Destaque M&P Exclusivo

“A nossa margem para errar é muito menor do que a dos outros jornais”

O primeiro jornal online português dedicado à verificação de factos deverá ter na área da formação um importante pilar de financiamento. Fernando Esteves explica o modelo de negócio do Polígrafo […]

Rui Oliveira Marques
Destaque M&P Exclusivo

“A nossa margem para errar é muito menor do que a dos outros jornais”

O primeiro jornal online português dedicado à verificação de factos deverá ter na área da formação um importante pilar de financiamento. Fernando Esteves explica o modelo de negócio do Polígrafo […]

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Rui Oliveira Marques
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O primeiro jornal online português dedicado à verificação de factos deverá ter na área da formação um importante pilar de financiamento. Fernando Esteves explica o modelo de negócio do Polígrafo

O Polígrafo apresenta-se como o primeiro jornal digital dedicado à verificação de factos. À frente do projecto está Fernando Esteves, que prevê lançar o Polígrafo Educação para promover workshops de literacia mediática financiados por instituições privadas e pelos gigantes tecnológicos. O branding é assinado pela BUS Consulting, enquanto a gestão da publicidade está a cargo do Sapo. O Polígrafo tem como accionistas Fernando Esteves, a produtora audiovisual B. Creative Media e o Emerald Group.

Meios & Publicidade (M&P): Quando é que começou a nascer a ideia do Polígrafo?
Fernando Esteves (FE): Fui editor de Política da Sábado durante 12 anos e nos últimos três editei também a secção de Internacional. Quando acompanhei as eleições americanas entre Donald Trump e Hilllary Clinton fiquei fascinado com a explosão de um fenómeno que para mim era novo, embora não o fosse nos Estados Unidos, que é o do jornalismo de fact checking. Nos Estados Unidos existem dois grandes jornais de fact ckecking: o PolitiFact e o Factcheck.org. Nessa altura identificaram centenas de mentiras, de manipulações e de inverdades no discurso de Trump, mas também de Hillary Clinton. Pensei que isto era o Santo Graal do jornalismo. O PolitiFact ganhou o prémio Pulitzer há uns anos. Comecei a estudar a escola, a envolver-me e a enviar uns e-mails para pessoas que participam no movimento internacional. Até que em Maio de 2017 decidi que não havia condições para fazer as duas coisas: desenvolver o projecto e continuar com a actividade na Sábado.

M&P: Não tentou desenvolver o projecto dentro da Cofina?
FE: Não. Na Cofina tinha outro projecto digital mas que acabou por não avançar, mas não tinha nada a ver com fact checking. Esse foi um dos argumentos para sair. Tinha também um livro para escrever, acabei o livro e a partir de Novembro do ano passado decidi começar a montá-lo. Eu tinha já contactos internacionais e foi mais fácil. A partir do momento em que os protagonistas do espaço público sabem que têm um órgão de comunicação social cujo único objectivo é verificar se aquilo que eles dizem é verdadeiro ou se contradiz o que prometeram em campanha eleitoral, vão ter de nivelar o discurso por cima. No limite isso dá origem a uma higienização do espaço público. Comentadores como Marques Mendes, Santana Lopes, Francisco Louçã e tantos outros vão perceber que vão ter de ser mais exigentes nos números que apresentam e nas ideias que defendem porque sabem que do outro lado da televisão está um órgão de comunicação social a avaliar o que eles dizem. Não digo avaliar numa perspectiva policial.

M&P: Apesar de o nome do projecto ser Polígrafo.
FE: Escolhi o nome porque era marcante e ficava no ouvido. Nada temos de polícia. Não somos inimigos dos políticos nem dos protagonistas que se movimentam na blogosfera, no Facebook, no Twitter, nas televisões, rádios e imprensa. Somos amigos dos leitores. É assim que gosto que o projecto seja definido. Um dos problemas das sociedades contemporâneas é a queda da qualidade da informação. Hoje 60 por cento da informação que consumimos vem das redes sociais. Trata-se de informação que não é triada jornalisticamente. No entanto, a esmagadora maioria das pessoas não tem essa noção e acredita na informação que circula. Por outro lado, a imprensa tradicional tem a obrigação de fazer a triagem dessas informações. O problema é que as redacções se têm esvaziado de qualidade e experiência. Ainda existem muitos e bons jornalistas mas por imperativos de carácter económico, foram feitas reduções nos maiores órgãos de comunicação social. Isso repercute-se na qualidade do trabalho e na capacidade que os jornais têm para verificar os factos. A própria imprensa tradicional acaba por beber da desinformação que circula.

M&P: Em Portugal essa desinformação já é uma realidade tal como o que se vive nos Estados Unidos ou no Brasil?
FE: Não com tanta força. Ainda não ao ponto de eleger um presidente ou um primeiro-ministro mas vamos chegar lá. A este fenómeno da desinformação temos de acrescentar outro que é a ruptura do contrato entre os políticos e eleitores. É importante vigiarmos se os políticos foram ou não consequentes e coerentes na sua acção prática com o que prometeram em campanha eleitoral. O que tem acontecido em Portugal, no Brasil, nos Estados Unidos, etc., é que as pessoas prometem uma coisa em campanha e depois fazem outra. Isto tem minado a confiança entre eleitos e eleitores.

