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O equilíbrio de género e a diversidade ainda estão longe de chegar ao setor das agências criativas, apesar de existir uma maioria de mulheres à frente das maiores marcas nacionais […]

Cristina Dias Neves
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O equilíbrio de género e a diversidade ainda estão longe de chegar ao setor das agências criativas, apesar de existir uma maioria de mulheres à frente das maiores marcas nacionais […]

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Imagem da campanha “Viva la Vulva” criada pela agência AMV BBDO para o grupo sueco Essity


O equilíbrio de género e a diversidade ainda estão longe de chegar ao setor das agências criativas, apesar de existir uma maioria de mulheres à frente das maiores marcas nacionais

A equidade entre homens e mulheres no mundo profissional continua a ser uma quimera. Estudos sucessivos indicam que, apesar de as mulheres serem já metade da força laboral, os cargos de chefia mantêm-se maioritariamente nas mãos dos homens.

Mais grave, porém, é que nas  mesmas funções, as mulheres ganham menos do que os homens, o que num  mundo em que as exigências são idênticas, é completamente anacrónico. As causas deste desequilíbrio são ancestrais e têm sido amplamente debatidas. As mulheres continuam a ter sob a sua alçada a gestão doméstica e a assumir de forma lógica e natural o papel de cuidadoras, dos filhos, dos pais, dos sobrinhos, enfim, de todos e de tudo o que estiver à volta. E se é verdade que as coisas estão a mudar — as novas gerações já partilham as tarefas domésticas com naturalidade, dando uma outra liberdade às jovens profissionais — não é menos verdade que há hábitos enraizados,  quase geneticamente, que fazem com que as mulheres fiquem para trás no mundo da liderança, onde a autoridade, a exposição e o risco são palavras de ordem.

Alexandra Machás Responsável pelo estudo da Scopen


Mais mulheres a planear, mais homens a liderar

Fomos perceber de que forma esta realidade se espelha no nosso mercado e, para isso, falámos com Alexandra Machás, responsável por um dos estudos mais citados do mercado: o estudo da Scopen, apresentado no final de 2023. Embora o estudo não esteja construído para realçar o panorama da equidade de género em particular, Alexandra Machás salienta as tabelas do Top 20 marketeers mais citados para concluir que nas grandes empresas anunciantes, há um número significativo de mulheres entre os profissionais mais referidos pelo setor. Na área do marketing, por exemplo, são 13 as mulheres que integram o Top 20. Na área da comunicação institucional das empresas são 12. Esta disparidade pode ser justificada por vários motivos. Olhando numa perspetiva positiva, tratam-se de áreas de inovação e criatividade que são as que clara e rapidamente melhor acolhem os ventos de mudança. Porém, se olharmos com crueza para os indicadores das grandes empresas, também podemos inferir que aquelas são, afinal, áreas tradicionalmente reservadas ao papel da mulher, considerando a esfera de competências sociais que requerem, como empatia ou sensibilidade. Nas agências, o panorama parece estar mais de acordo com a norma. Alexandra Machás chama a atenção para o facto de que, apesar de existirem mais mulheres a trabalhar nas agências de comunicação, há uma maioria de homens em cargos de chefia. Ou seja, a proporção de mulheres versus homens em cargos de chefia é inversa. O estudo mostra que em 20 nomes há apenas sete mulheres no Top 20. Nas agências de meios,passa-se exatamente o mesmo: mais mulheres a planear, mas mais homens a liderar, na proporção de sete para 13.

As agências criativas com maior disparidade 

É nas agências criativas que encontramos a maior e mais gritante disparidade. Este parece ser um domínio quase exclusivo de homens. Na lista dos Top 20 profissionais mais admirados, apenas constam duas mulheres. Basta olhar de relance para as chefias das agências para percebermos que raramente há mulheres e quando há, têm homens ao lado.

Esta situação deriva de dois fatores. Por um lado, são os homens que, na sua maioria, detêm os cargos criativos e, por outro lado, são também os criativos que se tornam as figuras de referência nas agências, que, como o nome indica, têm como valor máximo a criatividade.

Mas sendo a criatividade uma área tão vasta, tão aberta a todos, por que razão é que há muitos mais homens que mulheres? Judite Mota, CCO (diretora geral criativa) da VLM, diz a propósito do fenómeno que “as mulheres parece que vão caindo pelas fendas do sistema”, ou seja, nas carreiras criativas apesar de à entrada existirem tantos homens como mulheres, não são muitas as que continuam na carreira. As razões basicamente são as mesmas apontadas no acesso aos cargos de chefia, com destaque para a disponibilidade. Neste caso, podemos ir mais longe e dizer que não se trata apenas de disponibilidade de tempo, mas também de disponibilidade mental. Depois, também, é uma questão de atitude e de postura, que acaba por abonar sempre em favor dos homens, como se tivessem à partida direitos que as mulheres têm sempre que conquistar.

Judite Mota é a diretora geral criativa da VLM

“As mulheres vão caindo pelas fendas do sistema”

Judite Mota dispensa apresentações a quem está no meio publicitário. É atualmente CCO (Chief Creative Officer) e directora-geral da recém constituída VML, agência que surge da fusão entre a Y&R Portugal onde também já era CCO, e a Wunderman Thompson. Diz-nos, logo de entrada, que está muito satisfeita com a nova equipa que constituiu. À sua equipa de origem, onde prevaleciam duplas masculinas, juntou duplas femininas e mistas, estando por isso, atualmente, a trabalhar em plena paridade.

