João Fernandes, chief creative officer ibérico da Isobar
Protagonista :: Marketing

“Em Espanha a agência subalternizou-se demasiado ao negócio da media”

Na primeira entrevista deste que assumiu o cargo de chief creative officer da Isobar Ibéria, acumulando a direcção criativa da agência nos mercados português e espanhol, João Fernandes explica ao M&P o impacto desta direcção conjunta na operação.

Pedro Durães
João Fernandes, chief creative officer ibérico da Isobar
Protagonista :: Marketing

“Em Espanha a agência subalternizou-se demasiado ao negócio da media”

Na primeira entrevista deste que assumiu o cargo de chief creative officer da Isobar Ibéria, acumulando a direcção criativa da agência nos mercados português e espanhol, João Fernandes explica ao M&P o impacto desta direcção conjunta na operação.

Pedro Durães
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João Fernandes, chief creative officer ibérico da Isobar

Corria o ano de 2000, a internet estava longe da velocidade da fibra, ainda mostrávamos as nossas fotografias aos amigos convidando-os para irem lá a casa, Mark Zuckerberg era apenas um geek a fazer das suas na universidade, mobile era enviar SMS e smartphone era um telemóvel com câmara fotográfica e rádio FM. Estávamos longe da era dos tablets e os portáteis ainda eram o último grito da tecnologia. Nesse ano nascia a agência digital portuguesa View, pelas mãos de Nuno Frazão e João Fernandes. Nove anos depois, a View integrava a rede Isobar, do grupo Aegis, e hoje, 14 anos depois, João Fernandes passa a acumular com a direcção criativa da agência em Portugal a direcção criativa da Isobar em Espanha, assumindo o cargo de chief creative officer ibérico. “Do ponto de vista operacional continuam a ser duas entidades perfeitamente isoladas, com objectivos próprios e a operar de forma totalmente autónoma”, garante ao M&P João Fernandes. Em Espanha, diz, o seu principal objectivo passa por recuperar o ADN criativo da agência.

Meios & Publicidade (M&P): O que muda na sua vida diária com estas novas funções de director ibérico?

João Fernandes (JF): Terei de passar algum tempo em Madrid, apesar de termos também escritório em Barcelona. Passo a ter de fazer mais viagens e a acumular mais umas milhas na TAP, o que não é necessariamente mau. À partida terei de dividir o meu tempo entre Lisboa e Madrid, passarei cerca de duas semanas por mês em Espanha. No entanto vou manter uma gestão permanente e conjunta das duas equipas e atendendo às necessidades das duas agências.

M&P: Ao nível da organização da agência, quer em Portugal quer em Espanha, o que muda com a criação desta direcção conjunta?

JF: Não me clonei, pelo que há necessidade de ocupar um espaço que deixo desocupado em Portugal. Tenho um estilo de direcção criativa que passa por estar muito tempo junto dos clientes e, naturalmente, não terei a mesma disponibilidade. Felizmente, o meu sócio-fundador da View e que continua como CEO da Isobar Portugal, o Nuno Frazão ocupará um pouco desse espaço e recuperará um bocado essa sua experiência de muitos anos de estar junto do cliente. Em Espanha a agência estava sem direcção criativa desde Agosto do ano passado, portanto a alteração estrutural é sobretudo a minha presença, se bem que a agência já estava dentro de um processo de reestruturação. A agência é bastante maior do que em Portugal e há, naturalmente, aspectos em que se tornou muito boa e outros não tão boa. Neste momento, há um processo de fusão entre uma equipa que estava muito dedicada a social media, à gestão da presença de marcas nas redes sociais, da sua estratégia e do seu valor para estes canais, e a equipa criativa. As duas operavam de uma forma muito independente e agora passarão a operar de uma forma integrada, à semelhança do modelo que construímos em Portugal.

M&P: Mas ao nível da própria organização do trabalho, no desenvolvimento dos projectos, muda alguma coisa em Portugal?

JF: Não, eventualmente o que acontecerá que haverá pessoas que vão ter espaço para assumir outros níveis de responsabilidade e uma autonomia acrescida, mas do ponto de vista organizacional dos processos não se vai alterar nada. Apesar de estar em Espanha, continuo a acompanhar processos a decorrer em Portugal e quando estou em Portugal faço o mesmo em relação a Espanha. Depois veremos com o decorrer do trabalho se essa necessidade surge ou não, mas para já não estamos a contar mudar nada.

M&P: E em relação a new business, vão trabalhar os novos clientes de forma integrada a nível ibérico ou haverá sempre clientes separados?

