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Whee, a resposta do TikTok ao Instagram, está a fracassar

Ainda não foi lançado em Portugal e a Malásia é onde o Whee já foi mais descarregado nos dispositivos iOS. A nova rede social da ByteDance está a levantar suspeitas, por ter sido lançada poucos meses após a aprovação da lei que pode banir o TikTok nos Estados Unidos, podendo ser o Whee um plano B

Daniel Monteiro Rahman
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Whee, a resposta do TikTok ao Instagram, está a fracassar

Ainda não foi lançado em Portugal e a Malásia é onde o Whee já foi mais descarregado nos dispositivos iOS. A nova rede social da ByteDance está a levantar suspeitas, por ter sido lançada poucos meses após a aprovação da lei que pode banir o TikTok nos Estados Unidos, podendo ser o Whee um plano B

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O Whee é a nova rede social dos criadores do TikTok que, tal como o Instagram, permite aos utilizadores publicar e editar fotografias, e enviar mensagens a outros utilizadores. A aplicação foi lançada discretamente a 18 de junho em 71 países, mas segundo o TechCrunch, até 25 de junho, só foi descarregada em 13 mil dispositivos iOS e em pouco mais de 10 mil dispositivos Android, números inferiores aos milhões de downloads mensais do TikTok.

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O Whee ainda não foi lançado em Portugal e, até agora, a Malásia é onde foi mais descarregado (2.400 vezes) nos dispositivos iOS. Segundo avança o TechCrunch, a ByteDance, empresa que detém o TikTok, não está a anunciar o Whee através de publicidade no motor de pesquisa da Apple, que aumenta a classificação das aplicações na App Store.

Apesar de ainda ter uma expressão reduzida, a nova rede social da ByteDance está a levantar suspeitas, por ter sido lançada poucos meses após Joe Biden ter aprovado a lei que poderá vir a banir o TikTok nos Estados Unidos. O que significa que é possível que com o investimento que ainda esteja para ser feito, o Whee possa vir a representar um plano secundário para a ByteDance, caso o TikTok seja mesmo banido nos Estados Unidos. A empresa, no entanto, não se pronunciou sobre este tema.

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Serviços da Lusa vão ter descontos para meios de comunicação

O Governo vai promover descontos para serviços de interesse público, que variam entre 50% e 75%, para órgãos de comunicação regionais e locais, e entre 30% e 50%, para órgãos de comunicação nacionais, de acordo com o Plano de Ação para a Comunicação Social

A Lusa vai fazer descontos a órgãos de informação, locais e nacionais, e terá um conselho de supervisão, para garantir a autonomia da agência noticiosa do conselho de administração e a independência da direção de informação, avança o Plano de Ação para a Comunicação Social, apresentado hoje de manhã, no hotel Pestana Palace, em Lisboa.

O plano está dividido em quatro eixos – regulação do setor, serviço público concessionado (que além da Lusa inclui a RTP, que vai deixar de ter publicidade), incentivos ao setor e combate à desinformação e literacia mediática. As decisões do Governo que impactam a Lusa, que tutela a par com a RTP e a comunicação social, enquadram-se no eixo do serviço público concessionado.

Nesta matéria, o documento refere que o Governo vai promover descontos para serviços de interesse público, que variam entre 50% e 75%, para órgãos de comunicação regionais e locais, e entre 30% e 50%, para órgãos de comunicação nacionais, recordando que a Lusa já disponibiliza três serviços gratuitos referentes a temas de identidade de género, desinformação, e cultura.

O documento enquadra a opção pelos descontos em detrimento da oferta referindo que “o direito da concorrência da União Europeia impede a gratuitidade dos serviços da Lusa, sendo que para mercados relevantes é preciso dar condições idênticas. Após também uma auscultação ao setor, o Governo avaliou e concluiu que a cedência de serviços de forma gratuita por parte da Lusa aos OCS levanta questões jurídicas supramencionadas e teria eventualmente um impacto negativo no setor, potenciando, por exemplo, despedimentos nas redações e contribuindo para uma diminuição do pluralismo. Ainda assim, o Governo considera que devem ser criados benefícios que aliviem os OCS nacionais nos custos associados aos serviços atualmente indispensáveis da Lusa para qualquer meio”.

O objetivo é reduzir custos aos órgãos de comunicação social, contribuindo para a melhoria dos seus planos de negócio e/ou para a canalização de fundos para o reforço de redações, bem como melhorar o acesso a pacotes de informação da Lusa, combatendo assimetrias económicas, geográficas, sociais, demográficas, com diversificação temática de interesse público.

A medida entra em vigor a 1 de janeiro de 2025, após a revisão do contrato de serviço público com visto do Tribunal de Contas, e terá um impacto de €2 milhões na redução da receita da Lusa.

Ainda no eixo do serviço público concessionado, o Governo quer uma clarificação da estrutura acionista da agência noticiosa, para assegurar que não é participada por fundos cujos proprietários são desconhecidos, promover a excelência do serviço público, contribuir para um serviço público de informação livre, transparente e de qualidade, reforçar a missão da Lusa de dar cobertura noticiosa ao país inteiro e acelerar a modernização tecnológica da Lusa.

“Esta prioridade foi materializada no passado dia 31 de julho, momento em que o Estado passou a deter 95,86% do capital da Lusa, concretizando, desta forma, o compromisso do Governo com o serviço público de jornalismo. Para garantir que a única agência de notícias portuguesa tenha uma propriedade isenta e sólida, garantindo que continua a exercer as suas funções de forma livre, transparente e independente, o Governo tem ainda a intenção de adquirir o restante capital da Lusa, de acordo com o preço justo por ação e participação acionista”, explica o documento, avançando a previsão da compra do restante capital em 2025, por €200 mil, a somar aos €24,9 milhões já executados em julho.