Mas nem sempre é assim, nem sempre foi assim. “As mulheres parecem que vão caindo pelas fendas do sistema”, afirma. As fendas do sistema publicitário e mais especificamente das áreas criativas. Se há tantas entradas femininas como masculinas porque parece que desaparecem à medida que vão evoluindo na carreira? A explicação aponta para a disponibilidade necessária para se trabalhar na área criativa. Judite Mota explica que são normalmente áreas com muita intensidade em termos de trabalho, que é precisa uma grande disponibilidade mental, que, a certa altura da sua vida, as mulheres não acompanham, porque têm aquela dupla função de serem, também, mães e protagonistas da vida doméstica.

As novas gerações são diferentes, a própria forma de trabalhar também é diferente, estamos longe dos exageros dos anos 1990, as novas gerações equilibram melhor a vida profissional com a vida pessoal, sabem melhor o que querem. A mudança, contudo, não é tão rápida quanto poderia ser. Esta nova forma de estar estende-se também às mulheres e com consequências parecidas em termos da dificuldade de fixação de talento feminino nas áreas criativas. Judite Mota explica: ”Estas gerações mais novas percebem mais depressa que se não é ali que está o que os vai fazer felizes, saltam mais depressa, também. E o efeito é o mesmo, a consequência é a mesma. Desaparecem as raparigas das agências, dos jornais, ou de seja o que for, mas por razões diferentes”.

Quando falamos sobre se já sentiu que estava num ambiente sexista, Judite Mota explica que, sendo uma mulher muitas vezes entre muitos homens, “atualmente reagiria de forma diferente a certos comportamentos, certos comentários”. Ou seja, adianta, “a ideia de – és como nós, és um de nós, podemos fazer os comentários que quisermos à tua frente – hoje não seria aceitável. Era uma coisa que nos diziam como um elogio. E não faz sentido absolutamente nenhum”. Prova de que os tempos mudaram mesmo.

Rita Amzalak é directora-geral da Havas Media

Novas gerações são mais sensíveis à paridade

Rita Amzalak, diretora-geral da Havas Media, é otimista por natureza. Acredita profundamente que “evoluímos muito mais num mundo onde convivemos e exploramos as diferenças”. Porque, na verdade, explica: “sabemos que se fizermos sempre o mesmo caminho e da mesma forma, vamos sempre dar ao mesmo caminho. E não é isso que queremos, muito menos neste mundo, neste mundo da publicidade”, explica Rita Amzalak.

Na sua perspetiva, no mundo da publicidade há uma maior equidade de género do que em outros meios. Na Havas Portugal, por exemplo, a presidente é uma mulher e na comissão executiva há tantos homens quanto mulheres. Esta paridade é o espelho de uma equipa que se divide equitativamente ao nível do género.

Segundo a diretora-geral da Havas Media, o grupo está alerta para o tema e tem implementado a nível internacional um programa que visa precisamente fomentar o empoderamento de mulheres, capacitando-as, treinando-as para conseguirem ascender a cargos de liderança. Este programa de treino intensivo é patrocinado pela gestão de topo do grupo, dando, por isso, um sinal a todos que é um tema importante e prioritário no âmbito dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU que inclui procurar alcançar a igualdade de género e empoderar todas as mulheres e raparigas.

Rita Amzalak está na lista das cinco mulheres mais admiradas nas agências de meios, elaborada pela Scopen. Diz que nunca se sentiu estigmatizada por ser mulher, até porque vem de uma família grande em que o valor das mulheres e da diversidade é respeitado. Mas sabe que o estigma existe e é necessário continuar a combater modelos de género que estão desajustados da realidade. “Nunca convivemos bem com a discriminação, é completamente paradoxal existirem empresas cuja cultura e mentalidade seja penalizar a maternidade, aquilo que gera a vida. O que se tem que criar são medidas de apoio para que as mulheres que têm esse desafio acrescido possam prosperar e aceder a estes cargos, com tudo aquilo que todos nós valorizamos, não é?”, afirma, em jeito de pergunta,  com um sorriso.

As novas gerações, com quem Rita tem muito convívio, são o seu principal argumento no caminho do otimismo. “Têm um acesso à informação, uma sensibilidade para irem eles próprios à procura do seu desenvolvimento pessoal, uma abertura de mundo que nós não tínhamos”, salienta, concluindo: “Estão a trazer-nos desafios positivos que nos ajudam nesta transformação de mentalidades”.

 

Susana Albuquerque é presidente do Clube da Criatividade e diretora geral executiva da Uzina

Clube dá visibilidade às criativas  

Susana Albuquerque é presidente do Clube da  Criatividade e uma referência no mundo da criatividade, mas também uma defensora acérrima do empoderamento das mulheres no mundo profissional e no seu setor de atividade.

Tudo começou durante a covid-19, quando o Clube da Criatividade organizou uma das suas tertúlias em torno do tema da igualdade de género na publicidade. Susana percebeu que o assunto não estava a ser suficientemente debatido no meio e precisava de um empurrão. Surgiu assim o podcast ‘Clube das Criativas’, um ciclo de conversas entre mulheres das áreas da publicidade e criativa.

