Edição digital
PUB
Media :: Noticias

“Se uma produtora não caminhar na internacionalização não sobrevive”

Há um antes e depois de Glória no negócio da SP Televisão. Em entrevista ao M&P, Jorge Marecos, administrador da produtora, explica como a produção da primeira série original da Netflix em Portugal está a abrir as portas da internacionalização.

Pedro Durães
Media :: Noticias

“Se uma produtora não caminhar na internacionalização não sobrevive”

Há um antes e depois de Glória no negócio da SP Televisão. Em entrevista ao M&P, Jorge Marecos, administrador da produtora, explica como a produção da primeira série original da Netflix em Portugal está a abrir as portas da internacionalização.

Pedro Durães
Sobre o autor
Pedro Durães
Artigos relacionados
WPP faz parceria com Roblox para chegar à geração Z
Digital
Toyota põe à prova mitos do Paraguai em campanha da Oniria TBWA (com vídeo)
Publicidade
Investimento de €2,1 mil milhões para reduzir preços não aumenta vendas da Ikea
Marketing
Está desvendado o mistério do fim das bolachas Oreo
Publicidade
Prio reforça aposta no surfe com campanha da Adagietto (com vídeo)
Publicidade
RTP recebe €196,3 milhões do OE 2025. Lusa encaixa mais €3,4 milhões
Media
Grupo DreamMedia compra Cemark (notícia em atualização)
Media
CCP promove ‘masterclass’ sobre design verbal, com Pedro Pires
Marketing
Meta permite desativação de comentários em anúncios no Facebook e Instagram
Digital
Marcas mais valiosas perdem €3,2 biliões em valor não concretizado, desde 2000
Marketing

Há um antes e depois de Glória no negócio da SP Televisão. Em entrevista ao M&P, Jorge Marecos, administrador da produtora, explica como a produção da primeira série original da Netflix em Portugal está a abrir as portas da internacionalização

“Uma das vantagens práticas de termos feito o Glória é que já somos conhecidos. Quando batemos à porta, em princípio abrem-na”. É desta forma que Jorge Marecos, administrador da SP Televisão, resume o impacto da primeira produção original da Netflix em território nacional. Influência direta ou não, certo é que a alavancagem do negócio internacional da produtora tem sido crescente. Só durante o Conecta Fiction & Entertainment, encontro internacional de profissionais do audiovisual que decorreu em Toledo (Espanha), foram conhecidos dois novos projetos internacionais com envolvimento da SPi. O livro O Codex 632, do jornalista José Rodrigues dos Santos, vai dar origem à primeira coprodução conjunta desta unidade da SP com a RTP e com a plataforma de streaming Globoplay. A série terá seis episódios e será gravada em Lisboa e no Rio de Janeiro. Já O Último Lobo, projeto do realizador e argumentista Bruno Gascon e das produtoras portuguesas SPi e Caracol Studios, venceu o Prémio RTVE Desenvolvimento ao Melhor Pitch, garantindo um financiamento de 50 mil euros entregue diretamente pelo operador público de televisão espanhol.

PUB

Meios & Publicidade (M&P): Glória representou um marco na produção nacional, sendo a primeira série original da Netflix produzida em Portugal. Como foi o caminho até chegarem a este projeto?

Jorge Marecos (JM): Foi relativamente simples. Sempre pensámos que gostaríamos, e que teríamos a capacidade, de trabalhar para a Netflix. Há três ou quatro anos tivemos a oportunidade de ter um encontro em Madrid com o responsável, na altura, para a região ibérica e fizemos um pitch, em conjunto com o Pedro Lopes, autor do projeto. Daí até começarmos a rodagem demorou cerca de dois anos. Era o tipo de produto que, já nessa fase, interessava à Netflix. Essa aproximação foi, para nós, um momento muito importante.

M&P: Partiu do vosso lado?

JM: Havia outras pessoas envolvidas, mas partiu muito da SP. Depois houve esse follow up de conversas com o responsável ibérico e muito desenvolvimento aqui internamente, em conjunto com o autor. No início só havia um guião, foi-se desenvolvendo, escrevendo, até se chegar ao projeto final que foi objeto de rodagem e de contrato.

M&P: Houve recetividade imediata do lado da plataforma?

JM: Falámos de vários projetos mas consideraram que este era o tipo que lhes interessava mais. Tinha uma grande portugalidade, era algo que só podia ser feito em Portugal, era uma história específica deste mercado, acabando por merecer o privilégio da escolha.

M&P: A RTP entrou quando?

JM: Muito depois. Fomos nós que a abordámos. Parecia-nos bem que uma estação estivesse associada.

M&P: A entrada da Netflix no mercado português acontece em 2015. Foi preciso esperar cinco anos até avançar, em 2020, a primeira produção original portuguesa. Por que motivo não aconteceu mais cedo?