JF: Há, de facto, clientes separados, se bem que há uma ambição maior, que é também uma ambição minha pessoal. Sempre tive uma visão muito iberista e isso é uma coisa estranha porque em Portugal nunca fizemos muito uso da palavra Ibéria. Nunca senti da parte de Espanha uma pretensão de, ao usar a palavra Ibéria, exercer algum tipo de domínio ou hegemonia sobre Portugal. A verdade é que na Ibéria, enquanto região, podemos desenvolver um conjunto de sinergias e ter uma força somada que deveria ser utilizada e colocada ao serviço do desenvolvimento dos negócios e das empresas. Acredito que isso será possível dentro da Isobar, que tem uma forma de se organizar que é muito regional. Já nos organizamos em termos globais por hubs regionais. Temos um hub europeu, e há também uma grande liberdade para que as agências em cada mercado se reorganizem quase numa lógica de hubs virtuais, como já tínhamos inclusivamente com Espanha e com o Brasil como uma ponte para a América Latina. Espero que venha a ser possível criar uma proposta ibérica para a Isobar a partir desta decisão de me ter como responsável ibérico para a criatividade.

M&P: Já têm casos de marcas portuguesas para as quais vão desenvolver projectos para o mercado espanhol?

JF: Já o estávamos a fazer, há o caso da Zippy, da Sonae, para a qual já fazíamos uma parte importante da marca em Espanha. O inverso ainda não existe mas creio que é uma questão de tempo. Estamos neste momento a trazer para Portugal algumas competências que temos em Espanha mas não temos no mercado português, mesmo em termos de desenvolvimento digital. Temos uma unidade chamada PS Life, que se dedica a projectos especiais digitais, que tem muito a ver, por exemplo, com a presença das marcas no retalho. Temos já algumas propostas apresentadas em Portugal que tiveram origem nas nossas competências técnicas em Espanha.

M&P: Há pouco dizia que a Isobar Espanha estava a perder a sua componente mais criativa…

JF: Não é correcto dizer isso. Na verdade a agência continua a ser criativa, o seu negócio é que se desenvolveu e realmente começou a trabalhar os new business a partir da sua unidade de media. Ou seja, a Isobar tem no seu ADN ser uma agência criativa.Trabalha essencialmente sobre meios digitais apesar de esta definição do que é o meio digital ter vindo a sofrer grandes transformações e de haver quase uma vontade, embora não partilhemos totalmente, de não nos denominarmos agências digitais. Nós somo-lo assumidamente, o mundo tornou-se digital e o seu território é que se alargou. Mas o negócio em Espanha desenvolveu-se muito alavancado nas oportunidades que o negócio da media gerava, portanto, de certa forma, foi-se subalternado ao mesmo, no nosso entender demasiado. Diria que um dos meus muitos mandatos é o de procurar recuperar esse ADN criativo e essa independência criativa da agência em Espanha.

M&P: O mercado espanhol é evidentemente maior do que o português. Como é que fica a nível de pesos no volume de negócios da Isobar? O que corresponde a Portugal e a Espanha?

JF: Do ponto de vista demográfico Espanha é quatro vezes maior do que Portugal, do ponto de vista económico é muito mais, cerca de 10 vezes maior. Espanha sofreu como nós os efeitos da crise. Por estar num patamar mais alto, creio que a queda terá sido maior ainda, mais acentuada, mas não estão definidos objectivos diferenciados. Os objectivos financeiros de cada unidade do grupo Isobar estão indexados ao potencial de crescimento e à situação particular que cada país vive. Há um conjunto de objectivos claros para Espanha, mas, ao contrário de Portugal, que tem o seu negócio estruturado e os objectivos do ponto de vista financeiro, em termos relativos, são bem mais ambiciosos. Em Espanha há o tal objectivo maior de recuperar esse perfil criativo, não colocando para já objectivos financeiros muito ambiciosos e muito claros à frente.

M&P: Em termos do volume de negócio, quanto vale percentualmente o mercado português e o espanhol?

JF: É difícil compará-los porque esta relação tão íntima da operação em Espanha com o negócio da media torna difícil separar a componente criativa daquilo que é o negócio de media. Honestamente não consigo fazer essa separação de uma forma clara.

M&P: Havendo esta direcção, significa que de alguma forma a agência em Portugal perde parte da sua autonomia?

JF: Não, pelo contrário, ganha importância. Não creio que venha a ter esse impacto negativo na operação em Portugal, onde temos uma operação muito bem construída e muito bem organizada. Temos uma equipa particularmente sénior para uma agência digital, a média de idades está nos 32 anos, o que é invulgar para uma agência com este perfil. Significa que as pessoas que estão na nossa estrutura têm muitos anos de experiência que lhes permite assumir estas oportunidades de se autonomizarem.

M&P: Mas ao nível da tomada de decisões estratégicas em Portugal, estas terão de passar de alguma forma pela direcção da agência a nível ibérico?