A conversa inaugural coube à própria Susana Albuquerque, que convidou para interlocutora Judite Mota, CCO da VML, e continuou depois com Judite a convidar a Ana Magalhães, da VML Nova Iorque, e esta a trazer à antena a realizadora Catarina Vasconcelos e por aí adiante. O último podcast, realizado em janeiro de 2024, foi protagonizado por Rita Torres Baptista e Ana Rita Almeida, da BBDO, na qualidade de entrevistada.

Esta iniciativa é apenas uma entre as muitas que podem ser desenvolvidas para dar voz e visibilidade às mulheres na publicidade. Susana Albuquerque considera que esta não é uma causa exclusiva da publicidade, mas da sociedade em geral, onde os cargos de chefia continuam a ser atribuídos em grande maioria aos homens. Na publicidade acresce a disparidade de funções atribuídas às mulheres e aos homens, áreas de contacto e produção e área de criatividade, respetivamente. Uma disparidade que, na análise de Susana Albuquerque, se deve ao papel determinante que a mulher continua a ter na maternidade e na educação dos filhos, mas também na forma ainda tímida com que se apresenta, expõe e coloca em evidência, quando necessário.

As ideias para combater esta realidade fervilham na cabeça de Susana  Albuquerque, para quem quanto mais diversidade existir nas equipas criativas, mais rico será o resultado. Defende, por isso, que é necessário procurar e pôr cada vez mais em evidência mulheres que têm funções de chefia nas áreas criativas, para que possam dar o exemplo e servir de inspiração.

Já na reta final do segundo mandato como presidente do Clube da Criatividade, Susana Albuquerque tem a ambição que o clube possa continuar com mais iniciativas, como por exemplo, a que se fez em Espanha, onde foi criada a “Más mujeres Criativas”, uma associação com mais de 200 mulheres criativas que – com base num estudo aprofundado sobre o panorama da equidade – tem definidas atividades com métricas associadas, para apoiar as mulheres dentro do setor. Uma iniciativa emblemática dá pelo nome de “UnaDeDos” e foi lançada em 2021, traduzindo o compromisso de mais de 40 marcas, agências e instituições. A ideia é que em 2030 possa haver ‘UnaDeDos’ diretoras criativas nas agências de publicidade mais relevantes do mercado espanhol.

 

Rita Vitorino é gestora de contas e gestora de projeto

“A publicidade precisa muito de mulheres”

Tendo passado por várias agências criativas desde a Ogilvy até, mais recentemente, a MTSF Partners, e também pelos media, enquanto fotojornalista, Marta Vitorino distingue-se por ter escolhido, há já uns anos, o seu próprio percurso individual, dentro da publicidade. É gestora de contas e gestora de projeto para várias agências e clientes, mas trabalha em regime de freelance, ou seja, quando quer e como quer. Um sonho para a maior parte das pessoas e para ela também. A publicidade é um mundo que precisa muito de mulheres. “Há muita criatividade na cabeça da maior parte delas. Quando estamos a produzir um trabalho em que temos que entender o que um determinado público quer e pensar na melhor forma de o fazer comunicar, precisamos ter um grupo de trabalho diverso”, justifica Marta Vitorino.

“Mas não se trata apenas de um tema de mulheres, é mais vasto, falamos também de pessoas diferentes em termos de orientação sexual, idade, etnia e por aí em diante. Infelizmente ainda estamos longe disso, mas esse é o caminho”, diz.

“Se queremos estar de olhos postos no futuro, devemos dar espaço a um grupo de trabalho variado e equilibrado”, acrescenta.

Na perspetiva de Marta Vitorino, não há uma liderança feminina e outra masculina, mas a realidade mostra que há muito mais homens em cargos de topo na publicidade, o que se fica a dever à própria condição da mulher na sociedade: “As mulheres têm duas profissões, trabalham fora de casa, mas também mantém o papel principal em termos domésticos, o que as penaliza quando estamos em profissões onde se compete por melhores projetos, os melhores bónus, as melhores condições. Depois há a herança cultural, o machismo que não se reverte numa geração”, salienta a gestora de contas.

“As mulheres tendem a ter papéis mais empáticos e, por isso, nas agências surgem mais como gestoras de contas ou de projeto. Já os homens estão em maioria nas áreas criativas, onde o ego é importante. Isto conduz a que o mundo da publicidade seja dominado, essencialmente, por homens brancos que, de modo geral, tendem a escolher o que lhes é mais próximo e  conhecido”. Embora não queira adiantar casos precisos, Marta Vitorino é das poucas entrevistadas que responde que já se sentiu várias vezes discriminada por ser mulher, mesmo que em pequenas coisas, subtilezas que revelam a cultura dominante. Considera, no entanto, que as gerações mais novas são diferentes, que se valorizam mais e sabem bem o que querem, sobretudo as mulheres da geração Z. Fazem menos concessões.

Às gerações de mulheres mais novas, Marta Vitorino aconselharia, essencialmente, que tenham respeito por si e pelos outros. “Se houver um ambiente de respeito pelo trabalho, pelas dificuldades e pelas conquistas de forma igual, é meio caminho andado para haver uma valorização equilibrada de todas as pessoas”, conclui.

Filipa Appleton, diretora de marca e marketing do Continente


“Caminho da equidade está a ser feito a passos largos”

Filipa Appleton lidera a área de marketing e marca do Continente há seis meses e acaba de lançar uma nova plataforma de comunicação com o headline “Continente é de toda a gente”, onde a atriz Gabriela Barros se metamorfoseia em diferentes personagens, cada uma com o seu estilo e necessidades diferentes, numa alegoria ao que o Continente pretende ser.

