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“Se uma produtora não caminhar na internacionalização não sobrevive”

Há um antes e depois de Glória no negócio da SP Televisão. Em entrevista ao M&P, Jorge Marecos, administrador da produtora, explica como a produção da primeira série original da Netflix em Portugal está a abrir as portas da internacionalização.

Pedro Durães
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“Se uma produtora não caminhar na internacionalização não sobrevive”

Há um antes e depois de Glória no negócio da SP Televisão. Em entrevista ao M&P, Jorge Marecos, administrador da produtora, explica como a produção da primeira série original da Netflix em Portugal está a abrir as portas da internacionalização.

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Há um antes e depois de Glória no negócio da SP Televisão. Em entrevista ao M&P, Jorge Marecos, administrador da produtora, explica como a produção da primeira série original da Netflix em Portugal está a abrir as portas da internacionalização

“Uma das vantagens práticas de termos feito o Glória é que já somos conhecidos. Quando batemos à porta, em princípio abrem-na”. É desta forma que Jorge Marecos, administrador da SP Televisão, resume o impacto da primeira produção original da Netflix em território nacional. Influência direta ou não, certo é que a alavancagem do negócio internacional da produtora tem sido crescente. Só durante o Conecta Fiction & Entertainment, encontro internacional de profissionais do audiovisual que decorreu em Toledo (Espanha), foram conhecidos dois novos projetos internacionais com envolvimento da SPi. O livro O Codex 632, do jornalista José Rodrigues dos Santos, vai dar origem à primeira coprodução conjunta desta unidade da SP com a RTP e com a plataforma de streaming Globoplay. A série terá seis episódios e será gravada em Lisboa e no Rio de Janeiro. Já O Último Lobo, projeto do realizador e argumentista Bruno Gascon e das produtoras portuguesas SPi e Caracol Studios, venceu o Prémio RTVE Desenvolvimento ao Melhor Pitch, garantindo um financiamento de 50 mil euros entregue diretamente pelo operador público de televisão espanhol.

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Meios & Publicidade (M&P): Glória representou um marco na produção nacional, sendo a primeira série original da Netflix produzida em Portugal. Como foi o caminho até chegarem a este projeto?

Jorge Marecos (JM): Foi relativamente simples. Sempre pensámos que gostaríamos, e que teríamos a capacidade, de trabalhar para a Netflix. Há três ou quatro anos tivemos a oportunidade de ter um encontro em Madrid com o responsável, na altura, para a região ibérica e fizemos um pitch, em conjunto com o Pedro Lopes, autor do projeto. Daí até começarmos a rodagem demorou cerca de dois anos. Era o tipo de produto que, já nessa fase, interessava à Netflix. Essa aproximação foi, para nós, um momento muito importante.

M&P: Partiu do vosso lado?

JM: Havia outras pessoas envolvidas, mas partiu muito da SP. Depois houve esse follow up de conversas com o responsável ibérico e muito desenvolvimento aqui internamente, em conjunto com o autor. No início só havia um guião, foi-se desenvolvendo, escrevendo, até se chegar ao projeto final que foi objeto de rodagem e de contrato.

M&P: Houve recetividade imediata do lado da plataforma?

JM: Falámos de vários projetos mas consideraram que este era o tipo que lhes interessava mais. Tinha uma grande portugalidade, era algo que só podia ser feito em Portugal, era uma história específica deste mercado, acabando por merecer o privilégio da escolha.

M&P: A RTP entrou quando?

JM: Muito depois. Fomos nós que a abordámos. Parecia-nos bem que uma estação estivesse associada.

M&P: A entrada da Netflix no mercado português acontece em 2015. Foi preciso esperar cinco anos até avançar, em 2020, a primeira produção original portuguesa. Por que motivo não aconteceu mais cedo?