M&P: Nos primeiros dias do Polígrafo tem-se visto o fact checking aplicado a frases proferidas em debates ou intervenções na televisão. Em breve vão recuperar frases ou promessas por políticos em campanha eleitoral?
FE: Para o ano vamos ter duas eleições. Anos de eleições são sempre anos fantásticos para o jornalismo de fact checking. Portugal e a Europa vão ser postos à prova perante estes fenómenos da desinformação. Neste momento a União Europeia criou um grupo de trabalho com fact checkers de vários países no sentido de estabelecer uma estratégia de combate à desinformação que seguramente circulará nessa altura. Já se provou que os grandes promotores da desinformação vêm dos extremos do espectro político, que são avessos ao ideal europeu, mas que são mais organizados do que o mainstream, o centro político. A UE e os grandes distribuidores de informação como o Google e Facebook estão bastante preocupados com o que pode acontecer. Se se organizar os movimentos populistas extremistas com a força com que se têm organizado em países como Brasil e Estados Unidos, o ideal europeu, tal como conhecemos, pode estar comprometido. É o momento certo para lançar o Polígrafo porque permite que este tipo de projectos expludam. Na noite do último debate entre Hillary Clinton e Donald Trump o PolitiFact teve 100 milhões de pageviews.

M&P: O Polígrafo tem também margem para errar e para fazer avaliações que não são correctas? No Twitter a Catarina Martins queixava-se que a frase dela que citavam num fact check do Polígrafo não estaria completa.
FE: A Catarina Martins pode dizer o que quiser, naquele caso não tem razão. A citação está correcta. A Catarina Martins e os outros lideres partidários e protagonistas que tenham impacto junto do seus públicos vão ter de se habituar que agora há um órgão de comunicação social que está sempre a avaliar o seu discurso. As pessoas não estão habituadas a ser colocadas em causa. Isso comporta um risco grande para o Polígrafo, a nossa margem para errar é muito menor do que a dos outros jornais.

M&P: A avaliar pelos exemplos internacionais, um projecto com estas características devia ser financiado por fundações. Que reacções teve quando apresentou o Polígrafo a fundações?
FE: Disseram todas que o projecto era fantástico e fundamental para o aprofundamento da democracia. Disseram que eu era um visionário [risos] mas depois por vários motivos, o maior deles foi a incapacidade financeira, não avançaram. Hoje em dia existem duas ou três fundações com capacidade financeira que acabaram por não se envolver no projecto do ponto de vista material mas que estão envolvidas noutras variantes, como protocolos de colaboração, troca de inteligência, espaços para fazermos debates. Temos em vista protocolos para fazermos cursos de literacia mediática nas escolas do ensino básico e secundário.

M&P: Esse é um dos aspectos inovadores do projecto. Quanto esperam ganhar ou que percentagem de receitas poderá representar esta parte de formação?
FE: Não sei quanto poderá representar. Falei com colegas de outros países que encontrei há dois meses em Roma num congresso mundial de fact checkers e posso dizer que o maior site de fact checking no Brasil, que é a Agência Lupa, já tem 60 por cento das suas receitas dependentes do projecto de educação. Na Argentina existe o site Chequeado em que boa parte da facturação vem deste tipo de iniciativas.

M&P: Querem concorrer a programas europeus e aos financiamentos do Google e Facebook nesta área?
FE: Sim. O Google tem um grande projecto de literacia mediática, gostava que fossem meus parceiros. A União Europeia tem linhas de crédito abertas para patrocinar projectos de literacia mediática. Há aqui uma premissa fundamental para fazer acordos com estas organizações. Temos de ser acreditados pela International Fact Checking Network, que é uma organização que funciona na orla do Poynter Institute e que é uma espécie de agregador mundial dos sites de fact checking. São neste momento 140 no mundo. Eles têm um código de princípios muito restritos sobre o que se deve fazer nos sites, desde política de erros, a recusa de fontes anónimas, identificação das pessoas que trabalham no site. Nós subscrevemos integralmente esses princípios mas eles só acreditam o projecto três meses depois de estar no ar. No caso de ser aprovado, tornamo-nos elegíveis para concorrer a estes fundos, porque quer o Google, o Facebook e a UE só trabalham com sites que estejam acreditados pela International Fact Checking Network.

M&P: Se as coisas correrem pelo previsto, metade ou mais de metade das receitas virão dessa área?
FE: Não sei mas gostava muito que não estivéssemos dependentes da publicidade display, que não funciona enquanto negócio. O meu acordo com o Sapo, que está tratar da parte comercial, será inverter um pouco o paradigma de vender publicidade. Tenho a noção de que nunca vamos ser um blockbuster em termos de pageviews. Nenhum site de fact checking o é. Tenho noção de que não vou ter os 40 milhões de pageviews do Observador ou os 140 milhões mensais do Sapo. A minha escala é mais reduzida. Vou colocar cinco conteúdos por dia, não vou colocar 200.

M&P: Apesar de serem conteúdos com grande potencial viral.
FE: É verdade. O que transmiti ao Sapo é que tem de vender uma ideia de conceito de jornalismo e de intervenção na sociedade. Têm de fazer uma venda qualitativa. Têm de vender a relação que o site estabelece com os leitores. Neste momento o site está com uma média de sete minutos de permanência por leitor, o que é muito bom. O New York Times, o Washington Post, o Financial Times ou Wall Street Journal estão a evoluir para um processo de venda com base na relação. O NYT contratou uma equipa de 25 pessoas para estudar formas de aumentar o tempo de permanência na página. O que eles querem vender é a relação com o leitor.

M&P: No fim dos artigos do Polígrafo convidam os leitores a doar ou fazer um contributo para o projecto.
FE: Praticamente todos os sites de fact checking têm apelo ao donativo para solidificar o conceito de intervenção da sociedade e a promoção de um jornalismo activo e vigilante das instituições, que assim contribui para o aprofundamento da democracia.