Filipa está orgulhosa da campanha e adianta que “este é o início de uma nova comunicação, que irá, no futuro, integrar outros personagens”.  Conta que “não houve intenção deliberada de escolher uma protagonista do sexo feminino, mas certo é que são as mulheres que, em maioria, continuam a tomar as decisões de compra de alimentos e produtos para o lar”.

Na sua visão, o caminho da equidade está a ser feito a passos largos. Também considera que a existência de tantas mulheres à frente da área de marketing e publicidade das marcas é justificada com o facto de se tratarem de áreas de criação e de inovação, que são, por norma, bastante pioneiras dentro das empresas.

“As mulheres da geração Z já são nascidas na era digital, marcada pela globalização, e têm uma atitude, se calhar, mais orientada para a flexibilidade e para a inovação”, salienta, acrescentando que se trata de uma geração mais focada  na procura de “um propósito no trabalho e que valoriza mais a diversidade, a inclusão e a sustentabilidade”.

Filipa Appleton crê que é realmente a diversidade e a troca de experiências entre gerações que cria valor às equipas, destacando aquela que herdou no Continente. “Uma empresa com equipas diversas que se complementam, reconhecem e integram abordagens diferentes, que se enriquecem mutuamente e promovem uma cultura que valoriza esta diversidade de pensamento, esta troca de experiências que nos desafia mutuamente”.

Com uma filha de 19 anos a estudar gestão, Filipa Appleton confessa que nunca pensou dar-lhe orientação profissional específica, mas tem a expetativa de que seja alguém sem preconceitos, que não faça juízos de valor precipitados, que confie nela própria e nas suas competências. Considera que deve ser proativa na procura de oportunidades, aprendizagens e desenvolvimento profissional e pessoal. “Tento ser também isso para ela, para que veja em mim alguém que não se acomoda num sucesso que é efémero ou num reconhecimento que é efémero”, diz, rematando: “O que é importante é ser boa e feliz no que se  faz. Porque sermos felizes no nosso trabalho, sermos felizes, é meio caminho andado para sermos excelentes profissionais.”

Ana Rita Almeida é diretora geral da BBDO Portugal

Os modelos tradicionais estão a ser ultrapassados 

Ana Rita Almeida é diretora-geral da agência criativa BBDO e gere contas tão importantes como Pingo Doce, Novobanco ou McDonald’s. Com um vasto currículo na área do contacto, passou pela Publicis, Lowe Lintas e Leo Burnet, em Portugal e em Amesterdão, até aterrar na BBDO, em 2002. Aqui fez todo o percurso, da base até ao topo da hierarquia, desde diretora de contas, como começou, até diretora-geral, cargo que exerce desde 2012.

Considera que o meio publicitário ainda é um mundo de homens, mas está a mudar rapidamente, havendo cada vez mais mulheres em cargos criativos e também em cargos de chefia. As mulheres tendem a ficar para trás por razões históricas, como os modelos que lhes são tradicionalmente oferecidos enquanto mães e cuidadoras, mas as novas gerações são muito diferentes e encaram a vida profissional com muito pragmatismo. Ana Rita Almeida vê a mudança a acontecer. A sua experiência diz-lhe que os modelos tradicionais antes impostos estão a ser ultrapassados todos os dias pelos jovens, que vivem a vida com outro desprendimento. A gerir uma equipa de 80 pessoas na BBDO, Ana Rita Almeida afirma nunca se ter sentido discriminada por ser mulher, mas também admite que pode não ter reparado. De qualquer forma, não acredita na dicotomia de género homem/mulher em termos de liderança, mas, sim, em perfis mais ou menos adequados para o efeito. Com uma filha de 17 anos e um filho de 14, admite que se tivesse de dar conselhos a Inês, diria que o que importa mesmo é trabalhar, esforçar-se por atingir os objetivos, mas sempre sem perder o pé. Isto é, com bom senso.

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Impresa com prejuízo de €4 milhões. SIC aumenta lucros para €1,3 milhões

As receitas da Impresa cresceram 0,7% no primeiro semestre para €86,6 milhões, impulsionadas pela publicidade e pela venda de conteúdos a terceiros

Catarina Nunes

O prejuízo da Impresa nos primeiros seis meses do ano foi de €4 milhões, uma variação de 0,9% em relação ao período homólogo em 2023, já que é na estrutura do grupo que são consolidados os custos financeiros, refere o Grupo Impresa em comunicado de imprensa referente aos resultados no primeiro semestre de 2024.

As receitas da Impresa cresceram 0,7% no primeiro semestre para €86,6 milhões, impulsionadas pela publicidade e pela venda de conteúdos a terceiros. O grupo manteve a tónica no controlo de custos operacionais, que foram reduzidos em 1,2% face ao mesmo período no ano anterior, e melhorou o desempenho operacional em todos segmentos, o que se refletiu no reforço das margens.

O EBITDA da Impresa foi de €4,5 milhões, o valor mais elevado desde 2021 e um aumento de 57,7% face aos primeiros seis meses de 2023, segundo a Impresa. Sem considerar os custos de reestruturação, o EBITDA recorrente foi de €4,7 milhões, representando um crescimento de 41,8% em termos homólogos.

