Branded Content: o poder da narrativa das marcas

O branded content é uma estratégia inovadora para realinhar as marcas, numa era marcada pela abundância excessiva de informação e pela resistência crescente às formas tradicionais de publicidade.
Por Susana Marvão

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Branded Content: o poder da narrativa das marcas

O branded content é uma estratégia inovadora para realinhar as marcas, numa era marcada pela abundância excessiva de informação e pela resistência crescente às formas tradicionais de publicidade.
Por Susana Marvão

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O branded content é uma abordagem que se afasta dos formatos publicitários explícitos, para cativar o público através de conteúdos informativos, educativos e algumas vezes inspiradores, procurando manter sempre a essência da marca, de forma subtil e integrada. Estes aspetos são vistos pelos especialistas como cruciais, já que o objetivo passa por criar ligações autênticas, oferecendo valor real aos consumidores, em vez de se limitar à venda direta de um produto ou serviço. Esta é a mais-valia do branded content.

A relevância desta metodologia no marketing contemporâneo é apontada como evidente. Em primeiro lugar, porque responde à procura dos consumidores por transparência e autenticidade, uma vez que as pessoas desejam interagir com marcas que demonstram compreender os seus interesses e valores.

Um branded content bem executado pode transmitir esse entendimento de maneira poderosa. Em segundo lugar, num ambiente digital altamente saturado, onde os utilizadores são bombardeados com inúmeras publicidades diariamente e a todas as horas e minutos, o branded content é uma alternativa criativa que capta a atenção do público, de forma orgânica e significativa.

Além disto, permite às marcas construir narrativas mais ricas e profundas, estabelecendo conexões emocionais duradouras com o público a que se destina. Ao partilhar histórias que verdadeiramente ecoam com os valores e aspirações dos seus consumidores, as empresas não estão apenas a promover um produto. Estão também a cimentar a sua posição e relevância cultural, melhorando a perceção da marca e fomentando a fidelidade dos clientes, ativos que têm um valor inestimável no competitivo mercado atual.

Importa igualmente o facto de o branded content valorizar métricas que ultrapassam o alcance e as visualizações, focando-se no envolvimento autêntico e na construção de comunidades. As marcas que implementam esta estratégia descobrem, muitas vezes, que não estão apenas a criar consumidores, mas sim embaixadores da marca, que promovem o conteúdo nas suas próprias redes, ampliando o seu impacto de maneira orgânica.

O sucesso em forma de conteúdo
As marcas Dove e M&M’s são frequentemente reconhecidas como exemplares, em termos de estratégias de marketing. Em 2013, a Dove dava início ao projeto “Real Beauty Sketches”, que contemplava uma série de curtas-metragens para mostrar às mulheres que são mais bonitas do que pensam, relevando a discrepância entre a perceção que as mulheres têm da sua própria beleza em comparação com a forma como os outros as veem. O objetivo era promover a confiança e a autoestima entre o género feminino.

A peça central da campanha era um vídeo no qual Gil Zamora, um artista forense treinado pelo FBI, desenhava retratos de mulheres sem vê-las. O especialista criava dois retratos para cada mulher, um baseado na descrição dela mesma e outro baseado na descrição de um estranho, que tinha conhecido a mulher por breves instantes.

A experiência revelou que os retratos baseados nas descrições dos estranhos eram mais lisonjeiros e mais precisos do que os retratos baseados nas autodescrições das mulheres, destacando a dura crítica que as mulheres muitas vezes impõem a si mesmas. Os filmes tiveram mais de 75 milhões de visualizações no YouTube.

A Red Bull, por seu lado, atribui ao branded content grande parte do êxito da marca. O golpe de mestre da empresa de bebidas energéticas consistiu em abandonar a simples publicidade, para se concentrar em projetos arrojados, completos e associados aos desportos radicais. A estratégia foca-se em energizar e inspirar o seu público através de eventos, patrocínios e produções nos media que destacam desportos extremos, aventuras, música e cultura. A marca não apenas patrocina atletas, eventos e equipas, mas também cria e distribuiu conteúdo original que captura a essência da marca: aventura, desempenho e superação de limites.

Um dos exemplos mais notáveis dessa estratégia é o evento Red Bull Stratos, no qual o paraquedista Felix Baumgartner saltou da estratosfera, quebrando a barreira do som em queda livre antes de pousar em segurança na Terra. Este evento não é apenas um marco nos desportos radicais, mas também uma brilhante peça de marketing, transmitido ao vivo para milhões de espetadores em todo o mundo e associando a marca Red Bull a conquistas extremas e inovação.

Outra marca que exemplifica o uso eficiente do branded content, mesmo antes da massificação do conceito, é a Coca-Cola, em especialmente nas campanhas de Natal. Desde há décadas que a marca norte-americana tem vindo a criar narrativas publicitárias que transcendem a simples promoção de um produto, integrando-se de forma profunda nas celebrações natalícias por todo o mundo.

As campanhas de Natal da Coca-Cola são reconhecidas globalmente, não só pelas suas imagens calorosas e acolhedoras, mas também pelo papel que desempenham em promover a alegria e o espírito de comunhão que caracterizam esta época. Um elemento central dessas campanhas é o Pai Natal, cuja imagem moderna foi em parte criada pelas ilustrações encomendadas pela Coca-Cola nos anos 1930. Essas representações ajudaram a solidificar a ligação emocional das pessoas com a temporada festiva, vinculando-a indelevelmente à marca.

Os anúncios televisivos e as caravanas iluminadas da Coca-Cola, por outro lado, tornaram-se símbolos icónicos da época natalícia, com camiões decorados a viajar por diversas cidades, trazendo consigo a magia do Natal e a sensação de encantamento e expetativa. Estas iniciativas vão além de meras estratégias de marketing, criam momentos de contentamento e admiração, reforçando a associação da marca com valores como felicidade, generosidade e o espírito festivo.

O poder das histórias
E por cá, qual é a visão dos editores portugueses sobre a eficácia do branded content? Por que razão este conceito se tornou uma estratégia tão relevante nas campanhas de marketing atuais?