M&P: Na Web Summit o CEO do The Guardian disse que as doações dos leitores representavam 12 por cento das receitas. Em Portugal existe essa possibilidade de chegar a estes valores?
FE: Há pessoas que querem contribuir, mas não acredito que em Portugal – espero estar enganado – isso possa funcionar como uma fonte de receitas privilegiada para o projecto.

M&P: Como chegou aos dois sócios do Polígrafo?
FE: Precisava de um parceiro que me desse a componente audiovisual com muita qualidade. Já conhecia os membros da B. Creative Media, sei que são muito bons e conhecia muito bem o trabalho deles. O João Paulo Vieira foi editor de economia da Visão durante muito tempo, o Ricardo Fonseca foi o autor do projecto de iPad da Visão que na altura foi considerado o melhor do mundo. Pelo caminho houve várias possibilidade de entrarem outros investidores. Aconteceram coisas óptimas e outras que não foram tão agradáveis. Houve financiadores com quem não me entendi porque tínhamos problemas de conceito, apesar de estarem muito interessados no projecto. Outros por questões de timing porque eu queria avançar mais rapidamente. Cheguei ao Sapo, que foi fulcral para que o projecto avançasse. Fizemos uma parceria que não é só comercial, mas tecnológica e de distribuição de conteúdos. Depois tenho outro investidor o Emerald Group, que é um grupo de origem angolana com sede no Dubai, que trabalha na consultoria financeira, com interesses no imobiliário e no petróleo. Tudo aconteceu num jantar de amigos em que eu fiquei à frente do chairman do grupo. Não nos conhecíamos e falámos sobre o que cada um estava a fazer. Falei sobre o que estava a fazer e o chairman do Emerald Group interessou-se muito. Eles não têm nada ligado à comunicação social.

M&P: É um projecto de filantropia por parte do Emerald Group?
FE: Quase. A participação que têm aqui não serve para pagar o dinheiro que o chairman gastará em viagens intercontinentais durante duas semanas. É uma questão de convicção de que é importante trazer verdade para o espaço público. Em Portugal fazemos bom jornalismo e os profissionais fazem verdadeiros milagres nas redacções. Muitos são obrigados a fazer 20 notícias por dia. É impossível fazer 20 notícias por dia com qualidade. Este não é um projecto anti-redacções ou para salvar o jornalismo. É um projecto com uma escola de jornalismo diferente, com técnicas diferentes, com mais tempo para trabalhar.

M&P: Tentou lançar o Polígrafo dentro de um grande grupo de comunicação?
FE: Não quis entrar em grupos de comunicação social porque este é um projecto meu, uma ideia de autor. Achava que me realizava mais se a liderasse sem ter de responder a mais ninguém, a não ser a mim e aos meus leitores. Não precisava de um grande grupo para me financiar. Claro que isto precisa de dinheiro, mas não precisa de milhões. Estar sozinho dá-me conforto e independência. É assim que acontece em praticamente todo o mundo, os projectos deste tipo não estão inseridos em grandes grupos editoriais. Vários não têm fins lucrativos e integram ONGs.

M&P: Mas no futuro pode ser agregado a um grande grupo?
FE: Não posso dizer que não, mas neste momento faz mais sentido fazermos o nosso caminho sozinhos.

M&P: Quando apresentou o Polígrafo disse que representava um investimento na ordem de “centenas de milhares de euros”. Por que não especifica o valor?
FE: Prefiro não falar muito de números. É um investimento na ordem das centenas de milhares de euros por ano. Não é nada de especial para um projecto deste tipo. Estamos a falar de pouco dinheiro tendo em conta que se trata de um projecto ambicioso, mas extremamente racional. Somos uma startup, mas queremos estar aqui muito tempo. Temos de gerir o dinheiro com racionalidade porque sabemos que ele é finito. Adoptamos a política de small steps. Os lucros que chegarem serão integralmente investidos no desenvolvimento de novas tecnologias, no desenvolvimento de parcerias para a construção de mecanismos e de ferramentas de inteligência artificial.

M&P: Quando é que o projecto estará financeiramente equilibrado?
FE: Gostava muito que isso acontecesse no final do primeiro ano. Muitas vezes as pessoas põe o dedo no ar e vêem de onde o vento está a soprar e fazem estimativas. Não posso garantir que dentro de três ou seis meses o projecto esteja a dar dinheiro. Acredito que há condições para que dentro de um ano possamos estar tranquilos financeiramente e estar já a reinvestir os valores, que entretanto arrecadamos, no desenvolvimento do projecto, contratação de melhores recursos humanos e no desenvolvimento de ferramentas de inteligência artificial.

Sobre o autorRui Oliveira Marques

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Guilherme Coelho lidera nova área tecnológica da Havas

“Há uma crescente complexidade regulatória no uso de dados para fins de comunicação, o que obriga à criação de uma equipa especializada”, diz Guilherme Coelho (na foto), sócio-gerente da CSA, consultora focada em tecnologia e análise

Guilherme Coelho, anterior gestor nacional da Incubeta, é o sócio-gerente da CSA, nova consultora tecnológica que o grupo Havas está a lançar em Portugal. Licenciado em engenharia alimentar pela Universidade Católica Portuguesa e mestre em engenharia e gestão industrial pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, lidera a nova consultora de tecnologia, dados e análise.

“Um dos principais desafios deste mercado centra-se na complexidade da análise de dados e na sua transformação em ‘insights’ acionáveis que sejam de fácil compreensão para os clientes. Será esse um dos nossos maiores focos, sermos tradutores capazes de simplificar algo tão técnico sem perder profundidade e riqueza de informação”, refere ao M&P Guilherme Coelho, sócio-gerente da CSA.

