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Branded Content: o poder da narrativa das marcas

O branded content é uma estratégia inovadora para realinhar as marcas, numa era marcada pela abundância excessiva de informação e pela resistência crescente às formas tradicionais de publicidade.
Por Susana Marvão

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Branded Content: o poder da narrativa das marcas

O branded content é uma estratégia inovadora para realinhar as marcas, numa era marcada pela abundância excessiva de informação e pela resistência crescente às formas tradicionais de publicidade.
Por Susana Marvão

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O branded content é uma abordagem que se afasta dos formatos publicitários explícitos, para cativar o público através de conteúdos informativos, educativos e algumas vezes inspiradores, procurando manter sempre a essência da marca, de forma subtil e integrada. Estes aspetos são vistos pelos especialistas como cruciais, já que o objetivo passa por criar ligações autênticas, oferecendo valor real aos consumidores, em vez de se limitar à venda direta de um produto ou serviço. Esta é a mais-valia do branded content.

A relevância desta metodologia no marketing contemporâneo é apontada como evidente. Em primeiro lugar, porque responde à procura dos consumidores por transparência e autenticidade, uma vez que as pessoas desejam interagir com marcas que demonstram compreender os seus interesses e valores.

Um branded content bem executado pode transmitir esse entendimento de maneira poderosa. Em segundo lugar, num ambiente digital altamente saturado, onde os utilizadores são bombardeados com inúmeras publicidades diariamente e a todas as horas e minutos, o branded content é uma alternativa criativa que capta a atenção do público, de forma orgânica e significativa.

Além disto, permite às marcas construir narrativas mais ricas e profundas, estabelecendo conexões emocionais duradouras com o público a que se destina. Ao partilhar histórias que verdadeiramente ecoam com os valores e aspirações dos seus consumidores, as empresas não estão apenas a promover um produto. Estão também a cimentar a sua posição e relevância cultural, melhorando a perceção da marca e fomentando a fidelidade dos clientes, ativos que têm um valor inestimável no competitivo mercado atual.

Importa igualmente o facto de o branded content valorizar métricas que ultrapassam o alcance e as visualizações, focando-se no envolvimento autêntico e na construção de comunidades. As marcas que implementam esta estratégia descobrem, muitas vezes, que não estão apenas a criar consumidores, mas sim embaixadores da marca, que promovem o conteúdo nas suas próprias redes, ampliando o seu impacto de maneira orgânica.

O sucesso em forma de conteúdo
As marcas Dove e M&M’s são frequentemente reconhecidas como exemplares, em termos de estratégias de marketing. Em 2013, a Dove dava início ao projeto “Real Beauty Sketches”, que contemplava uma série de curtas-metragens para mostrar às mulheres que são mais bonitas do que pensam, relevando a discrepância entre a perceção que as mulheres têm da sua própria beleza em comparação com a forma como os outros as veem. O objetivo era promover a confiança e a autoestima entre o género feminino.

A peça central da campanha era um vídeo no qual Gil Zamora, um artista forense treinado pelo FBI, desenhava retratos de mulheres sem vê-las. O especialista criava dois retratos para cada mulher, um baseado na descrição dela mesma e outro baseado na descrição de um estranho, que tinha conhecido a mulher por breves instantes.

A experiência revelou que os retratos baseados nas descrições dos estranhos eram mais lisonjeiros e mais precisos do que os retratos baseados nas autodescrições das mulheres, destacando a dura crítica que as mulheres muitas vezes impõem a si mesmas. Os filmes tiveram mais de 75 milhões de visualizações no YouTube.

A Red Bull, por seu lado, atribui ao branded content grande parte do êxito da marca. O golpe de mestre da empresa de bebidas energéticas consistiu em abandonar a simples publicidade, para se concentrar em projetos arrojados, completos e associados aos desportos radicais. A estratégia foca-se em energizar e inspirar o seu público através de eventos, patrocínios e produções nos media que destacam desportos extremos, aventuras, música e cultura. A marca não apenas patrocina atletas, eventos e equipas, mas também cria e distribuiu conteúdo original que captura a essência da marca: aventura, desempenho e superação de limites.

Um dos exemplos mais notáveis dessa estratégia é o evento Red Bull Stratos, no qual o paraquedista Felix Baumgartner saltou da estratosfera, quebrando a barreira do som em queda livre antes de pousar em segurança na Terra. Este evento não é apenas um marco nos desportos radicais, mas também uma brilhante peça de marketing, transmitido ao vivo para milhões de espetadores em todo o mundo e associando a marca Red Bull a conquistas extremas e inovação.

Outra marca que exemplifica o uso eficiente do branded content, mesmo antes da massificação do conceito, é a Coca-Cola, em especialmente nas campanhas de Natal. Desde há décadas que a marca norte-americana tem vindo a criar narrativas publicitárias que transcendem a simples promoção de um produto, integrando-se de forma profunda nas celebrações natalícias por todo o mundo.

As campanhas de Natal da Coca-Cola são reconhecidas globalmente, não só pelas suas imagens calorosas e acolhedoras, mas também pelo papel que desempenham em promover a alegria e o espírito de comunhão que caracterizam esta época. Um elemento central dessas campanhas é o Pai Natal, cuja imagem moderna foi em parte criada pelas ilustrações encomendadas pela Coca-Cola nos anos 1930. Essas representações ajudaram a solidificar a ligação emocional das pessoas com a temporada festiva, vinculando-a indelevelmente à marca.