“Cria projetos à medida de cada marca, de cada audiência, com a possibilidade de divulgação em vários formatos e plataformas. São projetos únicos onde conseguimos criar uma relação de confiança entre as marcas e o consumidor, permitindo que as marcas comuniquem através de histórias relevantes, autênticas e criativas”, refere ao Meios & Publicidade, Luísa Patrício, diretora de conteúdos da Medialivre, que acredita que o consumidor está cada vez mais exigente e seletivo pois tem controlo na forma como quer consumir a informação. “É possível escolher o que consumir, quando e como fazê-lo”, remata.

Neste contexto, os media têm de acompanhar a velocidade da informação e a mudança de comportamentos e conseguir estar nos canais certos, nos momentos certos. Há uma aposta cada vez maior em conteúdos de áudio e vídeo, e em plataformas que permitem interação com o consumidor”, como as redes sociais, entre outros.

Uma opinião corroborada por Miguel Soares, gestor de branded content da Media Capital, que defende que a crescente segmentação do consumo de comunicação implica que as marcas sejam cada vez mais relevantes para os seus públicos. “As marcas posicionam-se em compromissos com causas e ligação emocional com os consumidores. Produzir materiais para as marcas e integrá-las nos nossos conteúdos transmite de forma mais eficaz esse compromisso e posicionamento. É o poder das histórias e do entretenimento”, argumenta.

Uma aposta de valor acrescentado
Ana Duarte, diretora de novos projetos do Público, explica que as marcas necessitam de encontrar novas formas de comunicar os seus produtos e serviços e este conceito, em muitos casos, responde a essa necessidade. “Recorrendo ao branded content, as marcas podem contar uma estória, disponibilizar conteúdo útil e relevante ou, até, conteúdo de entretenimento, o que permite envolver o leitor e consumidor”, sustenta Ana Duarte.

Consequentemente, segundo a diretora de novos projetos do Público, isso tem resultados positivos na relação do leitor e consumidor com a marca. “Se o anunciante apostar em conteúdo relevante e com qualidade, o leitor vai identificar a marca como confiável, reconhece que há uma tentativa de acrescentar algum valor na comunicação que partilha, em vez de só pretender vender algo. Há um valor acrescentado nesta relação”, explica. Além disso, acrescenta Ana Duarte, o branded content permite abordagens criativas e diferenciadoras, adaptadas às diferentes plataformas, algumas ainda pouco exploradas.

Embora o branded content exista há vários anos, a verdade é que ganhou preponderância como estratégia de comunicação das marcas por um conjunto de fatores relacionados com o contexto do mercado publicitário, com o objetivo dos anunciantes na relação com os consumidores e com a própria natureza do formato.

Para Mafalda Campos Forte, diretora de estratégia e negócio da Media One, o advento da publicidade digital abriu caminho para a saturação dos leitores/consumidores que desenvolveram uma espécie de ad blindness, acabando por desvirtuar o propósito das campanhas desenhadas nesses moldes. “Por seu lado, o branded content apresenta-se como uma forma menos intrusiva e de maior valor acrescentado para o público em geral, captando a sua atenção com conteúdo relevante, informativo ou interativo”.

Para a responsável da Media One, essas são, precisamente, as características que promovem uma ligação mais profunda com as marcas, reforçando a fidelização dos consumidores, e as posicionam como especialistas nos seus sectores de atividade. “A comunicação ancorada na produção de conteúdo comercial encerra em si um capital de criatividade e personalização que é, também, valorizado por todos os agentes do ecossistema publicitário”, conclui Mafalda Campos Forte.

Para Ana Elias, responsável de branded content da Bauer Media Áudio Portugal, os conteúdos com marcas, enquanto estratégia de marketing, são uma fórmula relevante quando bem executada, sendo percecionada pelo destinatário como um conteúdo orgânico, não intrusivo, comunicado na linguagem, ADN, tom e estética do meio ou plataforma onde é integrado, quer seja rádio, redes sociais, podcasts, outras plataformas digitais e eventos.

“É tanto mais eficaz quando se transforma numa experiência em que os destinatários podem interagir e ser parte integrante dessa experiência ou storytelling. A eficácia cresce quando, numa mesma campanha e sempre que pertinente, se cruzam várias plataformas de branded content.

Branded Content tem taxa de recordação maior
À medida que os antigos modelos de publicidade se revelam menos eficazes, o branded content tem vindo a ganhar terreno na vanguarda do marketing. Quer se trate da colocação de produtos através de uma série disponibilizada apenas na Internet, como a ‘Comedians in Cars Getting Coffee’, de Jerry Seinfeld, patrocinada pela Acura, ou de conteúdos específicos do setor, como livros eletrónicos educativos e infográficos, este aumento de popularidade não é uma tendência.

Um estudo da Nielsen, citado pela Column Five, revela até que ponto este conceito é eficaz e se existem elementos que aumentam a sua eficácia, em comparação com as formas mais tradicionais de publicidade.
Após a análise das reações dos consumidores a mais de 100 artigos de branded content, o estudo da Nielsen concluiu que este formato é mais eficaz em vários aspetos. Gera, em primeiro lugar, uma maior memória da marca do que os anúncios pre-roll, com os consumidores a olharem para as marcas de forma mais favorável quando são expostos ao branded content.

Outro aspeto relevante é que este conteúdo tem mais impacto quando é distribuído através de um meio de comunicação. O estudo da Nielsen salienta ainda que a eficácia do branded content é largamente influenciada pelo seu formato e ambiente.

Estas conclusões fazem sentido, tendo em conta o comportamento humano no quotidiano. Quem nunca saltou o anúncio que aparece antes de um vídeo do YouTube?. Mas quando se analisa a forma como o conteúdo de marca afeta a perceção geral a longo prazo, o poder do branded content é mais evidente.

Como parte do estudo, a Nielsen apresentou aos espetadores duas peças de marketing da mesma marca: um anúncio pre-roll e uma peça de branded content. Esta última deu uma taxa de recordação da marca de 86%, enquanto o pre-roll ficou-se pelos 65%.

Um futuro promisso
O futuro do branded content é promissor, mas as marcas precisam de estar cientes dos desafios e aproveitar as oportunidades que surgem, alerta Mafalda Campos Forte. A produção de conteúdo original e de elevada qualidade, as novas tecnologias, a personalização, a interatividade, o uso de influenciadores digitais e o foco nas causas que as marcas representam são, para a diretora de estratégia e negócio da Media One, alguns dos fatores que serão essenciais para o sucesso do branded content.