Fomentar nas empresas portuguesas uma cultura de utilização dos dados mais estratégica é uma das prioridades do proprietário da Bracket, consultora de ‘data analytics’, ‘web development’ e ‘media strategy’, que ao longo da carreira passou pela Lisbon Digital School, Samsung Portugal, SIVA, Emailbidding, Kwanko e Adclick.

“Ter uma cultura de utilização de dados mais estratégica é algo que ainda não é amplamente priorizado, mas, a par disto, há também uma crescente complexidade regulatória no uso de dados para fins de comunicação, o que obriga a uma atenção constante às exigências legais e à criação de uma equipa especializada na área de dados aplicada ao marketing, preparada para tirar máximo partido das oportunidades em tempo real”, sublinha Guilherme Coelho.

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Faturação da ByteDance sobe para €136,1 mil milhões

A faturação do TikTok em 2024 representa um quarto das receitas totais da ByteDance, que atingem um novo recorde apesar da desaceleração das operações na China

As receitas de faturação da ByteDance, empresa-mãe do TikTok, aumentam 29% para 155 mil milhões de dólares (€136,1 mil milhões) em 2024, de acordo com um relatório obtido pelo site The Information, mas não confirmado pela empresa. Os lucros da marca chinesa aumentam 6% para 33 mil milhões de dólares (€28,9 mil milhões) no mesmo período.

A faturação do TikTok em 2024 representa um quarto das receitas totais da ByteDance, que atingem um novo recorde apesar da desaceleração das operações na China, segundo o relatório. Os mercados internacionais também representam um quarto da faturação total da ByteDance e registam um aumento de 63% em 2024, para 39 mil milhões de dólares (€34,2 mil milhões), impulsionado pelo crescimento da rede social.

A ByteDance tem vindo a expandir o comércio eletrónico, através do TikTok Shop, para um maior número de mercados estrangeiros, incluindo Espanha e Irlanda em 2024, com o objetivo de competir com empresas como a Shein e a Temu. A empresa está também a tentar expandir o TikTok Shop para Itália, Alemanha e França, com planos de entrar no Japão e no Brasil ainda este ano.

A ByteDance está ainda a tentar competir no setor da inteligência artificial (IA), com o desenvolvimento de novos óculos inteligentes, de acordo com outro relatório da The Information. O foco deste novo dispositivo será a captação de imagens e vídeos de boa qualidade.

A empresa até já terá iniciado o processo de negociação com os fornecedores para determinar os detalhes do dispositivo, nomeadamente as especificações técnicas, o custo e a data de lançamento.

Atualmente, a ByteDance enfrenta inúmeros desafios nos Estados Unidos, o seu maior mercado, onde terá de vender a operação da rede social, sob risco de ser proibida por motivos de segurança nacional e preocupações com a privacidade dos dados.

Sobre o autorDaniel Monteiro Rahman

Daniel Monteiro Rahman

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Sugestões para ler, ver e escutar da edição 977 do M&P

O livro ‘Storytelling — A Melhor História Ganha’, de Mark Edwards, a série ‘Vinagre de Sidra’, da Netflix, e o podcast ‘Uncensored CMO’, são alguns dos destaques

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Storytelling — A Melhor História Ganha

Ao longo de várias décadas dedicadas ao jornalismo, Mark Edwards criou um método próprio para escrever histórias convincentes e cativantes. Neste livro, partilha as técnicas que desenvolveu e a abordagem seguida na criação de histórias vencedoras e na comunicação eficaz. A obra inclui vários exemplos aplicáveis a diferentes áreas, como a publicidade, o marketing e os negócios.

Partindo da premissa de que, num mundo saturado de informação, as melhores histórias são as que se destacam e conquistam audiências, Mark Edwards demonstra que a forma como uma mensagem é contada pode ter mais impacto do que a própria mensagem. Explica ainda como estruturar histórias eficazes, utilizando personagens, conflito e resolução para criar uma ligação autêntica com o público, mostrando como histórias bem construídas geram emoção, envolvimento e ação.

Autor Mark Edwards
Editora Clube do Autor
Lançamento Março de 2025
Páginas 248
Preço €18,00

Personal Branding — O Guia Para Uma Marca Pessoal de Sucesso

Neste livro, Raquel Soares, fundadora da Love People, consultora de marca pessoal, imagem e da conferência Personal Branding Summit, partilha estratégias, histórias e as lições que aprendeu ao longo de anos de experiência na transformação de carreiras e negócios.

A obra apresenta estratégias para destacar talentos, criar conexões e aumentar a credibilidade profissional. Com sugestões aplicáveis e casos reais, Raquel Soares mostra como se pode destacar num ambiente competitivo, reforçando a importância da consistência e do propósito, e como criar uma marca pessoal autêntica, influente e memorável.

Autor Raquel Soares
Editora Ideias de Ler
Lançamento Março de 2025
Páginas 272
Preço €17,75

Ver

Vinagre de Sidra


Criada por Samantha Strauss e realizada por Jeffrey Walker, Vinagre de Sidra inspira-se na história verídica de Belle Gibson, influenciadora que enganou os seguidores ao afirmar ter-se curado de um cancro através da medicina alternativa, para lucrar com esse estilo de vida.

A série destaca os perigos das falsas promessas no mundo do bem-estar, o impacto das redes sociais e o papel dos influenciadores na disseminação de informações de saúde.

Formato Minissérie
Género Drama
Realizador Jeffrey Walker
Estúdio See-Saw Films
Distribuidora Netflix
Plataformas Netflix
Lançamento Fevereiro de 2025

A Batalha das Pop-Tarts

Escrito e realizado pelo ator e humorista norte-americano Jerry Seinfeld, A Batalha das Pop-Tarts é uma comédia que retrata a guerra entre as marcas Kellogg’s e Post, que resulta na criação da icónica Pop-Tart da Kellogg’s, que revolucionou o pequeno-almoço dos norte-americanos.

