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Europeus contam gastar menos em presentes este Natal. Não são os únicos

Esta quadra natalícia, serão menos os presentes debaixo das árvores de Natal. Segundo a Bain & Company, o trenó do Pai Natal vai desacelerar este ano nos Estados Unidos da […]

Luis Batista Gonçalves
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Europeus contam gastar menos em presentes este Natal. Não são os únicos

Esta quadra natalícia, serão menos os presentes debaixo das árvores de Natal. Segundo a Bain & Company, o trenó do Pai Natal vai desacelerar este ano nos Estados Unidos da […]

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Esta quadra natalícia, serão menos os presentes debaixo das árvores de Natal. Segundo a Bain & Company, o trenó do Pai Natal vai desacelerar este ano nos Estados Unidos da América e na Europa.

“Prevemos  um crescimento nominal de 3% nas vendas no retalho nos EUA este Natal, [será] o menor desde 2018”, vaticina a consultora em comunicado de imprensa. “Embora a inflação tenha diminuído, as vendas também diminuíram. O crescimento das aquisições desacelerou ou até diminuiu na maioria das categorias de vendas nas lojas este ano”, refere ainda o documento.

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“No entanto, as vendas totais vão atingir quase 915 mil milhões de dólares nos EUA, com 70% destas vendas em loja”, prevê a companhia norte-americana.

“Na Europa e em todo o mundo, assistimos a um aumento dos custos não discricionários, bem como à subida das taxas de juro, o que resultou numa diminuição das despesas com presentes”, sublinha Clara Albuquerque, partner da Bain & Company em Lisboa. “No entanto, as empresas podem ter uma pausa devido às compras antecipadas com o Amazon Prime Day ou o Singles’ Day [Dia dos Solteiros, que se comemora nos EUA a 11 de novembro], que poderão impulsionar novamente as despesas de Natal”, acredita.

Um outro estudo, encomendado pela Bankrate, instituição financeira sediada em Nova Iorque, confirma as previsões da consultora. “33% dos consumidores põe a hipótese de reduzir o número de compras natalícias por causa da inflação e do aumento de preços, 23% assume que terá menos orçamento para despender neste período e 13% antecipa que se sentirá pressionado a gastar mais do que aquilo que gostaria”, revela ainda a organização.

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Vasco Teixeira, administrador do Grupo Porto Editora, cumprimenta Francisco Pedro Balsemão, CEO da Impresa, após a assinatura do acordo. Fotografia de José Fernandes/Expresso

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Impresa e Porto Editora promovem literacia mediática em cinco mil escolas

Desafiar alunos e professores a explorarem questões como as notícias falsas, a veracidade da informação e o impacto da desinformação é a intenção dos dois grupos empresariais, liderados por Vasco Teixeira, da Porto Editora, e Francisco Pedro Balsemão, da Impresa (na foto). O acordo é válido por três anos

A Impresa, em representação do Expresso e da SIC, assinou um protocolo de colaboração com o Grupo Porto Editora para lançar, através da Escola Virtual, a iniciativa ‘Informar para Aprender’. O acordo, que se prolonga por três anos, arranca a 25 de outubro, com o lançamento do concurso ‘Informar ou Desinformar?’, em cinco mil escolas nacionais, envolvendo um milhão de estudantes.

O projeto, que reflete o compromisso de ambas as instituições com a responsabilidade social e a qualidade educativa, pretende desafiar alunos e professores a explorarem questões como as notícias falsas, a veracidade da informação e o impacto da desinformação.

“Promover a literacia mediática nas escolas, desde o ensino básico até ao secundário, é absolutamente fundamental no tempo em que vivemos. Saber interpretar conteúdos noticiosos e distinguir o que é informação verdadeira do que são as ‘fake news’ é hoje quase tão relevante como saber ler e escrever”, afirma Francisco Pedro Balsemão, CEO do grupo Impresa, citado em comunicado de imprensa.

Dirigido a alunos dos três ciclos do ensino básico e estudantes do ensino secundário e do ensino profissional, o concurso prolonga-se até 31 de janeiro de 2025. As inscrições podem ser feitas nos sites da Escola Virtual, do Expresso e da SIC.

“Numa era de crescente desinformação, capacitar os alunos para questionar e verificar a veracidade das informações é uma prioridade para o nosso grupo. Neste contexto dinâmico, contamos com o apoio dos professores, que desempenham um papel essencial ao guiarem os alunos na construção de uma visão crítica e responsável sobre a informação que consomem”, apela Vasco Teixeira, administrador do Grupo Porto Editora, citado no documento.