“A capacidade de acompanhar o que é relevante, do ponto de vista temático e de comunicação, a cada passo e construir em cima disso soluções disruptivas será, simultaneamente, o maior desafio e a maior oportunidade que enfrentaremos. Temas como a crescente concorrência, a exigência de uma qualidade cada vez maior no que é produzido e a fragmentação do consumo de média são realidades com as quais nos vamos deparar cada vez mais e para as quais teremos de ter uma capacidade de resposta assente no rigor, na inovação e na qualidade de serviço consistente”, argumenta Mafalda Campos Forte.

Do lado dos desafios a enfrentar, Luísa Patrício destaca a necessidade de garantir o equilíbrio entre os propósitos das marcas, a relevância dos conteúdos e o foco na audiência/leitores, telespetadores ou ouvintes. “As oportunidades são inúmeras, o branded content chegou e venceu. As marcas estão ansiosas por projetos que permitam passar a sua mensagem, os seus valores e o seu propósito.

Para isso, as marcas querem formatos e conteúdos mais criativos, dinâmicos e por isso mais impactantes”, refere a responsável da Media Livre. Já para Ana Elias, a inteligência artificial é um desafio e ao mesmo tempo uma oportunidade, com a criatividade e o know-how a figurarem como ferramenta mais eficazes para transformar desafios em oportunidades.

Transparência com o leitor, precisa-se
Um dos mais importantes desafios identificados por Ana Duarte prende-se com a necessidade de transparência para com o leitor. “É essencial que o leitor perceba, de forma imediata, que o que está a ler ou a ver é um conteúdo patrocinado, principalmente porque esta ainda não é uma área regulada”, sustenta a responsável do Público, acrescentando que apesar de existirem muitas marcas a apostarem neste formato existe, ainda, muita desconfiança e descrença. Aumentar a notoriedade é, portanto, outra das metas.

“Outro desafio relevante é a questão da competitividade. É essencial continuar a promover a criação de branded content de qualidade, a valores justos, só assim se consegue garantir os melhores produtores de conteúdo, videógrafos, especialistas, entre outros”.
No que concerne às oportunidades, a diretora de novos projetos do Público menciona tecnologias como a realidade aumentada e a inteligência artificial que, no seu entender, possibilitarão abordagens diferenciadoras para o branded content.

“As novas potencialidades de segmentação e personalização permitirão afinar o alcance do conteúdo e dirigi-lo a determinado público-alvo de forma mais precisa”, refere. Além disso, reforça Ana Duarte, algo que ainda não se analisa muito nos dias de hoje, é que uma parte do conteúdo produzido em branded content é conteúdo evergreen e isso representa um valor imenso.

“Ou seja, passados seis meses, o conteúdo evergreen continua a ser consultado, a ser relevante, a ser partilhado e os resultados continuam a crescer. Na maioria dos casos, estes conteúdos não dependem da atualidade e são, por isso, atuais durante um maior período de tempo”, conclui a responsável do Público. Nesta visão dos desafios e oportunidades Miguel Soares, gestor de branded content da Media Capital, lança o desafio que é transversal à indústria de media e do marketing: como atingir o público certo, adaptar o conteúdo às várias plataformas de distribuição e garantir que ele é visto?

Miguel Soares salienta ainda a valorização do conteúdo e a dinâmica entre o contexto e a audiência. “Os meios de comunicação que produzem conteúdos profissionais, seguros para as marcas e que geram mais atenção, aportam os seus valores às marcas que lá estão presentes de forma orgânica”, salienta o responsável da Media Capital, apontando ainda o desafio de manter uma intervenção humana na criatividade e na criação de conteúdos com marcas personalizados. Conseguir aproximar os produtores de conteúdos às marcas que têm boas histórias para contar é outra das oportunidades para Miguel Soares.

O custo-eficácia do branded content
Outra das questões que se coloca neste tipo de projeto é a avaliação do custo-eficácia do branded content, em comparação com outras formas de publicidade. Miguel Soares, da Media Capital, acredita que será sempre tão bom como outras formas de publicidade e comunicação. “É uma ferramenta essencial do mix de comunicação das marcas e, em alguns casos, é a ferramenta mais importante pela estratégia de diferenciação desses clientes através do entretenimento”, enfatiza.

Ana Duarte, do Público, tem uma abordagem diferente. Assume que o custo do branded content é superior ao custo de outras formas mais tradicionais de publicidade, mas é uma ferramenta que exige produção de texto e de design e, por vezes, vídeo ou fotografia, e que cada trabalho é único. “É publicado uma só vez”, disse.

“Cada forma de publicidade cumpre com determinados propósitos e nesse sentido é essencial que as campanhas tenham objetivos definidos, que definam qual é o melhor formato para dar resposta ao que pretendem”, argumenta. Ana Duarte considera que o branded content é especialmente eficaz quando a meta do anunciante é gerar engagement, interação, criar notoriedade ou posicionamento, e reforçar a credibilidade. “Nestes casos, tem um ótimo custo-benefício”, sustenta a responsável do Público.

Luísa Patrício, da Medialivre, considera que o branded content revela-se altamente eficaz para objetivos de marketing de longo prazo, relacionados com a construção de marca e com o envolvimento profundo com o público. Podendo requerer um maior investimento inicial, comparado com outras formas de publicidade, mas tende a oferecer um ROI superior a longo prazo, especialmente em termos de construção de relacionamento e de lealdade à marca.

“Em contrapartida, outras formas de publicidade podem ser mais adequadas para objetivos de curto prazo, como aumentar a consciencialização e a geração de leads, com diferentes estruturas de custos e níveis de eficácia, dependendo do público-alvo e dos objetivos específicos da campanha. A chave para um marketing eficaz reside na combinação estratégica destas táticas para aproveitar as suas forças únicas em consonância com os objetivos da sua marca”.