A dívida remunerada líquida da Impresa cifrou-se nos €142,8 milhões, traduzindo uma redução de 1,7% face ao final de junho de 2023. Este valor sustenta e está alinhado com a trajetória de redução do valor da dívida verificado nos últimos anos, segundo a Impresa.

“O primeiro semestre foi desafiante e as equipas da Impresa estão de parabéns pelo cumprimento dos nossos objetivos. Melhorámos os resultados operacionais, em particular através do crescimento nas receitas e redução de custos, com o consequente crescimento em mais de 40% no EBITDA”, refere Francisco Pedro Balsemão, CEO da Impresa.

Na SIC, por seu lado, o lucro subiu para €1,3 milhões, um crescimento de 116,7% quando comparado com os €600 mil de lucro no semestre homólogo em 2023, de acordo com os dados divulgados pelo Grupo Impresa, que detém a SIC e a Impresa Publishing (Expresso).

As receitas totais da SIC, por seu lado, aumentaram 1,7%, para €74,6 milhões, impulsionadas pelas vendas de conteúdos e de publicidade. Os custos operacionais mantiveram-se em linha com o valor do primeiro semestre de 2023, refere o documento do grupo de media, salientando que o EBITDA da SIC cresceu 30,7% para €4,5 milhões .

Em termos de audiências, a estação de televisão terminou o primeiro semestre de 2024 com uma média de 15,1% de share, em dados consolidados. No target comercial – ABCD 25/64, a SIC teve 12,9% de quota de mercado. De janeiro a maio, a SIC representou 47,1% de quota de mercado do investimento publicitário entre os canais generalistas.

Na Impresa Publishing, que detém o Expresso, o EBITDA aumentou 29,4% para €800 mil. O Expresso foi o jornal mais vendido do país, com uma média de 85 mil exemplares por edição entre janeiro e março, segundo os dados da APCT, citados pela Impresa no comunicado com os resultados relativos ao primeiro semestre de 2024.

No digital, o Expresso registou uma média de 48 mil exemplares por edição em circulação digital paga, entre janeiro e março. O universo de websites da marca Expresso alcançou, no primeiro semestre, uma média mensal de 2,3 milhões de visitantes únicos.

No áudio, o Expresso lançou 14 novos podcasts, verificando-se um aumento de 77% no acumulado de downloads, face ao semestre homólogo, representativo de quase 24 milhões de downloads. Entre os podcasts com mais descargas destacaram-se o ‘Programa Cujo Nome Estamos Legalmente Impedidos de Dizer’ (2,8 milhões), ‘Isto é Gozar Com Quem Trabalha’ (2 milhões), ‘Contas-Poupança” (2 milhões), ‘Expresso da Manhã’ (1,8 milhões) e ‘Eixo do Mal (1,4 milhões).

“No segundo semestre, daremos continuidade aos vários projetos em curso. Por um lado, vamos continuar a trazer mais valor para anunciantes e agências, reforçando a nossa posição enquanto grupo em Portugal com mais investimento publicitário. Por outro, vamos manter a nossa estratégia de expansão digital e diversificação de fontes de receitas, nomeadamente através da concretização de apostas já anunciadas como a realização do Tribeca Festival em Lisboa e a nossa nova parceria na área da bilhética com a BOL”, avança Francisco Pedro Balsemão.

 

 

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Fora do Escritório com António Fuzeta da Ponte, diretor de marca e comunicação da Nos

Durante as férias, mal abre o computador, mas confessa que se estiver em Portugal espreita a televisão para ver os blocos publicitários ou futebol. A Sagres acompanha-o, porque tem a mania que é o ‘rei da grelha’ e “não há grelha sem Minis”

Catarina Nunes

Uma viagem em família à Florida, em agosto de 2022, (na foto) é a escolha de António Fuzeta da Ponte, diretor de marca e comunicação da Nos, do ‘álbum de férias’, “porque nela estamos profundamente felizes, por estarmos juntos, por estarmos conscientes da sorte que temos e porque somos amantes do ‘american way of life'”.

O que é que não faz durante as férias, que faça habitualmente quando está a trabalhar?

Não toco no despertador, a não ser no primeiro dia para a saída. Mal abro o computador. Mas confesso que se estiver em Portugal espreito a televisão para ver os blocos publicitários ou alguns jogos de futebol. Espreito campanhas, admito.

Estar de férias significa desligar ou inspirar-se para novas ideias a aplicar no trabalho?

Consigo desligar. Mesmo. Nos primeiros dias ainda me vêm à cabeça coisas de trabalho, mas no final há um sinal perfeito para saber se desliguei mesmo: esqueço as ‘passwords’. Isso quer mesmo dizer que carreguei baterias e posso voltar. Só desligando é que depois posso voltar para inspirar e ser inspirado.

Quais são os jornais, programas de televisão, podcasts, sites, plataformas digitais ou outros meios de comunicação que segue durante as férias?

Não sigo. O maior luxo das férias é não seguir, é fazer o que não fazemos nos outros dias/meses de trabalho. O meu telefone até pode sentir FOMO, mas eu nem tanto.

Quais são as marcas que o acompanham nas férias?

A Nos, claro, porque ainda assim preciso de rede. A Sagres, porque tenho a mania que sou o ‘rei da grelha’ e não há grelha sem Minis. A Kobo, porque aproveito para pôr leitura em dia. Agora, vendo bem, duas delas são grandes marcas nacionais. Bom sinal.