Os anúncios televisivos e as caravanas iluminadas da Coca-Cola, por outro lado, tornaram-se símbolos icónicos da época natalícia, com camiões decorados a viajar por diversas cidades, trazendo consigo a magia do Natal e a sensação de encantamento e expetativa. Estas iniciativas vão além de meras estratégias de marketing, criam momentos de contentamento e admiração, reforçando a associação da marca com valores como felicidade, generosidade e o espírito festivo.

O poder das histórias
E por cá, qual é a visão dos editores portugueses sobre a eficácia do branded content? Por que razão este conceito se tornou uma estratégia tão relevante nas campanhas de marketing atuais?

“Cria projetos à medida de cada marca, de cada audiência, com a possibilidade de divulgação em vários formatos e plataformas. São projetos únicos onde conseguimos criar uma relação de confiança entre as marcas e o consumidor, permitindo que as marcas comuniquem através de histórias relevantes, autênticas e criativas”, refere ao Meios & Publicidade, Luísa Patrício, diretora de conteúdos da Medialivre, que acredita que o consumidor está cada vez mais exigente e seletivo pois tem controlo na forma como quer consumir a informação. “É possível escolher o que consumir, quando e como fazê-lo”, remata.

Neste contexto, os media têm de acompanhar a velocidade da informação e a mudança de comportamentos e conseguir estar nos canais certos, nos momentos certos. Há uma aposta cada vez maior em conteúdos de áudio e vídeo, e em plataformas que permitem interação com o consumidor”, como as redes sociais, entre outros.

Uma opinião corroborada por Miguel Soares, gestor de branded content da Media Capital, que defende que a crescente segmentação do consumo de comunicação implica que as marcas sejam cada vez mais relevantes para os seus públicos. “As marcas posicionam-se em compromissos com causas e ligação emocional com os consumidores. Produzir materiais para as marcas e integrá-las nos nossos conteúdos transmite de forma mais eficaz esse compromisso e posicionamento. É o poder das histórias e do entretenimento”, argumenta.

Uma aposta de valor acrescentado
Ana Duarte, diretora de novos projetos do Público, explica que as marcas necessitam de encontrar novas formas de comunicar os seus produtos e serviços e este conceito, em muitos casos, responde a essa necessidade. “Recorrendo ao branded content, as marcas podem contar uma estória, disponibilizar conteúdo útil e relevante ou, até, conteúdo de entretenimento, o que permite envolver o leitor e consumidor”, sustenta Ana Duarte.

Consequentemente, segundo a diretora de novos projetos do Público, isso tem resultados positivos na relação do leitor e consumidor com a marca. “Se o anunciante apostar em conteúdo relevante e com qualidade, o leitor vai identificar a marca como confiável, reconhece que há uma tentativa de acrescentar algum valor na comunicação que partilha, em vez de só pretender vender algo. Há um valor acrescentado nesta relação”, explica. Além disso, acrescenta Ana Duarte, o branded content permite abordagens criativas e diferenciadoras, adaptadas às diferentes plataformas, algumas ainda pouco exploradas.

Embora o branded content exista há vários anos, a verdade é que ganhou preponderância como estratégia de comunicação das marcas por um conjunto de fatores relacionados com o contexto do mercado publicitário, com o objetivo dos anunciantes na relação com os consumidores e com a própria natureza do formato.

Para Mafalda Campos Forte, diretora de estratégia e negócio da Media One, o advento da publicidade digital abriu caminho para a saturação dos leitores/consumidores que desenvolveram uma espécie de ad blindness, acabando por desvirtuar o propósito das campanhas desenhadas nesses moldes. “Por seu lado, o branded content apresenta-se como uma forma menos intrusiva e de maior valor acrescentado para o público em geral, captando a sua atenção com conteúdo relevante, informativo ou interativo”.

Para a responsável da Media One, essas são, precisamente, as características que promovem uma ligação mais profunda com as marcas, reforçando a fidelização dos consumidores, e as posicionam como especialistas nos seus sectores de atividade. “A comunicação ancorada na produção de conteúdo comercial encerra em si um capital de criatividade e personalização que é, também, valorizado por todos os agentes do ecossistema publicitário”, conclui Mafalda Campos Forte.

Para Ana Elias, responsável de branded content da Bauer Media Áudio Portugal, os conteúdos com marcas, enquanto estratégia de marketing, são uma fórmula relevante quando bem executada, sendo percecionada pelo destinatário como um conteúdo orgânico, não intrusivo, comunicado na linguagem, ADN, tom e estética do meio ou plataforma onde é integrado, quer seja rádio, redes sociais, podcasts, outras plataformas digitais e eventos.

“É tanto mais eficaz quando se transforma numa experiência em que os destinatários podem interagir e ser parte integrante dessa experiência ou storytelling. A eficácia cresce quando, numa mesma campanha e sempre que pertinente, se cruzam várias plataformas de branded content.

Branded Content tem taxa de recordação maior
À medida que os antigos modelos de publicidade se revelam menos eficazes, o branded content tem vindo a ganhar terreno na vanguarda do marketing. Quer se trate da colocação de produtos através de uma série disponibilizada apenas na Internet, como a ‘Comedians in Cars Getting Coffee’, de Jerry Seinfeld, patrocinada pela Acura, ou de conteúdos específicos do setor, como livros eletrónicos educativos e infográficos, este aumento de popularidade não é uma tendência.