O custo-eficácia do branded content, comparativamente com outras formas de publicidade, depende essencialmente do objetivo que se pretende alcançar com determinada iniciativa de comunicação, diz Mafalda Campos Forte, da Media One. Nessa medida, defende não haver uma resposta universal que possa dar vantagem incontestada e transversal a uma estratégia de comunicação específica.

“Este formato trabalha, primordialmente, uma componente de branding, cuja eficácia pode não ser percebida no imediato, uma vez que o foco recai na construção de marca e na fidelização de clientes. Valores como a ligação emocional, a autenticidade e a fidelização tendem a ter o seu reflexo máximo em efeito compósito e, nesse aspeto, o branded content deverá ser sempre encarado como um investimento de médio a longo prazo, por oposição ao resultado mais imediatista de outras ações”.

Dependendo da natureza do conteúdo produzido, Mafalda Campos Forte acredita que o retorno poderá ser mais rápido ou mais lento, mas trabalhar posicionamento de uma forma clara e integrada trará sempre resultados mais cimentados para a equity das marcas. “O mais relevante será definir uma estratégia clara, tendo em mente que diferentes formatos têm diferentes impactos, o que implica ajustar as expectativas iniciais aos resultados possíveis”.

O branded content não é meramente uma tendência passageira no universo do marketing, mas sim uma mudança fundamental na forma como as marcas comunicam com os seus públicos. Neste novo paradigma, o sucesso mede-se não só pelo que a marca consegue vender, mas pelo valor que consegue adicionar à vida dos seus consumidores, estabelecendo um diálogo que é simultaneamente autêntico, cativante e valioso.

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Guilherme Coelho lidera nova área tecnológica da Havas

“Há uma crescente complexidade regulatória no uso de dados para fins de comunicação, o que obriga a uma atenção constante às exigências legais”, diz ao M&P Guilherme Coelho (na foto), sócio-gerente da CSA, consultora focada em dados, tecnologia e análise

Guilherme Coelho, anterior gestor nacional da Incubeta, é o sócio-gerente da CSA, nova consultora tecnológica que o grupo Havas está a lançar em Portugal. Licenciado em engenharia alimentar pela Universidade Católica Portuguesa e mestre em engenharia e gestão industrial pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, lidera a nova consultora de tecnologia, dados e análise.

“Um dos principais desafios deste mercado centra-se na complexidade da análise de dados e na sua transformação em ‘insights’ acionáveis que sejam de fácil compreensão para os clientes. Será esse um dos nossos maiores focos, sermos tradutores capazes de simplificar algo tão técnico sem perder profundidade e riqueza de informação”, refere ao M&P Guilherme Coelho, sócio-gerente da CSA.

Fomentar nas empresas portuguesas uma cultura de utilização dos dados mais estratégica é uma das prioridades do proprietário da Bracket, consultora de ‘data analytics’, ‘web development’ e ‘media strategy’, que ao longo da carreira passou pela Lisbon Digital School, Samsung Portugal, SIVA, Emailbidding, Kwanko e Adclick.

“Ter uma cultura de utilização de dados mais estratégica é algo que ainda não é amplamente priorizado, mas, a par disto, há também uma crescente complexidade regulatória no uso de dados para fins de comunicação, o que obriga a uma atenção constante às exigências legais e à criação de uma equipa especializada na área de dados aplicada ao marketing, preparada para tirar máximo partido das oportunidades em tempo real”, sublinha Guilherme Coelho.

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Faturação da ByteDance sobe para €136,1 mil milhões

A faturação do TikTok em 2024 representa um quarto das receitas totais da ByteDance, que atingem um novo recorde apesar da desaceleração das operações na China

As receitas de faturação da ByteDance, empresa-mãe do TikTok, aumentam 29% para 155 mil milhões de dólares (€136,1 mil milhões) em 2024, de acordo com um relatório obtido pelo site The Information, mas não confirmado pela empresa. Os lucros da marca chinesa aumentam 6% para 33 mil milhões de dólares (€28,9 mil milhões) no mesmo período.

A faturação do TikTok em 2024 representa um quarto das receitas totais da ByteDance, que atingem um novo recorde apesar da desaceleração das operações na China, segundo o relatório. Os mercados internacionais também representam um quarto da faturação total da ByteDance e registam um aumento de 63% em 2024, para 39 mil milhões de dólares (€34,2 mil milhões), impulsionado pelo crescimento da rede social.

A ByteDance tem vindo a expandir o comércio eletrónico, através do TikTok Shop, para um maior número de mercados estrangeiros, incluindo Espanha e Irlanda em 2024, com o objetivo de competir com empresas como a Shein e a Temu. A empresa está também a tentar expandir o TikTok Shop para Itália, Alemanha e França, com planos de entrar no Japão e no Brasil ainda este ano.

A ByteDance está ainda a tentar competir no setor da inteligência artificial (IA), com o desenvolvimento de novos óculos inteligentes, de acordo com outro relatório da The Information. O foco deste novo dispositivo será a captação de imagens e vídeos de boa qualidade.

A empresa até já terá iniciado o processo de negociação com os fornecedores para determinar os detalhes do dispositivo, nomeadamente as especificações técnicas, o custo e a data de lançamento.

Atualmente, a ByteDance enfrenta inúmeros desafios nos Estados Unidos, o seu maior mercado, onde terá de vender a operação da rede social, sob risco de ser proibida por motivos de segurança nacional e preocupações com a privacidade dos dados.

Sobre o autorDaniel Monteiro Rahman

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Sugestões para ler, ver e escutar da edição 977 do M&P

O livro ‘Storytelling — A Melhor História Ganha’, de Mark Edwards, a série ‘Vinagre de Sidra’, da Netflix, e o podcast ‘Uncensored CMO’, são alguns dos destaques

Ler

Storytelling — A Melhor História Ganha

Ao longo de várias décadas dedicadas ao jornalismo, Mark Edwards criou um método próprio para escrever histórias convincentes e cativantes. Neste livro, partilha as técnicas que desenvolveu e a abordagem seguida na criação de histórias vencedoras e na comunicação eficaz. A obra inclui vários exemplos aplicáveis a diferentes áreas, como a publicidade, o marketing e os negócios.