Qual é a primeira coisa que faz quando regressa ao escritório?

Reúno com a equipa. Porque nada se faz sozinho, porque até aposto que terei saudades, porque preciso que me ponham a par o mais rapidamente possível, porque a nossa atividade é, acima de tudo, um ‘desporto de equipa’.

 

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El Ojo de Iberoamérica anuncia calendário de inscrições

A 27ª edição do festival de criatividade argentino realiza-se nos dias 13, 14 e 15 de novembro, em Buenos Aires. As candidaturas podem ser entregues até 30 de setembro, mas voltam a existir tarifas diferenciadas para os que as submeterem antes

31 de julho é a data de encerramento inicial das candidaturas à próxima edição do festival de criatividade sul-americano El Ojo de Iberoamérica, que se realiza nos dias 13, 14 e 15 de novembro, em Buenos Aires, na Argentina. A partir dessa data, à medida que o tempo for passando, o preço vai progressivamente aumentando. A primeira prorrogação prolonga-se depois até 31 de agosto e a segunda estende-se até 20 de setembro. 30 de setembro é a data de encerramento final.

À semelhança de anos anteriores, o festival volta a contar com cinco momentos de inscrição, com vantagens acrescidas para que os concluírem o processo com maior celeridade. Além das categorias de rádio e áudio, digital e redes sociais, design, relações públicas, inovação e eficiência, o júri vai também distinguir os melhores trabalhos nas áreas de transformação criativa, produção audiovisual, desporto, produção gráfica, sustentabilidade, grafismo e comércio criativo.

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Receitas da Alphabet aumentam 14% no segundo trimestre

As receitas de publicidade no YouTube sobem para €8 mil milhões, enquanto na Google Network (rede de sites e aplicações de telemóvel com anúncios pagos criados no Google Ads) descem para €6,8 mil milhões. O Google Search representa mais de metade da faturação total da Alphabet

A Alphabet, que detém a Google e o YouTube, aumentou as receitas em 14% no segundo trimestre de 2024, para um total de 84,742 mil milhões de dólares (€78 mil milhões). O Google Search (48,509 mil milhões de dólares/€44,633 mil milhões) representa mais de metade da faturação, de acordo com os resultados financeiros anunciados pela empresa.

As receitas de publicidade no YouTube ascendem a 8,663 mil milhões de dólares (€8 mil milhões), face aos 7,665 mil milhões de dólares (€7 mil milhões) registados no segundo trimestre de 2023, enquanto a Google Network (rede de sites e aplicações de telemóvel com anúncios pagos criados no Google Ads) representa 7,444 mil milhões de dólares (€6,8 mil milhões), em queda em relação aos 7,850 mil milhões de dólares (€7,22 mil milhões) no período homólogo em 2023.

A faturação da Google Cloud, por seu lado, ultrapassa a do YouTube, totalizando 10,347 mil milhões (€9,52 mil milhões), a subir em relação a 2023 (8,031 mil milhões/€7,4 mil milhões). Sundar Pichai, CEO da Alphabet, refere que “o forte desempenho este trimestre destaca a força contínua no ‘Search’ e o impulso na ‘Cloud’. Estamos a inovar em todas as camadas da ‘AI stack’. A nossa infraestrutura de liderança de longa data e equipas internas de pesquisa posicionam-nos bem, à medida que a tecnologia evolui e que acompanhamos as muitas oportunidades vindouras”.

Em termos de resultados operacionais, a Google Services tem um lucro operacional de 29,674 mil milhões de dólares (€27,3 mil milhões), o que representa um crescimento face aos 23,454 mil milhões de dólares (€21,6 mil milhões) no mesmo período em 2023. A Google Cloud totaliza 1,172 mil milhões de dólares (€1,078 mil milhões) em lucro operacional, o triplo do valor registado em 2023 (395 milhões de dólares/€363,5 milhões).

Ruth Porat, presidente e diretora financeira da Alphabet, salienta que “apresentámos receitas de 85 mil milhões, a subir 14% em termos homólogos, impulsionadas pela ‘Search’ bem como pela ‘Cloud’, que pela primeira vez ultrapassou os 10 mil milhões de dólares nas receitas do trimestre e os mil milhões de dólares em lucro operacional. À medida que investimos para suportar as nossas maiores oportunidades de crescimento, mantemos o compromisso com a criação de uma capacidade de investimento com o trabalho que temos em andamento, para reprojetar a nossa base de custos de forma duradoura”. No segundo trimestre de 2024, os custos e despesas totais da Alphabet são de 57,317 mil milhões (€52,7 mil milhões), a subir face aos 52,766 mil milhões de dólares (€48,5 mil milhões) registados no mesmo período no ano passado.

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Segunda campanha da Havas Portugal para a APSI põe 26 crianças à prova (com vídeo)

Desenvolvida em parceria com a Havas Germany, foi produzida pela Fred Fabrik e tem realização de Pedro Carvalhinho e sonorização da Guel. O filme mostra como a morte por afogamento é rápida e silenciosa, apelando à vigilância de pais e educadores

Com direção criativa executiva de Paulo Pinto, direção criativa de Michael Schöpf e Walter Zigler e redação de Gonçalo Paiva, a segunda campanha da Havas Portugal para a Associação para a Promoção da Segurança Infantil (APSI), desenvolvida em colaboração com a Havas Germany, mostra como a morte por afogamento é rápida e silenciosa, apelando à prevenção daquela que é a segunda causa de morte acidental entre crianças e jovens, com 19 vítimas mortais só em 2022.

