Isabel Silva deixa pistas sobre como as marcas devem relacionar-se com influenciadores
São já muitas as marcas que recorrem a influenciadores para promover os seus produtos mas há que saber tirar partido dessa relação. Isabel Silva, apresentadora da TVI com forte presença nas redes sociais, deixa algumas pistas

Pedro Durães
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A importância e capacidade de influência de bloguers, vloguers ou instagramers são cada vez maiores no ecossistema da comunicação das marcas, sobretudo se as novas gerações estiverem entre os targets prioritários. Tendo em conta a quantidade e fidelidade,dos seguidores de muitos destes influenciadores, estabelecer uma relação com eles e inclui-los nas suas estratégias de promoção pode fazer milagres pelo sucesso dos produtos que as marcas querem fazer chegar aos consumidores. A julgar pela quantidade de vezes que a apresentadora da TVI Isabel Silva, agora embaixadora de desporto da EDP, usou durante a conferência do M&P a expressão “é a energia que me move”, o título do painel, Influenciadores e Blogues: Os Novos Amigos das Marcas, está justificado.
“Quando comecei esta relação com a EDP foi só o oficializar porque eu já há muito tempo que corria, treinava e fazia maratonas, inclusivamente nas provas da EDP”, contextualiza Isabel Silva, explicando que “tudo surgiu de forma muito orgânica porque a minha comunicação passa por comunicar verdade. Eu só comunico aquilo em que acredito, e quando acreditas e tens entusiasmo no que dizes é tudo muito mais genuíno é autêntico”. A apresentadora conta com um blogue e, nas redes sociais, reúne um volume superior de seguidores em torno do seu perfil do Instagram comparativamente ao Facebool. Além da relação com a EDP, Isabel Silva é também patrocinada pela Garnier, marca com que levou recentemente a cabo uma acção que envolveu a mudança da sua cor de cabelo em directo através das redes sociais.
Para a apresentadora da TVI este tipo de acção é um bom exemplo daquilo que pode ser a relação das marcas com influenciadores e dá algumas pistas de como estas podem tirar partido do seu potencial de comunicação. “As pessoas nunca dizem que eu falo de um produto porque sou patrocinada. Dizem é que se a Isabel Silva está a usar aquele produto é porque é bom porque me conhecem e sabem que eu não falo de coisas em que não acredito. Daí a importância de não sermos uma montra de produtos mas uma montra daquilo que nós somos. Assim, as marcas que lá estão acabam por fazer sentido”, explica, contando que quando foi contactada pela Garnier queria fazer parte da equipa criativa.No caso da Garnier, “a marca percebeu que uma das coisas que privilegio na minha comunicação é a bidireccionalidade, por isso foram os seguidores que escolheram a cor do cabelo para a qual eu ia mudar. Fiz a mudança em directo no Facebook e Instagram da marca e nos meus canais também”, recorda, considerando que “foi isso que funcionou, porque foi adaptado ao meu ADN e à bidireccionalidade característica da minha forma de comunicar”.
Outro exemplo para o manual? “Nisto da relação com as marcas não me venham dizer quantos posts colocar por dia, não me digam para pôr dois por dia se eu gosto de pôr uns dez”, apontou Isabel Silva, reconhecendo que “todos acordamos este tipo de detalhes mas as marcas têm de perceber qual o perfil daquele influenciador em particular e perceber em que plataformas habitualmente comunica e deixar do lado dele a escolha sobre qual a melhor plataforma e qual a melhor forma de o fazer porque é ele que conhece os seus seguidores”.
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