Partindo da premissa de que, num mundo saturado de informação, as melhores histórias são as que se destacam e conquistam audiências, Mark Edwards demonstra que a forma como uma mensagem é contada pode ter mais impacto do que a própria mensagem. Explica ainda como estruturar histórias eficazes, utilizando personagens, conflito e resolução para criar uma ligação autêntica com o público, mostrando como histórias bem construídas geram emoção, envolvimento e ação.

Autor Mark Edwards
Editora Clube do Autor
Lançamento Março de 2025
Páginas 248
Preço €18,00

Personal Branding — O Guia Para Uma Marca Pessoal de Sucesso

Neste livro, Raquel Soares, fundadora da Love People, consultora de marca pessoal, imagem e da conferência Personal Branding Summit, partilha estratégias, histórias e as lições que aprendeu ao longo de anos de experiência na transformação de carreiras e negócios.

A obra apresenta estratégias para destacar talentos, criar conexões e aumentar a credibilidade profissional. Com sugestões aplicáveis e casos reais, Raquel Soares mostra como se pode destacar num ambiente competitivo, reforçando a importância da consistência e do propósito, e como criar uma marca pessoal autêntica, influente e memorável.

Autor Raquel Soares
Editora Ideias de Ler
Lançamento Março de 2025
Páginas 272
Preço €17,75

Ver

Vinagre de Sidra


Criada por Samantha Strauss e realizada por Jeffrey Walker, Vinagre de Sidra inspira-se na história verídica de Belle Gibson, influenciadora que enganou os seguidores ao afirmar ter-se curado de um cancro através da medicina alternativa, para lucrar com esse estilo de vida.

A série destaca os perigos das falsas promessas no mundo do bem-estar, o impacto das redes sociais e o papel dos influenciadores na disseminação de informações de saúde.

Formato Minissérie
Género Drama
Realizador Jeffrey Walker
Estúdio See-Saw Films
Distribuidora Netflix
Plataformas Netflix
Lançamento Fevereiro de 2025

A Batalha das Pop-Tarts

Escrito e realizado pelo ator e humorista norte-americano Jerry Seinfeld, A Batalha das Pop-Tarts é uma comédia que retrata a guerra entre as marcas Kellogg’s e Post, que resulta na criação da icónica Pop-Tart da Kellogg’s, que revolucionou o pequeno-almoço dos norte-americanos.

Através do humor, o filme mostra os bastidores da rivalidade entre as gigantes da indústria alimentar e como o marketing transforma umas simples bolachas num fenómeno cultural.

Formato Filme
Género Comédia
Realizador Jerry Seinfield
Estúdio Columbus 81 Productions
Distribuidora Netflix
Plataformas Netflix
Lançamento Maio de 2024

Escutar

Uncensored CMO

O Uncensored CMO é um podcast de Jon Evans, diretor de marketing e clientes da plataforma de eficácia de marca System 1, criado para explorar os prós, os contras e a verdade por trás da prática do marketing.

Com entrevistas a diretores de marketing e líderes do setor, o podcast aborda estratégias de marca, casos de sucesso e desafios das marcas, entre outros temas.

Screaming Creativity

Conduzido por Rob Reilly, diretor criativo executivo global do grupo WPP, o Screaming Creativity explora o impacto da criatividade nos negócios e na cultura.

O podcast inclui conversas com personalidades influentes do marketing e da publicidade, nas quais são abordados temas como o impacto da tecnologia na criatividade, o panorama em constante evolução do setor criativo, o futuro da publicidade e os percursos criativos dos convidados.

What Next?

O What Next? explora como a globalização, a tecnologia e as mudanças demográficas estão a remodelar a forma como criamos, consumimos e comunicamos.

Rishad Tobaccowala, conselheiro sénior do Publicis Groupe, conversa com diretores executivos e diretores criativos, para discutir o impacto da tecnologia nos meios de comunicação social, o atual cenário empresarial e da publicidade, bem como os desafios da liderança no futuro do trabalho.

Sobre o autorDaniel Monteiro Rahman

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Palhaçadas sérias

‘Clowns’ da BBH, para a Audi, é a campanha que Joana Antunes, redatora da Fuel, gostava de ter feito. ‘Estrelas Perfeitas’ da Dentsu Creative Portugal, para a Associação Salvador, é a que mais gostou de fazer, revela na rubrica Como É Que Não Me Lembrei Disto?

Vencedora de uma Prata no Young Lions Portugal 2023, Joana Antunes, redatora da Fuel, não tem na escrita a maior das paixões. Do que gosta mesmo é de pegar num ‘briefing’ e explorar as potencialidades do projeto que tem em mãos, procurando desafiar-se até ao limite, sem receio de pensar em grande.

É por isso que elege ‘Clowns’, que só descobriu recentemente, como a campanha que gostaria de ter feito. A simplicidade da ideia é o que mais a cativa, revela na rubrica do M&P Como É Que Não Me Lembrei Disto, dedicada à criatividade.

‘Estrelas Perfeitas’, a campanha que mais gostou de fazer, foi desenvolvida durante o período em que trabalhou na Dentsu Creative Portugal, entre julho de 2022 e outubro de 2023, antes de sair para a Alfred e depois para a Judas. Está na Fuel desde junho de 2024.

Qual é a campanha publicitária que gostaria de ter feito?

São várias as campanhas que gostaria de ter feito, especialmente as da Apple e do Burger King, que são sempre incríveis. No entanto, recentemente, deparei-me com uma campanha da Audi, de 2017, chamada ‘Clowns’, que me fez querer vê-la e revê-la vezes sem conta.

Quais são as razões dessa escolha?

Gosto sempre de fazer um exercício quando vejo uma boa campanha, que é imaginar qual seria o ‘briefing’. Neste caso, o ‘briefing’ deve ter sido daqueles que tinha tudo para ser aborrecido. Algo na linha de “precisamos de criar uma campanha que fale dos novos atributos de segurança dos nossos carros”.

A equipa que o recebeu deve ter conseguido dar-lhe a volta, desenvolvendo uma ideia muito simples, com base num ‘insight’ verdadeiro, o que é incrível. É algo que eu gostaria de ter conseguido fazer, caso tivesse recebido esse ‘briefing’.

O que é que lhe chama mais a atenção na campanha?