Através do humor, o filme mostra os bastidores da rivalidade entre as gigantes da indústria alimentar e como o marketing transforma umas simples bolachas num fenómeno cultural.

Formato Filme
Género Comédia
Realizador Jerry Seinfield
Estúdio Columbus 81 Productions
Distribuidora Netflix
Plataformas Netflix
Lançamento Maio de 2024

Escutar

Uncensored CMO

O Uncensored CMO é um podcast de Jon Evans, diretor de marketing e clientes da plataforma de eficácia de marca System 1, criado para explorar os prós, os contras e a verdade por trás da prática do marketing.

Com entrevistas a diretores de marketing e líderes do setor, o podcast aborda estratégias de marca, casos de sucesso e desafios das marcas, entre outros temas.

Screaming Creativity

Conduzido por Rob Reilly, diretor criativo executivo global do grupo WPP, o Screaming Creativity explora o impacto da criatividade nos negócios e na cultura.

O podcast inclui conversas com personalidades influentes do marketing e da publicidade, nas quais são abordados temas como o impacto da tecnologia na criatividade, o panorama em constante evolução do setor criativo, o futuro da publicidade e os percursos criativos dos convidados.

What Next?

O What Next? explora como a globalização, a tecnologia e as mudanças demográficas estão a remodelar a forma como criamos, consumimos e comunicamos.

Rishad Tobaccowala, conselheiro sénior do Publicis Groupe, conversa com diretores executivos e diretores criativos, para discutir o impacto da tecnologia nos meios de comunicação social, o atual cenário empresarial e da publicidade, bem como os desafios da liderança no futuro do trabalho.

Sobre o autorDaniel Monteiro Rahman

Daniel Monteiro Rahman

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Palhaçadas sérias

‘Clowns’ da BBH, para a Audi, é a campanha que Joana Antunes, redatora da Fuel, gostava de ter feito. ‘Estrelas Perfeitas’ da Dentsu Creative Portugal, para a Associação Salvador, é a que mais gostou de fazer, revela na rubrica Como É Que Não Me Lembrei Disto?

Vencedora de uma Prata no Young Lions Portugal 2023, Joana Antunes, redatora da Fuel, não tem na escrita a maior das paixões. Do que gosta mesmo é de pegar num ‘briefing’ e explorar as potencialidades do projeto que tem em mãos, procurando desafiar-se até ao limite, sem receio de pensar em grande.

É por isso que elege ‘Clowns’, que só descobriu recentemente, como a campanha que gostaria de ter feito. A simplicidade da ideia é o que mais a cativa, revela na rubrica do M&P Como É Que Não Me Lembrei Disto, dedicada à criatividade.

‘Estrelas Perfeitas’, a campanha que mais gostou de fazer, foi desenvolvida durante o período em que trabalhou na Dentsu Creative Portugal, entre julho de 2022 e outubro de 2023, antes de sair para a Alfred e depois para a Judas. Está na Fuel desde junho de 2024.

Qual é a campanha publicitária que gostaria de ter feito?

São várias as campanhas que gostaria de ter feito, especialmente as da Apple e do Burger King, que são sempre incríveis. No entanto, recentemente, deparei-me com uma campanha da Audi, de 2017, chamada ‘Clowns’, que me fez querer vê-la e revê-la vezes sem conta.

Quais são as razões dessa escolha?

Gosto sempre de fazer um exercício quando vejo uma boa campanha, que é imaginar qual seria o ‘briefing’. Neste caso, o ‘briefing’ deve ter sido daqueles que tinha tudo para ser aborrecido. Algo na linha de “precisamos de criar uma campanha que fale dos novos atributos de segurança dos nossos carros”.

A equipa que o recebeu deve ter conseguido dar-lhe a volta, desenvolvendo uma ideia muito simples, com base num ‘insight’ verdadeiro, o que é incrível. É algo que eu gostaria de ter conseguido fazer, caso tivesse recebido esse ‘briefing’.

O que é que lhe chama mais a atenção na campanha?

A simplicidade é o que me fascina nesta campanha. O filme passa uma mensagem forte. Consegue ter humor e emocionar em simultâneo. Porque há, de facto, muitos ‘palhaços’ na estrada, que são um perigo para todos nós. Este seria, talvez, o caminho mais óbvio, fazer uma campanha emocional e pesada.

Joana Antunes, redatora da Fuel

É só a simplicidade que a cativa?

Para mim, a inteligência da ideia é o uso da metáfora, ao trazerem os palhaços para o filme, o que torna a ideia mais leve, cativante e com algum humor. O facto de não serem necessárias falas para explicar a mensagem é outro dos pontos que adoro nesta campanha.

A assinatura no final do filme, ‘Audi Technology. Clown Proof’, é suficiente e resume a ideia de forma muito clara. Por fim, a escolha da música [‘Send In The Clowns’ de Faultline feat. Lisa Hannigan], é a cereja no topo do bolo.

É uma música que nos transporta para algo triste, mas que acaba por trazer algum sarcasmo para a campanha, reforçando a ideia de que podem mandar vir os palhaços porque a Audi está preparada para nos proteger deles.

Esta campanha inspirou-a a nível criativo?

Comunicar para marcas de carros nunca foi uma ambição e sempre achei que, criativamente, era algo um pouco limitado. No entanto, esta campanha fez-me ver este segmento de outra forma. Veio, inclusive, relembrar-me de que não existem maus ‘briefings’.

Se existir um cliente aberto a novas abordagens, conseguimos fazer coisas diferentes, que toquem as pessoas e que passem uma mensagem clara e impactante. Esta campanha inspirou-me a olhar para os ‘briefings’ que parecem aborrecidos com um novo olhar.