Um estudo da Nielsen, citado pela Column Five, revela até que ponto este conceito é eficaz e se existem elementos que aumentam a sua eficácia, em comparação com as formas mais tradicionais de publicidade.
Após a análise das reações dos consumidores a mais de 100 artigos de branded content, o estudo da Nielsen concluiu que este formato é mais eficaz em vários aspetos. Gera, em primeiro lugar, uma maior memória da marca do que os anúncios pre-roll, com os consumidores a olharem para as marcas de forma mais favorável quando são expostos ao branded content.

Outro aspeto relevante é que este conteúdo tem mais impacto quando é distribuído através de um meio de comunicação. O estudo da Nielsen salienta ainda que a eficácia do branded content é largamente influenciada pelo seu formato e ambiente.

Estas conclusões fazem sentido, tendo em conta o comportamento humano no quotidiano. Quem nunca saltou o anúncio que aparece antes de um vídeo do YouTube?. Mas quando se analisa a forma como o conteúdo de marca afeta a perceção geral a longo prazo, o poder do branded content é mais evidente.

Como parte do estudo, a Nielsen apresentou aos espetadores duas peças de marketing da mesma marca: um anúncio pre-roll e uma peça de branded content. Esta última deu uma taxa de recordação da marca de 86%, enquanto o pre-roll ficou-se pelos 65%.

Um futuro promisso
O futuro do branded content é promissor, mas as marcas precisam de estar cientes dos desafios e aproveitar as oportunidades que surgem, alerta Mafalda Campos Forte. A produção de conteúdo original e de elevada qualidade, as novas tecnologias, a personalização, a interatividade, o uso de influenciadores digitais e o foco nas causas que as marcas representam são, para a diretora de estratégia e negócio da Media One, alguns dos fatores que serão essenciais para o sucesso do branded content.

“A capacidade de acompanhar o que é relevante, do ponto de vista temático e de comunicação, a cada passo e construir em cima disso soluções disruptivas será, simultaneamente, o maior desafio e a maior oportunidade que enfrentaremos. Temas como a crescente concorrência, a exigência de uma qualidade cada vez maior no que é produzido e a fragmentação do consumo de média são realidades com as quais nos vamos deparar cada vez mais e para as quais teremos de ter uma capacidade de resposta assente no rigor, na inovação e na qualidade de serviço consistente”, argumenta Mafalda Campos Forte.

Do lado dos desafios a enfrentar, Luísa Patrício destaca a necessidade de garantir o equilíbrio entre os propósitos das marcas, a relevância dos conteúdos e o foco na audiência/leitores, telespetadores ou ouvintes. “As oportunidades são inúmeras, o branded content chegou e venceu. As marcas estão ansiosas por projetos que permitam passar a sua mensagem, os seus valores e o seu propósito.

Para isso, as marcas querem formatos e conteúdos mais criativos, dinâmicos e por isso mais impactantes”, refere a responsável da Media Livre. Já para Ana Elias, a inteligência artificial é um desafio e ao mesmo tempo uma oportunidade, com a criatividade e o know-how a figurarem como ferramenta mais eficazes para transformar desafios em oportunidades.

Transparência com o leitor, precisa-se
Um dos mais importantes desafios identificados por Ana Duarte prende-se com a necessidade de transparência para com o leitor. “É essencial que o leitor perceba, de forma imediata, que o que está a ler ou a ver é um conteúdo patrocinado, principalmente porque esta ainda não é uma área regulada”, sustenta a responsável do Público, acrescentando que apesar de existirem muitas marcas a apostarem neste formato existe, ainda, muita desconfiança e descrença. Aumentar a notoriedade é, portanto, outra das metas.

“Outro desafio relevante é a questão da competitividade. É essencial continuar a promover a criação de branded content de qualidade, a valores justos, só assim se consegue garantir os melhores produtores de conteúdo, videógrafos, especialistas, entre outros”.
No que concerne às oportunidades, a diretora de novos projetos do Público menciona tecnologias como a realidade aumentada e a inteligência artificial que, no seu entender, possibilitarão abordagens diferenciadoras para o branded content.

“As novas potencialidades de segmentação e personalização permitirão afinar o alcance do conteúdo e dirigi-lo a determinado público-alvo de forma mais precisa”, refere. Além disso, reforça Ana Duarte, algo que ainda não se analisa muito nos dias de hoje, é que uma parte do conteúdo produzido em branded content é conteúdo evergreen e isso representa um valor imenso.

“Ou seja, passados seis meses, o conteúdo evergreen continua a ser consultado, a ser relevante, a ser partilhado e os resultados continuam a crescer. Na maioria dos casos, estes conteúdos não dependem da atualidade e são, por isso, atuais durante um maior período de tempo”, conclui a responsável do Público. Nesta visão dos desafios e oportunidades Miguel Soares, gestor de branded content da Media Capital, lança o desafio que é transversal à indústria de media e do marketing: como atingir o público certo, adaptar o conteúdo às várias plataformas de distribuição e garantir que ele é visto?