A simplicidade é o que me fascina nesta campanha. O filme passa uma mensagem forte. Consegue ter humor e emocionar em simultâneo. Porque há, de facto, muitos ‘palhaços’ na estrada, que são um perigo para todos nós. Este seria, talvez, o caminho mais óbvio, fazer uma campanha emocional e pesada.

Joana Antunes, redatora da Fuel

É só a simplicidade que a cativa?

Para mim, a inteligência da ideia é o uso da metáfora, ao trazerem os palhaços para o filme, o que torna a ideia mais leve, cativante e com algum humor. O facto de não serem necessárias falas para explicar a mensagem é outro dos pontos que adoro nesta campanha.

A assinatura no final do filme, ‘Audi Technology. Clown Proof’, é suficiente e resume a ideia de forma muito clara. Por fim, a escolha da música [‘Send In The Clowns’ de Faultline feat. Lisa Hannigan], é a cereja no topo do bolo.

É uma música que nos transporta para algo triste, mas que acaba por trazer algum sarcasmo para a campanha, reforçando a ideia de que podem mandar vir os palhaços porque a Audi está preparada para nos proteger deles.

Esta campanha inspirou-a a nível criativo?

Comunicar para marcas de carros nunca foi uma ambição e sempre achei que, criativamente, era algo um pouco limitado. No entanto, esta campanha fez-me ver este segmento de outra forma. Veio, inclusive, relembrar-me de que não existem maus ‘briefings’.

Se existir um cliente aberto a novas abordagens, conseguimos fazer coisas diferentes, que toquem as pessoas e que passem uma mensagem clara e impactante. Esta campanha inspirou-me a olhar para os ‘briefings’ que parecem aborrecidos com um novo olhar.

Qual é a campanha que fez que mais a concretizou profissionalmente?

Ainda tenho de pedalar muito nesta área para poder responder a esta pergunta. No entanto, com a experiência que tenho, posso dizer que o projeto que me fez sentir mais realizada foi a campanha ‘Estrelas Perfeitas’, para a Associação Salvador.

Primeiro, porque criámos um produto de raiz, o que por si só já é algo que me dá orgulho. Depois, ver o impacto do projeto e pôr as pessoas a contribuir e a falar sobre uma causa importante, é gratificante.

Sabemos que, só com a publicidade, não conseguimos mudar o mundo, mas se podermos contribuir para que seja um sítio melhor, torna-se mais fácil criá-la todos os dias.

Como é que chega a essa ideia?

O desafio que a Associação Salvador nos lançou consistia em criar um amuleto, um objeto, para assinalar o Natal e reforçar a importância da acessibilidade.

Ao fim de várias ideias chumbadas, lembrámo-nos de um momento, de uma tradição, que é comum em todas as casas, pôr a estrela no topo da árvore. É um momento que vemos como algo normal, mas que para muitas pessoas não é possível.

E assim nasceu a ideia de criarmos árvores de Natal inclusivas, construindo estrelas que podiam ser colocadas em qualquer parte da árvore.

Como é que avançou para a execução?

Para que a inclusão estivesse presente no nosso próprio produto, decidimos criar estrelas assimétricas e imperfeitas, simbolizando as fragilidades que todos temos. A nossa ideia era, também, que este objeto fosse bonito e apelativo, para que as pessoas o quisessem comprar para decorar as suas árvores.

Por isso, decidimos fazer uma parceria com a Burel, que facultou o excedente de produto e produziu as estrelas, tornando também a ideia sustentável.

 

As campanhas atualmente estão mais ou menos criativas do que antigamente?

Acho que os tempos mudam e devemos adaptar-nos. Presumo que, antigamente, as marcas investissem e arriscassem mais na comunicação. No entanto, acho que, hoje em dia, o ruído é tanto e está em tantos meios ao mesmo tempo que se torna essencial fazer uma comunicação mais de entretenimento e menos de ‘hard selling’.

O que faz quando não tem ideias?

Era incrível existir uma fórmula que resultasse sempre, mas no meu caso ainda não a descobri, nem depois de ler o guia prático de criatividade do John Cleese.

Quando não tenho ideias, passo primeiro pela clássica fase de síndrome de impostor, onde tudo é motivo de questionamento. Depois, vou dormir sobre o assunto, literalmente, o que resulta muito bem.

Noutras alturas, arregaço as mangas, abro um documento de Word em branco e começo a desenvolver uma pesquisa e a escrever ‘insights’ soltos.

Ficha técnica

Campanha ‘Clowns’
Cliente Audi
Agência Bartle Bogle Hegarty (BBH)
Diretor criativo Ian Heartfield
Diretor de arte Mikael Alcock
Diretor de estratégia Damien Le Castrec
Redator Doug Fridlund
Produtora Rattling Stick
Produtora executiva Katie Keith
Produtores David Lynch, Tim Nunn e Sally Humphries
Realizador Ringan Ledwidge
Diretor de fotografia Adam Arkapaw
Edição Rich Orrick/Work Editorial
Pós-produção The Mill Sonoplastia String and Tins
Diretora musical Ayla Owen
País Reino Unido
Ano 2017

Ficha técnica

Campanha ‘Estrelas Perfeitas’
Cliente Associação Salvador
Agência Dentsu Creative Portugal
Diretor criativo Ivo Purvis
Diretora de arte Madalena Montellano
Redatores Joana Antunes e Nuno Leal
Realizadora Maria Mena
Vídeografia Luís Pinto Magalhães
Fotografia Fernando Sousa
Entrevistas Nuno Mata, Diana Niepse e Hugo Maia
País Portugal
Ano 2023

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

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Havas inspira-se na força do vento para reposicionar EDP

O filme institucional da campanha conta com a participação da atleta norte-americana Melissa Jefferson (na foto) que, aos 24 anos, está a consolidar-se como uma das principais velocistas do mundo

A Havas destaca o papel da energia eólica na campanha institucional global que marca o reposicionamento da EDP.
Somos Mais Rápidos Com o Poder do Vento’ é o mote da nova campanha produzida e realizada pela Garage, com planeamento de meios da Wavemaker. Em Portugal, vai estar três semanas no digital, redes sociais e televisão.