Qual é a campanha que fez que mais a concretizou profissionalmente?

Ainda tenho de pedalar muito nesta área para poder responder a esta pergunta. No entanto, com a experiência que tenho, posso dizer que o projeto que me fez sentir mais realizada foi a campanha ‘Estrelas Perfeitas’, para a Associação Salvador.

Primeiro, porque criámos um produto de raiz, o que por si só já é algo que me dá orgulho. Depois, ver o impacto do projeto e pôr as pessoas a contribuir e a falar sobre uma causa importante, é gratificante.

Sabemos que, só com a publicidade, não conseguimos mudar o mundo, mas se podermos contribuir para que seja um sítio melhor, torna-se mais fácil criá-la todos os dias.

Como é que chega a essa ideia?

O desafio que a Associação Salvador nos lançou consistia em criar um amuleto, um objeto, para assinalar o Natal e reforçar a importância da acessibilidade.

Ao fim de várias ideias chumbadas, lembrámo-nos de um momento, de uma tradição, que é comum em todas as casas, pôr a estrela no topo da árvore. É um momento que vemos como algo normal, mas que para muitas pessoas não é possível.

E assim nasceu a ideia de criarmos árvores de Natal inclusivas, construindo estrelas que podiam ser colocadas em qualquer parte da árvore.

Como é que avançou para a execução?

Para que a inclusão estivesse presente no nosso próprio produto, decidimos criar estrelas assimétricas e imperfeitas, simbolizando as fragilidades que todos temos. A nossa ideia era, também, que este objeto fosse bonito e apelativo, para que as pessoas o quisessem comprar para decorar as suas árvores.

Por isso, decidimos fazer uma parceria com a Burel, que facultou o excedente de produto e produziu as estrelas, tornando também a ideia sustentável.

 

As campanhas atualmente estão mais ou menos criativas do que antigamente?

Acho que os tempos mudam e devemos adaptar-nos. Presumo que, antigamente, as marcas investissem e arriscassem mais na comunicação. No entanto, acho que, hoje em dia, o ruído é tanto e está em tantos meios ao mesmo tempo que se torna essencial fazer uma comunicação mais de entretenimento e menos de ‘hard selling’.

O que faz quando não tem ideias?

Era incrível existir uma fórmula que resultasse sempre, mas no meu caso ainda não a descobri, nem depois de ler o guia prático de criatividade do John Cleese.

Quando não tenho ideias, passo primeiro pela clássica fase de síndrome de impostor, onde tudo é motivo de questionamento. Depois, vou dormir sobre o assunto, literalmente, o que resulta muito bem.

Noutras alturas, arregaço as mangas, abro um documento de Word em branco e começo a desenvolver uma pesquisa e a escrever ‘insights’ soltos.

Ficha técnica

Campanha ‘Clowns’
Cliente Audi
Agência Bartle Bogle Hegarty (BBH)
Diretor criativo Ian Heartfield
Diretor de arte Mikael Alcock
Diretor de estratégia Damien Le Castrec
Redator Doug Fridlund
Produtora Rattling Stick
Produtora executiva Katie Keith
Produtores David Lynch, Tim Nunn e Sally Humphries
Realizador Ringan Ledwidge
Diretor de fotografia Adam Arkapaw
Edição Rich Orrick/Work Editorial
Pós-produção The Mill Sonoplastia String and Tins
Diretora musical Ayla Owen
País Reino Unido
Ano 2017

Ficha técnica

Campanha ‘Estrelas Perfeitas’
Cliente Associação Salvador
Agência Dentsu Creative Portugal
Diretor criativo Ivo Purvis
Diretora de arte Madalena Montellano
Redatores Joana Antunes e Nuno Leal
Realizadora Maria Mena
Vídeografia Luís Pinto Magalhães
Fotografia Fernando Sousa
Entrevistas Nuno Mata, Diana Niepse e Hugo Maia
País Portugal
Ano 2023

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

Luis Batista Gonçalves

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Havas inspira-se na força do vento para reposicionar EDP

O filme institucional da campanha conta com a participação da atleta norte-americana Melissa Jefferson (na foto) que, aos 24 anos, está a consolidar-se como uma das principais velocistas do mundo

A Havas destaca o papel da energia eólica na campanha institucional global que marca o reposicionamento da EDP.
Somos Mais Rápidos Com o Poder do Vento’ é o mote da nova campanha produzida e realizada pela Garage, com planeamento de meios da Wavemaker. Em Portugal, vai estar três semanas no digital, redes sociais e televisão.

A campanha decorre também em digital e redes sociais em Espanha, Alemanha, França, Itália, Reino Unido, Polónia, Bélgica e Dinamarca.

O filme publicitário conta com a presença da desportista Melissa Jefferson, que, aos 24 anos, está a consolidar-se como uma das principais velocistas do mundo. No anúncio, a atleta norte-americana supera o seu recorde pessoal numa pista situada num parque eólico, reforçando a mensagem de que todos somos mais rápidos quando aproveitamos a força do vento.

Para além do novo posicionamento da EDP, o ‘spot’ realça o papel transformador da energia eólica na construção de um futuro neutro em carbono.

“Em 2024, ultrapassámos os 12 mil megawatts de capacidade instalada e gerámos mais de 31 mil gigawatts de energia limpa a partir da força vento. Esta é a década da ação, em que cada rotação das turbinas conta”, salienta Vera Pinto Pereira, administradora executiva da EDP, citada em comunicado de imprensa.

