Luís Cabral: “Até ao Verão teremos outra marca de rádio do grupo com rádios digitais”
A M80 lançou em Abril 11 rádios digitais com a chancela da estação. A Media Capital Rádios (MCR) pretende estender o projecto a outras marcas do grupo.

Guilherme Coelho lidera nova área tecnológica da Havas
Faturação da ByteDance sobe para €136,1 mil milhões
Sugestões para ler, ver e escutar da edição 977 do M&P
Palhaçadas sérias
Havas inspira-se na força do vento para reposicionar EDP
L’Oréal Paris escolhe Philippine Leroy-Beaulieu
Digidelta lança marca de filmes sustentáveis para impressões digitais
Marcas americanas adaptam estratégias em resposta às tarifas de Trump
Flesh512 cria campanha digital para a Água Serra da Estrela
TV: Os programas que dominam as audiências, gravações e redes sociais em março
A M80 lançou em Abril 11 rádios digitais com a chancela da estação. A Media Capital Rádios (MCR) pretende estender o projecto a outras marcas do grupo. A lógica será a mesma: rádios musicais. Luís Cabral, administrador da MCR, defende que está a preparar o futuro.
Meios & Publicidade: O que é que este projecto vai trazer para a Media Capital Rádios?
Luís Cabral: É uma mostra da evolução, mais uma vez, da Media Capital Rádios (MCR). A MCR, e gosto de ter esse ónus, tem sido muito inovadora. Foi a primeira a fazer brand rádios. Esta é mais uma coisa em que estamos a ser pioneiros no sentido de lançarmos verdadeiramente o início do processo de digitalização das rádios. Não é fazer playlists com algoritmos informáticos. É fazer rádios digitais numa base de curadoria humana.
M&P: Quantas pessoas trabalham para fazer estas rádios?
LC: Em todas as rádios tenho estruturas digitais. Vem mostrar que a MCR está muito preocupada com a modernização do sector e da indústria. Queremos dar um passo em frente e começar a trabalhar no que é a verdadeira transformação do digital.
M&P: É uma aposta numa lógica de médio prazo para acompanhar as futuras tendências de consumo?
LC: Este é um produto pioneiro. Provavelmente precisa de afinações. Os produtos de media são sempre dinâmicos, vão sempre precisando de afinações e de actualizações. Estamos a trabalhar para o que acreditamos que vai ser o futuro da rádio, quando a rádio for digital.
M&P: Porque é que escolheram a M80?
LC: O projecto surge no seio da estrutura da M80, pelo Miguel Cruz [director da M80]. Para além disso, a M80 detém a imagem de território de toda esta música. É reconhecido que o cluster da música dos anos 80 é da M80. Se temos essa propriedade no território FM, também faz sentido que tenhamos essa propriedade no território digital. A M80 é uma rádio que é muito dona do seu território musical. Se é dona no FM, também faz sentido que consiga ser dona no digital.
M&P: Vai lançar mais rádios digitais?
LC: Até ao Verão teremos outra marca de rádio do grupo com rádios digitais, à semelhança do que a M80 fez.
M&P: E qual vai ser a rádio?
LC: Só revelo no Verão. Vamos passar na MCR por um processo de ter rádios digitais para cada uma das marcas. Temos agora 11 rádios com a marca M80. Há mais M80. Haverá mais Cidade, mais Smooth, mais Comercial. Para já, vamos lançar mais uma. Depois vamos gradualmente lançar marcas digitais.
M&P: As rádios que pretende lançar terão a mesma lógica?
LC: Exactamente. O esquema que encontramos para fazer estas 11 rádios é exactamente o modelo que vamos utilizar para as outras rádios. Na Smooth, por exemplo, posso fazer vários tipos de Smooth. Posso fazer vários tipos de Cidade. Posso fazer uma Cidade Rock, uma Cidade Pop. Se tenho uma Smooth de soul, será tudo soul. De blues, será tudo blues. Acima de tudo estarei preparado para o futuro. Acredito que este é o caminho para o futuro: as rádios digitais.
M&P: Das 11 rádios, qual espera que venha a ter mais audiência?
LC: Este é um país de rockeiros. As rádios estão arrumadas por duas classificações. Têm épocas e têm géneros. Nas épocas tem anos 60, 70, 80 e 90. E nos géneros tem rock, pop, dance, soul, Portugal e baladas. O rock, os anos 80 e as baladas vão ter muito sucesso.
M&P: Tem em vista algum projecto na FM?
LC: Em termos de FM não haverá muito mais para crescer. Já temos cinco rádios, três de mass market, duas mais de nicho. Pelo tamanho do mercado, não está no horizonte lançar novas rádios.
Leia a entrevista completa aqui. Acesso exclusivo a assinantes M&P Plus