JM: Por várias razões. O interesse surge, não quando a Netflix entra na Europa e em Portugal, mas quando começa a haver a consciência da própria plataforma de que tinha de produzir localmente para ter mais sucesso comercial. Lembro-me de eles dizerem, na altura, que o objetivo era produzir nos países do sul da Europa, já tinham começado noutras geografias mas não em Portugal. Há também uma evolução da Netflix, que começou a reconhecer a necessidade de produzir noutros países para conseguir penetrar em determinados mercados. Ter produtos de outros países, outro tipo de narrativas. Tal como qualquer grande distribuidora, a Netflix está em constante evolução, o que queria há cinco anos não é seguramente aquilo que quer hoje. Os próprios produtos que procura hoje são diferentes, embora tenham até uma ideia daquilo que querem daqui a dois ou três anos. O próprio catálogo da plataforma tem vindo a evoluir. Atualmente está a fazer uma grande aposta no mainstream, procura sobretudo produtos que viajam com grande facilidade e transversalmente em todos os países em que está presente.

M&P: A Netflix mantém uma estrutura ibérica, sem presença efetiva no mercado português. Dos contactos que tem tido, parece-lhe que produzir em Portugal será de facto uma prioridade para a Netflix?

JM: A prioridade é relativa. A prioridade deles é ter séries que resultem junto do seu público. Não quererão também deixar de olhar para Portugal. Mas todos temos consciência da exiguidade do território nacional e do mercado português. Serão com certeza coisas que nasçam em Portugal mas têm de ser projetos com aquilo a que eles chamam ‘international level of storytelling’, que lhes garanta a possibilidade de cruzar vários mercados. Se não tiver, o produto não viaja.

M&P: Quais são os principais desafios enfrentados pelas produtoras nacionais para garantir esse nível nos projetos?

JM: Não é tanto a feitura, que é também complexa, difícil, com uma grande dose de risco envolvida. Mas a grande dificuldade está no ativo inicial, na ideia e no guião. Esse desenvolvimento é demorado, é um investimento cego porque nunca se sabe se chegará a bom porto. A grande dificuldade é suportar o investimento para garantir o desenvolvimento desse ativo até ao ponto de o conseguir vender.

M&P: Trabalhar com uma plataforma de streaming como a Netflix coloca exigências diferentes daquelas que enfrentam, por exemplo, nas coproduções internacionais com estações de televisão, modelo em que a SP também tem estado ativa, em séries como Auga Seca?

JM: Não, hoje em dia o nível internacional é transversal. Não há nenhuma interferência, não existe aquele fantasma que, às vezes, se ouve de que eles interferem ao nível da realização.

M&P: Não há a questão dos algoritmos, das produções com receita de sucesso baseada nos dados recolhidos sobre o consumo na plataforma?

JM: Nunca nos cruzámos com nada disso. Agora, não sei como é que eles fazem para discutir um guião, não conhecemos esse processo interno de decisão. Há milhares de projetos, por que é que lhes interessa mais este do que aquele tem a ver com processos de decisão internos. Estando de fora, a única segurança é conseguir fazer projetos que veiculem impacto emocional efetivo.

M&P: Este tipo de projetos acarreta valores de investimento mais elevados. Qual foi o investimento alocado à produção do Glória?

JM: Números não revelamos. Nesta atividade, como noutras, é impossível revelar um número sem estar a falar do outro. Estaria a revelar dados que, se calhar, o meu parcerio não quer que sejam revelados.

M&P: Mas pode dar uma ideia de como comparam com a realidade portuguesa, nomeadamente ao nível do custo por episódio? São valores realmente muito diferentes?

JM: São bastante diferentes. O que não quer dizer que corresponda a grandes margens de lucro. Porque o intrincado da produção e as dificuldades que existem na feitura de cada projeto traduzem-se numa demora, sem falar nos custos above the line, como atores conhecidos e outros elementos, que tornam o projeto mais oneroso.

M&P: E ao nível da distribuição de direitos? Consta que não é “pêra doce” negociar com a Netflix. Qual foi a vossa experiência?

JM: Não é pêra doce nem deixa de ser. É simples como água, uma plataforma de streaming trabalha exatamente como uma televisão nacional. Você chega lá e eles fazem uma obra de encomenda, ponto final parágrafo. É a nossa experiência, o que não quer dizer que, se tivermos outro tipo de financiadores, eles não estejam abertos a outra forma de negociação. Mas para uma plataforma de streaming é sempre complicado. Eles querem normalmente estrear todos os episódios de uma vez e simultaneamente em todos os países onde estão. Admito que, com uma Century Fox ou outros, possa haver ali uma janela de exploração diferente mas, de resto, será sempre uma pequena janela. Para eles é muito mais fácil desta forma. Se eu estivesse na Netflix, provavelmente nem quereria muito fazer coproduções. Porque o custo da administração da exploração pode ser insuperável.