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Marketing

L’Oréal Paris escolhe Philippine Leroy-Beaulieu

A atriz (na foto) que interpreta Sylvie Grateau na série da Netflix ‘Emily em Paris’ protagoniza a campanha da linha Age Perfect Collagen Expert da marca francesa

A L’Oréal Paris anuncia a atriz Philippine Leroy-Beaulieu, de 61 anos, para embaixadora da marca em França. A atriz vai promover a linha Age Perfect Collagen Expert, a partir de 9 de junho. A divulgação é feita na página do Instagram da L’Oréal Paris com a mensagem: ‘a idade perfeita é agora!’

Conhecida pela personagem Sylvie Grateau na série da Netflix, ‘Emily em Paris,’ a atriz francesa desperta a atenção pelo estilo francês sofisticado. A L’Oréal Paris descreve-a como “um modelo de perseverança e ousadia”.

Para a diretora-geral da L’Oréal Paris, Marie-Julie Monnot, a atriz é a personificação do ‘french chic’. “Ao celebrar a idade, torna-se uma verdadeira fonte de inspiração para todas as mulheres”, conclui em comunicado.

A escolha de Philippine Leroy-Beaulieu faz parte de um movimento mais amplo da L’Oréal Paris, para defender a diversidade e a inclusão em todas as idades, culturas e estilos de vida.

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FOTO DR
Comunicação

Digidelta lança marca de filmes sustentáveis para impressões digitais

Desenvolvidos nos últimos dois anos, os filmes da Biond (na foto), da Digidelta, podem ser usados, com ou sem adesivo, em comunicações visuais, decorações de interior, publicidade, rotulagens e embalagens

A Digidelta, empresa que desenvolve e comercializa soluções de impressão, está a lançar no mercado a Biond, uma gama de filmes sustentáveis. Desenvolvidos com materiais biodegradáveis, de origem vegetal, que absorvem dióxido de carbono durante o processo de crescimento, são 100% biodegradáveis e podem decompor-se em menos de 90 dias, nas condições adequadas.

“A sustentabilidade não é apenas uma escolha, mas uma necessidade imperativa para o mercado global. Com a gama Biond, que traz ao mercado uma inovação sem precedentes, acreditamos que podemos redefinir os padrões de qualidade e responsabilidade ambiental, promovendo uma alternativa que alia a eficiência e o respeito pelo planeta”, salienta Armando Mota, CEO da Digidelta, citado em comunicado de imprensa.

Além de minimizarem as emissões de compostos orgânicos voláteis, tornando-os mais seguros e ecológicos, os novos filmes, desenvolvidos pela empresa nos últimos dois anos, também garantem benefícios de usabilidade idênticos aos tradicionais filmes adesivos de PVC, sem comprometer a qualidade de impressão. A nova solução pode ser usada, com ou sem adesivo, em comunicações visuais, decorações de interior, publicidade, rotulagens e embalagens.

“Com uma compatibilidade abrangente com tecnologias de impressão digital como o UV LED, o UV gel, o eco-solvente, o látex e a impressão mecanográfica flexografia e ‘offset’, a Biond adapta-se facilmente às necessidades mais exigentes do mercado”, salienta o responsável, que aposta na assinatura ‘A Branded Film Today for a Carbon-Free Tomorrow’ para exportar os novos filmes, investindo numa estratégia de distribuição global.

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Marketing

Marcas americanas adaptam estratégias em resposta às tarifas de Trump

Para marcas que produzem na China e no Vietname, como a Nike, a situação é preocupante. As que fabricam nos EUA estão numa boa posição, mas têm de ser cautelosas com o marketing ‘Made in the USA’

À medida que as marcas nos Estados Unidos se confrontam com um cenário marcado por tarifas comerciais alargadas e aumentos de preços nas importações, os anunciantes estão a adaptar as estratégias para enfrentarem um novo período de incerteza que os especialistas preveem que possa resultar numa crise mundial, noticia a Ad Age.

As marcas estão cautelosas em relação ao impacto das tarifas nos preços e na procura por parte dos consumidores. O mais recente plano de tarifas imposto por Donald Trump inclui uma taxa de 10% sobre todas as importações, bem como tarifas recíprocas sobre os países que impõem tarifas às importações dos Estados Unidos. O presidente norte-americano promete taxar os “piores infratores”, nomeadamente a União Europeia, a China e o Vietname.

A situação é preocupante para marcas como a Nike, que tem grande parte da produção centrada em fábricas na China e no Vietname, ou para a Bogg Bags, obrigada a procurar alternativas à produção na China. De acordo com dados da Bloomberg Intelligence, marcas como a Gap, a Victoria’s Secret e a Ralph Lauren também vão ser afetadas pelas pressões resultantes da instalação de fábricas no Vietname.

As marcas que fabricam a maior parte dos produtos nos Estados Unidos, por seu lado, estão numa boa posição. Segundo avança o The Wall Street Journal, é provável que uma vaga de anunciantes promova campanhas focadas no termo ‘Made in the U.S.A.’. A tendência já começa a surgir, com marcas como a New Balance e a Ford, entre outras, a divulgarem publicidade centrada na produção nacional.

‘Made in the U.S.A.’ pode trazer problemas

Embora estejam numa boa posição comercial face às tarifas, devido ao fabrico nacional, as marcas norte-americanas devem escolher cuidadosamente as expressões que utilizam, visto que as normas da Comissão Federal do Comércio dos Estados Unidos exigem que os produtos comercializados com a etiqueta ‘Made in the USA’ sejam, de facto, “totalmente ou quase totalmente” fabricados no país.