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Automatização obriga marcas a priorizar transparência e a proteger dados

O estudo ‘CX Roles of the Future 2035’, que antecipa mudanças na interação das empresas de experiências de cliente com os consumidores na próxima década, correlaciona os avanços tecnológicos com a evolução do perfil dos intervenientes nas transações, valorizando fatores como inteligência emocional, criatividade, colaboração e comunicação

O mundo está a mudar a uma velocidade vertiginosa e, de acordo com o estudo ‘CX Roles of the Future 2035’, realizado pela Foundever em colaboração com o Instituto Superior de Gestão (ISG), não vai ser preciso muito para começar a sentir os efeitos de algumas das mudanças, ainda que os maiores impactos afetarão sobretudo a vida dos membros da geração Z e da geração Alfa.

Segundo o documento, que antecipa mudanças fundamentais na forma como as empresas de experiências de cliente vão interagir com os consumidores na próxima década, o processo de automatização em curso vai obrigar as marcas a priorizar a transparência e a proteger os dados dos potenciais compradores.

As que o fizerem ganharão a confiança dos clientes e as que conseguirem equilibrar a inovação tecnológica com um forte foco humano estarão melhor posicionadas para liderar o mercado, garante a consultora especializada em experiência de cliente (CX).

A convivência entre os humanos e tecnologia nos ‘contact centers’ do futuro promete não só aumentar a eficiência mas também redefinir o papel dos profissionais que os operam, com a inteligência artificial (IA) a ganhar um protagonismo crescente nas interações.

“Será uma ferramenta essencial para melhorar a eficiência e a personalização no atendimento ao cliente. Os ‘chatbots’ e os assistentes serão responsáveis por resolver a maioria dos problemas comuns. No entanto, a confiança dos clientes nas empresas dependerá da transparência no uso dos dados e da IA”, defende o estudo.

A análise também correlaciona os avanços tecnológicos em curso com a evolução do perfil dos agentes intervenientes nas transações, valorizando fatores como a inteligência emocional, a criatividade, a colaboração e a comunicação.

“Com a automação a assumir as tarefas rotineiras, os agentes terão um papel mais especializado, focando-se em resolver questões complexas que exigem empatia e compreensão emocional. Equipas descentralizadas e altamente especializadas serão a norma, com empresas a procurar talentos a nível global, promovendo uma maior diversidade e flexibilidade”, defende o estudo.

“As empresas, não só em Portugal como em todo o mundo, devem preparar-se para um cenário onde os consumidores vão exigir interações cada vez mais personalizadas e eficientes, algo que só será possível com equipas altamente especializadas e a adoção massiva de tecnologias de IA”, afirma Benedita Miranda, diretora-geral da região multilíngue da Foundever.

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Heinz soma mais uma polémica e remove anúncio por promover estereótipos racistas

A campanha em questão, denominada ‘Smiles’ (na foto), foi lançada na Europa na semana passada e é o primeiro trabalho do recém-inaugurado escritório da Gut, em Nova Iorque. Os anúncios estão a ser criticados por fazer lembrar os espetáculos de ‘blackface’ e de ‘menestréis’ do século XIX e do início do século XX

A Heinz soma mais uma polémica e mais um pedido de desculpas tendo removido uma campanha publicitária criada pela Gut, que alegadamente promove estereótipos racistas, noticia a Ad Age. Esta é a segunda vez numa questão de dias que a Heinz pede desculpa por uma campanha considerada racialmente insensível.

A campanha em questão, denominada ‘Smiles’, foi lançada a nível europeu na semana passada e é o primeiro trabalho do recém-inaugurado escritório da Gut, em Nova Iorque. Os anúncios mostram pessoas a sorrir com ketchup espalhado à volta da boca. “It ha ha has to be Heinz”, lê-se no título dos anúncios, em alusão ao novo filme da Warner Bros. ‘Joker: Folie à Deux’.

Algumas pessoas criticaram imediatamente a campanha, particularmente o anúncio que apresenta um homem negro, alegando que as imagens fazem lembrar fortemente os espetáculos de ‘blackface’ e de ‘menestréis’ do século XIX e do início do século XX, em que os homens negros, representados por atores brancos, apresentavam feições exageradas e semelhantes às de um palhaço, incluindo grandes lábios vermelhos.