JF: Não, este meu duplo papel resume-se claramente apenas aos aspectos criativos e da direcção criativa da agência. Do ponto de vista operacional continuam a ser duas entidades perfeitamente isoladas, com objectivos próprios e a operar de forma totalmente autónoma.

M&P: Quais é que diria que são as principais vantagens desta modelo de direcção criativa conjunta?

JF: Existem claras afinidades nesta abordagem regional e ibérica onde há um conjunto de sinergias que podem ser aproveitadas e, do ponto de vista criativo, elas são claras. Somos povos muito próximos, muito mais próximos do que gostamos de imaginar sê-lo, e acredito que há todo um aproveitamento de uma dinâmica criativa que pode ser feito. Ter duas equipas a trabalhar em paralelo sobre o processo de produção de ideias irá resultar num aproveitamento das mesmas de forma muito mais optimizada e superior.

M&P: Falou em sinergias. Vai haver algum tipo de intercâmbio de profissionais entre as agências em Portugal e Espanha?

JF: Quero acreditar sim, embora não esteja planeado para já. A minha chegada a Espanha é muito recente, estou a introduzir algumas alterações, há necessidade de reforçar a equipa e estamos a recrutar pessoas com aquilo que eu considero ser o perfil adequado para construir o tal ADN criativo. Portanto, há ainda uma necessidade de arrumar a casa em Espanha antes de pensarmos nesse tipo de dinâmicas.

M&P: Quantas pessoas tem em cada uma das agências?

JF: Em Portugal, se juntarmos todas as competências, tem mais de 40 pessoas. Em Espanha somos perto de 70 pessoas.

M&P: Falando agora sobre o mercado digital, quais diria que são actualmente as principais diferenças entre os dois países?

JF: Há uma maturação de vários canais digitais em Espanha que não aconteceu em Portugal. Isto significa que há mais possibilidades. Começando pelas redes sociais, em Portugal há uma grande rede social que todas as marcas utilizam de uma forma ou de outra que é o Facebook. Em Espanha temos mais do que uma, por exemplo o Twitter é uma rede com clara popularidade em Espanha, o que, juntamente com outras oportunidades, cria um cenário em que é possível explorar ideias de uma forma um bocado diferente. Por outro lado, foi um mercado que durante muito tempo viveu de outro tipo de condições e de outro tipo de marcas, como a Telefónica que se desenvolveu como um dos grandes players mundiais de telecomunicações. Há uma forma de estar em Espanha que talvez leve os decisores e empresários a assumir uma maior ambição. Em Portugal talvez soframos de algum complexo, somos mais acanhados na forma de criar oportunidades e de as aproveitar.

M&P: Em que fase da vida diria que se encontra o mercado digital em Portugal?

JF: No que diz respeito à utilização do digital pelas marcas, ainda há um caminho a percorrer, não fomos tão ambiciosos como podíamos ter sido, não corremos tantos riscos como podíamos ter corrido, tem a ver com a nossa forma de estar. É difícil fazer esse racional porque a dimensão de Espanha é superior mas diria que estamos um pouco mais atrasados, sem dúvida, mas não por falta de competências nem de vontade do ponto de vista das agências. As agências nos últimos anos têm vindo a ser muito criticadas em inúmeros artigos que falam de falta de coragem. A coragem existe, a competência também, falta o mercado permiti-lo.

M&P: É do lado dos anunciantes que está a faltar coragem?

JF: As marcas tiveram inevitavelmente de assumir posturas mais cautelosas, portanto não o digo com sentimento crítico, é difícil imaginar o que é estar no lugar de uma marca que tem um budget reduzido para gerir, tem as vendas a sofrer pressões de várias ordens e tem de tomar decisões que por vezes são difíceis. Mas creio que as marcas não conseguiram entretanto tirar proveito das oportunidades que o meio digital podia claramente criar, o meio digital já provou ser capaz de gerar os KPI e o tipo de métricas a que as marcas estavam de alguma forma a utilizar no passado, como notoriedade, conversão, onde o digital já mostrou até poder ser superior. Esses méritos ainda não foram totalmente incorporados no planeamento de marketing das marcas e transformados em briefings concretos para as agências.

M&P: Os hábitos de consumo de media têm vindo a alterar-se, também em Portugal onde a penetração de dispositivos móveis como smartphones e tablets é já bastante significativa. O que é que explica o facto de o investimento no digital e em especial no mobile ser ainda tão reduzido?

