Público tem novo projeto editorial para “ter mais presença” no debate em torno da crise climática
Está online a partir desta sexta-feira o Azul, um novo projeto editorial lançado pelo Público, com uma equipa composta por uma dezena de profissionais, e focado exclusivamente nas questões em torno do ambiente e da crise climática.
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Pedro Durães
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Está online a partir desta sexta-feira o Azul, um novo projeto editorial lançado pelo Público, com uma equipa composta por uma dezena de profissionais, e focado exclusivamente nas questões em torno do ambiente e da crise climática. Trata-se de um projeto maioritariamente digital, não se excluindo a possibilidade de alguns dos artigos serem publicados também na edição impressa, de acesso gratuito e co-financiado por uma rede formada por quatro parceiros: Fundação Calouste Gulbenkian e Biopolis, enquanto parceiros principais, além da Lipor e da Sociedade Ponto Verde.
“O Azul nasce da constatação de que o número de jornalistas dedicados às questões do ambiente e a sua dispersão por diferentes secções não providenciavam informação regular e profunda aos nossos leitores”, justifica Manuel Carvalho, diretor do Público, num texto publicado na edição desta sexta-feira, onde explica que “era preciso afinar a sintonia entre o que permanece imutável e o que surgiu de novo na vida das pessoas e das nações”. “O Azul resulta do cruzamento dessas constatações: é preciso investir mais na agenda do ambiente para sintonizar o jornalismo com o espírito do tempo, disponibilizando aos leitores mais e mais profundamente chaves de reflexão e compreensão dos desafios abertos pela crise climática”, defende Manuel Carvalho.
“A crise climática é a grande causa política das novas gerações, um problema geopolítico mundial e um tema incontornável da discussão pública contemporânea. O Público quer ter mais presença nesse debate e para o conseguir passa a ter uma secção especialmente dedicada a estes temas”, aponta o diretor do diário da Sonaecom, assegurando que esta assumirá “a mesma relevância das secções tradicionais que estruturam a redação do jornal”. Nesse sentido, adianta, “o Azul manterá a sua ambição de ser um jornal nacional e terá a sua equipa nas duas redações de Lisboa e Porto”, contando com uma dezena de profissionais “entre jornalistas experimentados como Clara Barata e jovens recém-chegados à profissão, como Daniel Dias”, a par de “jornalistas já com uma vasta cultura digital como Cláudia Carvalho Silva, Andreia Azevedo Soares ou Nicolau Ferreira”. Tendo como editoras Teresa Firmino, em Lisboa, e Andrea Cunha Freitas, na redação do Porto, a equipa fica completa com Gabriela Goméz, infográfica, Vera Moutinho, jornalista multimédia, além de um webdesigner dedicado.
“A criação de uma parte parte substancial” desta equipa é garantida pelo financiamento proporcionado pelos quatro parceiros do projeto . Ao Público caberá depois “indicar a parte restante, para lá de outros recursos ao nível da tecnologia, da fotografia, design, etc.”, esclarece Manuel Carvalho, lembrando que este é “um modelo de cooperação e mecenato cada vez mais frequente em projetos jornalísticos na Europa e nos Estados Unidos” e assegurando que a independência editorial do projeto não será beliscada.
“O Azul abraçará toda a agenda do ambiente e da crise climática à luz dos seus princípios e valores editoriais, registados sob a forma de pacto com os leitores no seu Livro de Estilo e no Estatuto Editorial do Azul”, traça o diretor, explicando que a independência editorial será garantida quer pela própria, quer “pela direção editorial do jornal e as demais instâncias internas de escrutínio”. “A cultura editorial do Público, base da relação de confiança que mantém com os seus leitores, será integralmente preservada”, reforça, sublinhando que “a relação entre o jornal e os seus parceiros será feita por um conselho consultivo cujo regulamento é público”, sendo que “as actas das suas reuniões serão igualmente públicas”. “Os parceiros e o jornal reconhecem que uma condição crítica para o sucesso do Azul passa pela transparência e pelo respeito integral das regras profissionais e deontológicas do jornalismo consagradas na lei”, conclui Manuel Carvalho.