“Como é que ainda nos faltam as equipas diversificadas e a competência cultural para que a semiótica das nossas imagens seja devidamente analisada antes de sair para o mundo?”, escreveu Andre Gray, diretor criativo da agência Annex88, no LinkedIn. “Os negros têm sido estereotipados e desumanizados muito antes do Joker, e muito, muito mais frequentemente do que o Joker”, acrescentou.

Numa declaração à Ad Age, a Kraft Heinz pediu desculpa pela campanha e afirmou que irá remover a campanha. “Sendo uma empresa obcecada pelo consumidor, estamos a ouvir e a aprender ativamente e pedimos sinceras desculpas por qualquer ofensa causada pela nossa recente campanha ‘Smiles'”, afirma um porta-voz da Kraft Heinz, citado no Ad Age.

“Embora a campanha se destinasse a ressoar com um determinado evento da cultura popular atual, reconhecemos que isso não desculpa a mágoa que possa ter causado. Faremos melhor. Estamos a trabalhar para remover o anúncio imediatamente”, acrescenta o responsável. Os anúncios da campanha estavam a ser veiculados na Europa, em mercados como o Reino Unido, Espanha, Alemanha, França, Países Baixos e Itália.

Sobre o autorDaniel Monteiro Rahman

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Julgamento sobre tecnologia publicitária da Google decidido em novembro

As propostas de sanções a aplicar foram recebidas a 8 de outubro e podem ir desde a restrição da possibilidade de estabelecer acordos exclusivos de pesquisa até à dissolução forçada da empresa. A Google está ainda sob pressão de empresas como TikTok, Perplexity AI, Amazon e Epic Games

O julgamento da Google nos Estados Unidos, relativo ao domínio da empresa no mercado da tecnologia publicitária, deverá ficar decidido até final de novembro, noticia o Digiday. Leonie Brinkema, juíza federal do distrito de Virginia e responsável pelo caso, terá ouvido os argumentos finais na semana de 30 de setembro.

Durante o processo instaurado pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, a Google tentou fazer valer vários argumentos fundamentais. Por um lado, o mercado de anúncios digitais é mais competitivo, com mais concorrentes, do que os indicados no argumento do Governo. Por outro, as decisões comerciais da Google, nomeadamente a forma como gere a sua plataforma de anúncios e as licitações de anúncios na internet, são adequadas porque as empresas não têm de desenvolver produtos que se adaptem aos concorrentes.

A Google também tentou provar pontos técnicos que podem ser cruciais para o caso, designadamente que o mercado de anúncios online tem duas faces, com compradores e vendedores, o que significa que não seria suficiente para o Governo provar que os editores foram prejudicados por quaisquer táticas da Google. O Governo teria de provar que a outra parte do mercado, os anunciantes, também foram prejudicados, o que constitui uma parte menos preponderante do argumento do Governo.

Se a Google perder, é provável que haja um recurso antes de serem apresentadas quaisquer soluções, no entanto, a empresa de tecnologia liderada por Sundar Pichai poderá ser forçada a cindir o Google Ad Manager, tendo de criar uma empresa autónoma que os editores possam utilizar para resolver as atuais exigências da tecnologia publicitária.

Amit Mehta, juiz federal que classificou a Google como monopolista no final de outro julgamento sobre o império de pesquisa da Google, concluído em agosto, recebeu a 8 de outubro a proposta do Departamento de Justiça para as sanções a aplicar no caso, segundo avança o Financial Times. Estas podem ir desde a restrição da possibilidade de estabelecer acordos exclusivos de pesquisa até à dissolução forçada da empresa. Está prevista para abril de 2025 uma audiência sobre o processo e Amit Mehta pretende tomar uma decisão até agosto de 2025.

Concorrentes pressionam Google

No setor da publicidade de pesquisa, o TikTok começou recentemente a permitir que as marcas direcionem anúncios com base nas consultas de pesquisa dos utilizadores, o que constitui um desafio direto ao principal negócio da Google. A Perplexity, uma startup de pesquisa por inteligência artificial (IA), também planeia introduzir anúncios no final deste mês sob as suas respostas geradas por IA. Estas iniciativas aumentam ainda mais a pressão exercida sobre a Google pela ascensão da Amazon.com, que tem conquistado uma parte das despesas com anúncios de pesquisa, de acordo com o The Wall Street Journal.