JM: Por várias razões. O interesse surge, não quando a Netflix entra na Europa e em Portugal, mas quando começa a haver a consciência da própria plataforma de que tinha de produzir localmente para ter mais sucesso comercial. Lembro-me de eles dizerem, na altura, que o objetivo era produzir nos países do sul da Europa, já tinham começado noutras geografias mas não em Portugal. Há também uma evolução da Netflix, que começou a reconhecer a necessidade de produzir noutros países para conseguir penetrar em determinados mercados. Ter produtos de outros países, outro tipo de narrativas. Tal como qualquer grande distribuidora, a Netflix está em constante evolução, o que queria há cinco anos não é seguramente aquilo que quer hoje. Os próprios produtos que procura hoje são diferentes, embora tenham até uma ideia daquilo que querem daqui a dois ou três anos. O próprio catálogo da plataforma tem vindo a evoluir. Atualmente está a fazer uma grande aposta no mainstream, procura sobretudo produtos que viajam com grande facilidade e transversalmente em todos os países em que está presente.

M&P: A Netflix mantém uma estrutura ibérica, sem presença efetiva no mercado português. Dos contactos que tem tido, parece-lhe que produzir em Portugal será de facto uma prioridade para a Netflix?

JM: A prioridade é relativa. A prioridade deles é ter séries que resultem junto do seu público. Não quererão também deixar de olhar para Portugal. Mas todos temos consciência da exiguidade do território nacional e do mercado português. Serão com certeza coisas que nasçam em Portugal mas têm de ser projetos com aquilo a que eles chamam ‘international level of storytelling’, que lhes garanta a possibilidade de cruzar vários mercados. Se não tiver, o produto não viaja.

M&P: Quais são os principais desafios enfrentados pelas produtoras nacionais para garantir esse nível nos projetos?

JM: Não é tanto a feitura, que é também complexa, difícil, com uma grande dose de risco envolvida. Mas a grande dificuldade está no ativo inicial, na ideia e no guião. Esse desenvolvimento é demorado, é um investimento cego porque nunca se sabe se chegará a bom porto. A grande dificuldade é suportar o investimento para garantir o desenvolvimento desse ativo até ao ponto de o conseguir vender.

M&P: Trabalhar com uma plataforma de streaming como a Netflix coloca exigências diferentes daquelas que enfrentam, por exemplo, nas coproduções internacionais com estações de televisão, modelo em que a SP também tem estado ativa, em séries como Auga Seca?

JM: Não, hoje em dia o nível internacional é transversal. Não há nenhuma interferência, não existe aquele fantasma que, às vezes, se ouve de que eles interferem ao nível da realização.

M&P: Não há a questão dos algoritmos, das produções com receita de sucesso baseada nos dados recolhidos sobre o consumo na plataforma?

JM: Nunca nos cruzámos com nada disso. Agora, não sei como é que eles fazem para discutir um guião, não conhecemos esse processo interno de decisão. Há milhares de projetos, por que é que lhes interessa mais este do que aquele tem a ver com processos de decisão internos. Estando de fora, a única segurança é conseguir fazer projetos que veiculem impacto emocional efetivo.

M&P: Este tipo de projetos acarreta valores de investimento mais elevados. Qual foi o investimento alocado à produção do Glória?

JM: Números não revelamos. Nesta atividade, como noutras, é impossível revelar um número sem estar a falar do outro. Estaria a revelar dados que, se calhar, o meu parcerio não quer que sejam revelados.

M&P: Mas pode dar uma ideia de como comparam com a realidade portuguesa, nomeadamente ao nível do custo por episódio? São valores realmente muito diferentes?

JM: São bastante diferentes. O que não quer dizer que corresponda a grandes margens de lucro. Porque o intrincado da produção e as dificuldades que existem na feitura de cada projeto traduzem-se numa demora, sem falar nos custos above the line, como atores conhecidos e outros elementos, que tornam o projeto mais oneroso.

M&P: E ao nível da distribuição de direitos? Consta que não é “pêra doce” negociar com a Netflix. Qual foi a vossa experiência?

JM: Não é pêra doce nem deixa de ser. É simples como água, uma plataforma de streaming trabalha exatamente como uma televisão nacional. Você chega lá e eles fazem uma obra de encomenda, ponto final parágrafo. É a nossa experiência, o que não quer dizer que, se tivermos outro tipo de financiadores, eles não estejam abertos a outra forma de negociação. Mas para uma plataforma de streaming é sempre complicado. Eles querem normalmente estrear todos os episódios de uma vez e simultaneamente em todos os países onde estão. Admito que, com uma Century Fox ou outros, possa haver ali uma janela de exploração diferente mas, de resto, será sempre uma pequena janela. Para eles é muito mais fácil desta forma. Se eu estivesse na Netflix, provavelmente nem quereria muito fazer coproduções. Porque o custo da administração da exploração pode ser insuperável.

M&P: Mas há mais exigências ao nível da exploração dos direitos no caso das plataformas de streaming por comparação com as estações de televisão?

JM: O contrato base é simples, é uma obra de encomenda. Se é uma obra de encomenda, em princípio eles têm a capacidade e o direito de explorar tudo. Se não for, é preciso lutar pelos territórios que se quer e pelo tipo de janela de exploração que se pretende.