O Governo avança também com um novo modelo de governação, a partir de 2025, para reforçar a independência da Lusa face ao poder político e a autonomia e estabilidade de gestão (para poder implementar os seus objetivos estratégicos), proteger a liberdade editorial, a clareza, o rigor, a isenção, o pluralismo, e a qualidade do trabalho jornalístico, e monitorizar anualmente o cumprimento das obrigações do contrato de prestação de serviço noticioso e informativo, na sua componente não financeira.

A medida inclui a criação de um conselho de supervisão da agência noticiosa, com uma composição multisetorial na área dos media. A este conselho caberá garantir a autonomia do conselho de administração e a independência da direção de informação. Caber-lhe-á, igualmente, supervisionar a atividade da agência, bem como a sua relação com os principais intervenientes do setor e, ainda, pronunciar-se sobre a nomeação do presidente do conselho de administração (máximo de dois mandatos de três anos cada), através de uma candidatura que deverá ter por base um plano estratégico sistematizado, com identificação de objetivos a atingir.

“Com esta solução, quer-se também que a Lusa passe a estar verdadeiramente inscrita no mercado em que se insere (ligação com associações, sindicatos, entre outras entidades da sociedade civil), passando a ouvi-lo e, não apenas, a gerir o seu desempenho em função da indemnização compensatória. Isto é, que a Lusa passe a ser escrutinada não apenas no que diz respeito aos resultados financeiros, mas também em relação aos serviços que presta”, acrescenta o Plano de Ação para a Comunicação Social.

A modernização em meios humanos e tecnológicos, com um custo estimado de €4 milhões e a execução a iniciar-se em 2025, durante três anos, é outra das medidas para a Lusa inscrita no plano do Governo no eixo do serviço público concessionado. “O Governo pretende dar reconhecimento, visibilidade, investimento e modernidade à Lusa, encarando-a como uma das peças centrais da estratégia para a comunicação social. Para tal, vai modernizar e dotar a agência de meios humanos e tecnológicos, atribuindo-lhe também mais responsabilidades e novos objetivos”.

O documento avança ainda que “a Lusa, no âmbito do serviço público que presta, terá particular atenção em áreas como a cultura, contribuirá para combater a desinformação e para robustecer a literacia mediática e desempenhará um papel fundamental na coesão territorial. Nesse sentido, o Governo vai reabilitar a agência com infraestruturas (estúdios de gravação e auditórios) e aplicações informáticas (alteração de site e redes sociais, do sistema de newsletter e de monitorização de conteúdos) que permitam fazer face a objetivos estratégicos, nomeadamente o combate à desinformação e a evasão de leitores”.

Sobre o autorCatarina Nunes

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Heinz pede desculpa por anúncio que está a gerar indignação nas redes sociais

O anúncio da marca norte-americana no Reino Unido, que faz parte de uma campanha publicitária para molhos de massa de tamanho familiar (na foto), está a gerar polémica nas redes sociais por alegadamente promover estereótipos raciais negativos

A Heinz teve de apresentar um pedido de desculpas na sequência de um ‘outodoor’ com publicidade a um produto da marca, exibido nas estações de metro de Londres, ter gerado controvérsia nas redes sociais por alegadamente promover estereótipos raciais negativos, noticia o The Guardian.

O anúncio da marca norte-americana alimentar, que faz parte de uma campanha publicitária para molhos de massa de tamanho familiar lançada recentemente, retrata uma família sentada numa mesa de casamento, onde de encontra a noiva, uma jovem negra, a saborear uma garfada de massa, sentada ao lado do noivo, um jovem branco. O ‘outodoor’ mostra ainda casal (um homem e uma mulher mais velhos), ambos de origem caucasiana, e uma outra mulher negra, também mais velha.

Alguns utilizadores das redes sociais criticaram o anúncio por “apagar” o pai negro da jovem, que, alegadamente, é o elemento parental que não se encontra no anúncio. Na sequência desta campanha, o autor e colaborador do The Guardian, Nels Abbey, escreveu no X: “Para os meus irmãos com filhas. Porque, acreditem ou não, as raparigas negras também têm pais”. Desde então, a publicação tornou-se viral.


Em resposta, um utilizador do X escreveu: “O descarte total de pais negros por uma marca tão popular é chocante. Como é que isto foi aprovado?”.  Outro escreveu: “Sim, é linda a relação inter-racial e eles queriam manter-se pelas cinco pessoas na mesa, mas a remoção do pai negro não é justo”.

Em resposta aos comentários, a Heinz declarou ao jornal The Independent que “apreciamos sempre a perspetiva do público sobre as nossas campanhas” e que “compreendemos que este anúncio possa ter perpetuado, sem intenção, estereótipos negativos”. “Apresentamos as nossas mais sinceras desculpas e continuaremos a ouvir, a aprender e a melhorar para evitar que isto volte a acontecer no futuro”.

Outros utilizadores do X interpretaram o anúncio de forma diferente, destacando os lugares em que os protagonistas estão sentados. Um deles escreveu: “De acordo com os lugares tradicionais de um casamento, não costuma ser o pai da noiva a sentar-se ao lado da mãe do noivo? Ou seja, o homem à esquerda é o pai da noiva e o pai do noivo está ausente?”.

Outro concordou: “A disposição dos lugares numa mesa superior num casamento é o pai da noiva e a mãe do noivo ao lado da noiva. O pai do noivo e a mãe da noiva estão ao lado do noivo. É o pai do noivo que está a faltar”.

Os anúncios fazem parte de uma campanha publicitária que celebra os que quebram as regras e desafiam o comportamento convencional. No anúncio em questão, a noiva tem, por exemplo, o molho da massa derramado no vestido branco de casamento.