A Google foi ainda condenada a disponibilizar abertamente o sistema operativo Android aos concorrentes, na sequência de um processo judicial bem sucedido por parte da Epic Games, criadora do videojogo Fortnite. A ação permite aos concorrentes da Google criarem os seus próprios mercados de aplicações e sistemas de pagamento digitais para competir com a Google Play Store, no mais recente golpe sofrido pela empresa norte-americana de tecnologia, segundo o Financial Times.

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Vasco Palmeirim é o novo diretor criativo da Rádio Comercial

O radialista e apresentador de televisão (na foto) passa, aos 45 anos, a integrar a direção da estação onde trabalha como animador desde 2008. A informação acaba de ser divulgada pela Bauer Media Audio Portugal, proprietária da estação

Vasco Palmeirim é o novo diretor criativo da Rádio Comercial, um novo cargo que a Bauer Media Audio Portugal, dona da estação, acaba de criar. Com a promoção, radialista e apresentador de televisão passa, aos 45 anos, a integrar a direção da estação onde trabalha como animador, desde 2008.

Com a promoção, Vasco Palmeirim assume o pelouro da criatividade, tendo a missão de desenvolver novos conteúdos para a emissão da rádio. O locutor terá também a cargo a criação de conteúdo para as redes sociais da Rádio Comercial e para as emissões especiais que a emissora promove com regularidade.

“Este é o passo lógico na carreira do Vasco. Com a experiência e a maturidade que tem, e com o profundo conhecimento do que é o ADN da estação, vem agora acrescentar à sua performance como animador a sua visão e criatividade na criação de conceitos e conteúdos excecionais para toda a estação, para lá do dia a dia”, afirma Pedro Ribeiro, diretor da Rádio Comercial, citado em comunicado de imprensa.

A colaborar com a estação há 17 anos, Vasco Palmeirim mostra-se entusiasmado com o desafio. “Sou uma pessoa que tem muitas ideias. Tenho ideias no duche, no metro e quando ando a pé na rua a ouvir música. Como é que isto vai correr? Não faço ideia. Mas vamos a isto”, refere o radialista, citado no mesmo documento.

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Iberdrola promove transição energética com primeira campanha da Fuel (com vídeo)

A nova agência criativa da empresa energética colaborou com a Universal McCann e com a Krypton, produtora responsável pela gravação e produção dos conteúdos. A divulgação está a ser feita em televisão, rádio, digital e exterior, em todo o país

A Iberdrola está a promover a transição energética, num tom leve e apoiado numa estratégia de proximidade que mostra que todos podem contribuir para um mundo mais verde e ainda poupar na fatura, ao abrigo de uma promoção que contempla a oferta de €100 de desconto em serviços.

Com criatividade da Fuel, a nova agência criativa da empresa energética, a campanha multimeios que divulga a iniciativa foi desenvolvida em colaboração com a Universal McCann e com a Krypton, produtora responsável pela gravação e produção dos conteúdos que estão a ser divulgados em televisão, rádio, digital e exterior.

“Esta nossa primeira campanha publicitária para a Iberdrola reflete muito do que imaginam para a marca. É próxima, leve e bem-humorada, focada na realidade dos clientes. É o primeiro passo de um caminho que esperamos longo e bem-sucedido”, afirma João Madeira, co-CEO e diretor criativo da Fuel, citado em comunicado de imprensa.

Despertar para atos que nem sempre têm resultados visíveis, mas que, ainda assim, são suscetíveis de causar um grande impacto é a intenção do filme publicitário. “De um ponto de vista prático, aderir à energia verde da Iberdrola não pressupõe uma diferença notória nas casas dos nossos clientes”, esclarece Gonçalo Rosa, diretor de marketing da Iberdrola Clientes Portugal.

Além da transição energética, a iniciativa também promove a descarbonização. “Com esta campanha, queremos chamar à atenção para a diferença que não é diretamente visível no serviço, aquela que se vê na fatura e no planeta”, refere ainda o responsável, citado no documento.

 

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Contratação de jornalistas e distribuição de publicações vão ter incentivos

No incentivo à leitura e apoio aos media regionais e locais, está prevista a duplicação da comparticipação do porte pago, de 40% para 80%, através da alteração do Decreto-Lei n.º 22/2015, até ao final de 2024, implicando um custo de €4,5 milhões

Catarina Nunes

A contratação do primeiro jornalista a trabalhar a tempo inteiro num meio de comunicação e de jornalistas em geral, bem como a retenção de talento nesta área, são algumas das áreas abrangidas com apoio financeiro no eixo dos incentivos ao setor dos media, que conta com um total de 17 medidas, no total das 30 medidas do Plano de Ação para a Comunicação Social, apresentado pelo Governo, a 8 de outubro.

