Associação Portuguesa de Imprensa disposta a “comprar parte dos Correios”
Questionado sobre a forma como a API equaciona concretizar esta intenção, João Palmeiro não adianta pormenores, ressalvando que é ainda prematuro desenhar cenários concretos numa altura em que ainda não são conhecidos os contornos do concurso.

Pedro Durães
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A Associação Portuguesa de Imprensa (API) “prevê a possibilidade de, se tal for necessário e possível, candidatar-se a comprar parte dos Correios”. A tomada de posição foi feita esta terça-feira por João Palmeiro, presidente da API, durante uma audiência parlamentar na comissão de Cultura e Comunicação, e pretende sinalizar o nível determinação da associação em “mover as montanhas necessárias” para defender as publicações que representa no âmbito da renovação do contrato do serviço de postal universal em 2020.
“Aquilo que queremos é garantir que estamos presentes e participamos no processo de renovação da concessão por forma a assegurar que defendemos os interesses dos nossos associados”, explica, em declarações ao M&P, João Palmeiro, deixando ainda uma palavra de confiança para as publicações representadas pela API: “Queremos que os nossos associados tenham a confiança de que faremos tudo, até ao limite do que for possível, para garantir a defesa dos seus interesses”.
“Uma vez deixámos na mão de privados, de particulares, o futuro das publicações que representamos. Não o vamos fazer uma segunda vez”, garantiu o presidente da API na audição no Parlamento, numa tomada de posição que, reforça ao M&P, pretende “sublinhar que a situação para nós é séria” e “chamar a atenção para a importância da renovação do contrato do serviço postal dos Correios para o negócio da imprensa”, frisando que “é algo tão determinante para o negócio dos nossos associados que mesmo uma pequena associação, sem grande capacidade financeira, está disposta a mover montanhas”.
Desta renovação “depende a sustentabilidade de inúmeras publicações, não só ao nível da imprensa regional mas também de várias publicações de âmbito nacional”, alerta João Palmeiro, avisando que “se alguma coisa correr mal no processo de renovação do serviço postal, no dia seguinte fecham 300 ou 400 jornais”.
Questionado sobre a forma como a API equaciona concretizar esta intenção, João Palmeiro não adianta pormenores, ressalvando que é ainda prematuro desenhar cenários concretos numa altura em que ainda não são conhecidos os contornos do concurso. Ainda assim, exemplifica, “a participação pode ser directa ou não, pode passar por ter um participação no capital da empresa que ficar com a concessão do serviço postal, tal como pode passar por outros cenários”. “Temos vários formas possíveis, há hipóteses já estudadas, quanto à melhor forma tudo dependerá de como o Governo colocar a concurso a concessão do serviço, o que ainda não está definido”, afirma o presidente da associação.