Meta enfrenta coima por práticas anticoncorrenciais na publicidade
Os reguladores alegam que a empresa liderada por Mark Zuckerberg vincula os serviços gratuitos do Facebook Marketplace ao Facebook, numa tentativa de prejudicar os rivais. A decisão da CE poderá ser tomada no mês de outubro
Daniel Monteiro Rahman
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A Meta está a ser alvo de um processo da Comissão Europeia (CE), que pode impor uma coima no valor até 10% das suas receitas anuais globais, que em 2023 ascenderam a quase 135 mil milhões de dólares (€122 mil milhões), segundo o Financial Times. Em causa, estão alegadas práticas anticoncorrenciais por parte da Meta em esforços para dominar o mercado dos anúncios classificados.
“As alegações feitas pela Comissão Europeia não têm fundamento. Continuamos a trabalhar com as entidades reguladoras para demonstrar que a inovação dos nossos produtos é pró-consumidor e pró-competitiva”, sustenta um porta-voz da Meta, citado pelo Financial Times. A Meta poderá recorrer do processo.
Os reguladores da União Europeia (UE) alegam que a empresa liderada por Mark Zuckerberg vincula os serviços gratuitos do Facebook Marketplace ao Facebook, numa tentativa de prejudicar os rivais. A investigação foi aberta em 2019, após acusações de concorrentes do Facebook alegarem que a Meta abusa da posição dominante, ao oferecer serviços gratuitos enquanto lucra com os dados, principalmente de empresas, que recolhe na plataforma.
Posteriormente, em dezembro de 2022, a CE apresentou conclusões iniciais que indiciam que a Meta estava de facto a perturbar a concorrência no mercado dos anúncios classificados online, bem como a utilizar os dados das empresas, acedidos gratuitamente, para depois vender anúncios aos utilizadores. A decisão da CE poderá ser tomada no mês de outubro e marcará uma das últimas investigações supervisionadas por Margrethe Vestager, comissária da União Europeia para a concorrência.