O incentivo à contratação de jornalistas e retenção de talento tem um custo estimado de €6,5 milhões e será executado no primeiro semestre de 2025, através do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP). Combater a precariedade laboral e incentivar melhores condições laborais, valorizar os jornalistas e melhorar-lhes a qualidade de vida e promover estabilidade e crescimento sustentado do setor são os objetivos da medida. “Este apoio traduzir-se-á na atribuição, mediante candidatura, de um montante entregue pelo Estado às empresas pela contratação de mais jornalistas com vínculo sem termo, com uma retribuição mínima obrigatória igual ou superior ao nível remuneratório de Nível 6 do Quadro Nacional de Qualificações (1.120€)”, refere o documento apresentado por Pedro Duarte, ministro dos Assuntos Parlamentares.

Para a contratação do primeiro jornalista a tempo inteiro num órgão de comunicação social, o Governo tem previsto um orçamento de €2,8 milhões, disponível no primeiro semestre de 2025 e que se traduz numa comparticipação do Estado nos custos de contratação, garantindo uma retribuição mínima obrigatória igual ou superior ao nível remuneratório de Nível 6 do Quadro Nacional de Qualificações (1.120€). Esta medida, que complementa a medida anterior, “visa valorizar os jornalistas, apoiar os OCS e contribuir para a profissionalização do setor, sendo que, naturalmente, impactará em particular os OCS regionais e locais, bem como os novos OCS”, lê-se no documento.

Na área dos órgãos de comunicação regionais e locais, o Governo determina o apoio à distribuição de publicações periódicas para zonas de baixa densidade populacional, para garantir o acesso à aquisição de publicações periódicas a todos os cidadãos e promover a coesão territorial, apoiando a imprensa regional e local. Esta medida, a partir do primeiro trimestre de 2025, tem um custo previsto de €3,5 milhões e o Governo “através das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR), promoverá a escolha das empresas que possam garantir a melhor rede de distribuição de publicações periódicas nos municípios afetados, através de concursos públicos lançados no âmbito da cobertura territorial desses órgãos regionais, seguindo a disciplina, o regime e os princípios estabelecidos no Código dos Contratos Públicos”, adianta o Plano de Ação para a Comunicação Social.

Dentro desta linha, o Governo quer garantir ainda a distribuição de publicações periódicas em todos os concelhos do país, tendo em conta que há quatro concelhos (Alcoutim, Freixo de Espada à Cinta, Marvão e Vimioso) que não recebem publicações há mais de um ano e meio. “Até que a operação total esteja garantida por via da realização dos concursos públicos, o Governo decidiu negociar com a VASP (única operadora de distribuição no mercado) a celebração de um protocolo para garantir que todos os concelhos do país têm distribuição”, é avançado no documento.

O protocolo permitirá garantir que os quatro concelhos atualmente a descoberto passem a estar cobertos a partir do mês de novembro e que, até estar assegurada a distribuição (por via de concurso público), nenhum concelho ficará sem distribuição. Este acordo, cujos custos estão ainda em negociação, prevê que o Governo assuma o custo da distribuição das publicações periódicas nos quatro concelhos, até à plena execução da distribuição pelos operadores vencedores dos concursos.

No incentivo à leitura e apoio aos media regionais e locais, está prevista a duplicação da comparticipação do porte pago, de 40% para 80%, através da alteração do Decreto-Lei n.º 22/2015, até ao final de 2024, implicando um custo de €4,5 milhões. “Ouvido o setor, este Executivo considera que o aumento da comparticipação dos custos de expedição das publicações periódicas é crucial para combater a desertificação da informação em várias regiões de baixa densidade populacional, mantendo os preços das assinaturas acessíveis.

Neste âmbito, outra das medidas do Governo prevê a revisão e avaliação do enquadramento legal e sua eficácia, a partir do primeiro semestre de 2025, para simplificar o enquadramento legal, desburocratizar no sentido de facilitar o acesso aos apoios, apoiar com mais efetividade a modernização e a transição digital e avaliar a eficácia dos modelos atuais de incentivos do Estado aos órgãos de comunicação locais e regionais.