M&P: Como foi com Glória?

JM: É uma obra de encomenda. Eles querem um guião, têm confiança na produtora, fazem uma obra por encomenda e pagam um xis por episódio. Exatamente como toda a vida trabalhei com a RTP, por exemplo. Eles exploram completamente o produto, é deles a decisão de quais os mercados em que o colocam. A Glória estreou em 194 países em simultâneo.

M&P: Nesses moldes, é vantajoso enquanto negócio para a SP ou a grande mais-valia de participar num projeto desta dimensão acaba por ser a montra que representa e a alavancagem que dá à vossa estratégia de expansão internacional?

JM: Nesta fase do campeonato, gostamos de trabalhar como obra de encomenda. É bom para nós. Se não é uma obra de encomenda, é preciso ir procurar outros investidores ou colocar investimento próprio. Isso implica uma capacidade financeira que… esqueça.

M&P: Por comparação com uma coprodução como o Auga Seca ou produtos que desenvolvem para as televisões nacionais, é financeiramente mais atrativo produzir para uma plataforma de streaming?

JM: É diferente. A diferença de interesse vem pelo volume global de faturação. É diferente estar a fazer um projeto de xis ou de cem vezes xis.

M&P: Entretanto avançou a produção da segunda série original da Netflix em Portugal, desta vez a cargo da Ukbar. Há projetos em cima da mesa para voltar a trabalhar com a Netflix?

JM: Temos sempre projetos mas não está nada iniciado com eles. Mas a curto prazo vamos ter essa capacidade. Uma das vantagens práticas de termos feito o Glória é que já somos conhecidos. Quando batemos à porta, em princípio abrem-na.

Leia a entrevista completa a Jorge Marecos, administrador da SP Televisão, na edição impressa do M&P

Sobre o autorPedro Durães

Pedro Durães

Mais artigos
Artigos relacionados
WPP faz parceria com Roblox para chegar à geração Z
Digital
Toyota põe à prova mitos do Paraguai em campanha da Oniria TBWA (com vídeo)
Publicidade
Investimento de €2,1 mil milhões para reduzir preços não aumenta vendas da Ikea
Marketing
Está desvendado o mistério do fim das bolachas Oreo
Publicidade
Prio reforça aposta no surfe com campanha da Adagietto (com vídeo)
Publicidade
RTP recebe €196,3 milhões do OE 2025. Lusa encaixa mais €3,4 milhões
Media
Grupo DreamMedia compra Cemark (notícia em atualização)
Media
CCP promove ‘masterclass’ sobre design verbal, com Pedro Pires
Marketing
Meta permite desativação de comentários em anúncios no Facebook e Instagram
Digital
Marcas mais valiosas perdem €3,2 biliões em valor não concretizado, desde 2000
Marketing
PUB
Digital

WPP faz parceria com Roblox para chegar à geração Z

Embora o WPP realce a presença da geração Z na plataforma, o verdadeiro valor da parceria com a Roblox pode residir no potencial para apelar a um grupo demográfico ainda mais jovem, de acordo com Jim Lecinski, professor de marketing na Kellogg School of Management da Northwestern University

O WPP está a anunciar uma nova parceria com a Roblox, plataforma de jogos online que nos últimos anos se tornou um destino relevante para as marcas, que procuram ligar-se a um público mais jovem. Através da parceria, a Roblox vai ajudar o WPP a desenvolver novas estratégias para alavancar a plataforma como um canal criativo, incluindo parcerias com os criadores da Roblox.

O WPP e o seu braço de investimento em media, o GroupM, vão juntar-se ao Programa de Parceiros Roblox, tal como a Dentsu, que foi nomeada como uma dos membros iniciais do programa, quando este foi lançado em 2023. Ambas as empresas também vão organizar, em conjunto, uma série de ‘sprint days’, nos quais os criadores da Roblox, os estrategas das agências do WPP e os estúdios de desenvolvimento se reúnem para desenvolver, em colaboração, novas ativações na plataforma.

O acordo inclui um programa de formação concebido para ajudar os profissionais de marketing a navegar no ambiente virtual único da Roblox.”O curso de formação com vários módulos será desenvolvido para agências criativas e de comunicação, sendo os membros da equipa WPP os primeiros a obter a certificação na plataforma Roblox”, adianta o grupo WPP em comunicado de imprensa.

Fundada em 2006, a Roblox tem crescido para se tornar uma das plataformas de jogos online mais populares do mundo. Atualmente acolhe cerca de 79,5 milhões de utilizadores ativos diariamente, de acordo com dados da empresa relativos ao segundo trimestre de 2024, que afirmam ainda que a geração Z é a comunidade de utilizadores com maior crescimento. A empresa apresenta-se como um canal envolvente e autêntico, face às redes sociais, e como um ‘hub’ digital no qual a geração Z pode realizar experiências com ‘personas’ virtuais.

Embora o WPP esteja a realçar a presença da geração Z na plataforma, o verdadeiro valor da parceria com a Roblox pode residir no potencial para apelar a um grupo demográfico ainda mais jovem, de acordo com Jim Lecinski, professor de marketing na Kellogg School of Management da Northwestern University, citado no The Drum.