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Governo acaba com publicidade na RTP em 2027

Pedro Duarte, ministro dos Assuntos Parlamentares, avança que serão “eliminados dois minutos de publicidade por hora, nos próximos dois anos”, até à extinção total, em 2027, quando a publicidade comercial desaparecerá da grelha, em alinhamento “com as boas práticas da BBC e da TVE”. Espaços de promoção de eventos e iniciativas culturais deverão compensar o fim da publicidade

O fim da publicidade comercial nas grelhas da RTP ao longo dos próximos três é uma das medidas mais disruptivas, de um pacote de 30 medidas para o setor dos media, que Pedro Duarte, ministro dos Assuntos Parlamentares, que tutela a comunicação social, a RTP e a Lusa, acaba de anunciar na abertura da conferência ‘O Futuro dos Media’, no hotel Pestana Palace, em Lisboa.

Pedro Duarte refere que serão “eliminados dois minutos de publicidade por hora, nos próximos dois anos”, até à extinção total, em 2027, quando a publicidade comercial desaparecerá da grelha, em alinhamento “com as boas práticas da BBC e da TVE”. A redução de tempo dedicado à publicidade comercial deverá, no entanto, ser compensada com espaços de promoção de eventos e iniciativas culturais.

A medida, há muito exigida pelos operadores privados, tem como objetivo criar condições para que a RTP, se concentre na prestação de serviço público, sem estar dependente de receitas publicitárias, e diferenciar a oferta proporcionada pela RTP, em alternativa e não em competição, com as restantes ofertas existentes no mercado.

Na prática, o fim da publicidade representa perdas de receitas de cerca de €6 milhões, por ano e nos próximos três anos, com um custo total estimado de €18 milhões, de acordo com os dados avançados no Plano de Ação para a Comunicação Social, apresentado pelo Governo a 8 de outubro.

Outra das medidas para a RTP é, até final de 2024, celebrar um novo Contrato de Concessão de Serviço Público (CCSP), cuja revisão está em atraso desde 2015. “Em articulação com o seu conselho de administração e com os seus trabalhadores, e tendo em conta as considerações do Livro Branco do Serviço Público, impulsionar-se-á o nascimento de uma nova RTP, próxima das necessidades e expectativas dos públicos de hoje e de amanhã”, refere o documento, que avança que irá inovar-se “não apenas nos modelos de oferta dos seus conteúdos e na valorização de soluções inspiradas na RTP Play, mas também nas delegações e centros de produção descentralizados. A RTP deve aproximar-se dos portugueses, com mais conteúdos e protagonistas locais e com ofertas mais direcionadas para os diferentes públicos”, explica o documento.

O plano abrange ainda a reorganização e modernização do grupo de rádio e televisão públicas, já a partir de outubro, que terá um custo máximo de €19,9 milhões e que passa por saídas voluntárias da RTP, com um teto de saída de 250 funcionários. Por cada duas funcionários que saiam será contratado um novo funcionário, com um perfil direcionado para o digital. O documento avança que as indemnizações por saídas voluntárias terão uma “poupança estimada de €7,3 milhões por ano”. Com esta medida é pretendido “proporcionar um contexto de modernização e gestão mais eficiente dos recursos da RTP, assente em tecnologia e em soluções digitais que preparem a RTP para a sua afirmação presente e futura”, lê-se no plano de ação do Governo.

“Compete ao Governo incentivar as melhores práticas de gestão e dar todas as condições para que as estruturas de direção e os colaboradores da RTP as possam aplicar” e “estaremos empenhados nesse processo, designadamente, através de novas sinergias com a Lusa (sem fusão de empresas ou de redações) e de uma maior autonomia na gestão de pessoal (nas contratações e nas saídas pré-reforma voluntárias), na gestão da tesouraria ou na rentabilização de terrenos e instalações não produtivas”, avança o documento. “Tudo isto proporcionará as condições necessárias para a aceleração da implementação do Plano Estratégico 2024-2026 da RTP, designadamente, apostando-se nas soluções e plataformas digitais”, acrescenta.

O combate à desinformação e a criação de uma plataforma de verificação de factos é a quarta e última medida direcionada especificamente para a RTP, que será aplicada imediatamente após a revisão do contrato de serviço público. “Num momento em que o combate à desinformação e às ‘fake news’ é essencial para a democracia, o Governo, tal como se comprometeu através do seu programa, também se une a este esforço, incentivando a criação de uma plataforma de verificação de factos da RTP, que se assuma como parte integrante da sua missão de serviço público”, justifica o Governo, no documento.

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Mosca Publicidade assina campanha contra trabalho infantil (com vídeo)

Lançada pela associação Caminhos de Infância, com o apoio do Nova BHRE, a iniciativa está a ser divulgada em imprensa, digital e exterior, em Lisboa e Tomar. O filme informativo que alerta para o flagelo tem locução da radialista e apresentadora Inês Lopes Gonçalves

A Caminhos de Infância, associação de utilidade pública dedicada à promoção de uma infância digna, está a promover, em parceria com o Nova Centre on Business, Human Rights and the Environment (Nova BHRE), uma campanha de sensibilização a favor da erradicação do trabalho infantil.

Desenvolvida pela agência Mosca Publicidade, apurou o M&P, a iniciativa pretende dar visibilidade às crianças que, um pouco por todo o mundo, trabalham em vez de irem à escola. A intenção é despertar a consciência coletiva para o problema, que afeta crianças entre os 5 e os 11 anos.

Além de múpis em Lisboa e Tomar, autarquias que apoiam a campanha, a mensagem está a ser veiculada em imprensa e digital. O filme informativo que alerta para o flagelo do trabalho infantil no mundo, uma realidade agravada com a pandemia, tem locução da radialista e apresentadora Inês Lopes Gonçalves.

A campanha é suportada por um site, que explica que muitas crianças são impedidas de frequentar os estabelecimentos de ensino. Segundo números oficiais, 160 milhões de crianças, 63 milhões de raparigas e 97 milhões de rapazes, são forçadas a trabalhar em vez de aprender.

“Momentos houve da nossa história em que podíamos invocar o desconhecimento de atrocidades cometidas. Hoje, a omissão não pode ser uma opção”, justifica Inês Poeiras, diretora executiva da Caminhos de Infância, citada em comunicado de imprensa.