Nas rádios locais, com o objetivo de valorizar estes meios, “o Governo quer garantir que as rádios locais são abrangidas pelo regime de transmissão do Direito de Antena em todas as eleições, sendo que atualmente este apenas se cinge às eleições autárquicas. Com esta medida o Executivo visa, também, assegurar a igualdade de oportunidades de comunicação de todas as candidaturas políticas, quer seja nas eleições autárquicas, legislativas, europeias ou presidenciais”, refere o plano apresentado. Para materializar esta medida, que implica um orçamento estimado de €1,5 milhões por eleição, o Governo tenciona avançar com uma alteração legislativa a ser submetida à Assembleia da República e discutida com os Grupos Parlamentares, no quarto trimestre de 2025.

A integração das plataformas digitais nas soluções para o setor, um plano de ação para a segurança dos jornalistas, formações para jornalistas na área digital/inteligência artificial, o Livro Branco sobre inteligência artificial aplicada ao jornalismo, a promoção da modernização tecnológica, a formação empresarial para órgãos de comunicação social regionais e locais, e a publicitação de fundos europeus e de deliberações autárquicas na imprensa regional e local ou em sites de rádios com este perfil são outras das medidas apresentadas no pacote de incentivos ao setor dos media.

 

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Bild recorre a IA para aumentar envolvimento dos leitores

Os artigos são escritos por um jornalista, mas são depois adaptadas às necessidades específicas do leitor, através de IA. “Se mantivermos o diálogo em curso, vemos anúncios mais adaptados ao envolvimento individual do utilizador”, explica Claudius Senst, diretor executivo do Bild

O jornal alemão Bild, detido pela Axel Springer, está a utilizar a inteligência artificial (IA) para criar experiências que aumentam o envolvimento dos leitores com as notícias e integrar publicidade mais personalizada, noticia a WARC.

Grande parte do debate sobre a IA generativa envolve a questão da sua utilização nas redacções e o seu efeito nos jornalistas. Contudo, no último ano, o Bild desenvolveu a sua própria ferramenta de IA, denominada Hey_, que coloca a IA generativa na esfera do leitor.

Os artigos são escritos por um jornalista, mas são depois adaptadas individualmente às necessidades específicas do leitor, através de IA. Um artigo escrito em janeiro, por exemplo, sobre como perder peso, pode integrar a plataforma Hey_, em que os leitores podem interagir com o artigo ao longo do ano, fazendo perguntas de acompanhamento sobre o tema.

“Precisamos de ter utilizadores empenhados, utilizadores que queiram voltar a contactar-nos. E com o Hey_, fornecemos mais uma razão para os nossos utilizadores se juntarem a nós”, argumentou Claudius Senstl diretor executivo do Bild citado no artigo da WARC.

“A interação inicial com o Hey_ desencadeia uma resposta personalizada que ajuda a manter o utilizador envolvido”, explica ainda o responsável, revelando que o tempo passado no ‘site’ do jornal mais do que duplicou, entre os utilizadores que participam numa conversa com a IA.

“Respondemos a mais de 70 milhões de perguntas nos últimos meses e, todos os meses, temos milhões de utilizadores a interagir com o Hey_. Isto tem um impacto significativo no tempo total de envolvimento na nossa página web”, revela Claudius Senst. Em termos de faturação, também é positivo porque o envolvimento pode ser vendido aos anunciantes.

“O que é interessante aqui é que vemos anúncios normais, mas se mantivermos o diálogo em curso, vemos anúncios mais adaptados ao envolvimento individual do utilizador”, explica Claudius Senst, acrescentando que “uma parceria com a Microsoft permite ao Bild apresentar anúncios de texto muito personalizados”.

O diretor executivo do Bild sublinha também a importância da transparência no que diz respeito à IA, referindo que a nova página inicial do Bild tem um aspeto diferente que destaca a nova funcionalidade. “Não queremos enganar ninguém a interagir com o Hey_”, diz o responsável, acrescentando que “consideramos que a confiança é um elemento muito importante no diálogo atual”.

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Serviços da Lusa vão ter descontos para meios de comunicação

O Governo vai promover descontos para serviços de interesse público, que variam entre 50% e 75%, para órgãos de comunicação regionais e locais, e entre 30% e 50%, para órgãos de comunicação nacionais, de acordo com o Plano de Ação para a Comunicação Social

Catarina Nunes

A Lusa vai fazer descontos a órgãos de informação, locais e nacionais, e terá um conselho de supervisão, para garantir a autonomia da agência noticiosa do conselho de administração e a independência da direção de informação, avança o Plano de Ação para a Comunicação Social, apresentado hoje de manhã, no hotel Pestana Palace, em Lisboa.