JF: É uma combinação de factores. Nunca fomos um povo conhecido por investir em contraciclo, quando há uma crise somos os primeiros a travar e a assumir uma postura muito cautelosa e, provavelmente, somos os últimos a sair desse casulo protector em que nos inserimos. Todos os números indicam, e isso já nem sequer é uma dúvida para todos nós, que o mobile representa uma oportunidade extraordinária, esta ideia de que podemos estar permanentemente conectados, a qualquer hora e em qualquer lugar, é em si uma oportunidade para as marcas. É a grande promessa do digital, que sempre prometeu isso mas com um computador de secretária não podia cumprir a promessa. Havia uma espécie de horário para estar no digital, o mobile liberta-nos desse último grande constrangimento para estarmos permanentemente ligados. Essa é uma oportunidade singular e que as marcas inevitavelmente irão aproveitar e cabe também às agências construir propostas nesse sentido e elas já estão a acontecer. Se virmos os números de pessoas que acedem às marcas a partir de dispositivos móveis, eles cresceram de forma absolutamente exponencial. Mas há marcas que nem sequer têm os seus sites preparados para serem vistos a partir desses dispositivos, o que já cria um sentimento de urgência de que alguma coisa precisa de ser feita.

M&P: Quais são as principais tendências que identifica no mobile para os próximos cinco anos?

JF: Não sou grande futurologista mas diria que o mobile vai continuar a evoluir no sentido de se transformar num dispositivo verdadeiramente potente. Os estudos mostram que os tablets têm vindo a colocar ruma pressão enorme sobre a venda de computadores portáteis, para quê ter uma coisa tão grande quando posso ter algo mais pequeno e que pode andar sempre comigo, autónoma e que pode fazer tantas coisas que se podia fazer com o portátil. Não queria entrar em nenhuma tecnologia em particular, acho que sobretudo vai dar-nos cada vez mais possibilidades de estar permanentemente ligados, aceder a informação e utilizar essa informação. Um dos aspectos fundamentais será a Big Data, o telemóvel está sempre a dizer onde estamos e isso diz muito sobre o nosso perfil e as operadoras de telecomunicações vão seguramente transformar essa informação em produtos, algumas já o estão a fazer.

M&P: Nos próximos três ou quatro anos o mobile vai tornar-se efectivamente no primeiro ecrã?

JF: Sem dúvida, essa transformação já está em curso. Em termos de design de tecnologia, a maioria dos projectos que desenvolvemos, mesmo logo ao nível da construção de uma interface, posso dizer que já começa por uma abordagem mobile first, ou seja, primeiro preocupamo-nos em criar uma experiência optimizada para os dispositivos móveis e a experiência móvel é mais do que um dispositivo, é um contexto de utilização também, tenho de garantir que posso estar a usar a andar ou em qualquer situação. Neste momento, grande parte da forma de elaborar as soluções, logo a partir dos nossos designers, já começam a partir desse approach mobile first. Isso é verdadeiramente indicativo da transformação que está em curso.

A versão integral desta entrevista poderá ser vista em breve em formato vídeo na nova secção M&P TV no nosso site

Sobre o autorPedro Durães

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Guilherme Coelho lidera nova área tecnológica da Havas

“Há uma crescente complexidade regulatória no uso de dados para fins de comunicação, o que obriga à criação de uma equipa especializada”, diz Guilherme Coelho (na foto), sócio-gerente da CSA, consultora focada em tecnologia e análise

Guilherme Coelho, anterior gestor nacional da Incubeta, é o sócio-gerente da CSA, nova consultora tecnológica que o grupo Havas está a lançar em Portugal. Licenciado em engenharia alimentar pela Universidade Católica Portuguesa e mestre em engenharia e gestão industrial pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, lidera a nova consultora de tecnologia, dados e análise.

“Um dos principais desafios deste mercado centra-se na complexidade da análise de dados e na sua transformação em ‘insights’ acionáveis que sejam de fácil compreensão para os clientes. Será esse um dos nossos maiores focos, sermos tradutores capazes de simplificar algo tão técnico sem perder profundidade e riqueza de informação”, refere ao M&P Guilherme Coelho, sócio-gerente da CSA.

Fomentar nas empresas portuguesas uma cultura de utilização dos dados mais estratégica é uma das prioridades do proprietário da Bracket, consultora de ‘data analytics’, ‘web development’ e ‘media strategy’, que ao longo da carreira passou pela Lisbon Digital School, Samsung Portugal, SIVA, Emailbidding, Kwanko e Adclick.

“Ter uma cultura de utilização de dados mais estratégica é algo que ainda não é amplamente priorizado, mas, a par disto, há também uma crescente complexidade regulatória no uso de dados para fins de comunicação, o que obriga a uma atenção constante às exigências legais e à criação de uma equipa especializada na área de dados aplicada ao marketing, preparada para tirar máximo partido das oportunidades em tempo real”, sublinha Guilherme Coelho.

