Compras em canais digitais deverão crescer até 60%, até 2029
Dispositivos móveis são cada vez mais dominantes no comércio online, apesar de as lojas físicas terem recuperado importância no último ano, revela estudo ‘The Future Shopper Report’ da VML. Plataformas digitais ‘marketplaces’ lideram em todas as fases do processo de consumo

Meios & Publicidade
Guilherme Coelho lidera nova área tecnológica da Havas
Faturação da ByteDance sobe para €136,1 mil milhões
Sugestões para ler, ver e escutar da edição 977 do M&P
Palhaçadas sérias
Havas inspira-se na força do vento para reposicionar EDP
L’Oréal Paris escolhe Philippine Leroy-Beaulieu
Digidelta lança marca de filmes sustentáveis para impressões digitais
Marcas americanas adaptam estratégias em resposta às tarifas de Trump
Flesh512 cria campanha digital para a Água Serra da Estrela
TV: Os programas que dominam as audiências, gravações e redes sociais em março
As compras através de canais digitais deverão crescer até 60% até 2029, avança a oitava edição do estudo ‘The Future Shopper Report’ da VML. Elaborada a partir de um questionário a 31.500 consumidores globais que compram online regularmente, pelo menos uma vez por mês, a análise revela que os compradores mostram-se mais abertos a novas experiências de compras físicas.
Segundo o estudo, a posição dominante dos ‘marketplaces’ no processo de tomada de decisão do cliente enfraqueceu no último ano. O impacto de novas tecnologias, como a inteligência artificial (IA), também está a alterar hábitos e comportamentos. “Está a mudar o que vendemos, como vendemos e a quem vendemos”, revela a VML em comunicado de imprensa.
É nos ‘marketplaces’ que 35% dos consumidores procuram inspiração para as compras e que 32% conduzem as pesquisas de comparação para a escolha de produtos. “Apesar do domínio dos canais digitais, os canais físicos apresentaram uma recuperação junto destes consumidores, sendo que mais de metade dos inquiridos afirmam que preferem marcas que tenham lojas físicas e digitais”, refere o documento.
O telemóvel é o dispositivo preferido da maioria dos compradores, que adquirem produtos e serviços online, superando os 50%. Em segundo lugar, surge o computador portátil, mencionado por apenas 16% dos inquiridos.
“Ainda assim, a experiência nestes dispositivos podia ser melhor, uma vez que dois terços dos inquiridos afirmam que as marcas precisam de fazer mais para cumprir as expetativas. Dispositivos como consolas de jogos, ‘smartwatches’ ou assistentes virtuais, apesar de ainda residuais, apresentam-se como alternativas para a realização de compras em canais digitais”, refere o documento.
Os amigos são, por norma, quem mais influencia as decisões de compras. “No entanto os influenciadores apresentam a liderança, em audiências abaixo dos 34 anos, e a família, nas audiências acima dos 45”, explica a VML. As respostas ao inquérito revelam ainda que o preço é o principal fator que incentiva os consumidores a comprar online.
“Este estudo reforça as nossas análises nacionais e internacionais, que demonstram uma transferência significativa da procura de produtos e serviços para canais digitais. As decisões das empresas e das marcas para se posicionarem nestes canais devem ser encaradas como um imperativo de transformação, superior ao que fizeram no passado, para se adaptarem ao retalho físico moderno”, afirma Gonçalo dos Santos Rodrigues, diretor de consultoria da VML, citado no comunicado de imprensa.