M&P: Mas há mais exigências ao nível da exploração dos direitos no caso das plataformas de streaming por comparação com as estações de televisão?

JM: O contrato base é simples, é uma obra de encomenda. Se é uma obra de encomenda, em princípio eles têm a capacidade e o direito de explorar tudo. Se não for, é preciso lutar pelos territórios que se quer e pelo tipo de janela de exploração que se pretende.

M&P: Como foi com Glória?

JM: É uma obra de encomenda. Eles querem um guião, têm confiança na produtora, fazem uma obra por encomenda e pagam um xis por episódio. Exatamente como toda a vida trabalhei com a RTP, por exemplo. Eles exploram completamente o produto, é deles a decisão de quais os mercados em que o colocam. A Glória estreou em 194 países em simultâneo.

M&P: Nesses moldes, é vantajoso enquanto negócio para a SP ou a grande mais-valia de participar num projeto desta dimensão acaba por ser a montra que representa e a alavancagem que dá à vossa estratégia de expansão internacional?

JM: Nesta fase do campeonato, gostamos de trabalhar como obra de encomenda. É bom para nós. Se não é uma obra de encomenda, é preciso ir procurar outros investidores ou colocar investimento próprio. Isso implica uma capacidade financeira que… esqueça.

M&P: Por comparação com uma coprodução como o Auga Seca ou produtos que desenvolvem para as televisões nacionais, é financeiramente mais atrativo produzir para uma plataforma de streaming?

JM: É diferente. A diferença de interesse vem pelo volume global de faturação. É diferente estar a fazer um projeto de xis ou de cem vezes xis.

M&P: Entretanto avançou a produção da segunda série original da Netflix em Portugal, desta vez a cargo da Ukbar. Há projetos em cima da mesa para voltar a trabalhar com a Netflix?

JM: Temos sempre projetos mas não está nada iniciado com eles. Mas a curto prazo vamos ter essa capacidade. Uma das vantagens práticas de termos feito o Glória é que já somos conhecidos. Quando batemos à porta, em princípio abrem-na.

Leia a entrevista completa a Jorge Marecos, administrador da SP Televisão, na edição impressa do M&P

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RTP transmite jogos do UEFA Euro Feminino Sub-17 em direto

As provas do Campeonato da Europa de Futebol Sub-17 Feminino da UEFA, competição desportiva em que a seleção portuguesa participa, são exibidas entre 5 a 18 de maio na RTP1, na RTP2 e na RTP Play. A final do torneio acontece a 18 de maio, na Suécia

De 5 a 18 de maio, os jogos do UEFA Euro Feminino Sub-17 podem ser visto em direto nos canais RTP1 e na RTP2 e na plataforma digital na RTP Play. “O pontapé de saída da seleção nacional acontece na segunda, dia 6, frente à seleção de Espanha. O jogo tem início às 17h30, em direto na RTP2. No dia 9, a equipa das quinas volta a entrar em campo para defrontar a seleção da Bélgica num jogo que poderá ser seguido a partir das 12h00, na RTP2”, informa a RTP em comunicado.

“No dia 12, Portugal tem pela frente o jogo com a seleção da Polónia, exibido às 14h30, na RTP1”, refere ainda o documento. Se a equipa portuguesa transitar para a fase seguinte, volta a jogar numa das meias-finais do Campeonato da Europa de Futebol Sub-17 Feminino, agendadas para 15 de maio, às 14h30 e às 17h30. A final da prova, que também será transmitida em direto, acontece a 18 de maio, às 16h, quatro horas depois da penúltima partida do torneio, que se realiza na Suécia.

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Clube da Criatividade apresenta programa do 26º Festival CCP 2024 e da Semana Criativa de Lisboa

Ao longo da semana criativa que arranca a 17 de maio, o CCP apresenta uma programação com exposições, conferências, iniciativas e tertúlias, terminando com a gala da entrega de prémios e a festa de encerramento, a 24 de maio

O Festival CCP 2024 está de regresso à Fábrica do Pão do Bento Innovation District para a 26ª edição, de 17 a 24 de maio, para destacar a criatividade da comunicação comercial nacional nas categorias de Publicidade, Design, Digital, Criatividade em Meios, Craft em Publicidade, Experiências de Marca e Integração & Inovação.

