Susana de Carvalho escreve sobre o futuro do modelo de negócio das networks multinacionais
A transformação que tem envolvido o negócio da publicidade coloca sérios desafios aos principais grupos de comunicação. Estará o modelo das grandes networks multinacionais em causa? O M&P recolheu os argumentos de quatro responsáveis de grupos com operação no mercado português. Hoje é a vez de Susana de Carvalho, CEO da J. Walter Thompson.
Meios & Publicidade
Nova Expressão renova conta de media de €1,2 milhões com a Opticalia
Filipa Alves é a nova diretora criativa da Happy Brands
Receitas publicitárias da Meta crescem 26,8%
Concurso europeu apoia novas tecnologias aplicadas aos media em Portugal
Filomena Spranger Jorge assume direção de marketing do Burger King Portugal
Futebolista Rafael Leão protagoniza adaptação portuguesa da nova campanha global da Adidas (com vídeo)
Reveja os melhores momentos dos Prémios de Marketing M&P’23 (com fotos)
ThePitch arrisca em duas frentes
Range Rover e JNcQuoi unem-se pela mobilidade
Sagres apresenta nova campanha com passatempo para o Euro 2024 (com vídeo)
A transformação que tem envolvido o negócio da publicidade coloca sérios desafios aos principais grupos de comunicação. Estará o modelo das grandes networks multinacionais em causa? O M&P recolheu os argumentos de quatro responsáveis de grupos com operação no mercado português. Hoje é a vez de Susana de Carvalho, CEO da J. Walter Thompson.
“Os negócios sempre tiveram que inovar e reinventar-se, só que a complexidade está a obrigar a acelerar o ritmo e a forma, pois todos estamos agora verdadeiramente a competir com todos. Grandes e pequenos, agências e freelancers, consultoras e influenciadores. Os pilares da nossa actividade estão lá e é essa combinação que ainda nos torna únicos: pensamento estratégico, criatividade, proximidade com o negócio do cliente. Mas temos que integrar e arriscar mais, testando diferentes modelos, pois não há uma única receita vencedora. Temos que combinar experiência e novo talento com as várias disciplinas para ajudar os nossos clientes a responderem aos desafios actuais: como crescer globalmente, como integrar áreas como o marketing e a sustentabilidade ou a responsabilidade social e a tecnologia, tudo ao mesmo tempo; como responder a uma sociedade que tende a caminhar para um custo marginal zero, cidadãos que prezam a ética mas também querem o mais barato, em simultâneo e no imediato, como fidelizar consumidores que são também produtores?
Os desafios estão aí e penso que uma palavra de ordem é a “coopetição”: a combinação de competição com colaboração. Porquê? Nenhuma empresa tem a pretensão de saber tudo ou de ter todas as competências dentro de casa. E, neste sentido, as multinacionais estão bem posicionadas para evoluir para diferentes constelações, mais eficazes e inteligentes. Não um movimento mas vários em simultâneo, de acordo com a geografia, a tipologia de empresa, a especificidade da necessidade e da solução. Elas congregam um imenso talento com uma diversidade e uma riqueza multiculturais numa amplitude de rede única, o domínio de sectores e capital de conhecimento das marcas e dos seus clientes. Estamos todos a aprender, a viver e a contribuir, em directo. Poderá não haver lugar para todos, mas não iremos desaparecer.”
Artigo de Susana de Carvalho, CEO da J. Walter Thompson