A campanha decorre também em digital e redes sociais em Espanha, Alemanha, França, Itália, Reino Unido, Polónia, Bélgica e Dinamarca.

O filme publicitário conta com a presença da desportista Melissa Jefferson, que, aos 24 anos, está a consolidar-se como uma das principais velocistas do mundo. No anúncio, a atleta norte-americana supera o seu recorde pessoal numa pista situada num parque eólico, reforçando a mensagem de que todos somos mais rápidos quando aproveitamos a força do vento.

Para além do novo posicionamento da EDP, o ‘spot’ realça o papel transformador da energia eólica na construção de um futuro neutro em carbono.

“Em 2024, ultrapassámos os 12 mil megawatts de capacidade instalada e gerámos mais de 31 mil gigawatts de energia limpa a partir da força vento. Esta é a década da ação, em que cada rotação das turbinas conta”, salienta Vera Pinto Pereira, administradora executiva da EDP, citada em comunicado de imprensa.

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Marketing

L’Oréal Paris escolhe Philippine Leroy-Beaulieu

A atriz (na foto) que interpreta Sylvie Grateau na série da Netflix ‘Emily em Paris’ protagoniza a campanha da linha Age Perfect Collagen Expert da marca francesa

A L’Oréal Paris anuncia a atriz Philippine Leroy-Beaulieu, de 61 anos, para embaixadora da marca em França. A atriz vai promover a linha Age Perfect Collagen Expert, a partir de 9 de junho. A divulgação é feita na página do Instagram da L’Oréal Paris com a mensagem: ‘a idade perfeita é agora!’

Conhecida pela personagem Sylvie Grateau na série da Netflix, ‘Emily em Paris,’ a atriz francesa desperta a atenção pelo estilo francês sofisticado. A L’Oréal Paris descreve-a como “um modelo de perseverança e ousadia”.

Para a diretora-geral da L’Oréal Paris, Marie-Julie Monnot, a atriz é a personificação do ‘french chic’. “Ao celebrar a idade, torna-se uma verdadeira fonte de inspiração para todas as mulheres”, conclui em comunicado.

A escolha de Philippine Leroy-Beaulieu faz parte de um movimento mais amplo da L’Oréal Paris, para defender a diversidade e a inclusão em todas as idades, culturas e estilos de vida.

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FOTO DR
Comunicação

Digidelta lança marca de filmes sustentáveis para impressões digitais

Desenvolvidos nos últimos dois anos, os filmes da Biond (na foto), da Digidelta, podem ser usados, com ou sem adesivo, em comunicações visuais, decorações de interior, publicidade, rotulagens e embalagens

A Digidelta, empresa que desenvolve e comercializa soluções de impressão, está a lançar no mercado a Biond, uma gama de filmes sustentáveis. Desenvolvidos com materiais biodegradáveis, de origem vegetal, que absorvem dióxido de carbono durante o processo de crescimento, são 100% biodegradáveis e podem decompor-se em menos de 90 dias, nas condições adequadas.

“A sustentabilidade não é apenas uma escolha, mas uma necessidade imperativa para o mercado global. Com a gama Biond, que traz ao mercado uma inovação sem precedentes, acreditamos que podemos redefinir os padrões de qualidade e responsabilidade ambiental, promovendo uma alternativa que alia a eficiência e o respeito pelo planeta”, salienta Armando Mota, CEO da Digidelta, citado em comunicado de imprensa.

Além de minimizarem as emissões de compostos orgânicos voláteis, tornando-os mais seguros e ecológicos, os novos filmes, desenvolvidos pela empresa nos últimos dois anos, também garantem benefícios de usabilidade idênticos aos tradicionais filmes adesivos de PVC, sem comprometer a qualidade de impressão. A nova solução pode ser usada, com ou sem adesivo, em comunicações visuais, decorações de interior, publicidade, rotulagens e embalagens.

“Com uma compatibilidade abrangente com tecnologias de impressão digital como o UV LED, o UV gel, o eco-solvente, o látex e a impressão mecanográfica flexografia e ‘offset’, a Biond adapta-se facilmente às necessidades mais exigentes do mercado”, salienta o responsável, que aposta na assinatura ‘A Branded Film Today for a Carbon-Free Tomorrow’ para exportar os novos filmes, investindo numa estratégia de distribuição global.

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Marketing

Marcas americanas adaptam estratégias em resposta às tarifas de Trump

Para marcas que produzem na China e no Vietname, como a Nike, a situação é preocupante. As que fabricam nos EUA estão numa boa posição, mas têm de ser cautelosas com o marketing ‘Made in the USA’

À medida que as marcas nos Estados Unidos se confrontam com um cenário marcado por tarifas comerciais alargadas e aumentos de preços nas importações, os anunciantes estão a adaptar as estratégias para enfrentarem um novo período de incerteza que os especialistas preveem que possa resultar numa crise mundial, noticia a Ad Age.

As marcas estão cautelosas em relação ao impacto das tarifas nos preços e na procura por parte dos consumidores. O mais recente plano de tarifas imposto por Donald Trump inclui uma taxa de 10% sobre todas as importações, bem como tarifas recíprocas sobre os países que impõem tarifas às importações dos Estados Unidos. O presidente norte-americano promete taxar os “piores infratores”, nomeadamente a União Europeia, a China e o Vietname.

A situação é preocupante para marcas como a Nike, que tem grande parte da produção centrada em fábricas na China e no Vietname, ou para a Bogg Bags, obrigada a procurar alternativas à produção na China. De acordo com dados da Bloomberg Intelligence, marcas como a Gap, a Victoria’s Secret e a Ralph Lauren também vão ser afetadas pelas pressões resultantes da instalação de fábricas no Vietname.

As marcas que fabricam a maior parte dos produtos nos Estados Unidos, por seu lado, estão numa boa posição. Segundo avança o The Wall Street Journal, é provável que uma vaga de anunciantes promova campanhas focadas no termo ‘Made in the U.S.A.’. A tendência já começa a surgir, com marcas como a New Balance e a Ford, entre outras, a divulgarem publicidade centrada na produção nacional.