“Esta parceria entre o WPP e a Roblox é uma forma importante de as marcas aprenderem mais sobre a geração Alfa e começarem a elaborar os futuros produtos, serviços e estratégias de marketing para a atrair, o que em breve se vai tornar um imperativo para todas as marcas, na mesma medida em que se concentraram em atrair a geração Z nos últimos anos”, argumenta Jim Lecinski. Atualmente, quase metade da base de utilizadores do Roblox tem menos de 13 anos, de acordo com os dados da empresa.

Sobre o autorDaniel Monteiro Rahman

Daniel Monteiro Rahman

Mais artigos
PUB
Publicidade

Toyota põe à prova mitos do Paraguai em campanha da Oniria TBWA (com vídeo)

As figuras dos mitos populares do Paraguai, el Pombero, Mbói Tu’i, Luisón e Jasy Jatere (na foto, da esq. para a dir.) põem à prova a qualidade, durabilidade e fiabilidade de três modelos da Toyota, em territórios como montanhas, zonas pantanosas, selva e cidade. Produzida pela Synchro Image, a campanha foi filmada em dez locais diferentes

A indestrutibilidade da Toyota é um mito no Paraguai. A marca de automóveis abraçou o país construindo uma história que começa com a primeira vitória no Rally Transchaco, em 1971. Durante 55 anos, a marca construiu uma forte ligação com a cultura local. Deste ‘insight’ surge a campanha ‘À Prova de Mitos’, criada e desenvolvida pela Oniria TBWA, que celebra essa ligação, apostando num anúncio protagonizado por alguns dos mitos populares do Paraguai.

“A ligação entre a Toyota e a cultura paraguaia é realmente forte, algo que nos ajuda a permanecer como a marca número um no mercado local. Dar vida aos mitos nesta campanha é dar vida à história do nosso país, conectar-se com as pessoas e fazer mais entretenimento do que publicidade”, revela um porta-voz da Toyota Paraguai, citado em comunicado de imprensa.

Após o último ‘spot’ da campanha ‘Indestrutíveis’, protagonizado pelo duplo de Bruce Willis, a marca aposta agora em uma nova história que, mais uma vez, pretende captar a atenção do público através do entretenimento. Desta vez, são os mitos locais do Paraguai (Jasy Jatere, el Pombero, Mbói Tu’i e Luisón) que conduzem os veículos da marca e desafiam três modelos da Toyota, em todos os terrenos.

“Num mundo em constante mudança como o nosso, ter uma relação de agência, produtora e cliente de tantos anos de trabalho é um fator diferenciador e a confiança criativa é um grande valor na construção de uma marca tão valiosa como a Toyota. Uma marca com identidade, autêntica na sua essência e consistente na forma como comunica essa essência. Estamos muito felizes com esta campanha, que colocou todos nós à prova”, enfatiza Camilo Guanes, diretor criativo executivo da Oniria TBWA.

Produzida pela Synchro Image, em cerca de dez locais diferentes, a campanha contou com uma equipa de mais de 50 pessoas, incluindo criativos, realizadores, operadores de câmara, figurinistas, designers de interiores e fotógrafos. No filme publicitário, a qualidade, durabilidade e fiabilidade da marca são postas à prova, em territórios como montanhas, zonas húmidas e pantanosas, selva e cidade. A história é construída sobre os mitos locais, as suas peculiaridades e poderes sobrenaturais.

“Como equipa, resgatámos a capacidade de continuar a contar histórias e isso é algo que esta indústria não deve perder, para entreter durante alguns minutos e, se possível, fazer sorrir um pouco. Um trabalho de equipa de meses, para apreciar os nossos mitos no grande
ecrã”, acrescenta Camilo Guanes, diretor criativo executivo da Oniria TBWA.

 

 

Sobre o autorDaniel Monteiro Rahman

Daniel Monteiro Rahman

Mais artigos
PUB
Marketing

Investimento de €2,1 mil milhões para reduzir preços não aumenta vendas da Ikea

Apesar de as idas às lojas terem subido 3,3%, o volume de transações caiu 5% no ano fiscal de 2024, revela o Grupo Ingka, que gere a atividade da Ikea Portugal, em comunicado de imprensa. Ainda assim, a faturação global atingiu os €39,6 mil milhões

O esforço de investimento de €2,1 mil milhões da Ikea para reduzir preços não aumentou as vendas da marca de mobiliário, decoração e restauração sueca. De acordo com a versão preliminar do relatório referente ao ano fiscal de 2024, agora divulgado, embora as idas às lojas tenham subido 3,3% face ao de 2023 e as visitas online tenham aumentado 28%, o volume de transações caiu 5%, revela o Grupo Ingka, que gere a atividade da Ikea Portugal, em comunicado de imprensa.

