5%) e das experiências de marca (1,5%).
“O setor das agências de meios é, de longe, o mais forte para nós e continua a sê-lo”, salienta John Wren, citado na Campaign, acrescentando que “no ano passado, lideramos os rankings em termos de retenção e de novos clientes nesse mercado”. Por seu lado, Philip Angelastro, diretor financeiro do Grupo Omnicom, refere que, embora o crescimento criativo tenha sido “praticamente nulo ou ligeiramente inferior” no início de 2025, espera-se que o segmento recupere na segunda metade do ano.
Aquisição do IPG continua prevista para segunda metade de 2025
Quanto aos resultados segmentados por região, verifica-se um aumento na maioria dos mercados, com um crescimento de 4,6% nos Estados Unidos, de 1,7% na Europa, de 6% na região da Ásia-Pacífico e de 14,8% na América Latina. Contudo, no Reino Unido, no Médio Oriente e África, e noutros mercados da América do Norte, o Grupo Omnicom vê a faturação descer 0,7%, 9,3% e 3,6%, respetivamente.
Os resultados dos primeiros três meses do ano surgem numa altura em que a Omnicom avança para o fecho da aquisição planeada do IPG, anunciada em dezembro de 2024, que deve criar uma ‘holding’ avaliada em cerca de 13 mil milhões de dólares (€11,4 mil milhões).
O acordo, que está previsto ser concluído na segunda metade de 2025, está sujeito a aprovação regulatória e vai resultar em reduções de custos anuais no valor de 750 milhões de dólares (€660,6 milhões).
Cinco das 18 regiões em que ambos os grupos operam já aprovaram o acordo, incluindo a China, o Brasil, a Arábia Saudita, a Colômbia e o Egito. “Continuamos no caminho certo para concluir a aquisição do IPG na segunda metade do ano”, revela John Wren.