Sandra Alvarez (PHD) e Ricardo Tomé (Media Capital Digital)
Erros a evitar na relação entre marcas e influenciadores digitais
Os influenciadores digitais têm já um peso nas decisões e opiniões dos consumidores a que as marcas não são alheias e são já considerados pelas agências de meios e sugeridos aos clientes no momento de traçar uma estratégia de media. Mas há que saber tirar partido da relação entre marca e influenciador e evitar cometer erros que podem custar caro.
Pedro Durães
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Os influenciadores digitais têm já um peso nas decisões e opiniões dos consumidores a que as marcas não são alheias e são já considerados pelas agências de meios e sugeridos aos clientes no momento de traçar uma estratégia de media. Mas há que saber tirar partido da relação entre marca e influenciador e evitar cometer erros que podem custar caro. Sandra Alvarez, directora-geral da PHD e co-autora do livro Ser Blogger, sublinhou na conferência Comunicação em Debate promovida pelo M&P que “é importante deixar margem ao influenciador para ter criatividade própria porque senão perde-se a vantagem de recorrer ao influenciadores, as características que fizeram desde logo com que seja seguido nas suas plataformas”. Contudo, avisa, “depois há o medo e o risco de que ele diga algo que podem prejudicar a marca”, motivo por que, sublinha, “é fundamental que haja um bom briefing à pessoa que vai falar sobre a nossa marca”.
Sobre a importância deste tipo de influenciadores para as estratégias das marcas, Sandra Alvarez confirma que “há dois anos não se pensava tanto em blogues e agora estão muito mais na moda. As marcas já pensam muito mais em usar influenciadores mesmo sem sugestão da agência”, reconhecendo que “isso mudou a forma de consumir media e não podemos estar alheios à essa realidade, pelo que dependendo da marca [na PHD] sugerimos influenciadores digitais para incluir nas estratégias de media”. “Não quer dizer que estejam presentes em todas as estratégias de todas as marcas mas é um elemento que consideramos sempre, tal como consideramos outros meios”, afirma, explicando que “o que fazemos é, enquanto agência, irmos conhecendo os bloguers e irmos percebendo os temas, se são autênticos, temos de ir percebendo se se adequam com as marcas que comunicam, se são credíveis ou não. Tem muito a ver com maturidade e bom senso, não só das marcas mas também dos influenciadores”, resume.
No que diz respeito à credibilidade e transparência das opiniões de influenciadores, nomeadamente quando são patrocinados por marcas, Ricardo Tomé, director coordenador da Media Capital Digital, que é responsável pela organização dos prémios Blogs do Ano, considera que “a transparência é mais importante para a geração mais velha. Para os mais novos já nem importa se o post é ou não pago, desde que confiem na pessoa eles acreditam e experimentam”. Agora, diz, as marcas têm de saber encontrar os influenciadores que importam e que podem realmente ajudar a alavancar os seus produtos”. “Há pessoas que criam blogues ou perfis de Instagram e quando atingem cinco mil seguidores enviam comunicações às marcas a perguntar quando começam a mandar produtos. Podemos mandar umas coisas e esperar que falem de nós mas é um risco”, alerta o responsável.
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