A campanha está alinhada com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, respondendo à Meta 8.7, que estabelece o compromisso de eliminar o trabalho infantil até 2025.

“É importante não esquecer o papel que as empresas têm na promoção dos direitos humanos nas suas cadeias de abastecimento, estando disponíveis para implementar medidas corporativas que permitam a erradicação do trabalho infantil”, refere também Claire Bright, fundadora e diretora do Nova BHRE.

 

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A sequela do filme ‘Beetlejuice’ (na foto), de Tim Burton, conta com 35 parceiros de marca, o que representa a maior campanha de colaborações da Warner Bros. Pictures para um filme. Mas está longe de ser a única marca a apostar na tendência crescente de ‘co-branding’

Num mundo cada vez mais competitivo, as marcas procuram alternativas para se destacarem da concorrência e ganharem relevância. Uma das soluções que surge cada vez mais como opção de marketing e comunicação são os projetos em ‘co-branding’. “Há um ‘boom’ deste tipo de parcerias nos últimos tempos”, aponta Rita Leite, diretora de desenvolvimento de negócio da Havas Media Portugal, em declarações ao M&P.

A campanha de marketing da sequela do filme ‘Beetlejuice’, de Tim Burton, é um dos exemplos mais recentes e conta com 35 parceiros de marca. Representa também a maior campanha de parcerias da Warner Bros. Pictures para um filme, sem contar com os produtos licenciados para o filme ‘Barbie’, que bateram todos os recordes.

Os parceiros de marketing do filme ‘Beetlejuice Beetlejuice’ representam, contudo, mais do dobro do valor promocional dos parceiros do filme ‘Barbie’, de acordo com Dana Nussbaum, vice-presidente executiva de marketing mundial da Warner Bros. Pictures. “O entusiasmo das marcas em investir de forma mais aprofundada no mundo do filme deterror e  comédia, por vezes de forma surpreendente, foi um desenvolvimento entusiasmante e inovador”, afirma Dana Nussbaum, em entrevista à Ad Age.

“Os dias em que se punha um logótipo em qualquer coisa, ou se colocava um produto que até parecia fora do lugar, acabaram”, sustenta Dana Nussbaum. “As audiências em geral tornaram-se demasiado inteligentes e sofisticadas para isso. Ninguém quer isso. O que elas querem é algo que lhes dê a sensação de valor acrescentado em que se sente que se está realmente a criar algo. Por isso, não se trata de forçar este tipo de parcerias, mas sim de as construir em conjunto”, acrescenta.

De acordo com um inquérito realizado pela Clutch, empresa de pesquisa de mercado, classificações e críticas de B2B, 71% dos consumidores são atraídos por parcerias de ‘co-branding’. Segundo a análise, esta preferência deve-se ao facto de os novos produtos, que surgem de colaborações, acrescentarem valor a produtos que os consumidores já valorizam.

Rita Leite explica que esta é uma vantagem do qual as marcas podem tirar partido. “Nota-se cada vez mais um desprendimento do consumidor às marcas e estas têm mais dificuldade em reter os consumidores. Nesse sentido, estas parcerias ajudam as marcas a despertar no consumidor um impulso de compra pela exclusividade e pelo valor adicionado, acabando por atrair o consumidor de volta à marca”, argumenta.

‘Beetlejuice Beetlejuice’ atrai marcas

Em antecipação ao Halloween e ao novo filme de Tim Burton, a Fanta, marca da The Coca-Cola Company, estabelece uma colaboração com a Warner Bros. Pictures para o lançamento de um sabor exclusivo, comercializado em latas de edição limitada com as personagens do filme e experiências físicas e digitais. Dana Nussbaum salienta que “após o lançamento da campanha os utilizadores partiram para as redes sociais e começaram a publicar uma caça às latas com o rosto da personagem de Jenna Ortega, Astrid Deetz”.

A Fanta lança o sabor ‘Apple Juice’ e latas de edição limitada, com as personagens do novo filme de Tim Burton

A colaboração entre a Fanta e o ‘Beetlejuice Beetlejuice’ é uma criação da agência criativa Open X do WPP, liderada pela Ogilvy e apoiada por outras agências, como a Burson, EssenceMediacom, GOAT, Hogarth, Subvrsive e VML.

Também a Lush, marca britânica de cosmética, aproveita para estabelecer uma colaboração com a Warner Bros. Discovery e lançar uma coleção de produtos inspirada no filme ‘Beetlejuice Beetlejuice’ e em algumas das suas personagens. A coleção ‘Beetlejuice Beetlejuice x Lush’ conta com seis produtos feitos à mão, para banho, corpo e cabelo, indicada a “pessoas que se recusam a encaixar num molde e que veem as coisas de forma um pouco diferente, algo em que a Lush se revê desde o seu primeiro dia”, refere a Lush em comunicado de imprensa.

Outra das marcas que se associa à obra cinematográfica de Tim Burton, é a Bershka, que através de uma parceria com a Warner Bros. Discovery Global Consumer Products, cria uma coleção que pretende reinventar o estilo universitário com um toque obscuro e misterioso, parte da essência do primeiro filme ‘Beetlejuice’, que cativou várias gerações.

A Bershka inspira-se no estilo das personagens do filme ‘Beetlejuice Beetlejuice’ para criar uma coleção de moda

A marca aposta também em um ‘spot’ publicitário de promoção da coleção, que se inspira no filme. Nas imagens da campanha, a Bershka altera a sua denominação para ‘Beershka’, harmonizando ambas as marcas visualmente. As peças e os acessórios da coleção inspiram-se em cenas específicas e no estilo das personagens do filme, com uma reinterpretação moderna que convida, os fãs de sempre e os que só agora descobriram o filme, a vestirem-se num estilo pouco convencional.