Miguel Soares salienta ainda a valorização do conteúdo e a dinâmica entre o contexto e a audiência. “Os meios de comunicação que produzem conteúdos profissionais, seguros para as marcas e que geram mais atenção, aportam os seus valores às marcas que lá estão presentes de forma orgânica”, salienta o responsável da Media Capital, apontando ainda o desafio de manter uma intervenção humana na criatividade e na criação de conteúdos com marcas personalizados. Conseguir aproximar os produtores de conteúdos às marcas que têm boas histórias para contar é outra das oportunidades para Miguel Soares.

O custo-eficácia do branded content
Outra das questões que se coloca neste tipo de projeto é a avaliação do custo-eficácia do branded content, em comparação com outras formas de publicidade. Miguel Soares, da Media Capital, acredita que será sempre tão bom como outras formas de publicidade e comunicação. “É uma ferramenta essencial do mix de comunicação das marcas e, em alguns casos, é a ferramenta mais importante pela estratégia de diferenciação desses clientes através do entretenimento”, enfatiza.

Ana Duarte, do Público, tem uma abordagem diferente. Assume que o custo do branded content é superior ao custo de outras formas mais tradicionais de publicidade, mas é uma ferramenta que exige produção de texto e de design e, por vezes, vídeo ou fotografia, e que cada trabalho é único. “É publicado uma só vez”, disse.

“Cada forma de publicidade cumpre com determinados propósitos e nesse sentido é essencial que as campanhas tenham objetivos definidos, que definam qual é o melhor formato para dar resposta ao que pretendem”, argumenta. Ana Duarte considera que o branded content é especialmente eficaz quando a meta do anunciante é gerar engagement, interação, criar notoriedade ou posicionamento, e reforçar a credibilidade. “Nestes casos, tem um ótimo custo-benefício”, sustenta a responsável do Público.

Luísa Patrício, da Medialivre, considera que o branded content revela-se altamente eficaz para objetivos de marketing de longo prazo, relacionados com a construção de marca e com o envolvimento profundo com o público. Podendo requerer um maior investimento inicial, comparado com outras formas de publicidade, mas tende a oferecer um ROI superior a longo prazo, especialmente em termos de construção de relacionamento e de lealdade à marca.

“Em contrapartida, outras formas de publicidade podem ser mais adequadas para objetivos de curto prazo, como aumentar a consciencialização e a geração de leads, com diferentes estruturas de custos e níveis de eficácia, dependendo do público-alvo e dos objetivos específicos da campanha. A chave para um marketing eficaz reside na combinação estratégica destas táticas para aproveitar as suas forças únicas em consonância com os objetivos da sua marca”.

O custo-eficácia do branded content, comparativamente com outras formas de publicidade, depende essencialmente do objetivo que se pretende alcançar com determinada iniciativa de comunicação, diz Mafalda Campos Forte, da Media One. Nessa medida, defende não haver uma resposta universal que possa dar vantagem incontestada e transversal a uma estratégia de comunicação específica.

“Este formato trabalha, primordialmente, uma componente de branding, cuja eficácia pode não ser percebida no imediato, uma vez que o foco recai na construção de marca e na fidelização de clientes. Valores como a ligação emocional, a autenticidade e a fidelização tendem a ter o seu reflexo máximo em efeito compósito e, nesse aspeto, o branded content deverá ser sempre encarado como um investimento de médio a longo prazo, por oposição ao resultado mais imediatista de outras ações”.

Dependendo da natureza do conteúdo produzido, Mafalda Campos Forte acredita que o retorno poderá ser mais rápido ou mais lento, mas trabalhar posicionamento de uma forma clara e integrada trará sempre resultados mais cimentados para a equity das marcas. “O mais relevante será definir uma estratégia clara, tendo em mente que diferentes formatos têm diferentes impactos, o que implica ajustar as expectativas iniciais aos resultados possíveis”.

O branded content não é meramente uma tendência passageira no universo do marketing, mas sim uma mudança fundamental na forma como as marcas comunicam com os seus públicos. Neste novo paradigma, o sucesso mede-se não só pelo que a marca consegue vender, mas pelo valor que consegue adicionar à vida dos seus consumidores, estabelecendo um diálogo que é simultaneamente autêntico, cativante e valioso.

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Impresa com prejuízo de €4 milhões. SIC aumenta lucros para €1,3 milhões

As receitas da Impresa cresceram 0,7% no primeiro semestre para €86,6 milhões, impulsionadas pela publicidade e pela venda de conteúdos a terceiros

Catarina Nunes

O prejuízo da Impresa nos primeiros seis meses do ano foi de €4 milhões, uma variação de 0,9% em relação ao período homólogo em 2023, já que é na estrutura do grupo que são consolidados os custos financeiros, refere o Grupo Impresa em comunicado de imprensa referente aos resultados no primeiro semestre de 2024.

As receitas da Impresa cresceram 0,7% no primeiro semestre para €86,6 milhões, impulsionadas pela publicidade e pela venda de conteúdos a terceiros. O grupo manteve a tónica no controlo de custos operacionais, que foram reduzidos em 1,2% face ao mesmo período no ano anterior, e melhorou o desempenho operacional em todos segmentos, o que se refletiu no reforço das margens.

O EBITDA da Impresa foi de €4,5 milhões, o valor mais elevado desde 2021 e um aumento de 57,7% face aos primeiros seis meses de 2023, segundo a Impresa. Sem considerar os custos de reestruturação, o EBITDA recorrente foi de €4,7 milhões, representando um crescimento de 41,8% em termos homólogos.