Para o filme de sensibilização, produzido pela Fred Fabrik, com realização de Pedro Carvalhinho e sonorização da Guel, foram desafiadas 26 crianças a gritar por socorro com a boca cheia de água, demonstrando que a ingestão acidental do equivalente a meio copo é suficiente para silenciar uma criança. Com direção de arte de Alexandre Meneses, a campanha tem direção de produção Pedro Silva, produção de Raquel Coelho e produção gráfica de Nuno Nascimento.

Para além da APSI, a iniciativa envolve também a GNR que, ao longo do verão, está a realizar de ações de sensibilização para a problemática do afogamento de crianças e jovens, em piscinas e ambientes naturais. “No último triénio de que há dados oficiais, referente a 2020-2022, o número de mortes mais do que duplicou. De uma média anual de 7,3 por ano em 2017-2019, passamos para uma média anual de 15”, informa a organização não-governamental numa publicação nas redes sociais.

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Patrícia Ramos regressa à Repsol como gestora de marketing

Formada em gestão pela Iscte Business School e pós-graduada em ‘marketing intelligence’ pela Nova IMS, a nova contratação da empresa petrolífera desempenhou, nos últimos três anos e meio, funções no departamento de marketing da Leroy Merlin

Patrícia Ramos é a nova gestora de marketing da Repsol Portugal, empresa onde iniciou a carreira profissional em agosto de 2018. “Ao fim de seis anos, é muito especial voltar à empresa onde a minha jornada começou. Obrigado pela receção calorosa, estou cheia de energia para o que está para vir”, escreveu a nova contratação da empresa petrolífera na publicação que fez no LinkedIn.

Patrícia Ramos vai trabalhar sob a liderança da nova diretora de marketing da Repsol Portugal, que vai substituir Marta Marques, que abandona o cargo. O nome da nova responsável será anunciado publicamente nos próximos dias, apurou o M&P.

Formada em gestão pela Iscte Business School e pós-graduada em ‘marketing intelligence’ pela Nova IMS, Patrícia Ramos fez um estágio na multinacional espanhola, antes de transitar para a Nos e para a Dreamia. Em novembro de 2020, é contratada pela Leroy Merlin, onde permanece até julho de 2024, trabalhando em comunicação, publicidade, marketing corporativo e ativações de marca.

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Media Capital aumenta receitas publicitárias e reduz prejuízo

A dona da TVI salienta o incremento de 50% do consumo do TVI Player, devido, sobretudo, ao sucesso da novela ‘Cacau’ (na foto), aos ‘reality-shows’ e à recuperação do arquivo de ficção do canal

No primeiro semestre de 2024, o grupo Media Capital aumentou as receitas de publicidade em 16%, atingindo os €50,5 milhões, e teve um prejuízo de €2,7 milhões, face aos €4,8 milhões negativos que registou no período homólogo em 2023, segundo os dados divulgados pelo grupo de media que detém a TVI e a CNN Portugal, entre outros.

O resultado líquido ajustado apresentou uma melhoria de €3,3 milhões face ao período homólogo, “naquele que é o semestre mais condicionado pela sazonalidade da atividade de media”, atingindo os €1,3 milhões negativos, justifica a Media Capital.

O aumento das receitas publicitárias, por seu lado, é reflexo do “crescimento concretizado quer no mercado publicitário de canal aberto, onde superou largamente o crescimento de mercado, quer no mercado de publicidade de canais de televisão paga, onde cresceu 40% face aos resultados atingidos no período homólogo”, refere a Media Capital.

Os outros rendimentos operacionais registaram um ligeiro aumento para €25,8 milhões, mais 1% que no mesmo período no ano anterior, destacando-se a performance do segmento de produção audiovisual, que cresce 10% para €20,23 milhões. Nos primeiros seis meses de 2024, os rendimentos operacionais apresentaram um aumento de 10%, devido às vendas de publicidade.

Os gastos operacionais, excluindo amortizações, depreciações, gastos líquidos com provisões e reestruturações, registaram um acréscimo de 3%, passando de €70,4 milhões no primeiro semestre de 2023 para €72,6 milhões em 2024. “Os gastos operacionais ajustados refletiram o aumento significativo da atividade de produção e do investimento no Euro 2024, aliados a uma gestão criteriosa e eficiente”, adianta o grupo de media.

Excluindo os gastos líquidos com provisões, imparidades e reestruturações, o EBITDA consolidado do grupo atingiu, no primeiro semestre de 2024, €3,8 milhões, o que representa um aumento de €4,9 milhões face ao período homólogo. Os gastos com provisões, imparidades e reestruturações totalizaram, no primeiro semestre de 2024, €1,4 milhões, um valor que reflete a continuidade da concretização do plano de reestruturação levado a cabo pelo grupo Media Capital.

Quanto ao resultado operacional (EBIT), este foi negativo em €1,1 milhões no primeiro semestre de 2024, uma melhoria face ao resultado operacional negativo de €4,8 milhões, em 2023.

O grupo de canais TVI é líder há 12 meses consecutivos, tendo registado um aumento de quota de audiência face ao período homólogo em universo total dia e em horário nobre de 0,8 e 1,2 p.p., respetivamente, segundos os dados da Media Capital, que destaca que “na comparação com os principais grupos nacionais, o grupo de canais da TVI foi líder no primeiro semestre de 2024, no share do total dia, nos targets Universo, Adultos e ABCD 15-54”.