O arranque da semana criativa é dado a 17 de maio com as conferências ‘Presidentes ao Palco’, com os presidentes de júri do festival a falar sobre design e publicidade. No mesmo dia é inaugurada a exposição dos trabalhos finalistas do Festival CCP, a exibição dos vencedores de ouro da 32ª edição dos ADCE Awards e a ‘Julgar um mercado pela capa’, que assinala a 20ª edição da Superbrands em Portugal.

O Dia Aberto CCP Empresas acontece a 21 de maio, com 12 empresas ligadas à criatividade a abrirem as portas a estudantes, profissionais e curiosos. No mesmo dia acontece a Tertúlia APAP Trabalho e Conhaque, para debater ‘O custo da invisibilidade’, seguida por um jantar no restaurante Praça. O dia 22 de maio é dedicado aos jovens criativos, com o regresso das iniciativas Ilustra 33, Portfolio Doctor, Alta Voz e Hora Feliz. Já o dia 23 de maio é dedicado às Conferências CCP “Crias ou Queres?”, com cinco conferências a decorrerem durante o dia.

A 11ª Semana Criativa de Lisboa termina no dia 24 de maio com a gala de revelação e entrega de prémios aos vencedores do Festival CCP, nas sete categorias, bem como os vencedores do Grande Prémio para o Bem, do Grande Prémio Jornalistas e do Grande Prémio CCP 2024. O programa completo está disponível online na página do Festival.

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Sónia Araújo e Mário Daniel são mecânicos por um dia em campanha da Mercedes (com vídeo)

O vídeo da campanha “Exceder os limites” mostra Sónia Araújo e Mário Daniel a chegarem à oficina e a equiparem-se para iniciar o dia de trabalho, em que fazem o diagnóstico e a intervenção mecânica nos automóveis, com alguns truques de ‘magia’ de Mário Daniel

Enquanto embaixadores da C. Santos, a apresentadora de televisão Sónia Araújo e o mágico Mário Daniel foram mecânicos por um dia da Mercedes-Benz, para protagonizarem uma campanha publicitária que promove o desconto em manutenções programadas em viaturas com mais de quatro anos.

O vídeo da campanha “Exceder os limites” mostra Sónia Araújo e Mário Daniel a chegarem à oficina e a equiparem-se para iniciar o dia de trabalho, em que fazem o diagnóstico e a intervenção mecânica nos automóveis, com alguns truques de ‘magia’ de Mário Daniel. A assinatura da campanha ‘Exceder os limites’ remete para a ideia de superação da C. Santos, em termos do desconto pós-venda de €150 e €180 destinado a viaturas com mais de quatro e oito anos, respetivamente, válido até 31 de julho.

O filme e fotografias desta campanha foram realizadas nas instalações da Sociedade Comercial C. Santos, na Maia, com produção do departamento de marketing e comunicação da empresa. “Esta campanha foi mais um desafio aceite pelos nossos embaixadores, neste caso de atuarem como mecânicos, excedendo os seus limites. Foi estrategicamente criada pelo departamento de marketing da Sociedade Comercial C. Santos, num trabalho de equipa com o departamento de ‘customer services’”, refere a diretora de marketing da empresa, Ana Bolina.

 

 

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Perfect Storm produz nova campanha internacional da Coca-Cola (com vídeo)

A estrela do filme publicitário, produzido por estúdio português e realizado por André Valenti Gaspar, é o Coke SoundZ, instrumento desenvolvido com IA que reproduz o som de uma carica a ser retirada da garrafa quando surgem as primeiras bolhas de Coca-Cola. A DaHouse Audio e o produtor musical Fred Pinto Ferreira colaboram na campanha

O estúdio de produção criativa português Perfect Storm, sediado em Lisboa e com delegações na Alemanha e nos Estados Unidos, assina a nova campanha publicitária global da Coca-Cola. O filme publicitário que a integra, realizado por André Valenti Gaspar, produtor executivo e sócio da produtora, com direção de arte de Renato Marques, produção executiva de André Valenti Gaspar e Mariana Marques e edição de Sérgio Pedro, explora a experiência sensorial que o som da abertura das garrafas do refrigerante despertam nos consumidores, reproduzindo esse efeito no cérebro.

