OMS e UNICEF alertam para publicidade a substitutos do leite materno e pedem que profissionais de saúde não se associem a marcas de alimentos para bebés
Um novo relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da UNICEF alerta que a publicidade a substitutos do leite materno, também conhecidos como “fórmula” e “fórmula infantil”, que frequentemente […]
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Um novo relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da UNICEF alerta que a publicidade a substitutos do leite materno, também conhecidos como “fórmula” e “fórmula infantil”, que frequentemente violam as normas internacionais de alimentação infantil.
O relatório “How the Marketing of Breastmilk Substitutes Influences Our Infant Feeding Decisions”, desenvolvido pela agência M&C Saatchi, baseia-se em entrevistas a pais, mulheres grávidas e profissionais de saúde em oito países (Bangladesh, China, México, Marrocos, Nigéria, Reino Unido, África do Sul e Vietname).
No Reino Unido, 84 por cento das mulheres inquiridas foram expostas a ações de marketing para estes produtos. Estas técnicas promocionais aumentam a probabilidade de que as mães alimentem os seus filhos com leite artificial.
Segundo o relatório, a indústria utiliza técnicas de marketing – como a publicidade não regulamentada e invasiva, a utilização de redes e linhas diretas de aconselhamento patrocinadas, promoções e ofertas gratuitas – e práticas destinadas a influenciar a formação e recomendações dos trabalhadores da saúde. De acordo com as conclusões, as mensagens que os pais e os profissionais de saúde recebem são frequentemente enganadoras, não científicas e contrárias ao Código Internacional de Comercialização de Substitutos do Leite Materno, um acordo de saúde pública de referência adotado pela Assembleia Mundial da Saúde em 1981.
“A informação falsa e enganosa sobre os substitutos do leite materno é um grande obstáculo à amamentação, que sabemos ser a melhor solução para os bebés e para as suas mães. São necessárias políticas e leis fortes para apoiar e investir suficientemente no aleitamento materno, para proteger as mulheres de práticas comerciais pouco éticas e assegurar o seu acesso à informação e apoio de que necessitam para criar os seus filhos”, refere a diretora executiva da UNICEF, Catherine Russell, citada em comunicado.
Entre as medidas propostas pela UNICEF e OMS para mudar este panorama estão “promulgar, aplicar e controlar o cumprimento das leis para impedir a promoção de substitutos do leite materno em conformidade com o Código Internacional, incluindo a proibição de os fabricantes fazerem alegações nutricionais e de saúde”, “exigir que os fabricantes se comprometam publicamente a cumprir integralmente o Código Internacional e as subsequentes resoluções da Assembleia Mundial da Saúde em todo o mundo” e “proibir aos trabalhadores da saúde de aceitar patrocínios de empresas que comercializam alimentos para bebés e crianças pequenas, seja através de bolsas de estudo, prémios, bolsas, reuniões ou eventos”.