Dove alerta para o impacto da manipulação digital na auto-estima dos jovens (com vídeo)
As consequências negativas para a auto-estima dos jovens provocadas pela manipulação digital das fotografias publicadas nas redes sociais, que estabelecem por padrões de beleza desfasados da realidade, são o alvo de uma nova campanha global lançada pela Dove.
Pedro Durães
News Now, novo canal 9 do cabo, arranca no início do verão. Concorre diretamente com CMTV, também da Medialivre
Criatividade ao serviço de um alfabeto em extinção
RTP transmite jogos do UEFA Euro Feminino Sub-17 em direto
Crescer sozinha e em parceria não é uma contradição
Clube da Criatividade apresenta programa do 26º Festival CCP 2024 e da Semana Criativa de Lisboa
Sónia Araújo e Mário Daniel são mecânicos por um dia em campanha da Mercedes (com vídeo)
Perfect Storm produz nova campanha internacional da Coca-Cola (com vídeo)
Carlos Maciel assume direção da Caras e da Caras Decoração. Mariana Correia de Barros convidada a dirigir Activa
APECOM continua a crescer em número de associados
Microagências de comunicação estão a mudar paradigma
As consequências negativas para a auto-estima dos jovens provocadas pela manipulação digital das fotografias publicadas nas redes sociais, que estabelecem por padrões de beleza desfasados da realidade, são o alvo de uma nova campanha global lançada pela Dove. Reverse Selfie, em português Selfie Invertida, é uma campanha que estará presente em mais de 30 países e tem por base um estudo levado a cabo pela marca, Detoxify Beauty, que mostra como “a distorção digital está a fragilizar a autoestima dos jovens e revela dados alarmantes que comprovam a gravidade do problema à escala global.
Conduzido em 10 mercados, incluindo o português, o estudo revela que duas em em cada três raparigas tentam editar ou esconder pelo menos um aspecto do seu corpo antes de publicarem uma fotografia e que 76% das raparigas com 13 anos usam filtros ou recorrem a aplicações para mudar a sua aparência nas fotografias, um comportamento que, em média, começa aos 12 anos. Entre outros dados, o estudo mostra ainda que 41% das jovens com baixa auto-estima preferem ver-se em fotos editadas e 25% lamentam que na vida real não possam assemelhar-se à pessoa que mostram online, sendo que 45% das raparigas gastam mais de 10 minutos a preparar-se para uma selfie.
“Sem dúvida que as redes sociais se tornaram num espaço que fomenta a autoexpressão e a criatividade dos jovens, mas aquilo que temos visto é que quando os filtros são mais utilizados para criar padrões de beleza irreais do que como forma de entretenimento, então estamos a falar de consequências negativas para a auto-estima dos jovens, que se sentem pressionados em manipular a sua imagem até atingir uma perfeição, que nem sequer existe na vida real”, alerta Firdaous El Honsali, directora global de comunicação e sustentabilidade da Dove.
“A partir do momento em que uma adolescente manipula continuamente a sua imagem nas redes sociais, na tentativa de alcançar padrões de beleza que não correspondem à vida real, está a alimentar uma falsa auto-estima, o que reduz a sua qualidade de vida. A insegurança e a auto-crítica permanentes minam a forma como o jovem se vê, como se relaciona com os outros e como toma decisões”, aponta a psicóloga Filipa Jardim da Silva, chamando a atenção para o facto de que isto acarreta “um risco aumentado de estados de ansiedade e depressão, as relações sociais e amorosas são prejudicadas, há um impacto negativo no desempenho académico e verifica-se uma vulnerabilidade acrescida para o desenvolvimento de distúrbios de comportamento alimentar, bem como do consumo de substâncias”.
A marca recorde-se, lançou há cerca de 15 anos a campanha Evolution, onde abordava a manipulação de imagens na publicidade, focando-se agora na manipulação digital em termos gerais já que se tornou um fenómeno “à escala global” e “já não são apenas as grandes indústrias ou os fotógrafos profissionais que recorrem a esta prática”.