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Faturação da ByteDance sobe para €136,1 mil milhões

A faturação do TikTok em 2024 representa um quarto das receitas totais da ByteDance, que atingem um novo recorde apesar da desaceleração das operações na China

As receitas de faturação da ByteDance, empresa-mãe do TikTok, aumentam 29% para 155 mil milhões de dólares (€136,1 mil milhões) em 2024, de acordo com um relatório obtido pelo site The Information, mas não confirmado pela empresa. Os lucros da marca chinesa aumentam 6% para 33 mil milhões de dólares (€28,9 mil milhões) no mesmo período.

A faturação do TikTok em 2024 representa um quarto das receitas totais da ByteDance, que atingem um novo recorde apesar da desaceleração das operações na China, segundo o relatório. Os mercados internacionais também representam um quarto da faturação total da ByteDance e registam um aumento de 63% em 2024, para 39 mil milhões de dólares (€34,2 mil milhões), impulsionado pelo crescimento da rede social.

A ByteDance tem vindo a expandir o comércio eletrónico, através do TikTok Shop, para um maior número de mercados estrangeiros, incluindo Espanha e Irlanda em 2024, com o objetivo de competir com empresas como a Shein e a Temu. A empresa está também a tentar expandir o TikTok Shop para Itália, Alemanha e França, com planos de entrar no Japão e no Brasil ainda este ano.

A ByteDance está ainda a tentar competir no setor da inteligência artificial (IA), com o desenvolvimento de novos óculos inteligentes, de acordo com outro relatório da The Information. O foco deste novo dispositivo será a captação de imagens e vídeos de boa qualidade.

A empresa até já terá iniciado o processo de negociação com os fornecedores para determinar os detalhes do dispositivo, nomeadamente as especificações técnicas, o custo e a data de lançamento.

Atualmente, a ByteDance enfrenta inúmeros desafios nos Estados Unidos, o seu maior mercado, onde terá de vender a operação da rede social, sob risco de ser proibida por motivos de segurança nacional e preocupações com a privacidade dos dados.

Sobre o autorDaniel Monteiro Rahman

Daniel Monteiro Rahman

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O livro ‘Storytelling — A Melhor História Ganha’, de Mark Edwards, a série ‘Vinagre de Sidra’, da Netflix, e o podcast ‘Uncensored CMO’, são alguns dos destaques

Ler

Storytelling — A Melhor História Ganha

Ao longo de várias décadas dedicadas ao jornalismo, Mark Edwards criou um método próprio para escrever histórias convincentes e cativantes. Neste livro, partilha as técnicas que desenvolveu e a abordagem seguida na criação de histórias vencedoras e na comunicação eficaz. A obra inclui vários exemplos aplicáveis a diferentes áreas, como a publicidade, o marketing e os negócios.

Partindo da premissa de que, num mundo saturado de informação, as melhores histórias são as que se destacam e conquistam audiências, Mark Edwards demonstra que a forma como uma mensagem é contada pode ter mais impacto do que a própria mensagem. Explica ainda como estruturar histórias eficazes, utilizando personagens, conflito e resolução para criar uma ligação autêntica com o público, mostrando como histórias bem construídas geram emoção, envolvimento e ação.

Autor Mark Edwards
Editora Clube do Autor
Lançamento Março de 2025
Páginas 248
Preço €18,00

Personal Branding — O Guia Para Uma Marca Pessoal de Sucesso

Neste livro, Raquel Soares, fundadora da Love People, consultora de marca pessoal, imagem e da conferência Personal Branding Summit, partilha estratégias, histórias e as lições que aprendeu ao longo de anos de experiência na transformação de carreiras e negócios.

A obra apresenta estratégias para destacar talentos, criar conexões e aumentar a credibilidade profissional. Com sugestões aplicáveis e casos reais, Raquel Soares mostra como se pode destacar num ambiente competitivo, reforçando a importância da consistência e do propósito, e como criar uma marca pessoal autêntica, influente e memorável.

Autor Raquel Soares
Editora Ideias de Ler
Lançamento Março de 2025
Páginas 272
Preço €17,75

Ver

Vinagre de Sidra


Criada por Samantha Strauss e realizada por Jeffrey Walker, Vinagre de Sidra inspira-se na história verídica de Belle Gibson, influenciadora que enganou os seguidores ao afirmar ter-se curado de um cancro através da medicina alternativa, para lucrar com esse estilo de vida.

A série destaca os perigos das falsas promessas no mundo do bem-estar, o impacto das redes sociais e o papel dos influenciadores na disseminação de informações de saúde.