“Chegar a novas audiências foi também uma prioridade para a equipa de ‘Beetlejuice Beetlejuice’, cujas primeiras discussões foram conduzidas por como fazer jus à audiência nostálgica, mas também mostrar às audiências mais jovens que há algo completamente fresco e relevante, e que o filme fala realmente a uma nova geração de uma forma muito específica”, explica Dana Nussbaum.

Questionada sobre a razão do aumento da opção por estas associações, Rita Leite explica que “este tipo de parcerias permite às marcas posicionarem-se em outros segmentos em que não estão presentes, alcançado comunidades de consumidores diferentes, enquanto
partilham recursos e o investimento em inovação, pesquisa de mercado e os custos associados ao lançamento de um produto”.

A diretora de desenvolvimento de negócio da Havas Media Portugal explica ainda que as marcas pequenas também já estão a explorar este tipo de estratégia de marketing. “É um fenómeno a que temos assistido cada vez mais no mercado. Se há uns anos víamos isto a acontecer
com marcas maiores, atualmente vemos marcas mais pequenas a apostarem nesse tipo de colaborações”, acrescenta.

Marcas nacionais acompanham a tendência

A Bordallo Pinheiro é um dos exemplos que Rita Leite refere. A marca nacional de faiança decorativa tem vindo a colaborar com outras marcas nacionais, como a Santini e a Herdade do Esporão, mais recentemente. Une-se também à Vista Alegre (ambas detidas pelo grupo Visabeira), com uma parceria contínua de ‘co-branding’. Juntas criam a coleção ‘The Meaning’, com artigos de serviço de mesa com características de ambas as marcas, misturando a faiança da Bordallo Pinheiro com o cristal e a porcelana da Vista Alegre.

A boleira ‘Ponum’ da Vista Alegre recorre às cores e à pintura manual da faiança Bordallo Pinheiro

“A nossa estratégia de marca passa muito por colaborações que nos abram portas no mercado internacional. Todos os anos, lançamos também peças de arte contemporânea, que vão para galerias de arte. Têm um circuito mais exclusivo e mais artístico”, revela ao M&P, Nuno Barra, administrador da Visabeira, que já tem em produção novas criações Bordallo Pinheiro em colaboração com a Vista Alegre.

A Paez, marca argentina de calçado fundada pelos portugueses Ricardo Ortigão Ramos e Carlos Coutinho, e a Lupita, pizaria no Cais do Sodré, têm desde o início de setembro uma colaboração, que dá origem às ‘Moc Paez x Lupita’. As alpercatas de edição limitada incluem um padrão com fatias de piza, seguindo uma estratégia também adotada pela DCK, em 2023, quando estabelece uma parceria com a cadeia de restauração Poke House, lançando um modelo de calções de banho a acompanhar um menu especial.

A Paez lança um modelo com a Lupita, limitado a 300 unidades e com padrão de fatias de pizas

Ao comunicarem a colaboração, a Paez e a Lupita denominam-se como ‘love brands’ com um ‘lifestyle’ muito parecido e com valores partilhados, reforçando a importância do alinhamento de valores no ‘co-branding’. “Para ambas as marcas a descontração, a partilha com amigos e a vontade de viver o momento falam mais alto, por isso, faz todo o sentido juntarmos os produtos estrela de ambas numa coleção memorável”, refere o comunicado de imprensa.

Os riscos do ‘co-branding’

No entanto, como qualquer outra vertente do marketing, os ‘co-branding’ não são isentos de riscos. Para que a estratégia alcance os resultados desejados, é essencial que seja planeada cautelosamente para evitar consequências negativas. É fundamental que as marcas se sintam seguras e que partilhem valores e objetivos comuns. Rita Leite refere que “há sempre um risco associado a este tipo de colaborações. É necessário estarmos muito seguros da marca com a qual vamos colaborar, porque se essa marca amanhã dá um passo em falso, podemos ser levados atrás”.

De acordo com a diretora de desenvolvimento de negócio da Havas Media Portugal, para terem sucesso nas colaborações as marcas devem “analisar o que se pretende fazer, perceber se os riscos compensam o retorno e assegurar que os princípios, valores e missão da marca com o qual vão colaborar se cruzam e são alinhados, para garantir que o caminho que fazem é comum e evitar surpresas”. Rita Leite considera que “isto é importante porque vivemos numa era em que os consumidores exigem transparência e são mais exigentes, temos de assumir e fazer o que dizemos que vamos fazer”.

No entanto, a responsável da Havas Media Portugal considera que é um risco que vale a pena, “sobretudo num mundo em constante
movimento, em que as marcas requerem inovação para crescer. Os riscos são inerentes à atividade do marketing. Sempre que lançamos uma campanha é um risco, porque a mensagem pode não ser interpretada pelo público-alvo da maneira que foi intencionada. Aqui apenas temos risco adicionado, mas acho que é um ‘trade-off’ positivo e as marcas têm de estar dispostas a arriscar e a adaptarem-se”, argumenta Rita Leite.

A importância da exclusividade

A exclusividade é uma das bases principais deste tipo de colaboração, sobretudo pelo sentido de oportunidade que cria no consumidor. “É um valor que é criado pelo equilíbrio entre a pontualidade e uma tendência. O filme ‘Barbie’ é um dos melhores exemplos disso. Quando o filme foi lançado, era a tendência do momento, e esse efeito propagou-se através de produtos de edição limitada e outros, que os consumidores queriam ter pela exclusividade momentânea. Se fosse hoje, não acho que teria o mesmo impacto porque não há neste momento essa combinação de fatores. São produtos pontuais que caso o consumidor não comprar na altura, perde a oportunidade e não tem assim tantas chances de os poder comprar”, explica Rita Leite.

“Não obstante que em certos casos faça sentido manter estas parecerias numa lógica de ‘always on’ com lançamentos contínuos, mesmo que exclusivos, como é o caso da Bordallo Pinheiro e da Vista Alegre”, acrescenta.