A dívida remunerada líquida da Impresa cifrou-se nos €142,8 milhões, traduzindo uma redução de 1,7% face ao final de junho de 2023. Este valor sustenta e está alinhado com a trajetória de redução do valor da dívida verificado nos últimos anos, segundo a Impresa.

“O primeiro semestre foi desafiante e as equipas da Impresa estão de parabéns pelo cumprimento dos nossos objetivos. Melhorámos os resultados operacionais, em particular através do crescimento nas receitas e redução de custos, com o consequente crescimento em mais de 40% no EBITDA”, refere Francisco Pedro Balsemão, CEO da Impresa.

Na SIC, por seu lado, o lucro subiu para €1,3 milhões, um crescimento de 116,7% quando comparado com os €600 mil de lucro no semestre homólogo em 2023, de acordo com os dados divulgados pelo Grupo Impresa, que detém a SIC e a Impresa Publishing (Expresso).

As receitas totais da SIC, por seu lado, aumentaram 1,7%, para €74,6 milhões, impulsionadas pelas vendas de conteúdos e de publicidade. Os custos operacionais mantiveram-se em linha com o valor do primeiro semestre de 2023, refere o documento do grupo de media, salientando que o EBITDA da SIC cresceu 30,7% para €4,5 milhões .

Em termos de audiências, a estação de televisão terminou o primeiro semestre de 2024 com uma média de 15,1% de share, em dados consolidados. No target comercial – ABCD 25/64, a SIC teve 12,9% de quota de mercado. De janeiro a maio, a SIC representou 47,1% de quota de mercado do investimento publicitário entre os canais generalistas.

Na Impresa Publishing, que detém o Expresso, o EBITDA aumentou 29,4% para €800 mil. O Expresso foi o jornal mais vendido do país, com uma média de 85 mil exemplares por edição entre janeiro e março, segundo os dados da APCT, citados pela Impresa no comunicado com os resultados relativos ao primeiro semestre de 2024.

No digital, o Expresso registou uma média de 48 mil exemplares por edição em circulação digital paga, entre janeiro e março. O universo de websites da marca Expresso alcançou, no primeiro semestre, uma média mensal de 2,3 milhões de visitantes únicos.

No áudio, o Expresso lançou 14 novos podcasts, verificando-se um aumento de 77% no acumulado de downloads, face ao semestre homólogo, representativo de quase 24 milhões de downloads. Entre os podcasts com mais descargas destacaram-se o ‘Programa Cujo Nome Estamos Legalmente Impedidos de Dizer’ (2,8 milhões), ‘Isto é Gozar Com Quem Trabalha’ (2 milhões), ‘Contas-Poupança” (2 milhões), ‘Expresso da Manhã’ (1,8 milhões) e ‘Eixo do Mal (1,4 milhões).

“No segundo semestre, daremos continuidade aos vários projetos em curso. Por um lado, vamos continuar a trazer mais valor para anunciantes e agências, reforçando a nossa posição enquanto grupo em Portugal com mais investimento publicitário. Por outro, vamos manter a nossa estratégia de expansão digital e diversificação de fontes de receitas, nomeadamente através da concretização de apostas já anunciadas como a realização do Tribeca Festival em Lisboa e a nossa nova parceria na área da bilhética com a BOL”, avança Francisco Pedro Balsemão.

 

 

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Fora do Escritório com António Fuzeta da Ponte, diretor de marca e comunicação da Nos

Durante as férias, mal abre o computador, mas confessa que se estiver em Portugal espreita a televisão para ver os blocos publicitários ou futebol. A Sagres acompanha-o, porque tem a mania que é o ‘rei da grelha’ e “não há grelha sem Minis”

Catarina Nunes

Uma viagem em família à Florida, em agosto de 2022, (na foto) é a escolha de António Fuzeta da Ponte, diretor de marca e comunicação da Nos, do ‘álbum de férias’, “porque nela estamos profundamente felizes, por estarmos juntos, por estarmos conscientes da sorte que temos e porque somos amantes do ‘american way of life'”.

O que é que não faz durante as férias, que faça habitualmente quando está a trabalhar?

Não toco no despertador, a não ser no primeiro dia para a saída. Mal abro o computador. Mas confesso que se estiver em Portugal espreito a televisão para ver os blocos publicitários ou alguns jogos de futebol. Espreito campanhas, admito.

Estar de férias significa desligar ou inspirar-se para novas ideias a aplicar no trabalho?

Consigo desligar. Mesmo. Nos primeiros dias ainda me vêm à cabeça coisas de trabalho, mas no final há um sinal perfeito para saber se desliguei mesmo: esqueço as ‘passwords’. Isso quer mesmo dizer que carreguei baterias e posso voltar. Só desligando é que depois posso voltar para inspirar e ser inspirado.

Quais são os jornais, programas de televisão, podcasts, sites, plataformas digitais ou outros meios de comunicação que segue durante as férias?

Não sigo. O maior luxo das férias é não seguir, é fazer o que não fazemos nos outros dias/meses de trabalho. O meu telefone até pode sentir FOMO, mas eu nem tanto.

Quais são as marcas que o acompanham nas férias?

A Nos, claro, porque ainda assim preciso de rede. A Sagres, porque tenho a mania que sou o ‘rei da grelha’ e não há grelha sem Minis. A Kobo, porque aproveito para pôr leitura em dia. Agora, vendo bem, duas delas são grandes marcas nacionais. Bom sinal.

Qual é a primeira coisa que faz quando regressa ao escritório?