A partir de um trabalho de investigação da neurocientista norte-americana Katherine Lewis, a Perfect Storm desenvolveu o spot do Coke SoundZ, com direção de fotografia de Ricardo Magalhães, em colaboração com a AKQA, a DaHouse Audio e o produtor musical Fred Pinto Ferreira. O instrumento não só reproduz o som que se ouve quando é retirada a carica e surgem as primeiras bolhas como permite depois usar os fragmentos sonoros identificados para, com recurso a inteligência artificial (IA), fazer misturas musicais.

Psst! Fizz… Clink! Glug… e Ahh! foram os cinco sons identificados pela neurocientista. Depois de isolados, foram reproduzidos com o auxílio da IA e incorporados no sistema de algoritmos usado no Coke SoundZ. O instrumento está a ser distribuído a produtores musicais e DJ, para que incorporem os sons da marca de refrigerantes norte-americana nas misturas musicais que fazem. A versão digital, também já disponível, pode ser descarregada gratuitamente na App Store e no Google Play na Europa e nos Estados Unidos.

 

 

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Carlos Maciel assume direção da Caras e da Caras Decoração. Mariana Correia de Barros convidada a dirigir Activa

O novo diretor da Caras e da Caras Decoração deixa a TV Mais. Rita Santos, até aqui jornalista da revista de televisão, é promovida a diretora-adjunta. Natalina de Almeida, que assumia a direção das três publicações, abandonou a Trust in News no final de março

Carlos Maciel é o novo diretor das revistas Caras e Caras Decoração. Após a saída de Natalina de Almeida, que acumulava a direção dos dois títulos com a direção da revista feminina Activa, no final de março, a direção interina das três publicações foi temporariamente entregue a Ana Oliveira, Teresa Mafalda e Cíntia Sakellarides, enquanto a administração da Trust in News (TIN), dona dos títulos, procurava uma solução interna para a substituição. A escolha recaiu sobre o diretor-adjunto da TV Mais, que vai ter Rita Santos, até aqui jornalista da publicação televisiva, como diretora-adjunta.

“Já serão eles a fazer as revistas a partir da semana que vem”, confirmou ao M&P Luís Delgado, proprietário da empresa. Embora a decisão da administração da TIN tenha sido chumbada pelo conselho de redação das publicações, que levantou reservas quanto à promoção de Rita Santos, a intenção de apostar na dupla foi levada avante, uma vez que o parecer daquele órgão não é vinculativo.

Mariana Correia de Barros, diretora da revista Prima desde o início do ano, foi convidada a assumir a direção da revista Activa, mas ainda não chegou a acordo com a administração da TIN para acumular os dois cargos. “Está em curso um processo de reestruturação interna, que está a andar bem”, garante Luís Delgado. “Estas mudanças vão potenciar uma maior sinergia interna no grupo, em particular nas revistas femininas, em tudo o que tem a ver com as equipas gráficas e os repórteres fotográficos”, refere.

“Não faz sentido irem dois fotógrafos de duas publicações a um evento quando um pode tirar fotografias para essas duas revistas”, exemplifica. “No trabalho de escrita jornalística, não, mas em tudo o que forem trabalhos que se possam usar, essa sinergia será feita e é importante que seja feita”, defende Luís Delgado, que continua expectante em relação à evolução do mercado publicitário em Portugal.

“Em janeiro, fevereiro e março, não sentimos melhoria nenhuma. Tradicionalmente, janeiro e fevereiro são meses péssimos mas, em março, o mercado começava a mexer. Este ano, não mexeu. Só começou a mexer em abril”, desabafa, sem desanimar. “Em breve, entraremos no período da boa sazonalidade, que acontece em julho, agosto e uma parte de setembro, altura em que as pessoas estão de férias e têm mais tempo para ler”, justifica o empresário.