À semelhança da Fanta, a Coca-Cola e a Oreo unem-se também numa parceria pontual, para criarem dois produtos exclusivos e de edição limitada, a Coca-Cola Oreo Zero Açúcar e as bolachas Oreo com sabor a Coca-Cola. Ambas as marcas avançam que o plano é darem-se a conhecer ao público uma da outra e, ao mesmo tempo, pôr em prática as respetivas competências de inovação de sabores e de marketing.

“Juntar a diversão da Oreo e a verdadeira magia da Coca-Cola é tão inesperado, mas ao mesmo tempo também parece tão natural porque são marcas parecidas em muitos aspetos”, enfatiza Oana Vlad, diretora sénior de estratégia global da The Coca-Cola Company.

“Na Oreo, esforçamo-nos por identificar novas formas de entusiasmar os consumidores e, com esta colaboração, elevámos realmente a fasquia”, destaca Eugenia Zalis, diretora global de marketing da marca Oreo para a Mondelez International. “O laço de amizade criado entre a Oreo e a Coca-Cola é uma forma lúdica de unir as nossas bases de fãs e celebrar o poder da conexão e da união”, sustenta.

A Lego e a Nike, por seu lado, também estão a desenvolver uma nova colaboração. O objetivo é criar produtos e experiências de marca exclusivos em conjunto, que serão lançados em 2025. Embora os pormenores sejam escassos, o interesse já se mostrou ser grande, com a notícia do acordo plurianual a suscitar a imaginação de inúmeros fãs nas redes sociais, que têm arriscado a criação dos seus próprios desenhos e produtos, tendo por base a colaboração entre as duas marcas.

A Lego e a Nike criaram um visual que junta elementos de ambas as marcas

Nesta união, a Nike, em particular, pode beneficiar de um impulso, especificamente entre os consumidores mais jovens, já que está a perder quota de mercado para marcas de calçado mais recentes, como a On e a Hoka. As vendas da Lego, no entanto, estão a crescer. A marca regista um aumento de 13% nas receitas do primeiro semestre de 2024. A Nike, por seu lado, viu as vendas trimestrais mais recentes diminuírem 2% e espera que as vendas diminuam entre cerca de 4% a 6%, no ano fiscal de 2025.

Idealização das sapatilhas Nike Air Jordan 1 x Lego, criadas por um fã

“Colocar a marca Nike em frente às crianças é uma estratégia de marca brilhante, as pessoas tendem a ser leais às marcas que usaram na infância no que diz respeito a produtos de consumo”, explica Chris Byrne, analista da indústria de brinquedos, citado na Ad Age. Ambas as marcas publicaram um vídeo a anunciar a parceria nas redes sociais e planeiam iniciar a comercialização em 2025, um ano em que se prevê que o ‘co-branding’ vá continuar a crescer.

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Hyundai patrocina modalidades de pavilhão do FC Porto

Com o novo acordo assinado com o clube nortenho, a marca automóvel junta o andebol, o basquetebol, o hóquei em patins e o voleibol ao portefólio de atividades desportivas que apoia, uma lista já inclui o futebol, o atletismo, o ténis e o ciclismo

A Hyundai e o FC Porto estabeleceram uma nova parceria. O acordo agora assinado torna a marca automóvel no patrocinador oficial das modalidades de pavilhão do clube. Além do atletismo, do ténis e do ciclismo e do futebol, através da Hyundai Liga Pro, a insígnia apoia agora as equipas de andebol, basquetebol, hóquei em patins e voleibol.

O nome da marca está presente nos equipamentos dos jogadores das modalidades de pavilhão do FC Porto e também terá visibilidade no Dragão Arena, o recinto construído para as provas desportivas interiores do clube, ao longo da época desportiva.

“É um momento importante para a Hyundai no sentido em que, pela primeira vez, consegue posicionar-se junto do FC Porto, um dos maiores clubes nacionais, o que permitirá à marca solidificar o caminho de ligação ao desporto”, refere Sérgio Ribeiro, administrador executivo da Salvador Caetano Auto, empresa com a conceção da marca em Portugal, citado em comunicado.

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Media

Audiências semanais: TVI mantém liderança, mas canais em aberto caem

Na semana de 30 de setembro a 6 de outubro, a RTP1 desce ligeiramente e conta agora com 10,2% de quota, a SIC também desce, ficando nos 13,9%, e a TVI segue a mesma tendência e regista uma descida, atingindo os 14,9%

O consumo global de televisão continua a observar uma tendência de crescimento, e regista esta semana uma subida de cerca de seis minutos por dia, face à semana passada, ficando agora nas cinco horas e 31 minutos diárias.

Nas variações de quota de audiência por canal, o cabo e ‘outros’ (que inclui o visionamento em ‘time shift’, ‘streaming’ e vídeo/jogos) são os canais que reforçam o seu ‘share’ de audiência esta semana, com todos os canais FTA comerciais (RTP1, SIC e TVI) a registarem o comportamento inverso e a terem quebra no ‘share’ semanal.

A RTP1 desce de forma ligeira até aos 10,2% de quota, a SIC também decresce e tem agora 13,9%, e a TVI segue o mesmo comportamento, com, esta semana, 14,9% de ‘share’ semanal. A televisão por cabo e ‘outros’ reforçam, com o cabo a chegar aos 42,1% de quota, e ‘outros’ a subir uma décima e a atingir os 17,6% de quota semanal.

No ranking dos canais mais vistos na televisão por cabo, a SIC Notícias está de volta ao terceiro lugar do pódio, segue-se à CMTV e à CNN Portugal, que continuam a ocupar os dois primeiros lugares da tabela.

Nas posições que se seguem estão o Star Channel, Star Movies, Hollywood, SIC Mulher, TVI Reality e Globo. Na posição restante está o Star Life, de regresso esta semana à tabela dos mais vistos do cabo.