‘Made in the U.S.A.’ pode trazer problemas

Embora estejam numa boa posição comercial face às tarifas, devido ao fabrico nacional, as marcas norte-americanas devem escolher cuidadosamente as expressões que utilizam, visto que as normas da Comissão Federal do Comércio dos Estados Unidos exigem que os produtos comercializados com a etiqueta ‘Made in the USA’ sejam, de facto, “totalmente ou quase totalmente” fabricados no país.

A fabricante de automóveis Stellantis foi das primeiras empresas a ver nas tarifas uma oportunidade de negócio, apostando na divulgação de anúncios patrióticos para a Jeep, a Ram e a Dodge. Entretanto, a empresa já foi obrigada a alterar a mensagem, em resposta a um inquérito de uma organização de regulação publicitária que alega que a Stellantis estaria a promover publicidade enganosa, sendo que algumas das peças utilizadas nos veículos das marcas são importadas e que os carros não são, de facto, fabricados nos Estados Unidos, mas sim montados no país.

“A Stellantis tem todo o direito de se vangloriar das fábricas de montagem das marcas que detém nos Estados Unidos, que criam empregos e fortalecem a economia americana, mas não pode induzir os consumidores em erro sobre a verdadeira dimensão da produção nacional”, escreve a Truth in Advertising, organização sem fins lucrativos que regula a publicidade enganosa, numa carta dirigida a Olivier François, diretor de marketing global da Stellantis, e a Giorgio Fossati, conselheiro geral da fabricante de automóveis.

Na sequência desta queixa, a Stellantis remove os anúncios do YouTube e termina prematuramente as campanhas televisivas para fazer alterações à linguagem utilizada nos anúncios. Este é mais um caso que retrata o impacto direto da instabilidade promovida pela Administração Trump.

Sobre o autorDaniel Monteiro Rahman

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Flesh512 cria campanha digital para a Água Serra da Estrela

“O programa que a campanha (na foto) promove vai permitir evitar a utilização de cerca de 700 toneladas de plástico virgem em 2025”, explica ao M&P Ana Rita Martins, diretora de marketing da marca

A agência criativa e produtora audiovisual Flesh512 assina ‘Para Que Nunca Acabe’, campanha digital da Água Serra da Estrela que divulga o programa de promoção de sustentabilidade ambiental, que apela à valorização da água e dos recursos naturais da região que a marca está a dinamizar.

“A Serra da Estrela enfrenta desafios crescentes, como os incêndios, as alterações climáticas e a ação humana. Esta iniciativa surge como a consolidação de uma resposta concreta e urgente, reforçando o compromisso da marca com a valorização da sua origem e preservação e regeneração do ecossistema único onde nascemos e estamos inseridos”, justifica ao M&P Ana Rita Martins, diretora de marketing da Água Serra da Estrela.

Lançada a 8 de abril na fábrica da empresa, em Gouveia, a campanha está a ser divulgada nas redes sociais da marca e das organizações com quem a Água Serra da Estrela estabeleceu parcerias de cooperação que preveem a plantação de 15 mil árvores até 2035.

“Este ano, alcançamos um marco inédito no setor, ao garantirmos a utilização de 100% plástico reciclado em todas as nossas embalagens. O programa que a campanha promove vai permitir evitar a utilização de cerca de 700 toneladas de plástico virgem em 2025, passo este que corresponde a uma antecipação e superação do requisito legal, com o objetivo de mitigar ao máximo o impacto das garrafas de uso único”, sublinha Ana Rita Martins. 

Desde 2002, a Água Serra da Estrela já apoiou a plantação de 1,7 milhões de árvores. “Além de medidas concretas na operação da marca, o programa integra a dimensão comunitária, chamando à ação parceiros, instituições e cidadãos. Sabemos que não movemos montanhas, mas juntos podemos atravessá-las e chegar mais longe, mobilizando e inspirando mudanças de comportamentos”, refere ainda a responsável.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

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Media

TV: Os programas que dominam as audiências, gravações e redes sociais em março

O futebol lidera a lista dos programas mais vistos. Nas gravações diárias, o programa de Ricardo Araújo Pereira, ‘Isto é Gozar com Quem Trabalha’, conquista a primeira posição. A TVI ganha novamente nas menções nas redes sociais com os ‘reality shows’ do canal

Em março, o jogo a contar para a Liga das Nações que opõe a seleção nacional à Dinamarca é o programa mais visto. Transmitido na RTP1 a 23 de março, o jogo de futebol lidera o top de programas, com uma audiência média de 2,531,000 espectadores, num ranking liderado pela transmissão de eventos desportivos, segundo a análise da Marktest com base nos dados da Mediamonitor.

Na segunda posição encontra-se a primeira mão do mesmo confronto entre Portugal e a Dinamarca, exibido a 20 de março na RTP1, com uma audiência média acima dos dois milhões de espectadores. A fechar as três primeiras posições está o programa de Ricardo Araújo Pereira ‘Isto é Gozar com Quem Trabalha’, transmitido a 9 de março, na SIC.

Nos programas gravados e visionados no próprio dia, a liderança cabe novamente a um episódio do programa ‘Isto é Gozar com Quem Trabalha’, transmitido na SIC a 30 de março, que regista 228,300 espectadores em termos de audiência média. Nas gravações de sete dias, a emissão do programa ‘Taskmaster’, na RTP1 a 29 de março, ocupa o primeiro lugar.

Nas redes sociais, os ‘reality shows’ da TVI ‘Secret Story – Casa dos Segredos’ e ‘Big Brother’, encontram-se em destaque nas primeiras e segundas posições da tabela, respetivamente.

Na terceira posição surge o programa da manhã da TVI, ‘Dois às 10’, à frente do ‘reality show’ da SIC ‘Casados à Primeira Vista’, que ocupa a quarta posição. ‘Goucha’, o programa da tarde da TVI, encontra-se na quinta posição, seguido do concurso de talentos da RTP1 ‘Got Talent Portugal’ e da novela da TVI ‘A Protegida’, na sexta e sétima posição, respetivamente.

O top 10 dos programas com mais menções nas redes sociais no segundo mês do ano é completado pela novelas ‘A Fazenda’, da TVI, e ‘A Herança’, da SIC, na oitava e nona posição respetivamente, seguidas da  série juvenil da TVI ‘Morangos Com Açúcar’, em décimo.

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