O plano está dividido em quatro eixos – regulação do setor, serviço público concessionado (que além da Lusa inclui a RTP, que vai deixar de ter publicidade), incentivos ao setor e combate à desinformação e literacia mediática. As decisões do Governo que impactam a Lusa, que tutela a par com a RTP e a comunicação social, enquadram-se no eixo do serviço público concessionado.

Nesta matéria, o documento refere que o Governo vai promover descontos para serviços de interesse público, que variam entre 50% e 75%, para órgãos de comunicação regionais e locais, e entre 30% e 50%, para órgãos de comunicação nacionais, recordando que a Lusa já disponibiliza três serviços gratuitos referentes a temas de identidade de género, desinformação, e cultura.

O documento enquadra a opção pelos descontos em detrimento da oferta referindo que “o direito da concorrência da União Europeia impede a gratuitidade dos serviços da Lusa, sendo que para mercados relevantes é preciso dar condições idênticas. Após também uma auscultação ao setor, o Governo avaliou e concluiu que a cedência de serviços de forma gratuita por parte da Lusa aos OCS levanta questões jurídicas supramencionadas e teria eventualmente um impacto negativo no setor, potenciando, por exemplo, despedimentos nas redações e contribuindo para uma diminuição do pluralismo. Ainda assim, o Governo considera que devem ser criados benefícios que aliviem os OCS nacionais nos custos associados aos serviços atualmente indispensáveis da Lusa para qualquer meio”.

O objetivo é reduzir custos aos órgãos de comunicação social, contribuindo para a melhoria dos seus planos de negócio e/ou para a canalização de fundos para o reforço de redações, bem como melhorar o acesso a pacotes de informação da Lusa, combatendo assimetrias económicas, geográficas, sociais, demográficas, com diversificação temática de interesse público.

A medida entra em vigor a 1 de janeiro de 2025, após a revisão do contrato de serviço público com visto do Tribunal de Contas, e terá um impacto de €2 milhões na redução da receita da Lusa.

Ainda no eixo do serviço público concessionado, o Governo quer uma clarificação da estrutura acionista da agência noticiosa, para assegurar que não é participada por fundos cujos proprietários são desconhecidos, promover a excelência do serviço público, contribuir para um serviço público de informação livre, transparente e de qualidade, reforçar a missão da Lusa de dar cobertura noticiosa ao país inteiro e acelerar a modernização tecnológica da Lusa.

“Esta prioridade foi materializada no passado dia 31 de julho, momento em que o Estado passou a deter 95,86% do capital da Lusa, concretizando, desta forma, o compromisso do Governo com o serviço público de jornalismo. Para garantir que a única agência de notícias portuguesa tenha uma propriedade isenta e sólida, garantindo que continua a exercer as suas funções de forma livre, transparente e independente, o Governo tem ainda a intenção de adquirir o restante capital da Lusa, de acordo com o preço justo por ação e participação acionista”, explica o documento, avançando a previsão da compra do restante capital em 2025, por €200 mil, a somar aos €24,9 milhões já executados em julho.

O Governo avança também com um novo modelo de governação, a partir de 2025, para reforçar a independência da Lusa face ao poder político e a autonomia e estabilidade de gestão (para poder implementar os seus objetivos estratégicos), proteger a liberdade editorial, a clareza, o rigor, a isenção, o pluralismo, e a qualidade do trabalho jornalístico, e monitorizar anualmente o cumprimento das obrigações do contrato de prestação de serviço noticioso e informativo, na sua componente não financeira.

A medida inclui a criação de um conselho de supervisão da agência noticiosa, com uma composição multisetorial na área dos media. A este conselho caberá garantir a autonomia do conselho de administração e a independência da direção de informação. Caber-lhe-á, igualmente, supervisionar a atividade da agência, bem como a sua relação com os principais intervenientes do setor e, ainda, pronunciar-se sobre a nomeação do presidente do conselho de administração (máximo de dois mandatos de três anos cada), através de uma candidatura que deverá ter por base um plano estratégico sistematizado, com identificação de objetivos a atingir.

“Com esta solução, quer-se também que a Lusa passe a estar verdadeiramente inscrita no mercado em que se insere (ligação com associações, sindicatos, entre outras entidades da sociedade civil), passando a ouvi-lo e, não apenas, a gerir o seu desempenho em função da indemnização compensatória. Isto é, que a Lusa passe a ser escrutinada não apenas no que diz respeito aos resultados financeiros, mas também em relação aos serviços que presta”, acrescenta o Plano de Ação para a Comunicação Social.