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Oliveira da Serra explica importância de renovar, reciclar e reaproveitar com ajuda da McCann Lisboa (com vídeo)

A nova campanha, Juntos Podemos Fazer O Bem Pela Terra, dá seguimento à campanha O Bom, Pela Terra, lançada há um ano. O filme publicitário que a integra, realizado por Gonçalo Morais Leitão com produção da More Maria, foi recuperado. Os múpis são novos

A Oliveira da Serra está a dar seguimento à campanha O Bom, Pela Terra, lançada há um ano, com a campanha multimeios Juntos Podemos Fazer O Bem Pela Terra. A nova comunicação promocional, que inclui novos múpis com fotografia de Nuno Correia, explica importância de renovar, reciclar e reaproveitar, recuperando o filme publicitário da campanha anterior, com criatividade da McCann Lisboa e produção da More Maria, realizado por Gonçalo Morais Leitão, com direção de fotografia de Bruno Grilo, produção executiva de Alexandra Dias e direção de arte de Artur Pinheiro, com consultoria ambiental de Dörte Schneider.

Com planeamento de meios da Mindshare, a nova campanha está a ser divulgada em televisão, imprensa digital, múpis e pontos de venda, além das redes sociais. Ao longo dos próximos meses, a mensagem ecológica será amplificada através de ações de marketing de influência. “A campanha também inclui parcerias e colaborações com influenciadores que irão contribuir com conteúdos para as nossas redes sociais”, informa a Oliveira da Serra em comunicado de imprensa.

“Esta nova campanha reflete, uma vez mais, o nosso compromisso contínuo com a sustentabilidade e a responsabilidade ambiental. Queremos inspirar os nossos consumidores a fazerem escolhas que beneficiem o planeta, enquanto destacamos algumas das ações que praticamos com esse mesmo objetivo”, refere Loara Costa, diretora de marketing e trade marketing da Sovena, que detém a marca. Além de usar embalagens 100% recicláveis feitas com plástico reciclado e utilizar eletricidade 100% verde, a Oliveira da Serra transforma caroços de azeitonas em energia no Lagar do Marmelo, em Ferreira do Alentejo.

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Audiências: TVI reforça liderança e pay TV atinge valor mais elevado do ano em abril

No quarto mês de 2024, o futebol volta a figurar entre os programas de televisão mais vistos, ocupando as três primeiras posições da tabela. O sucesso do reality show Big Brother, exibido pela TVI, também impulsionou o crescimento do canal de cabo TVI Reality

A análise de audiências de televisão da agência de meios Initative, que integra o grupo Mediabrands, revela que, em abril, o consumo televisivo em Portugal, em termos de audiência média, verificou uma diminuição de 5% face ao mês de março. Entre os canais FTA, a TVI, com um share de 15.4% (+0.5 p.p. vs. março 2024), reforça a liderança. A SIC ficou na 2a posição, com um share de 14.3% (-0.4 p.p. vs. março 2024). Em 3o, ficou a RTP1, que, apesar de ter o programa mais visto do mês, a 2a mão das meias-finais da Taça de Portugal entre o Benfica e o Sporting, registou um share de 10.3% (-0.2 p.p. vs. mês anterior).

Depois de, em março, terem registado o share mais elevado desde que há registo, em abril, os canais que integram a tipologia Outros verificaram uma diminuição de 0.5 p.p. vs. março. Em sentido contrário, encontra-se a tipologia de pay TV, que, com um crescimento de 0.5 p.p. atinge o valor mais elevado do ano.

No mês de abril, a pay TV registou um crescimento de 0.5 p.p. vs. março de 2024, com o TVI Reality (+0.4 p.p. vs. março) e a SIC Mulher (+0.2 p.p. vs. março) a serem os canais que assinalaram o maior aumento. Com o aproximar do fim do campeonato nacional de futebol, as últimas jornadas despertam um maior interesse junto dos portugueses. O mês de abril fica marcado por dois decisivos jogos na luta pelo título de campeão nacional (Sporting x Benfica) e (Porto x Sporting), que provocaram um crescimento dos canais Sport TV+ (+0.2 p.p.) e Sport TV1 (+0.1 p.p.) face ao último mês.

Em abril, o top 3 dos programas mais vistos voltou a ser novamente composto por jogos de futebol. A segunda mão da meia-final da Taça de Portugal Placard entre o Benfica e o Sporting, transmitido pela RTP1, foi o programa mais visto do mês. O jogo alcançou uma audiência média de 2 milhões e 229 mil telespetadores, o que representou um share de 42.1%. Os jogos dos quartos de final da Liga Europa, transmitidos pela SIC, entre o Benfica e o Marselha, ficaram na 2a posição. Os dois jogos contaram com uma audiência média de 1 milhão e 872 mil telespetadores e um share de 37.6%.

