Luís Santana confirma MBO à Cofina e antecipa “forças que se movem para prejudicar esta operação”
A operação de management buyout (MBO) à Cofina, que estaria a ser preparada por Luís Santana em conjunto com alguns dos seus colaboradores mais próximos, foi confirmada ao M&P pelo administrador executivo do grupo dono do Correio da Manhã e da CMTV.
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Pedro Durães
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A operação de management buyout (MBO) à Cofina, que estaria a ser preparada por Luís Santana em conjunto com alguns dos seus colaboradores mais próximos, foi confirmada ao M&P pelo administrador executivo do grupo dono do Correio da Manhã e da CMTV.
“Eu e um conjunto de quadros da Cofina Media estamos a preparar um management buyout, que planeamos apresentar oportunamente ao acionista da empresa, com o qual não temos mantido qualquer tipo de negociações”, afirma Luís Santana, numa declaração escrita enviada à redação do M&P na sequência de um pedido de esclarecimentos sobre a notícia avançada esta segunda-feira pelo Jornal Económico, onde se dava conta da intenção de assumir o controlo do capital da Cofina numa operação justificada internamente com a necessidade de assegurar a manutenção da independência editorial da empresa proprietária do Correio da Manhã, da CMTV, do Jornal de Negócios, do Record e da Sábado.
Na mesma declaração, Luís Santana assegura ainda que a equipa que irá trabalhar nesta proposta “tem um conhecimento profundo da Cofina Media”, reiterando que “a motivação para esta operação passa pelo desenvolvimento do seu modelo de negócio, ao mesmo tempo que se garante a sua independência, pois entendemos que um projeto jornalístico só o é se for independente”.
“A equipa está consciente de que haverá forças que se movem para prejudicar esta operação, o que não constitui uma surpresa, tendo em conta que há interesses nas sociedades atuais que se movimentam no sentido de reduzir ou anular os media independentes, corajosos e ao serviço dos leitores e da sociedade”, aponta ainda o administrador executivo da Cofina, garantindo que “o projeto assegurará o necessário financiamento junto, em primeiro lugar dos promotores do MBO, mas também junto das instituições financeiras e de investidores nacionais idóneos e confortáveis com a independência dos media, único garante da credibilidade e do sucesso empresarial da Cofina Media”.
Luís Santana justifica este movimento argumentando que “a independência que caracteriza os meios da Cofina Media é um valor de que a equipa não abdica, assegurando desta forma a sua sustentabilidade, garantindo aos portugueses que em momento algum ficará refém de qualquer tipo de interesses, sejam eles de âmbito político, económico, religioso ou desportivo”.
Em 2022, os lucros da Cofina Media, mais do que duplicaram para os 10,5 milhões de euros. Atualmente, fazem ainda parte da estrutura acionista Ana Menères de Mendonça (19%), João Borges de Oliveira (15%), Paulo Fernandes (14%), Domingos Vieira de Matos (12%) e Pedro Borges de Oliveira (10%).