Julgamento que opõe a SIC a Cristina Ferreira arranca a 8 de novembro
O Tribunal Judicial de Sintra começa a julgar o processo que opõe a SIC a Cristina Ferreira no próximo dia 8 de novembro, avança a edição de hoje do Correio […]
Luis Batista Gonçalves
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O Tribunal Judicial de Sintra começa a julgar o processo que opõe a SIC a Cristina Ferreira no próximo dia 8 de novembro, avança a edição de hoje do Correio da Manhã. Logo nessa quarta-feira, estão previstas as audições da apresentadora de televisão e ex-consultora executiva da Direção-Geral de Entretenimento da SIC e de Francisco Pedro Balsemão, CEO do grupo Impresa, dono do canal. Dois dias depois, a 10, o julgamento é retomado.
Nessa altura, caso as audições do primeiro dia fiquem completas, será a vez de Daniel Oliveira, diretor de programas da SIC, ser ouvido. Se sobrar tempo nessa data, a juíza encarregue do processo ouvirá outras testemunhas arroladas pela SIC. A terceira sessão do julgamento prossegue, depois, no dia 22, com a audição de mais nomes propostos pelas duas partes.
A arguida terá ainda direito a mais duas sessões, a 27 de novembro e 6 de dezembro. Será nessa altura que, a manter-se a calendarização, serão ouvidas as testemunhas da agora diretora de entretenimento e ficção da TVI e administradora executiva da Media Capital Digital, que também é acionista da Media Capital, dona da TVI. Na lista, constam os nomes de Lurdes Guerreiro e André Manso, dois dos profissionais de maior confiança de Cristina Ferreira.
Dada a complexidade do processo e a existência de outras queixas-crime relacionadas com o caso a correr no tribunal, ficou também já bloqueada a data de 18 de dezembro. Após 16 anos na TVI, a apresentadora de televisão anunciou a mudança para a SIC a 22 de agosto de 2018, mas só estrearia “O programa da Cristina”, que desde o início liderou as audiências, a 7 de janeiro do ano seguinte.
A 17 de julho de 2020, insatisfeita com o alegado incumprimento das promessas que lhe haviam sido feitas, Cristina Ferreira abandona a SIC, rescindindo unilateralmente o contrato assinado com a Impresa para regressar à TVI como diretora de entretenimento e ficção e acionista da Media Capital. “Achava que não me valorizavam e achava que merecia um bocadinho mais”, justificaria publicamente mais tarde.
Numa fase inicial, pelo incumprimento de contrato que vigorava até dezembro de 2022 de forma unilateral e pelos prejuízos decorrentes da saída de um dos seus rostos mais mediáticos, a SIC exigiu a Cristina Ferreira o pagamento de 20,2 milhões de euros. Mais tarde, o canal de Paço de Arcos, na sequência de um parecer da consultora externa Baker Tilly Portugal, viria a reduzir o valor da indemnização de 12,3 milhões de euros.