O primeiro lugar da tabela da programação global continua a ser ocupado por um dos programas diários do reality show da TVI, ‘Secret Story – Especial’. Nas posições que se seguem estão mais um programa de ‘Secret Story’ e um episódio da novela ‘Cacau’, também da TVI, seguidos pelo concurso da RTP1 ‘O Preço Certo’. A fechar a tabela, encontra-se mais um conteúdo da TVI, ‘Secret Story – As Decisões’.

O programa ‘Notícias CM’, da CMTV, ocupa o primeiro lugar do ranking da programação da oferta no cabo da semana, ao qual se seguem os desportivos ‘Golos: Segunda Parte/Benfica X At. Madrid’ e ‘Golos: Primeira Parte/Benfica At. Madrid’. Nas restantes duas posições estão o ‘Grande Jornal – Noite’ e ainda ‘Liga d’Ouro/Champions’, tudo programas da CMTV.

Data Insights, Havas Media Network

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Comunicação

Prémios M&P Comunicação estão de volta para a 11ª edição

Na edição deste ano destaca-se a introdução da figura de presidente de júri, Domingas Carvalhosa, presidente da Associação Portuguesa das Empresas de Comunicação (APECOM) e CEO da Wisdom, que irá conduzir o processo de avaliação e votação dos trabalhos a concurso

No ano em que a inteligência artificial é definitivamente incontornável e nunca se falou tanto em autenticidade, propósito e hiperpersonalização, principalmente na indústria da comunicação, o jornal Meios & Publicidade volta a promover os Prémios M&P Comunicação, que este ano assinalam a 11a edição.

O propósito é distinguir as melhores ações de comunicação e relações públicas desenvolvidas por agências e consultoras de comunicação, bem como marcas, empresas e instituições, em Portugal e em mercados externos.

Mas se a inteligência artificial é o motor do próximo nível na comunicação, nas ações de relações públicas, eventos e abordagens digitais, e na consequente reputação de marca, há desafios que a antecedem. Primeiro a definição clara da essência e propósito da marca em causa, que depende de características intrínsecas, que, para quem tenha dúvidas, se querem verdadeiras. Segundo, a coerência e a consistência da sua comunicação, que dependem de opções estratégicas, que se querem em sintonia com a personalidade da marca.

O aumento da fragmentação dos canais de comunicação, da diversidade de públicos e do excesso de mensagens, exige ainda uma ‘conversa’ unificada e personalizada, independentemente da plataforma utilizada ou do formato do conteúdo. Definir e manter uma linha coerente, em todas as ações e comunicações, é a base a partir da qual a inteligência artificial orienta o melhor caminho. Mas não se faz isto sem ‘inputs’ humanos bem definidos.

De par com estes aspetos, a consistência da comunicação previne a desconexão entre o que a marca promete e o que realmente entrega, seja em termos do produto como dos seus valores, o que põe em causa o envolvimento do público, a confiança nos produtos ou serviços e a opção de compra. A consistência é o que constrói uma imagem forte, confiável e duradoura, seja nos vários suportes de comunicação (digitais ou tradicionais) ou nas ações de relações públicas e eventos, onde a inteligência artificial ajuda a ‘brilhar’ com experiências imersivas e interativas, junto do público acertado, entre outras valências.

Na reputação e assuntos públicos, outra das áreas abrangidas nos Prémios M&P Comunicação, por exemplo, a inteligência artificial deteta em tempo real e ajuda a responder rapidamente a situações de crise, promovendo uma gestão de reputação proativa, além de identificar temas ‘quentes’ que podem atingir as marcas e as organizações.

Aliás, Reputação e Public Affairs é uma das 11 grandes categorias da 11ª edição dos Prémios M&P Comunicação, de par com Setores de Atividade, Digital | Social | Influenciadores, Branded Content, Eventos e Patrocínios, Comunicação Interna, Sustentabilidade e Responsabilidade Social Corporativa, Comunicação Institucional, Comunicação Integrada, Mercados Externos e Assessoria de Imprensa. Cada uma delas subdivide-se, de acordo com a especificidade do projeto ou ação a premiar, totalizando 57 subcategorias.

Os trabalhos inscritos serão avaliados por um júri, que este ano tem uma inovação: a introdução da figura de presidente de júri. Domingas Carvalhosa, presidente da Associação Portuguesa das Empresas de Comunicação (APECOM) e CEO da Wisdom, será responsável pela condução do processo de avaliação e votação dos trabalhos a concurso. A presidente do júri, porém, não terá direito de voto, exceto em caso de empate.

Os jurados são Carlota Morais Pires (The Communication Studio), Duarte Zoio (Vanguard), Filipa Raposo de Almeida (Uber), Francisca Seabra (Burson), Francisco Mendia (H/Advisors CV&A) Inês Becken (IF Comunicação), Miguel Moreira Rato (Adagietto), Patrícia Jesus (Unilever), Rui Pedro Batista (The Navigator Company), Salvador da Cunha (Lift), Sandra Antunes (Tinkle Portugal), Teresa Mota (Bauer Media) e Vítor Cunha (JLM & Associados).

A consulta dos perfis da presidente de júri, dos jurados e do regulamento, e as inscrições podem ser feitos aqui, bem como dos vencedores do ano passado.

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Marketing

Desinteresse dos utilizadores de redes sociais está a afetar marketing de influência

Por ano, as empresas europeias gastam cada uma, em média, €3,4 milhões em marketing de influência e planeiam aumentar este orçamento em 2025, embora com critérios mais rigorosos para as colaborações, aponta o relatório da Kolsquare, baseado em entrevistas a 385 executivos de marketing europeus

Prevê-se que o marketing de influência venha a valer 24 mil milhões de dólares (€21,7 mil milhões) até ao final de 2024, mas esta é uma estimativa em rápida mudança, à medida que os utilizadores alteram os comportamentos nas redes sociais e se cansam da saturação de conteúdos patrocinados, revela a WARC, tendo por base um relatório sobre tendências no marketing de influência, elaborado pela Kolsquare, plataforma de marketing de influenciadores.