Formato Minissérie
Género Drama
Realizador Jeffrey Walker
Estúdio See-Saw Films
Distribuidora Netflix
Plataformas Netflix
Lançamento Fevereiro de 2025

A Batalha das Pop-Tarts

Escrito e realizado pelo ator e humorista norte-americano Jerry Seinfeld, A Batalha das Pop-Tarts é uma comédia que retrata a guerra entre as marcas Kellogg’s e Post, que resulta na criação da icónica Pop-Tart da Kellogg’s, que revolucionou o pequeno-almoço dos norte-americanos.

Através do humor, o filme mostra os bastidores da rivalidade entre as gigantes da indústria alimentar e como o marketing transforma umas simples bolachas num fenómeno cultural.

Formato Filme
Género Comédia
Realizador Jerry Seinfield
Estúdio Columbus 81 Productions
Distribuidora Netflix
Plataformas Netflix
Lançamento Maio de 2024

Escutar

Uncensored CMO

O Uncensored CMO é um podcast de Jon Evans, diretor de marketing e clientes da plataforma de eficácia de marca System 1, criado para explorar os prós, os contras e a verdade por trás da prática do marketing.

Com entrevistas a diretores de marketing e líderes do setor, o podcast aborda estratégias de marca, casos de sucesso e desafios das marcas, entre outros temas.

Screaming Creativity

Conduzido por Rob Reilly, diretor criativo executivo global do grupo WPP, o Screaming Creativity explora o impacto da criatividade nos negócios e na cultura.

O podcast inclui conversas com personalidades influentes do marketing e da publicidade, nas quais são abordados temas como o impacto da tecnologia na criatividade, o panorama em constante evolução do setor criativo, o futuro da publicidade e os percursos criativos dos convidados.

What Next?

O What Next? explora como a globalização, a tecnologia e as mudanças demográficas estão a remodelar a forma como criamos, consumimos e comunicamos.

Rishad Tobaccowala, conselheiro sénior do Publicis Groupe, conversa com diretores executivos e diretores criativos, para discutir o impacto da tecnologia nos meios de comunicação social, o atual cenário empresarial e da publicidade, bem como os desafios da liderança no futuro do trabalho.

Sobre o autorDaniel Monteiro Rahman

Daniel Monteiro Rahman

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Palhaçadas sérias

‘Clowns’ da BBH, para a Audi, é a campanha que Joana Antunes, redatora da Fuel, gostava de ter feito. ‘Estrelas Perfeitas’ da Dentsu Creative Portugal, para a Associação Salvador, é a que mais gostou de fazer, revela na rubrica Como É Que Não Me Lembrei Disto?

Vencedora de uma Prata no Young Lions Portugal 2023, Joana Antunes, redatora da Fuel, não tem na escrita a maior das paixões. Do que gosta mesmo é de pegar num ‘briefing’ e explorar as potencialidades do projeto que tem em mãos, procurando desafiar-se até ao limite, sem receio de pensar em grande.

É por isso que elege ‘Clowns’, que só descobriu recentemente, como a campanha que gostaria de ter feito. A simplicidade da ideia é o que mais a cativa, revela na rubrica do M&P Como É Que Não Me Lembrei Disto, dedicada à criatividade.

‘Estrelas Perfeitas’, a campanha que mais gostou de fazer, foi desenvolvida durante o período em que trabalhou na Dentsu Creative Portugal, entre julho de 2022 e outubro de 2023, antes de sair para a Alfred e depois para a Judas. Está na Fuel desde junho de 2024.

Qual é a campanha publicitária que gostaria de ter feito?

São várias as campanhas que gostaria de ter feito, especialmente as da Apple e do Burger King, que são sempre incríveis. No entanto, recentemente, deparei-me com uma campanha da Audi, de 2017, chamada ‘Clowns’, que me fez querer vê-la e revê-la vezes sem conta.

Quais são as razões dessa escolha?

Gosto sempre de fazer um exercício quando vejo uma boa campanha, que é imaginar qual seria o ‘briefing’. Neste caso, o ‘briefing’ deve ter sido daqueles que tinha tudo para ser aborrecido. Algo na linha de “precisamos de criar uma campanha que fale dos novos atributos de segurança dos nossos carros”.

A equipa que o recebeu deve ter conseguido dar-lhe a volta, desenvolvendo uma ideia muito simples, com base num ‘insight’ verdadeiro, o que é incrível. É algo que eu gostaria de ter conseguido fazer, caso tivesse recebido esse ‘briefing’.

O que é que lhe chama mais a atenção na campanha?

A simplicidade é o que me fascina nesta campanha. O filme passa uma mensagem forte. Consegue ter humor e emocionar em simultâneo. Porque há, de facto, muitos ‘palhaços’ na estrada, que são um perigo para todos nós. Este seria, talvez, o caminho mais óbvio, fazer uma campanha emocional e pesada.

Joana Antunes, redatora da Fuel

É só a simplicidade que a cativa?

