5 tendências que vão transformar o mercado dos media entre 2025 e 2030
O Observatório Ibérico de Média Digitais e da Desinformação (IBERIFIER) realizou um novo estudo relativamente às novas tendências de media para 2025-2030 e concluiu que irá surgir uma transformação notável […]
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O Observatório Ibérico de Média Digitais e da Desinformação (IBERIFIER) realizou um novo estudo relativamente às novas tendências de media para 2025-2030 e concluiu que irá surgir uma transformação notável no ecossistema mediático, caracterizando a inteligência artificial (IA) como a principal tecnologia a ser integrada nos setores de media. O big data, a aposta em formatos visuais como vídeos e a verificação de factos também se vão destacar entre as principais tendências.
Inteligência artificial
Os investigadores concluíram que a IA vai revolucionar “os paradigmas da produtividade e da automação de tarefas, criando impacto significativo na otimização dos processos jornalísticos e de negócio”, definindo-a como a tendência que mais vai impactar os media nos próximos anos. Aliados a essa conclusão, a maioria dos gestores questionados para o estudo (71%), apoiaram planos de formação para implementar a IA no trabalho jornalístico.
Contudo, apesar da vontade de muitos dos inquiridos, o estudo refere que a adoção da IA vai “apresentar novos desafios éticos e de sustentabilidade”, facto que se reflete nos 43% que duvidaram da capacidade das redações para lidar com as mudanças disruptivas colocadas pela IA.
Big data e jornalismo de dados
O big data, segundo o relatório, “continuará a afirmar-se como uma ferramenta fundamental para a análise e a geração de conteúdos, sendo um investimento a longo prazo para as empresas que procuram adaptar-se às exigências da economia da atenção”, sendo esta a razão pela qual 75% dos gestores inquiridos já tencionam estabelecer uma maior integração no trabalho desenvolvido pelos seus jornalistas nas redações.
São também referidas tecnologias como blockchain, Web3 e non-fungible tokens (NFT), que segundo os investigadores “irão gerar um ecossistema digital descentralizado e seguro, que revolucionará as transações online e a propriedade digital, oferecendo novas oportunidades e modelos de negócio para o sector dos media”.
Consumo de redes sociais
No que toca à distribuição dos conteúdos, prevê-se que as redes sociais vão ver o seu domínio aumentado, pois, segundo o estudo, os media devem “continuar a adaptar as suas estratégias de comunicação a um contexto de alteração de algoritmos e de saturação de informação, mais radical do que o atual”.
Os gestores inquiridos admitem também a necessidade de criação de “narrativas simples e visuais adaptadas ao consumo das redes sociais”, acentuando a popularidade dos formatos de vídeo curtos, explicativos e verticais (83%) e os de tom mais natural, transparente e acessível (66%).
Ensino da comunicação e verificação de factos
Os avanços tecnológicos e adaptação dos media ao meio das redes sociais, implicam, segundo a IBERIFIER, que “o ensino da comunicação e do jornalismo enfrentará o desafio de acompanhar estas inovações, reforçando as competências analíticas e a verificação de dados face ao avanço da desinformação”.
Distinguindo-se como razão para a maioria dos gestores (84%), do ponto de vista da formação, concordarem com a necessidade de privilegiar a produção de formatos audiovisuais. Da mesma forma, 71% apoiaram planos de formação para implementar a IA no trabalho jornalístico.
Papel das audiências
O relatório indica ainda que, as audiências vão assumir “um papel cada vez mais ativo, exigindo interatividade e personalização no consumo de media”, abordando assim novas narrativas, possivelmente apoiadas pela realidade virtual e aumentada, tais como o metaverso, expondo o universo mediático a um horizonte de experiências imersivas e participativas. Contudo, uma das conclusões do estudo é que atualmente o uso de ambientes imersivos para divulgar informação ainda não está a ser muito considerado como nova aposta.