Reúno com a equipa. Porque nada se faz sozinho, porque até aposto que terei saudades, porque preciso que me ponham a par o mais rapidamente possível, porque a nossa atividade é, acima de tudo, um ‘desporto de equipa’.

 

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El Ojo de Iberoamérica anuncia calendário de inscrições

A 27ª edição do festival de criatividade argentino realiza-se nos dias 13, 14 e 15 de novembro, em Buenos Aires. As candidaturas podem ser entregues até 30 de setembro, mas voltam a existir tarifas diferenciadas para os que as submeterem antes

31 de julho é a data de encerramento inicial das candidaturas à próxima edição do festival de criatividade sul-americano El Ojo de Iberoamérica, que se realiza nos dias 13, 14 e 15 de novembro, em Buenos Aires, na Argentina. A partir dessa data, à medida que o tempo for passando, o preço vai progressivamente aumentando. A primeira prorrogação prolonga-se depois até 31 de agosto e a segunda estende-se até 20 de setembro. 30 de setembro é a data de encerramento final.

À semelhança de anos anteriores, o festival volta a contar com cinco momentos de inscrição, com vantagens acrescidas para que os concluírem o processo com maior celeridade. Além das categorias de rádio e áudio, digital e redes sociais, design, relações públicas, inovação e eficiência, o júri vai também distinguir os melhores trabalhos nas áreas de transformação criativa, produção audiovisual, desporto, produção gráfica, sustentabilidade, grafismo e comércio criativo.

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Receitas da Alphabet aumentam 14% no segundo trimestre

As receitas de publicidade no YouTube sobem para €8 mil milhões, enquanto na Google Network (rede de sites e aplicações de telemóvel com anúncios pagos criados no Google Ads) descem para €6,8 mil milhões. O Google Search representa mais de metade da faturação total da Alphabet

A Alphabet, que detém a Google e o YouTube, aumentou as receitas em 14% no segundo trimestre de 2024, para um total de 84,742 mil milhões de dólares (€78 mil milhões). O Google Search (48,509 mil milhões de dólares/€44,633 mil milhões) representa mais de metade da faturação, de acordo com os resultados financeiros anunciados pela empresa.

As receitas de publicidade no YouTube ascendem a 8,663 mil milhões de dólares (€8 mil milhões), face aos 7,665 mil milhões de dólares (€7 mil milhões) registados no segundo trimestre de 2023, enquanto a Google Network (rede de sites e aplicações de telemóvel com anúncios pagos criados no Google Ads) representa 7,444 mil milhões de dólares (€6,8 mil milhões), em queda em relação aos 7,850 mil milhões de dólares (€7,22 mil milhões) no período homólogo em 2023.

A faturação da Google Cloud, por seu lado, ultrapassa a do YouTube, totalizando 10,347 mil milhões (€9,52 mil milhões), a subir em relação a 2023 (8,031 mil milhões/€7,4 mil milhões). Sundar Pichai, CEO da Alphabet, refere que “o forte desempenho este trimestre destaca a força contínua no ‘Search’ e o impulso na ‘Cloud’. Estamos a inovar em todas as camadas da ‘AI stack’. A nossa infraestrutura de liderança de longa data e equipas internas de pesquisa posicionam-nos bem, à medida que a tecnologia evolui e que acompanhamos as muitas oportunidades vindouras”.

Em termos de resultados operacionais, a Google Services tem um lucro operacional de 29,674 mil milhões de dólares (€27,3 mil milhões), o que representa um crescimento face aos 23,454 mil milhões de dólares (€21,6 mil milhões) no mesmo período em 2023. A Google Cloud totaliza 1,172 mil milhões de dólares (€1,078 mil milhões) em lucro operacional, o triplo do valor registado em 2023 (395 milhões de dólares/€363,5 milhões).

Ruth Porat, presidente e diretora financeira da Alphabet, salienta que “apresentámos receitas de 85 mil milhões, a subir 14% em termos homólogos, impulsionadas pela ‘Search’ bem como pela ‘Cloud’, que pela primeira vez ultrapassou os 10 mil milhões de dólares nas receitas do trimestre e os mil milhões de dólares em lucro operacional. À medida que investimos para suportar as nossas maiores oportunidades de crescimento, mantemos o compromisso com a criação de uma capacidade de investimento com o trabalho que temos em andamento, para reprojetar a nossa base de custos de forma duradoura”. No segundo trimestre de 2024, os custos e despesas totais da Alphabet são de 57,317 mil milhões (€52,7 mil milhões), a subir face aos 52,766 mil milhões de dólares (€48,5 mil milhões) registados no mesmo período no ano passado.

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Segunda campanha da Havas Portugal para a APSI põe 26 crianças à prova (com vídeo)

Desenvolvida em parceria com a Havas Germany, foi produzida pela Fred Fabrik e tem realização de Pedro Carvalhinho e sonorização da Guel. O filme mostra como a morte por afogamento é rápida e silenciosa, apelando à vigilância de pais e educadores

Com direção criativa executiva de Paulo Pinto, direção criativa de Michael Schöpf e Walter Zigler e redação de Gonçalo Paiva, a segunda campanha da Havas Portugal para a Associação para a Promoção da Segurança Infantil (APSI), desenvolvida em colaboração com a Havas Germany, mostra como a morte por afogamento é rápida e silenciosa, apelando à prevenção daquela que é a segunda causa de morte acidental entre crianças e jovens, com 19 vítimas mortais só em 2022.