Segundo o documento, no período entre 1 de setembro de 2023 a 31 de agosto de 2024, as vendas totais atingem os €39,6 mil milhões, com 727 milhões de clientes a efetuá-las nas lojas da insígnia. “O ano fiscal de 2024 fica marcado pelo maior investimento em redução de preços da nossa história. Num contexto económico particularmente desafiante para os consumidores, verificou-se ainda um crescimento de 9% em encomendas online”, refere o documento.

Além da redução de preços, o Grupo Ingka prosseguiu com a estratégia de expansão e modernização das operações, com mais de €1,3 mil milhões de euros alocados à remodelações de lojas físicas e à transformação digital. Em Portugal, a marca tem apostado na abertura de estúdios de planificação e encomenda, contando atualmente com uma rede de 13 espaços, apurou o M&P.

No ano fiscal de 2024, o Grupo Ingka abriu 43 novos espaços comerciais, incluindo novas lojas no Japão, na Suíça e na China, além de estúdios de planificação e encomenda nos Estados Unidos, em Itália e em Portugal.

Através do recurso a ferramentas de inteligência artificial (IA), o grupo sueco tem reforçado o investimento na omnicanalidade, “o que contribuiu para atingir o maior nível de satisfação do cliente dos últimos cinco anos”, informa ainda o comunicado. Para atingir a neutralidade carbónica até 2050, foi feito um investimento adicional de €4,2 mil milhões em sustentabilidade.

“Desde 2016, crescemos 30,9%, enquanto reduzimos a nossa pegada climática em 24,3%. Contamos atualmente com 583 turbinas eólicas, 26 parques solares e mais de um milhão de painéis solares nos telhados das suas instalações”, informa o Grupo Ingka. O relatório financeiro completo é divulgado no final de novembro, antecedendo um relatório anual aprofundado que, tal como o relatório de sustentabilidade, é apresentado no fim de janeiro de 2025.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

Luis Batista Gonçalves

Mais artigos
PUB
Publicidade

Está desvendado o mistério do fim das bolachas Oreo

A 11 de outubro, a misteriosa mensagem de despedida passa para ‘Olá Portugal, chegou a Oreo mais deliciosa de sempre’, em ‘outdoors’ como o do El Corte Inglés em Lisboa (na foto), para anunciar, afinal, o lançamento de uma nova receita e a imagem renovada da marca de bolachas

Está desvendado o mistério das mensagens de despedida da Oreo que invadiram Portugal a 1 de outubro, numa campanha da Publicis, que surpreendeu os consumidores, colocando a hipótese de a marca de bolachas estar de saída do mercado nacional. A Mondelez International revela agora o significado das mensagens, com uma nova campanha. “A Oreo despede-se da bolacha como a conhecemos até agora e apresenta a sua nova receita, agora com mais cacau”.

Para apresentar a segunda parte da campanha, a marca fez uma produção através de imagens geradas por computador (CGI), onde uma bolacha Oreo, à semelhança de um meteorito, cai do céu e colide com o ecrã digital do El Corte Inglés que anuncia a mensagem: ‘Adeus Portugal, a tua Oreo de sempre vai acabar’. Nesse preciso momento, gera-se uma explosão de cacau, que pretende simbolizar o que há de mais característico na nova receita e revela a mensagem definitiva: ‘Olá Portugal, chegou a Oreo mais deliciosa de sempre’.

A campanha apresenta também a renovação de imagem da marca, que inclui um ‘redesign’ da embalagem de bolachas, que passam a ter um sabor a cacau mais intenso, equilibrado com o característico aroma a baunilha do recheio. “Nesta campanha, o nosso objetivo consistiu em captar a atenção dos consumidores de forma marcante e inovadora para, seguidamente, introduzirmos a nova receita de Oreo, agora enriquecida com mais cacau. Esta nova receita reflete o nosso compromisso em satisfazer os gostos e preferências dos consumidores, mantendo-nos fiéis à essência da marca”, revela Benedita Mexia Alves, gestora de marca da Oreo em Portugal, em comunicado de imprensa.

 

Sobre o autorMeios & Publicidade

Meios & Publicidade

Mais artigos
PUB
Publicidade

Prio reforça aposta no surfe com campanha da Adagietto (com vídeo)

A campanha que leva 18 crianças do interior do país a fazer surfe pela primeira vez é produzida pela Neighbor e conta com a participação da surfista olímpica Yolanda Hopkins. “A ideia é repetir a experiência, a cada verão, sempre com jovens de comunidades do interior”, avança ao M&P fonte da empresa

A Prio desafiou 18 crianças que vivem longe do mar, em Marvão, no Alentejo, a terem a primeira aula de surfe ao lado da surfista olímpica Yolanda Hopkins, em São Pedro de Moel, na Beira Litoral. A experiência deu origem à ‘Marvão ao Mar’, campanha idealizada pela Adagietto que pretende demonstrar que a mobilidade, mais do que encurtar distâncias, também ultrapassa barreiras.

Produzido pela Neighbor, o filme publicitário de cerca de dois minutos mostra o entusiasmo das crianças, com idades compreendidas entre os nove e os 12 anos, antes, durante e após a viagem, que é retomada, com outro grupo de crianças, em 2025. “A ideia é repetir a experiência, a cada verão, sempre com jovens de comunidades do interior”, avança ao M&P fonte da empresa energética.

