25% das empresas de bens de consumo já recorrem à IA para inovar
“Esta onda tecnológica, que visa proporcionar uma vantagem competitiva em capacidades digitais críticas, como vendas, marketing e inovação, é a mais complicada, mas também a mais importante”, sublinha João Valadares, sócio da Bain & Company, consultora responsável pelo estudo
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Um quarto das empresas de bens de consumo (25%) já está a testar a modelação do design e a inovação com recurso a ferramentas de inteligência artificial (IA), avança o estudo ‘Capturing The Future of Digital in Consumer Products’ da Bain & Company. De acordo com a análise da consultora, a terceira vaga da digitalização, atualmente em curso, é a mais disruptiva e desafiante, podendo vir a determinar os futuros líderes da indústria, preveem os analistas.
“O foco tecnológico tem sido fundamental para impulsionar as empresas a ultrapassarem os seus concorrentes durante as duas vagas anteriores de digitalização. Primeiro, para automatizar processos rotineiros e, de seguida, para digitalizar os canais e as cadeias de abastecimento. Agora, uma terceira vaga de investimentos digitais ameaça aumentar ainda mais o fosso entre líderes e seguidores”, alerta João Valadares, sócio da Bain & Company, em comunicado de imprensa.
O estudo da consultora revela que, atualmente, 75% das empresas investem na digitalização para se diferenciarem. Metade dos 80 produtores de bens de consumo analisados têm vindo a apostar em estratégias de vendas baseadas em dados obtidos através de soluções tecnológicas de última geração, enquanto 25% têm privilegiado modelos de desenvolvimento e inovação que incorporam a IA para se aproximarem dos consumidores e gerarem mais negócio.
“Em muitos aspetos, esta onda tecnológica, que visa proporcionar uma vantagem competitiva em capacidades digitais críticas, como vendas, marketing e inovação, é a mais complicada, mas também a mais importante”, sublinha o responsável, garantindo que os resultados da análise evidenciaram “uma clara ligação entre liderança tecnológica e desempenho empresarial”.
Segundo o estudo, as empresas que mais cresceram na última década aumentaram, em média, os investimentos em tecnologia 18% nos últimos cinco anos, face aos 8% registados pelas que menos evoluíram no mesmo período. “Em proporção da receita, em média, as empresas do quartil superior gastam mais 60% em capacidades de consumo, clientes e inovação do que as do quartil inferior”, assegura a consultora.
Além de incorporar a IA na primeira linha da tomada de decisões e de criar pontos de contacto bidirecionais e personalizados omnipresentes, para abranger os 65% dos consumidores que pesquisam online e os 30% que compram online, as empresas devem utilizar a IA generativa e os ‘digital twins’ para aumentar a eficiência. “As marcas que ajudarem os retalhistas a crescer e a criar valor através de capacidades de gestão preditiva terão uma vantagem substancial face aos concorrentes”, argumenta a Bain & Company.