A modernização em meios humanos e tecnológicos, com um custo estimado de €4 milhões e a execução a iniciar-se em 2025, durante três anos, é outra das medidas para a Lusa inscrita no plano do Governo no eixo do serviço público concessionado. “O Governo pretende dar reconhecimento, visibilidade, investimento e modernidade à Lusa, encarando-a como uma das peças centrais da estratégia para a comunicação social. Para tal, vai modernizar e dotar a agência de meios humanos e tecnológicos, atribuindo-lhe também mais responsabilidades e novos objetivos”.

O documento avança ainda que “a Lusa, no âmbito do serviço público que presta, terá particular atenção em áreas como a cultura, contribuirá para combater a desinformação e para robustecer a literacia mediática e desempenhará um papel fundamental na coesão territorial. Nesse sentido, o Governo vai reabilitar a agência com infraestruturas (estúdios de gravação e auditórios) e aplicações informáticas (alteração de site e redes sociais, do sistema de newsletter e de monitorização de conteúdos) que permitam fazer face a objetivos estratégicos, nomeadamente o combate à desinformação e a evasão de leitores”.

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Heinz pede desculpa por anúncio que está a gerar indignação nas redes sociais

O anúncio da marca norte-americana no Reino Unido, que faz parte de uma campanha publicitária para molhos de massa de tamanho familiar (na foto), está a gerar polémica nas redes sociais por alegadamente promover estereótipos raciais negativos

A Heinz teve de apresentar um pedido de desculpas na sequência de um ‘outodoor’ com publicidade a um produto da marca, exibido nas estações de metro de Londres, ter gerado controvérsia nas redes sociais por alegadamente promover estereótipos raciais negativos, noticia o The Guardian.

O anúncio da marca norte-americana alimentar, que faz parte de uma campanha publicitária para molhos de massa de tamanho familiar lançada recentemente, retrata uma família sentada numa mesa de casamento, onde de encontra a noiva, uma jovem negra, a saborear uma garfada de massa, sentada ao lado do noivo, um jovem branco. O ‘outodoor’ mostra ainda casal (um homem e uma mulher mais velhos), ambos de origem caucasiana, e uma outra mulher negra, também mais velha.

Alguns utilizadores das redes sociais criticaram o anúncio por “apagar” o pai negro da jovem, que, alegadamente, é o elemento parental que não se encontra no anúncio. Na sequência desta campanha, o autor e colaborador do The Guardian, Nels Abbey, escreveu no X: “Para os meus irmãos com filhas. Porque, acreditem ou não, as raparigas negras também têm pais”. Desde então, a publicação tornou-se viral.


Em resposta, um utilizador do X escreveu: “O descarte total de pais negros por uma marca tão popular é chocante. Como é que isto foi aprovado?”.  Outro escreveu: “Sim, é linda a relação inter-racial e eles queriam manter-se pelas cinco pessoas na mesa, mas a remoção do pai negro não é justo”.

Em resposta aos comentários, a Heinz declarou ao jornal The Independent que “apreciamos sempre a perspetiva do público sobre as nossas campanhas” e que “compreendemos que este anúncio possa ter perpetuado, sem intenção, estereótipos negativos”. “Apresentamos as nossas mais sinceras desculpas e continuaremos a ouvir, a aprender e a melhorar para evitar que isto volte a acontecer no futuro”.

Outros utilizadores do X interpretaram o anúncio de forma diferente, destacando os lugares em que os protagonistas estão sentados. Um deles escreveu: “De acordo com os lugares tradicionais de um casamento, não costuma ser o pai da noiva a sentar-se ao lado da mãe do noivo? Ou seja, o homem à esquerda é o pai da noiva e o pai do noivo está ausente?”.

Outro concordou: “A disposição dos lugares numa mesa superior num casamento é o pai da noiva e a mãe do noivo ao lado da noiva. O pai do noivo e a mãe da noiva estão ao lado do noivo. É o pai do noivo que está a faltar”.

Os anúncios fazem parte de uma campanha publicitária que celebra os que quebram as regras e desafiam o comportamento convencional. No anúncio em questão, a noiva tem, por exemplo, o molho da massa derramado no vestido branco de casamento.

Sobre o autorDaniel Monteiro Rahman

Daniel Monteiro Rahman

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