Anthropic processada por violação de direitos de autor no treino de IA
Grupos separados de autores já processaram também a OpenAI e a Meta Platforms, devido à alegada utilização indevida do seu trabalho por estas empresas no treino dos modelos de linguagem de grande dimensão subjacentes aos seus ‘chatbots’

Daniel Monteiro Rahman
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A startup de inteligência artificial (IA) Anthropic está a ser alvo de uma ação judicial coletiva no Tribunal Federal da Califórnia, por parte de três autores que afirmam que a empresa utilizou indevidamente os seus livros e centenas de milhares de outros exemplares, para treinar o seu modelo de linguagem de grande dimensão, a responder a instruções humanas, noticia o The Guardian.
A ação, apresentada a 19 de agosto pelos escritores e jornalistas Andrea Bartz, Charles Graeber e Kirk Wallace Johnson, afirma que a startup sediada em São Francisco, utilizou versões pirateadas dos trabalhos dos autores para ensinar o seu chatbot, Claude, que gera textos em resposta às solicitações dos utilizadores.
“A Anthropic apresenta-se como uma empresa de utilidade pública, destinada a melhorar a humanidade. No entanto, para os detentores de obras protegidas por direitos de autor, a Anthropic já provocou uma destruição massiva”, lê-se na queixa, citada pelo The Guardian. “Não é exagero afirmar que o modelo da Anthropic procura lucrar com a exploração da expressão e do intelecto humano subjacente a cada uma dessas obras”, referem ainda os autores da ação judicial.
Na denúncia, os autores afirmam ainda que a Anthropic “construiu um negócio multimilionário ao roubar centenas de milhares de livros protegidos por direitos de autor”. A startup liderada por Dario Amodei obteve apoio financeiro de fontes como a Amazon e a Google. A ação judicial solicita uma quantia não especificada de danos monetários e uma ordem que impeça, permanentemente, a Anthropic de usar indevidamente o trabalho dos autores.
O processo junta-se a várias outras queixas de alto risco, apresentadas por detentores de direitos autorais, incluindo artistas visuais, agências de notícias e gravadoras, em relação ao material usado por empresas de tecnologia para treinarem os seus sistemas de IA generativa. Grupos separados de autores já processaram também a OpenAI e a Meta Platforms, devido à alegada utilização indevida do seu trabalho por estas empresas no treino de modelos de linguagem de grande dimensão subjacentes aos seus ‘chatbots’.