A Media Capital salienta ainda o incremento de 50% do consumo do TVI Player, devido, sobretudo, ao sucesso da novela ‘Cacau’, aos ‘reality-shows’ e à recuperação do arquivo de ficção da TVI.

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Havas trabalha embalagens, publicidade e redes sociais de nova gama da Milaneza

A campanha é composta por cerca de uma dezena de ‘outdoors’ em diferentes praias do país, incluindo o Algarve, com mensagens ajustadas às localizações onde se encontram (na foto)

A Milaneza estreia a 31 de julho a segunda vaga da campanha de lançamento da nova gama de massas para saladas, com o slogan “Combina com o Verão”, em que todas as vertentes foram trabalhadas por agências do grupo Havas – Havas Design (embalagens), Havas Publicidade (campanha), Havas Media (planeamento de meios) e Havas Digital (redes sociais), exceto as relações públicas (Global Press).

A campanha é composta por cerca de uma dezena de ‘outdoors’ em diferentes praias do país, incluindo o Algarve, com mensagens ajustadas às localizações onde se encontram, como “Edição Especial Saladas combina com camarão e férias em Olhão”, por exemplo. A isto somam-se as cerca de 3.150 posições de múpis, bem como expositores nos supermercados.

Na comunicação digital, a Milaneza vai trabalhar com influenciadores durante três meses, desenvolvendo a rubrica “Salada de Influenciadores”, em que os criadores de conteúdos são convidados a interligar vários ingredientes para fazer a sua própria salada.

A nova gama de massas é composta por três tipos diferentes – Eliche Tricolore (Hélices Tricolor), Farfalle Integrale (Laços Integrais) e Pennoni Rigati (Macarronete GR) –, que a Milaneza recomenda para acompanhar as saladas de verão, por terem uma textura firme e fresca, e uma durabilidade que lhes permite serem consumidas frias sem perder qualquer qualidade nem sabor.

As massas da nova gama, com 14% de proteína, estão aptas a serem servidas como complemento de saladas de verão, por serem feitas a partir de uma seleção de trigo duro e através de um processo de secagem natural. As três tipologias desta edição limitada estão disponíveis em diferentes pontos de venda espalhados pelo país, em embalagens de 500 gramas e com um preço de venda ao público recomendado de €1,58 a unidade.

 

 

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Venda de títulos da Global Media por €16,5 milhões será concluída esta semana

A Notícias Ilimitadas, detida a 70% pela empresa veículo Verbos Imaculados, ficará com o JN, a TSF e O Jogo. A Global Media, por seu lado, ficará com o controlo do Diário de Notícias e do Açoriano Oriental, entre outros títulos de menor dimensão, e terá 30% da Notícias Ilimitadas

O acordo de venda de parte dos títulos do grupo Global Media à Notícias Ilimitadas deverá ficar fechado até ao final desta semana, por €16,5 milhões, avança o site do Expresso.

A Notícias Ilimitadas, detida a 70% pela empresa veículo Verbos Imaculados, ficará com o JN, a TSF e O Jogo. A Global Media, por seu lado, ficará com o controlo do Diário de Notícias e do Açoriano Oriental, entre outros títulos de menor dimensão, e terá 30% da Notícias Ilimitadas. Dos 70% detidos pelo consórcio de investidores, há 9% que serão entregues a uma cooperativa de trabalhadores que ainda será criada.

Na notícia do Expresso, Diogo Freitas, presidente do grupo Officetotal, que com mais quatro investidores foi o rosto da solução para alguns dos títulos da Global Media, dá conta da sua desilusão com o mundo dos media, ao “perceber a podridão disto tudo, com muitos interesses obscuros, muitas pessoas com interesses duplos, acho que é um mundo complicado e um bocado esquisito”.

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Carclasse associa-se à Camisola Montanha na Volta a Portugal em Bicicleta

Sob o mote “Juntos, ligamos os portugueses de norte a sul”, este patrocínio à Camisola Montanha (camisola azul) reflete os valores de espírito de equipa, superação e sustentabilidade, apoiados pela Carclasse, que disponibiliza uma frota automóvel para acompanhar os ciclistas

A Carclasse é a patrocinadora oficial da Camisola Montanha (camisola azul) da 85a Volta a Portugal, assumida pelo ciclista líder da classificação geral da montanha. No âmbito deste patrocínio, a Carclasse disponibiliza um conjunto de viaturas para acompanhar os ciclistas ao longo de toda a caravana.

Sob o mote “Juntos, ligamos os portugueses de norte a sul”, este patrocínio à Camisola Montanha reflete os valores de espírito de equipa, superação e sustentabilidade, que a Carclasse apoia. Juntamente com o Continente, Galp e Placard, a Carclasse é um dos quatro patrocinadores oficiais da principal prova de ciclismo do país. Esta edição conta com a presença de 17 equipas, sendo nove portuguesas e oito estrangeiras, começando em Águeda (Capital da Bicicleta) e terminando em Viseu (Cidade Europeia do Desporto 2024).

A 85a edição da Volta a Portugal, irá decorrer ao longo de 12 dias, de 24 de julho a 4 de agosto, levando uma das principais provas desportivas nacionais às estradas, aldeias, vilas e cidades de Portugal.

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