A iniciativa é desenvolvida no âmbito da estratégia da promoção da modalidade que a Prio tem vindo a implementar a nível nacional. “Temos já algum trabalho desenvolvido no território do surfe, incluindo o patrocínio de cerca de uma dezena de escolas de surfe pelo país”, refere a mesma fonte.

Divulgada apenas em suportes digitais, a campanha procura amplificar a notoriedade que a energética portuguesa conseguiu, no território da mobilidade, com o filme publicitário ‘A Notinha dos Avós’, que serviu de base à comunicação promocional da empresa no Natal do ano passado, idealizado pela Adagietto e produzido pela RecOdd.

 

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

Luis Batista Gonçalves

Mais artigos
PUB
Media

RTP recebe €196,3 milhões do OE 2025. Lusa encaixa mais €3,4 milhões

Apesar de a duplicação do porte pago ser uma das medidas do plano de apoio à imprensa, anunciadas pelo Governo a 8 de outubro, a versão preliminar do documento mantém o mesmo valor do OE 2024, contemplando um investimento de €4,5 milhões

A versão preliminar do Orçamento de Estado (OE) 2025, entregue pelo Governo na Assembleia da República, a 11 de outubro, contempla a entrega de €196,3 milhões à RTP, mais 2,4% do que o valor apontado para 2024, o que corresponde a um aumento de €4,6 milhões.

A contribuição para a Lusa, detida pelo Estado em 95,9%, por via da aquisição das participações sociais anteriormente detidas pela Global Notícias e pela Páginas Civilizadas, aumenta para €21,5 milhões, mais €3,4 milhões do que em 2024.

A RTP e a Lusa são apontados como “eixos de intervenção prioritários” pelo Governo. “Num contexto de profunda crise dos meios tradicionais de comunicação social, impõem-se políticas públicas que, em nome da democracia, do pluralismo e da liberdade de pensamento e expressão, garantam espaços de informação e de debate público”, refere o documento.

O plano nacional que o Governo pretende desenvolver para o setor dos media, ao abrigo da Estrutura de Missão para a Comunicação Social, designada #PortugalMediaLab, aprovada a 21 de agosto, vai ser desenvolvido a par de um plano nacional para a literacia mediática, contemplando o fim da publicidade na RTP em 2027, medidas de apoio aos media e “a revisão das leis de Imprensa, da Rádio e da Televisão e dos Serviços Audiovisuais a pedido”, refere ainda o documento.

Apesar de a duplicação do porte pago ser uma das medidas do plano de apoio à imprensa anunciadas, a proposta de OE 2025 mantém o valor nos €4,5 milhões inscritos no OE 2024. O montante da contribuição mensal para o audiovisual, no valor de €3,02, também não se altera. Em 2023, a taxa rendeu €190,1 milhões aos cofres do Estado.

Ao abrigo da consignação do IRC para o financiamento à produção cinematográfica e audiovisual, que volta a vigorar em 2025, o Governo prevê canalizar €40,6 milhões de euros para o Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA) e €13,03 milhões para o Fundo de Apoio ao Turismo e ao Cinema.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

Luis Batista Gonçalves

Mais artigos
PUB
Media

Grupo DreamMedia compra Cemark (notícia em atualização)

“Estamos a construir, com esta aquisição, a inovação e a história do OOH em Portugal. Temos um plano sólido de integração, que irá otimizar as sinergias entre os vários departamentos e preparar-nos para os desafios futuros”, refere Ricardo Bastos (na foto), CEO da ‘holding’ DreamMedia, em comunicado aos funcionários, a que o M&P teve acesso

A DreamMedia Holding acaba de anunciar aos funcionários que adquiriu, ao grupo espanhol FCC, 100% das ações da Cemark Mobiliário Urbano. “Estamos a construir, com esta aquisição, a inovação e a história do OOH em Portugal. Temos um plano sólido de integração, que irá otimizar as sinergias entre os vários departamentos e preparar-nos para os desafios futuros”, refere Ricardo Bastos, CEO da ‘holding’ DreamMedia, em comunicado aos funcionários, a que o M&P teve acesso.

O líder do grupo que detém as empresas DreamMedia (outdoors estáticos, digitais e meios de ativação e ‘roadshow’) e a BIGoutdoors (comercialização de espaços publicitários em monopostes e equipamentos de grande formato), considera que “este é um marco que consolida a nossa posição como um dos maiores ‘players’ no mercado do OOH em Portugal e uma referência no mobiliário urbano”.

No mesmo comunicado, Ricardo Bastos dá “as boas-vindas a cerca de 70 novos colaboradores [da Cemark], que se juntam à nossa equipa para fortalecer e ampliar as nossas capacidades”, acrescentando que “com esta aquisição, o grupo DreamMedia passa a ser o maior empregador do setor, com mais de 250 dreamers”.