A completar o pódio surgem os jogos da Liga dos Campeões, transmitidos pela TVI. O Manchester City x Real Madrid e o PSG x Barcelona registaram uma audiência média de 1 milhão e 165 mil telespetadores, o que representou um share de 24.3%. Se retirarmos os jogos de futebol, podemos verificar que o Big Brother ocupa as quatro primeiras posições, com o programa Big Brother – Os Grupos a ser o programa mais visto com uma audiência média de 1 milhão de telespetadores e um share de 25.7%.

No que toca às audiências por período horário, durante o mês de abril, a SIC manteve a liderança durante o período do almoço e no primeiro prime-time com um share de 21.1% e 17.1%. A TVI, em contrapartida, mantém a liderança no segundo prime-time (22h30-24h) e no late night (00h-02h30) com um share de 17.2% e 16.6%, respetivamente. Em abril, a TVI consegue roubar a liderança à RTP1 no período da manhã (13.5% vs. 13.2% da RTP1) e no pré-prime (15.2% vs. 13.8% da RTP1). Consegue também ultrapassar a SIC no período da tarde (13.9% vs. 13% da SIC).

Fonte: Initiative

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DAZN adquire direitos do FIA Formula 1 World Championship para o triénio 2025-2027

O acordo assinado também abrange os direitos de transmissão da Fórmula 2, da Fórmula 3, da F1 Academy e da Porsche SuperCup, anuncia a plataforma digital do DAZN Group, que em abril renovou com a La Liga EA Sports, por mais cinco anos, em Portugal e Itália

Depois de ter garantido os direitos de transmissão da La Liga EA Sports para Portugal e Itália até junho de 2029, a DAZN acaba de anunciar a aquisição dos direitos televisivos do FIA Formula 1 World Championship para o triénio 2025-2027. “A DAZN Portugal garante a transmissão de todos os grandes prémios, incluindo as sessões de treino, qualificações e sprint, com comentários especializados em português”, informa a plataforma digital do DAZN Group em comunicado de imprensa.

“Além da Fórmula 1, o acordo inclui ainda os direitos de transmissão da Fórmula 2, da Fórmula 3, da F1 Academy e da Porsche SuperCup”, esclarece o documento. “Este acordo consolida o posicionamento da DAZN como o destino referência para os fãs de desporto que, na próxima época, agregará Formula 1, Premier League, La Liga, Bundesliga e todas as competições europeias da UEFA num único serviço”, refere ainda o comunicado.

Com um total de 24 corridas, a temporada de 2025 arranca com o Grande Prémio da Austrália, o que não acontecia desde 2019. Outra das novidades daquela que é a maior prova de motores do mundo é a transferência do heptacampeão mundial Lewis Hamilton para a Scuderia Ferrari, uma mudança que está a gerar grande expetativa, aumentando o interesse da competição e a audiência televisiva esperada.

No ano seguinte, não será diferente. “Em 2026, o campeonato vai contar com novos regulamentos e a entrada de duas gigantes mundiais do mercado automóvel e da competição, a Audi e o regresso da Ford à Fórmula 1 para suportar a Red Bull Powertrains”, informa ainda a DAZN. “Queremos dar continuidade ao crescimento do desporto motorizado em Portugal e, acima de tudo, continuar a valorizar o nosso produto para os fãs de desporto”, sublinha Jorge Pavão de Sousa, diretor-geral da DAZN Portugal.

“Agregar a maior competição de motores do mundo ao melhor futebol da Europa é mais um passo importante para a DAZN ser a referência do entretenimento desportivo com o melhor portefólio de conteúdos em Portugal. Além de mantermos as competições preferidas dos portugueses, assegurámos já três novas competições para a próxima época desportiva, a UEFA Europa League, a Conference League e agora a Fórmula 1, com o objetivo de oferecer o melhor do desporto num único serviço”, refere o responsável.