Para o filme de sensibilização, produzido pela Fred Fabrik, com realização de Pedro Carvalhinho e sonorização da Guel, foram desafiadas 26 crianças a gritar por socorro com a boca cheia de água, demonstrando que a ingestão acidental do equivalente a meio copo é suficiente para silenciar uma criança. Com direção de arte de Alexandre Meneses, a campanha tem direção de produção Pedro Silva, produção de Raquel Coelho e produção gráfica de Nuno Nascimento.

Para além da APSI, a iniciativa envolve também a GNR que, ao longo do verão, está a realizar de ações de sensibilização para a problemática do afogamento de crianças e jovens, em piscinas e ambientes naturais. “No último triénio de que há dados oficiais, referente a 2020-2022, o número de mortes mais do que duplicou. De uma média anual de 7,3 por ano em 2017-2019, passamos para uma média anual de 15”, informa a organização não-governamental numa publicação nas redes sociais.

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Patrícia Ramos regressa à Repsol como gestora de marketing

Formada em gestão pela Iscte Business School e pós-graduada em ‘marketing intelligence’ pela Nova IMS, a nova contratação da empresa petrolífera desempenhou, nos últimos três anos e meio, funções no departamento de marketing da Leroy Merlin

Patrícia Ramos é a nova gestora de marketing da Repsol Portugal, empresa onde iniciou a carreira profissional em agosto de 2018. “Ao fim de seis anos, é muito especial voltar à empresa onde a minha jornada começou. Obrigado pela receção calorosa, estou cheia de energia para o que está para vir”, escreveu a nova contratação da empresa petrolífera na publicação que fez no LinkedIn.

Patrícia Ramos vai trabalhar sob a liderança da nova diretora de marketing da Repsol Portugal, que vai substituir Marta Marques, que abandona o cargo. O nome da nova responsável será anunciado publicamente nos próximos dias, apurou o M&P.

Formada em gestão pela Iscte Business School e pós-graduada em ‘marketing intelligence’ pela Nova IMS, Patrícia Ramos fez um estágio na multinacional espanhola, antes de transitar para a Nos e para a Dreamia. Em novembro de 2020, é contratada pela Leroy Merlin, onde permanece até julho de 2024, trabalhando em comunicação, publicidade, marketing corporativo e ativações de marca.

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Media Capital aumenta receitas publicitárias e reduz prejuízo

A dona da TVI salienta o incremento de 50% do consumo do TVI Player, devido, sobretudo, ao sucesso da novela ‘Cacau’ (na foto), aos ‘reality-shows’ e à recuperação do arquivo de ficção do canal

No primeiro semestre de 2024, o grupo Media Capital aumentou as receitas de publicidade em 16%, atingindo os €50,5 milhões, e teve um prejuízo de €2,7 milhões, face aos €4,8 milhões negativos que registou no período homólogo em 2023, segundo os dados divulgados pelo grupo de media que detém a TVI e a CNN Portugal, entre outros.

O resultado líquido ajustado apresentou uma melhoria de €3,3 milhões face ao período homólogo, “naquele que é o semestre mais condicionado pela sazonalidade da atividade de media”, atingindo os €1,3 milhões negativos, justifica a Media Capital.

O aumento das receitas publicitárias, por seu lado, é reflexo do “crescimento concretizado quer no mercado publicitário de canal aberto, onde superou largamente o crescimento de mercado, quer no mercado de publicidade de canais de televisão paga, onde cresceu 40% face aos resultados atingidos no período homólogo”, refere a Media Capital.

Os outros rendimentos operacionais registaram um ligeiro aumento para €25,8 milhões, mais 1% que no mesmo período no ano anterior, destacando-se a performance do segmento de produção audiovisual, que cresce 10% para €20,23 milhões. Nos primeiros seis meses de 2024, os rendimentos operacionais apresentaram um aumento de 10%, devido às vendas de publicidade.

Os gastos operacionais, excluindo amortizações, depreciações, gastos líquidos com provisões e reestruturações, registaram um acréscimo de 3%, passando de €70,4 milhões no primeiro semestre de 2023 para €72,6 milhões em 2024. “Os gastos operacionais ajustados refletiram o aumento significativo da atividade de produção e do investimento no Euro 2024, aliados a uma gestão criteriosa e eficiente”, adianta o grupo de media.

Excluindo os gastos líquidos com provisões, imparidades e reestruturações, o EBITDA consolidado do grupo atingiu, no primeiro semestre de 2024, €3,8 milhões, o que representa um aumento de €4,9 milhões face ao período homólogo. Os gastos com provisões, imparidades e reestruturações totalizaram, no primeiro semestre de 2024, €1,4 milhões, um valor que reflete a continuidade da concretização do plano de reestruturação levado a cabo pelo grupo Media Capital.

Quanto ao resultado operacional (EBIT), este foi negativo em €1,1 milhões no primeiro semestre de 2024, uma melhoria face ao resultado operacional negativo de €4,8 milhões, em 2023.

O grupo de canais TVI é líder há 12 meses consecutivos, tendo registado um aumento de quota de audiência face ao período homólogo em universo total dia e em horário nobre de 0,8 e 1,2 p.p., respetivamente, segundos os dados da Media Capital, que destaca que “na comparação com os principais grupos nacionais, o grupo de canais da TVI foi líder no primeiro semestre de 2024, no share do total dia, nos targets Universo, Adultos e ABCD 15-54”.