Sobre o autorCatarina Nunes

Catarina Nunes

Mais artigos
PUB
Marketing

CCP promove ‘masterclass’ sobre design verbal, com Pedro Pires

A ‘masterclass’ enquadra-se na metodologia própria que o fundador da Poets & Painters tem vindo a desenvolver e que considera um ato primordial na criação de marcas, atividade que exerce há 30 anos. A participação é gratuita, com lugares limitados

O Clube da Criatividade de Portugal (CCP) realiza uma ‘masterclass’ gratuita no Hub Criativo da Mouraria, com o formador Pedro Pires, fundador da Poets & Painters. A ‘Introdução ao Design Verbal – Escrever a Marca’ acontece a 23 de outubro, das 17h30 às 19h30, em formato presencial, com lugares limitados.

A ‘masterclass’ enquadra-se na metodologia própria Design Verbal, que Pedro Pires tem vindo a desenvolver e que considera um ato primordial na criação de marcas, atividade que exerce há 30 anos. A formação promovida pelo CCP, em coorganização com a Câmara Municipal de Lisboa, é uma introdução a como começar um projeto de identidade, como escrever a marca em todas as dimensões e como desenhar verbalmente, através de um processo de síntese progressiva.

Pedro Pires é escritor criativo há 28 anos. Confrontado desde cedo com a tarefa de ser diretor criativo, “desenvolveu amores e amizades no design e nas artes visuais. Durante este período, foi amplamente premiado nacional e internacionalmente, além de júri regular nos principais festivais de design e publicidade”, refere o CCP em comunicado de imprensa.

Além de fundador da Poets & Painters, foi presidente do Clube Criatividade de Portugal entre 2013 e 2018, foi nomeado Personalidade Publicitária do Ano em 2017 e Diretor Criativo do Ano em 2020. Publicou os livros ‘Os pés não têm céu’, em 2022, e o “Cosmogonia da Identidade”, em 2024.

Sobre o autorMeios & Publicidade

Meios & Publicidade

Mais artigos
PUB
Digital

Meta permite desativação de comentários em anúncios no Facebook e Instagram

A Meta está também a introduzir listas de exclusão, para impedir que os anúncios sejam apresentados em páginas de pessoas e editores indesejados. Em paralelo, o Facebook tem um novo redesenho com o foco no entretenimento, para competir com o TikTok

A Meta está a permitir às marcas silenciaram os comentários dos anúncios no Facebook e no Instagram, através de uma nova funcionalidade de segurança. A função faz parte de uma atualização da plataforma de segurança e adequação de marca da Meta, lançada em 2023. A atualização introduz uma série de novas funcionalidades, desenvolvidas para fornecer aos anunciantes mais possibilidades de evitar conteúdos inadequados nas suas redes sociais.

Agora, as marcas podem bloquear os comentários, o que pode reduzir o volume de assédio e desinformação que, por vezes, acompanha as publicações patrocinadas. “Esta medida é obviamente muito boa, sobretudo quando se trata de campanhas sensíveis ou de questões sensíveis que estão a acontecer no mundo”, argumenta Samantha Stetson, vice-presidente do conselho de clientes e de relações comerciais da Meta. “Assim, as marcas têm a capacidade de controlar o tipo de comentários que aparecem”, acrescenta, citado na Ad Age.

A Meta também está a introduzir outros aspetos no sistema de segurança das marcas, incluindo listas de exclusão para impedir que os anúncios sejam apresentados em páginas de pessoas e editores indesejados. Neste sentido, a empresa liderada por Mark Zuckerberg anunciou uma parceria com a Integral Ad Science, empresa de medição de anúncios e segurança de marca, para reforçar a gestão das listas de exclusão de conteúdos.

Por seu lado, o TikTok expandiu recentemente uma parceria de segurança da marca com a Zefr, outra empresa de medição de anúncios e segurança da marca. À semelhança do que a Integral Ad Science vai fazer para a Meta, a Zefr está a fornecer aos anunciantes do TikTok uma forma de evitarem aparecer junto a vídeos que contenham temas, aos quais uma marca não queira ser associada.

A Meta, o TikTok, a Google e outras empresas têm procurado novos métodos para controlar as áreas em que os anúncios são exibidos nos seus respetivos serviços, antes de o anúncio ser publicado, e para informar as marcas, após as campanhas, sobre a eficácia da manutenção dos anúncios em espaços seguros.

Recentemente, para atrair mais utilizadores jovens para o Facebook, em detrimento do TikTok, Instagram e outras redes sociais, a Meta anunciou uma série de alterações visuais ao Facebook, que pretende dar maior ênfase às informações sobre comunidades locais, vídeos e grupos do Facebook, entre outros. Em particular, a ênfase do ‘redesign’ do Facebook será, em parte, colocada nas possibilidades de entretenimento, uma medida destinada a competir com aplicações como o TikTok.