A fabricante de automóveis Stellantis foi das primeiras empresas a ver nas tarifas uma oportunidade de negócio, apostando na divulgação de anúncios patrióticos para a Jeep, a Ram e a Dodge. Entretanto, a empresa já foi obrigada a alterar a mensagem, em resposta a um inquérito de uma organização de regulação publicitária que alega que a Stellantis estaria a promover publicidade enganosa, sendo que algumas das peças utilizadas nos veículos das marcas são importadas e que os carros não são, de facto, fabricados nos Estados Unidos, mas sim montados no país.

“A Stellantis tem todo o direito de se vangloriar das fábricas de montagem das marcas que detém nos Estados Unidos, que criam empregos e fortalecem a economia americana, mas não pode induzir os consumidores em erro sobre a verdadeira dimensão da produção nacional”, escreve a Truth in Advertising, organização sem fins lucrativos que regula a publicidade enganosa, numa carta dirigida a Olivier François, diretor de marketing global da Stellantis, e a Giorgio Fossati, conselheiro geral da fabricante de automóveis.

Na sequência desta queixa, a Stellantis remove os anúncios do YouTube e termina prematuramente as campanhas televisivas para fazer alterações à linguagem utilizada nos anúncios. Este é mais um caso que retrata o impacto direto da instabilidade promovida pela Administração Trump.

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Flesh512 cria campanha digital para a Água Serra da Estrela

“O programa que a campanha (na foto) promove vai permitir evitar a utilização de cerca de 700 toneladas de plástico virgem em 2025”, explica ao M&P Ana Rita Martins, diretora de marketing da marca

A agência criativa e produtora audiovisual Flesh512 assina ‘Para Que Nunca Acabe’, campanha digital da Água Serra da Estrela que divulga o programa de promoção de sustentabilidade ambiental, que apela à valorização da água e dos recursos naturais da região que a marca está a dinamizar.

“A Serra da Estrela enfrenta desafios crescentes, como os incêndios, as alterações climáticas e a ação humana. Esta iniciativa surge como a consolidação de uma resposta concreta e urgente, reforçando o compromisso da marca com a valorização da sua origem e preservação e regeneração do ecossistema único onde nascemos e estamos inseridos”, justifica ao M&P Ana Rita Martins, diretora de marketing da Água Serra da Estrela.

Lançada a 8 de abril na fábrica da empresa, em Gouveia, a campanha está a ser divulgada nas redes sociais da marca e das organizações com quem a Água Serra da Estrela estabeleceu parcerias de cooperação que preveem a plantação de 15 mil árvores até 2035.

“Este ano, alcançamos um marco inédito no setor, ao garantirmos a utilização de 100% plástico reciclado em todas as nossas embalagens. O programa que a campanha promove vai permitir evitar a utilização de cerca de 700 toneladas de plástico virgem em 2025, passo este que corresponde a uma antecipação e superação do requisito legal, com o objetivo de mitigar ao máximo o impacto das garrafas de uso único”, sublinha Ana Rita Martins. 

Desde 2002, a Água Serra da Estrela já apoiou a plantação de 1,7 milhões de árvores. “Além de medidas concretas na operação da marca, o programa integra a dimensão comunitária, chamando à ação parceiros, instituições e cidadãos. Sabemos que não movemos montanhas, mas juntos podemos atravessá-las e chegar mais longe, mobilizando e inspirando mudanças de comportamentos”, refere ainda a responsável.

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Media

TV: Os programas que dominam as audiências, gravações e redes sociais em março

O futebol lidera a lista dos programas mais vistos. Nas gravações diárias, o programa de Ricardo Araújo Pereira, ‘Isto é Gozar com Quem Trabalha’, conquista a primeira posição. A TVI ganha novamente nas menções nas redes sociais com os ‘reality shows’ do canal

Em março, o jogo a contar para a Liga das Nações que opõe a seleção nacional à Dinamarca é o programa mais visto. Transmitido na RTP1 a 23 de março, o jogo de futebol lidera o top de programas, com uma audiência média de 2,531,000 espectadores, num ranking liderado pela transmissão de eventos desportivos, segundo a análise da Marktest com base nos dados da Mediamonitor.

Na segunda posição encontra-se a primeira mão do mesmo confronto entre Portugal e a Dinamarca, exibido a 20 de março na RTP1, com uma audiência média acima dos dois milhões de espectadores. A fechar as três primeiras posições está o programa de Ricardo Araújo Pereira ‘Isto é Gozar com Quem Trabalha’, transmitido a 9 de março, na SIC.

Nos programas gravados e visionados no próprio dia, a liderança cabe novamente a um episódio do programa ‘Isto é Gozar com Quem Trabalha’, transmitido na SIC a 30 de março, que regista 228,300 espectadores em termos de audiência média. Nas gravações de sete dias, a emissão do programa ‘Taskmaster’, na RTP1 a 29 de março, ocupa o primeiro lugar.

Nas redes sociais, os ‘reality shows’ da TVI ‘Secret Story – Casa dos Segredos’ e ‘Big Brother’, encontram-se em destaque nas primeiras e segundas posições da tabela, respetivamente.

Na terceira posição surge o programa da manhã da TVI, ‘Dois às 10’, à frente do ‘reality show’ da SIC ‘Casados à Primeira Vista’, que ocupa a quarta posição. ‘Goucha’, o programa da tarde da TVI, encontra-se na quinta posição, seguido do concurso de talentos da RTP1 ‘Got Talent Portugal’ e da novela da TVI ‘A Protegida’, na sexta e sétima posição, respetivamente.

O top 10 dos programas com mais menções nas redes sociais no segundo mês do ano é completado pela novelas ‘A Fazenda’, da TVI, e ‘A Herança’, da SIC, na oitava e nona posição respetivamente, seguidas da  série juvenil da TVI ‘Morangos Com Açúcar’, em décimo.

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