Para mim, a inteligência da ideia é o uso da metáfora, ao trazerem os palhaços para o filme, o que torna a ideia mais leve, cativante e com algum humor. O facto de não serem necessárias falas para explicar a mensagem é outro dos pontos que adoro nesta campanha.

A assinatura no final do filme, ‘Audi Technology. Clown Proof’, é suficiente e resume a ideia de forma muito clara. Por fim, a escolha da música [‘Send In The Clowns’ de Faultline feat. Lisa Hannigan], é a cereja no topo do bolo.

É uma música que nos transporta para algo triste, mas que acaba por trazer algum sarcasmo para a campanha, reforçando a ideia de que podem mandar vir os palhaços porque a Audi está preparada para nos proteger deles.

Esta campanha inspirou-a a nível criativo?

Comunicar para marcas de carros nunca foi uma ambição e sempre achei que, criativamente, era algo um pouco limitado. No entanto, esta campanha fez-me ver este segmento de outra forma. Veio, inclusive, relembrar-me de que não existem maus ‘briefings’.

Se existir um cliente aberto a novas abordagens, conseguimos fazer coisas diferentes, que toquem as pessoas e que passem uma mensagem clara e impactante. Esta campanha inspirou-me a olhar para os ‘briefings’ que parecem aborrecidos com um novo olhar.

Qual é a campanha que fez que mais a concretizou profissionalmente?

Ainda tenho de pedalar muito nesta área para poder responder a esta pergunta. No entanto, com a experiência que tenho, posso dizer que o projeto que me fez sentir mais realizada foi a campanha ‘Estrelas Perfeitas’, para a Associação Salvador.

Primeiro, porque criámos um produto de raiz, o que por si só já é algo que me dá orgulho. Depois, ver o impacto do projeto e pôr as pessoas a contribuir e a falar sobre uma causa importante, é gratificante.

Sabemos que, só com a publicidade, não conseguimos mudar o mundo, mas se podermos contribuir para que seja um sítio melhor, torna-se mais fácil criá-la todos os dias.

Como é que chega a essa ideia?

O desafio que a Associação Salvador nos lançou consistia em criar um amuleto, um objeto, para assinalar o Natal e reforçar a importância da acessibilidade.

Ao fim de várias ideias chumbadas, lembrámo-nos de um momento, de uma tradição, que é comum em todas as casas, pôr a estrela no topo da árvore. É um momento que vemos como algo normal, mas que para muitas pessoas não é possível.

E assim nasceu a ideia de criarmos árvores de Natal inclusivas, construindo estrelas que podiam ser colocadas em qualquer parte da árvore.

Como é que avançou para a execução?

Para que a inclusão estivesse presente no nosso próprio produto, decidimos criar estrelas assimétricas e imperfeitas, simbolizando as fragilidades que todos temos. A nossa ideia era, também, que este objeto fosse bonito e apelativo, para que as pessoas o quisessem comprar para decorar as suas árvores.

Por isso, decidimos fazer uma parceria com a Burel, que facultou o excedente de produto e produziu as estrelas, tornando também a ideia sustentável.

 

As campanhas atualmente estão mais ou menos criativas do que antigamente?

Acho que os tempos mudam e devemos adaptar-nos. Presumo que, antigamente, as marcas investissem e arriscassem mais na comunicação. No entanto, acho que, hoje em dia, o ruído é tanto e está em tantos meios ao mesmo tempo que se torna essencial fazer uma comunicação mais de entretenimento e menos de ‘hard selling’.

O que faz quando não tem ideias?

Era incrível existir uma fórmula que resultasse sempre, mas no meu caso ainda não a descobri, nem depois de ler o guia prático de criatividade do John Cleese.

Quando não tenho ideias, passo primeiro pela clássica fase de síndrome de impostor, onde tudo é motivo de questionamento. Depois, vou dormir sobre o assunto, literalmente, o que resulta muito bem.

Noutras alturas, arregaço as mangas, abro um documento de Word em branco e começo a desenvolver uma pesquisa e a escrever ‘insights’ soltos.

