“A economia do distanciamento social começa a ganhar força”
“Estou a visitar as lojas físicas com menos frequência”, “Estou a gastar menos em itens não essenciais, como roupas, cosméticos ou artigos para o lar”, “Estou a preparar mais refeições […]

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“Estou a visitar as lojas físicas com menos frequência”, “Estou a gastar menos em itens não essenciais, como roupas, cosméticos ou artigos para o lar”, “Estou a preparar mais refeições em casa”. São estas as três ideias mais referidas pelos portugueses no inquérito EY Future Consumer Index, realizado pela primeira vez em Portugal. O estudo decorreu na última semana de Outubro e a primeira de Novembro, junto de 522 consumidores entre os 18 e os 65 anos.
Como resultado da pandemia, 91 por cento dos consumidores portugueses afirmam ter mudado a forma como compram, 82 por cento a forma como trabalham e 54 por cento os produtos que compram. A versão portuguesa do estudo revela que 89 por cento estão preocupados com a sua saúde, 88 por cento com as suas liberdades, 87 por cento com as suas finanças e 76 por cento com o seu emprego.
“Imposta e moldada por uma pandemia, a economia do distanciamento social começa a ganhar força. Estamos, claramente, a assistir a uma economia que resulta de novos hábitos de consumo e que privilegia a diminuição do contacto social próximo, afasta-nos e aumenta as restrições de saúde sanitária. Tal terá impacto nas formas como vivemos, como trabalhamos, como compramos, como nos divertimos, movimentamos e usamos a tecnologia. Terá e já tem. Os resultados estão à vista”, afirma Sérgio Ferreira, responsável da EY Portugal, que conduziu o inquérito EY Future Consumer Index no mercado português.
De acordo com o estudo, 73 por cento dos portugueses sentem que a forma como vivem mudou significativamente quando comparada com o período antes da pandemia. Estão também mais cautelosos, já que 80 por cento dizem ter de pensar com mais cuidado onde gastam dinheiro, 71 por cento vão gastar menos nas festas e feriados de Dezembro e Janeiro (Natal e Passagem de Ano), e 67 por cento estão a tentar poupar mais do que anteriormente, ainda que 34 por cento estejam com rendimentos mais baixos.
O inquérito conclui também que 67 por cento dos portugueses estão dispostos a experimentar novas marcas ou produtos, 58 por cento passam mais tempo na internet e 55 por cento sentem que a tecnologia ajuda a aproveitar mais a vida durante a pandemia.
O estudo da EY revela que os portugueses passaram a gastar menos em atividades de lazer fora de casa, férias, produtos de luxo e outros prazeres. Em contrapartida, gastam mais em serviços de entrega de supermercado ao domicílio, alimentos frescos, enlatados e secos, e congelados.
“A pandemia tem impactado a circulação de pessoas, em termos turísticos e de lazer, o modo como trabalhamos e vamos trabalhar no futuro – com o aparecimento de novas oportunidades ao nível do teletrabalho –, e também a forma como os consumidores compram, que está notoriamente numa fase de transição. Muitos negócios de retalho e empresas de distribuição, por exemplo, já tiveram de se adaptar a novos modelos de compra online, home delivery, click & collect ou take away. O aumento do comércio eletrónico como suporte ao distanciamento social é, por isso, inevitável”, completa Sérgio Ferreira.