Os anunciantes, no entanto, não estão a desistir. Por ano, as empresas europeias gastam cada uma, em média, €3,4 milhões em marketing de influência e planeiam aumentar este orçamento em 2025, embora com critérios mais rigorosos para as colaborações, aponta o relatório da Kolsquare, baseado em entrevistas a 385 executivos de marketing europeus, durante junho e julho de 2024, em parceria com a empresa de investigação e pesquisa de ‘B2B’ Newton X.

De acordo com o relatório, a autenticidade continua a ser uma ‘arma’ no relacionamento com os consumidores, mas nem sempre é fácil alcançar este objetivo com sucesso. 17% dos inquiridos afirmam que as mudanças de audiência são “um obstáculo crucial”, devido à desilusão com as plataformas de redes sociais e a demasiados conteúdos e anúncios, o que conduz a uma tendência de rejeição da cultura do influenciador e a um “núcleo de subconsumo”.

Uma das principais observações do relatório é o facto de 89% dos profissionais de marketing preferirem utilizar o Instagram para promoverem as suas campanhas, porque oferece mais estabilidade. 64% utilizam o TikTok sobretudo para campanhas orgânicas, de ofertas ou de sensibilização.

A análise salienta ainda a importância contínua das métricas de desempenho, tendo 50% classificado a medição do retorno sobre o investimento (ROI) e do retorno sobre os gastos em publicidade (ROAS) como a maior preocupação, seguida do equilíbrio entre a liberdade dos criadores e o controlo da marca (41%), e das alterações nos algoritmos (31%).

A responsabilidade ética também é importante para os entrevistados, com 43% dos profissionais de marketing europeus a consideram que a conduta ética e a transparência são critérios-chave para selecionar um influenciador, sendo provável que essa importância aumente, à medida que o setor introduz normas e certificações mais abrangentes.

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Folhetos anunciam mais promoções, mas descontos são menores

Um estudo da TouchPoint Consulting analisádo pela Centromarca, que avalia o impacto das promoções no comportamento do consumidor, aponta para a necessidade de maior eficiência promocional, para garantir estratégias que estimulam o consumo, agregando valor para as marcas e consumidores

Os artigos anunciados como estando em promoção nos folhetos dos retalhistas são cada vez mais, mas os descontos são cada vez menores, conclui o estudo ‘Promoflation: Realidade ou Mito’, realizado pela TouchPoint Consulting, consultora de experiência do cliente no setor do retalho, analisado em conjunto com a Centromarca (Associação Portuguesa de Empresas de Produtos de Marca), para avaliar o impacto das promoções no comportamento do consumidor.

De acordo com o estudo, que avaliou 1685 folhetos promocionais de 13 grandes cadeias de retalho em Portugal, no primeiro semestre de 2024, 63,0% dos artigos em folheto estiveram em promoção, com um desconto médio de 28,8%. No mesmo período em 2023, eram 58,7% os artigos em promoção, mas o desconto médio era de 30,4%. Em 2022, situava-se nos 32,0%.

Segundo a análise, nos últimos dois anos os consumidores depararam-se com fenómenos como a ‘reduflação’, quando o preço se mantém, mas a quantidade de produto na embalagem diminui. Agora, os dados apontam para uma ‘promoflação’, um aumento indireto do custo real dos produtos, impulsionado pela redução da frequência ou do valor dos descontos. Como resultado, este fenómeno cria no consumidor a ideia de que está a beneficiar de promoções, quando, na realidade, acaba a gastar mais para adquirir os mesmos produtos.

O estudo também demonstra uma crescente aposta na estratégia dos folhetos promocionais, com os retalhistas a incluírem cada vez mais produtos nestas componentes de comunicação. Em 2022 eram apresentados, em média, 598 artigos em cada folheto, esse número aumentou para 657 em 2023 e para 662 no primeiro semestre de 2024.

“Este cenário reflete uma adaptação estratégica dos retalhistas à sensibilidade dos consumidores face ao preço, aproveitando o poder das promoções, enquanto simultaneamente minimizam os seus impactos nos descontos reais”, revela Armando Mateus, fundador e sócio-gerente da TouchPoint Consulting, citado em comunicado de imprensa. “A ‘promoflação’ pode, assim, gerar uma ilusão de poupança, o que exige uma maior literacia financeira por parte dos consumidores para que possam tomar decisões de compra mais informadas e evitar gastos excessivos, mesmo quando acreditam estar a beneficiar das promoções”, conclui.

Em 2022, ano caracterizado por uma inflação elevada, as promoções tornaram-se mais frequentes e agressivas, visando estimular o consumo em um cenário onde os consumidores se mostraram mais cautelosos. Em contraste, 2023 levou a uma redução na frequência das promoções, que se tornaram mais estratégicas e focadas em produtos específicos, acompanhando a estabilização dos preços e a menor procura.

O primeiro semestre de 2024, contudo, sugere um regresso ao padrão de 2022, com um novo aumento do número de artigos em promoção. Tal como aconteceu em 2023, 2025 pode trazer promoções menos frequentes, mas mais estrategicamente focadas em gerar valor. Independentemente do cenário, a análise aponta para a necessidade de maior eficiência promocional, para garantir que estas estratégias continuem a ser ferramentas válidas para estimular o consumo, agregando valor para as marcas e consumidores.

“O aumento generalizado de preços e o decréscimo do poder de compra têm contribuído para que, no momento de compra, o fator preço seja cada vez mais determinante”, explica Pedro Pimentel, diretor geral da Centromarca. “A pressão em torno desse fator leva a estratégias de comunicação cada vez mais centradas em descontos e promoções, o que requer atenção redobrada do lado dos consumidores”, acrescenta Pedro Pimentel.

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