António Marques Vidal, presidente da direção da APECATE
APECATE pede “emissão de regras claras” para a organização de eventos
A APECATE defende “a emissão de regras claras” e critica a “análise casuística de situações, com orientações que divergem conforme a análise, a visibilidade política, social e o maior ou menor impacto que o evento em causa poderá suscitar”.
Pedro Durães
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Na sequência das polémicas em torno da organização de grandes eventos, sendo a mais recente a do Grande Prémio de F1, a APECATE vem pedir “a emissão de regras claras” e critica a “análise casuística de situações, com orientações que divergem conforme a análise, a visibilidade política, social e o maior ou menor impacto que o evento em causa poderá suscitar”.
“Não nos podemos pronunciar sobre a organização em concreto de determinado evento, pois para tal teríamos de conhecer os reais desafios, condicionantes, exigências e dimensões dos mesmos, e não nos basearmos nos factos publicados nos media ou nas redes sociais, entrando num jogo político que a ninguém interessa”, ressalva, em comunicado, António Marques Vidal, presidente da direcção, defendendo apenas que se proceda à “emissão de regras claras”, a par de uma “aposta clara na formação, educação e sensibilização de todos os envolvidos na organização, produção e participação nos eventos”.
“Queremos claramente afirmar que apoiamos a organização e a realização de eventos”, esclarece o responsável, salientando, no entanto, que “a sua concretização tem de ser efectuada no estrito cumprimento das regras sanitárias, mas também no estrito cumprimento de todas as outras regras (que por estes dias não parecem ser uma prioridade): planeamento adequado, segurança, legalidade, gestão de risco, impacto ambiental, satisfação do objectivos, entre outras”.
Apesar de ter elaborado um Manual de Boas Práticas e de manter um diálogo com a Secretaria de Estado, a associação diz aguardar “por um entendimento claro da DGS”. “Apesar de reivindicarmos orientações específicas e claras para o sector, o que tem ocorrido é uma análise casuística de situações, com orientações que divergem conforme a análise, a visibilidade política, social e o maior ou menor impacto que o evento em causa poderá suscitar”, aponta António Marques Vidal no mesmo comunicado, reforçando que “a nossa aposta tem de estar do lado dos agentes e dos participantes, com regras claras, treinadas e assimiladas com o tempo que tudo o que é gestão de crise e gestão de risco envolve”.