A Media Capital salienta ainda o incremento de 50% do consumo do TVI Player, devido, sobretudo, ao sucesso da novela ‘Cacau’, aos ‘reality-shows’ e à recuperação do arquivo de ficção da TVI.

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Havas trabalha embalagens, publicidade e redes sociais de nova gama da Milaneza

A campanha é composta por cerca de uma dezena de ‘outdoors’ em diferentes praias do país, incluindo o Algarve, com mensagens ajustadas às localizações onde se encontram (na foto)

A Milaneza estreia a 31 de julho a segunda vaga da campanha de lançamento da nova gama de massas para saladas, com o slogan “Combina com o Verão”, em que todas as vertentes foram trabalhadas por agências do grupo Havas – Havas Design (embalagens), Havas Publicidade (campanha), Havas Media (planeamento de meios) e Havas Digital (redes sociais), exceto as relações públicas (Global Press).

A campanha é composta por cerca de uma dezena de ‘outdoors’ em diferentes praias do país, incluindo o Algarve, com mensagens ajustadas às localizações onde se encontram, como “Edição Especial Saladas combina com camarão e férias em Olhão”, por exemplo. A isto somam-se as cerca de 3.150 posições de múpis, bem como expositores nos supermercados.

Na comunicação digital, a Milaneza vai trabalhar com influenciadores durante três meses, desenvolvendo a rubrica “Salada de Influenciadores”, em que os criadores de conteúdos são convidados a interligar vários ingredientes para fazer a sua própria salada.

A nova gama de massas é composta por três tipos diferentes – Eliche Tricolore (Hélices Tricolor), Farfalle Integrale (Laços Integrais) e Pennoni Rigati (Macarronete GR) –, que a Milaneza recomenda para acompanhar as saladas de verão, por terem uma textura firme e fresca, e uma durabilidade que lhes permite serem consumidas frias sem perder qualquer qualidade nem sabor.

As massas da nova gama, com 14% de proteína, estão aptas a serem servidas como complemento de saladas de verão, por serem feitas a partir de uma seleção de trigo duro e através de um processo de secagem natural. As três tipologias desta edição limitada estão disponíveis em diferentes pontos de venda espalhados pelo país, em embalagens de 500 gramas e com um preço de venda ao público recomendado de €1,58 a unidade.

 

 

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Venda de títulos da Global Media por €16,5 milhões será concluída esta semana

A Notícias Ilimitadas, detida a 70% pela empresa veículo Verbos Imaculados, ficará com o JN, a TSF e O Jogo. A Global Media, por seu lado, ficará com o controlo do Diário de Notícias e do Açoriano Oriental, entre outros títulos de menor dimensão, e terá 30% da Notícias Ilimitadas

O acordo de venda de parte dos títulos do grupo Global Media à Notícias Ilimitadas deverá ficar fechado até ao final desta semana, por €16,5 milhões, avança o site do Expresso.

A Notícias Ilimitadas, detida a 70% pela empresa veículo Verbos Imaculados, ficará com o JN, a TSF e O Jogo. A Global Media, por seu lado, ficará com o controlo do Diário de Notícias e do Açoriano Oriental, entre outros títulos de menor dimensão, e terá 30% da Notícias Ilimitadas. Dos 70% detidos pelo consórcio de investidores, há 9% que serão entregues a uma cooperativa de trabalhadores que ainda será criada.

Na notícia do Expresso, Diogo Freitas, presidente do grupo Officetotal, que com mais quatro investidores foi o rosto da solução para alguns dos títulos da Global Media, dá conta da sua desilusão com o mundo dos media, ao “perceber a podridão disto tudo, com muitos interesses obscuros, muitas pessoas com interesses duplos, acho que é um mundo complicado e um bocado esquisito”.

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Carclasse associa-se à Camisola Montanha na Volta a Portugal em Bicicleta

Sob o mote “Juntos, ligamos os portugueses de norte a sul”, este patrocínio à Camisola Montanha (camisola azul) reflete os valores de espírito de equipa, superação e sustentabilidade, apoiados pela Carclasse, que disponibiliza uma frota automóvel para acompanhar os ciclistas

A Carclasse é a patrocinadora oficial da Camisola Montanha (camisola azul) da 85a Volta a Portugal, assumida pelo ciclista líder da classificação geral da montanha. No âmbito deste patrocínio, a Carclasse disponibiliza um conjunto de viaturas para acompanhar os ciclistas ao longo de toda a caravana.

Sob o mote “Juntos, ligamos os portugueses de norte a sul”, este patrocínio à Camisola Montanha reflete os valores de espírito de equipa, superação e sustentabilidade, que a Carclasse apoia. Juntamente com o Continente, Galp e Placard, a Carclasse é um dos quatro patrocinadores oficiais da principal prova de ciclismo do país. Esta edição conta com a presença de 17 equipas, sendo nove portuguesas e oito estrangeiras, começando em Águeda (Capital da Bicicleta) e terminando em Viseu (Cidade Europeia do Desporto 2024).

A 85a edição da Volta a Portugal, irá decorrer ao longo de 12 dias, de 24 de julho a 4 de agosto, levando uma das principais provas desportivas nacionais às estradas, aldeias, vilas e cidades de Portugal.

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