Sobre o autorDaniel Monteiro Rahman

Daniel Monteiro Rahman

Mais artigos
PUB
Marketing

Marcas mais valiosas perdem €3,2 biliões em valor não concretizado, desde 2000

Só em 2024, foram perdidos 200 mil milhões de dólares (€182 mil milhões), com a aposta em marketing de desempenho face à falta de investimento de longo prazo em marca. No ‘Best Global Brands 2024’ da Interbrand, a Apple é a mais valiosa e a Nvidia estreia-se no 36º lugar, com um valor de marca de 20 mil milhões de dólares (€18,2 mil milhões)

A falta de investimento em uma estratégia de marca a longo prazo deixa as 100 marcas mais valiosas do mundo com cerca de 3,5 biliões de dólares (€3,2 biliões) de valor não realizado, desde 2000, revela o relatório anual da Interbrand, consultora de marcas detida pelo grupo Omnicom, ‘Best Global Brands 2024’, que avalia as marcas mais valiosas do mundo em valor cumulativo.

Só no último ano, em 2024, de acordo com o relatório, um total de 200 mil milhões de dólares (€182 mil milhões) de receitas foram perdidas, devido ao investimento feito em marketing de desempenho, face à falta de investimento em uma estratégia de marca a longo prazo.

“Se estas marcas tivessem sido tratadas e geridas como ativos estratégicos de crescimento, esta tabela poderia valer até 6,9 biliões de dólares (€6,1 biliões). O crescimento que vemos, esconde uma impressionante oportunidade perdida”, revela Gonzalo Brujó, diretor-geral global da Interbrand, citado em comunicado de imprensa.

No que diz respeito ao ranking, a Apple é a marca mais valiosa na classificação pelo décimo segundo ano consecutivo, mas o seu valor de marca diminui pela primeira vez em mais de duas décadas (-3%), para pouco menos de 500 mil milhões de dólares (€457 mil milhões), em comparação com o aumento de 4% no ano anterior.

“A perda de valor da Apple deve-se ao lançamento demorado da sua estratégia de inteligência artificial (IA)”, refere Greg Silverman, diretor global de economia de marca da Interbrand, citado na Ad Age. A empresa liderada por Tim Cook não revelou em pormenor os seus planos de integração da IA generativa até apresentar a Apple Intelligence, em junho, muito depois de concorrentes como a Microsoft e a Google terem anunciado os seus modelos.

No geral, as posições das dez marcas mais valiosas no ranking da Interbrand mantêm-se, em grande parte, inalteradas. No entanto, a Nike desce para a 14ª posição, após um decréscimo de 5% para 45,4 mil milhões de dólares (€41,5 mil milhões) em valor de marca. Em 2023, ocupou o nono lugar, com um aumento de 7% para quase 54 mil milhões de dólares (€49,3 mil milhões). A marca de vestuário desportivo tem enfrentado dificuldades em inovar e conquistar a geração Z, o que tem resultado numa queda das vendas.

As marcas automóveis ocupam 14 dos cem primeiros lugares, mais do que qualquer outro setor no ranking da Interbrand. Apesar de várias destas marcas registarem um crescimento de dois dígitos, a Tesla tem um dos maiores decréscimos de valor de marca, perdendo 9% e caindo para os 45,5 mil milhões de dólares (€41,6 mil milhões). Em 2023, a taxa de crescimento da Tesla foi de 4%. Greg Silverman atribui a queda a um mercado saturado de veículos elétricos que está a levar a empresa a concentrar-se em outros setores de atividade.

O valor total de todas as marcas no relatório de 2024 aumenta 4,3%, para 3,4 biliões de dólares (€3,1 biliões). Em 2023, cresceu 5,7%, o que já representava uma queda acentuada em relação ao crescimento de dois dígitos em 2022. A Ferrari substitui a Airbnb como a marca de crescimento mais rápido em 2024, com um aumento de 21% no valor da marca em relação a 2023. A Ferrari também teve um crescimento de 16% no período homólogo. As quatro marcas seguintes com o crescimento mais rápido em 2024 são o YouTube, a Hermès, a Kia e o Instagram.

O valor de todas as marcas de luxo analisadas pela Interbrand cresce 7% este ano, em comparação com os 6,5% de 2023, em grande parte devido ao facto de estas marcas terem encontrado formas criativas de levar produtos exclusivos a um amplo número de consumidores.

A Nvidia, que fabrica processadores informáticos que permitem o funcionamento dos modelos de IA, entra pela primeira vez na classificação da Interbrand em 36º lugar, com um valor de marca de 20 mil milhões de dólares (€18,2 mil milhões), impulsionado pela atenção que atraiu dos meios de comunicação social, devido ao sucesso no setor da IA.

A Interbrand calcula o valor das marcas com base no desempenho financeiro das empresas, entre abril de 2023 e março de 2024, juntamente com uma previsão de cinco anos. Pondera em que medida esse desempenho pode ser atribuído à marca e aplica uma metodologia de pontuação própria, que avalia o risco que o fluxo de rendimentos de uma marca enfrenta.

Sobre o autorDaniel Monteiro Rahman

Daniel Monteiro Rahman

Mais artigos
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB

Navegue

Sobre nós

Grupo Workmedia

Mantenha-se informado

©2024 Meios & Publicidade. Todos os direitos reservados.