Carlos Monteiro, head of strategy da White Way
Criatividade & estratégia de marca no pós covid-19
“A vulnerabilidade tem sido o maior desafio, pois é essa mesma vulnerabilidade que alimenta a confiança”. *Por Carlos Monteiro, head of strategy da White Way
Carla Borges Ferreira
Uso de IA generativa faz disparar produção de conteúdos promocionais
YouTube reforça estratégia de comércio eletrónico para criadores de conteúdo
Snowberry e Les Diables assinam nova campanha da MO (com vídeo)
APIT apresenta o 9º Encontro de Produtores Independentes de Televisão
Lola Norma Jean cria campanha para mobilidade elétrica da Santogal
Audiências: Consumo diário de televisão inverte tendência de crescimento
“O percurso profissional do Pedro Costa fala por si”
Meta lança novas ferramentas de IA generativa para anunciantes
Quais os jogos de casino preferidos dos portugueses?
Nova campanha da Super Bock Selecção 1927 tem criatividade da Uzina
Não há criatividade sem estratégia nem estratégia sem criatividade. No dinâmico universo das agências da indústria criativa, nem sempre houve unanimidade sobre a relevância da estratégia ou até mesmo da sua existência enquanto móbil dos resultados ou dos objectivos de comunicação. Obviamente que depende da área, desde consultores à publicidade, passando pela performance, digital e activação, são vários os papeis – Chapéus- que uma estratega (in)veste para poder cumprir e realizar eficazmente o seu papel, no mundo criativo.
O momento que vivemos e que partilhamos, torna evidente e demonstrável, que quando a ideia, o bem, produto, serviço ou marca, é no seu core e essência bom, vende-se por ele próprio, independentemente das circunstâncias. Mas podemos fazer com que se torne mais necessário que outros, a formula é simples. Não precisamos de recorrer a John Ford, Steve Jobs ou Elon Musk, mas a uma frase de origem Darwinista e evolucionista, – Adapt or die- .
Sobre adaptação e proximidade: O que mudou entre pré-covid e pós-covid?
As pessoas e as suas diferentes maneiras de estar e de viver o mundo, o quotidiano, desejos e vontades, sempre esteve na origem e raiz do nosso trabalho. Sempre foi essencial saber ouvir, saber estar e saber como complementar e preencher uma necessidade. Zappos, Dyson, Uber, Casper, Naming (s) e negócios que foram criados assentes em necessidades e ideias, que se adaptaram aos nossos dias e pessoas. Cada uma delas, com evoluções, mensagens e crescimentos de diferentes fases. O que mostra uma capacidade de criar e construir de forma mais sustentada na real oferta de valor. Casper foi o primeiro negócio mundial com sucesso, a vender colchões online apenas com um modelo. Fazia sentido pré-covid e ainda mais pós-covid. Numa frase, podemos dizer que estes tempos aceleraram a atenção e perspicácia do ecossistema no seu todo
Quais os desafios e as aprendizagens?
A vulnerabilidade tem sido o maior desafio, pois é essa mesma vulnerabilidade que alimenta a confiança. O ingrediente fundamental para qualquer relação, seja ela da equipa com quem trabalhamos, seja com o cliente que conta connosco para poder crescer. Ser honesto e claro sempre. Foi de caras a melhor aprendizagem que tirei, ao longo da minha vida pessoal e profissional.
Estratégia : onde está e para onde vai?
Depende sempre do foco e propósito da agência. Conheço várias onde impera e conheço várias onde o seu papel é mutante e acessório. Sempre acreditei num papel complementar e essencial, para dinamização de um negócio, produto e marca. Mais que um naming, ou assinatura de marca, mais que planeamento, mais que conteúdo, ou guidelines de como estar, viver e experienciar uma marca, bem, produto ou serviço, o que conta é para que serve e de que forma irá ser útil para quem contactar com o que estamos a criar.
*Por Carlos Monteiro, head of strategy da White Way