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Carlos Estorninho assume direção de marketing da Coldwell Banker Portugal

Licenciado em comunicação empresarial pelo ISCEM, o novo diretor de marketing da consultora imobiliária norte-americana passou pelo Grupo Teixeira Duarte, pela Philip Morris Internacional e pelo Banco Finantia antes de abraçar o novo desafio profissional

Carlos Estorninho é o novo diretor de marketing da consultora imobiliária Coldwell Banker Portugal. Ex-quadro do Grupo Teixeira Duarte, da Philip Morris Internacional e do Banco Finantia, licenciou-se em comunicação empresarial pelo Instituto Superior de Comunicação Empresarial (ISCEM) em 2007. Aprofundou posteriormente os conhecimentos em marketing e comunicação na FHWien, na FLAG e na Lisbon School of Economics & Management do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG).

Aumentar a notoriedade da multinacional norte-americana em Portugal no período desafiante que o mercado imobiliário atualmente enfrenta é um dos principais desafios que o marketeer tem em mãos. “A Coldwell Banker é a marca com mais história no em todo o setor imobiliário, contando com 118 anos de existência. Em Portugal, atravessa uma fase de consolidação que é o culminar de cinco anos de atividade”, refere Carlos Estorninho.

No final de 2023, a  empresa registou o melhor trimestre de sempre desde que a consultora imobiliária entrou em Portugal, superando também a marca dos 200 colaboradores em território nacional. Em 2024, a intenção é aumentar a faturação e reforçar a rede de agentes. “A comunicação e as marcas do setor vão cada vez mais apostar em valores diferenciadores e na autenticidade valores que a Coldwell Banker já pratica”, sublinha o novo diretor de marketing.

“Estamos extremamente satisfeitos em dar as boas-vindas ao Carlos Estorninho. A experiência e os valores dele alinham-se perfeitamente com os nossos princípios. Estamos com muita vontade de trabalhar com o Carlos e aproveitar todas as suas valências para fortalecer a nossa posição no setor imobiliário”, assume Frederico Abecassis, CEO da Coldwell Banker Portugal. Em Portugal desde 2018, a consultora conta atualmente com 100.000 colaboradores em três milhares de agências espalhadas por 41 países.

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Investimento publicitário nas redes sociais cresce 14,3% e movimenta €230,9 mil milhões em 2024

O relatório Global Advertising Trends 2024 da World Advertising Research Center confirma a desaceleração apontada por outras análises. O TikTok recua 69,5% face ao período homólogo. Pinterest e Snapchat regressam a taxas de crescimento de dois dígitos

O investimento publicitário nas redes sociais cresce 14,3% em 2024, avança o relatório Global Advertising Trends 2024 do World Advertising Research Center (WARC), atingindo os €230,9 mil milhões. Ainda assim, fica aquém dos 16% registados em 2023, confirmando a desaceleração que tem sido apontada por outras análises. “As plataformas ocidentais estão a crescer mais rapidamente do que as orientais porque há muitas marcas chinesas a investir nos Estados Unidos da América e na Europa”, refere o documento.

No entanto, nem todas as plataformas têm razões para celebrar. Segundo o relatório, o TikTok, envolvido em polémica em território norte-americano, deverá desacelerar e ver a faturação publicitária não ir além dos 18,3%, não ultrapassando os €21,5 mil milhões. Em 2023, tinha crescido 87,8%, mais 69,5% do que a previsão agora avançada pelo WARC.

O X também perde receitas. A quebra ronda os 6,4% em termos globais e os 5,1% no mercado norte-americano. Ainda assim, em comparação com o ano que passou, recua menos. Face a 2022, tinha registado uma quebra de 46,4% em 2023. Em sentido ascendente estão o Pinterest e o Snapchat, que voltam a crescer acima dos dois dígitos, informa o relatório do WARC. O Pinterest cresce 17,3% em 2024, antecipam os analistas. O Snapchat fatura mais 13,5%.

“As redes sociais são atualmente o maior canal global para o investimento publicitário, tendo ultrapassado o negócio das pesquisas pagas”, refere o documento. “A informação do último relatório da GWI revela que o tempo despendido nas redes sociais aumentou 50% desde 2014, devendo o consumo diário atingir entre 92 a 152 minutos em 2024. De acordo com a Data.ai, o número de utilizadores destas plataformas aumentou 169% em todo o mundo nos últimos 10 anos”, avança ainda o Global Advertising Trends 2024.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

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