Ficha técnica

Campanha ‘Clowns’
Cliente Audi
Agência Bartle Bogle Hegarty (BBH)
Diretor criativo Ian Heartfield
Diretor de arte Mikael Alcock
Diretor de estratégia Damien Le Castrec
Redator Doug Fridlund
Produtora Rattling Stick
Produtora executiva Katie Keith
Produtores David Lynch, Tim Nunn e Sally Humphries
Realizador Ringan Ledwidge
Diretor de fotografia Adam Arkapaw
Edição Rich Orrick/Work Editorial
Pós-produção The Mill Sonoplastia String and Tins
Diretora musical Ayla Owen
País Reino Unido
Ano 2017

Ficha técnica

Campanha ‘Estrelas Perfeitas’
Cliente Associação Salvador
Agência Dentsu Creative Portugal
Diretor criativo Ivo Purvis
Diretora de arte Madalena Montellano
Redatores Joana Antunes e Nuno Leal
Realizadora Maria Mena
Vídeografia Luís Pinto Magalhães
Fotografia Fernando Sousa
Entrevistas Nuno Mata, Diana Niepse e Hugo Maia
País Portugal
Ano 2023

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

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Havas inspira-se na força do vento para reposicionar EDP

O filme institucional da campanha conta com a participação da atleta norte-americana Melissa Jefferson (na foto) que, aos 24 anos, está a consolidar-se como uma das principais velocistas do mundo

A Havas destaca o papel da energia eólica na campanha institucional global que marca o reposicionamento da EDP.
Somos Mais Rápidos Com o Poder do Vento’ é o mote da nova campanha produzida e realizada pela Garage, com planeamento de meios da Wavemaker. Em Portugal, vai estar três semanas no digital, redes sociais e televisão.

A campanha decorre também em digital e redes sociais em Espanha, Alemanha, França, Itália, Reino Unido, Polónia, Bélgica e Dinamarca.

O filme publicitário conta com a presença da desportista Melissa Jefferson, que, aos 24 anos, está a consolidar-se como uma das principais velocistas do mundo. No anúncio, a atleta norte-americana supera o seu recorde pessoal numa pista situada num parque eólico, reforçando a mensagem de que todos somos mais rápidos quando aproveitamos a força do vento.

Para além do novo posicionamento da EDP, o ‘spot’ realça o papel transformador da energia eólica na construção de um futuro neutro em carbono.

“Em 2024, ultrapassámos os 12 mil megawatts de capacidade instalada e gerámos mais de 31 mil gigawatts de energia limpa a partir da força vento. Esta é a década da ação, em que cada rotação das turbinas conta”, salienta Vera Pinto Pereira, administradora executiva da EDP, citada em comunicado de imprensa.

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Marketing

L’Oréal Paris escolhe Philippine Leroy-Beaulieu

A atriz (na foto) que interpreta Sylvie Grateau na série da Netflix ‘Emily em Paris’ protagoniza a campanha da linha Age Perfect Collagen Expert da marca francesa

A L’Oréal Paris anuncia a atriz Philippine Leroy-Beaulieu, de 61 anos, para embaixadora da marca em França. A atriz vai promover a linha Age Perfect Collagen Expert, a partir de 9 de junho. A divulgação é feita na página do Instagram da L’Oréal Paris com a mensagem: ‘a idade perfeita é agora!’

Conhecida pela personagem Sylvie Grateau na série da Netflix, ‘Emily em Paris,’ a atriz francesa desperta a atenção pelo estilo francês sofisticado. A L’Oréal Paris descreve-a como “um modelo de perseverança e ousadia”.

Para a diretora-geral da L’Oréal Paris, Marie-Julie Monnot, a atriz é a personificação do ‘french chic’. “Ao celebrar a idade, torna-se uma verdadeira fonte de inspiração para todas as mulheres”, conclui em comunicado.

A escolha de Philippine Leroy-Beaulieu faz parte de um movimento mais amplo da L’Oréal Paris, para defender a diversidade e a inclusão em todas as idades, culturas e estilos de vida.

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Comunicação

Digidelta lança marca de filmes sustentáveis para impressões digitais

Desenvolvidos nos últimos dois anos, os filmes da Biond (na foto), da Digidelta, podem ser usados, com ou sem adesivo, em comunicações visuais, decorações de interior, publicidade, rotulagens e embalagens

A Digidelta, empresa que desenvolve e comercializa soluções de impressão, está a lançar no mercado a Biond, uma gama de filmes sustentáveis. Desenvolvidos com materiais biodegradáveis, de origem vegetal, que absorvem dióxido de carbono durante o processo de crescimento, são 100% biodegradáveis e podem decompor-se em menos de 90 dias, nas condições adequadas.

“A sustentabilidade não é apenas uma escolha, mas uma necessidade imperativa para o mercado global. Com a gama Biond, que traz ao mercado uma inovação sem precedentes, acreditamos que podemos redefinir os padrões de qualidade e responsabilidade ambiental, promovendo uma alternativa que alia a eficiência e o respeito pelo planeta”, salienta Armando Mota, CEO da Digidelta, citado em comunicado de imprensa.

Além de minimizarem as emissões de compostos orgânicos voláteis, tornando-os mais seguros e ecológicos, os novos filmes, desenvolvidos pela empresa nos últimos dois anos, também garantem benefícios de usabilidade idênticos aos tradicionais filmes adesivos de PVC, sem comprometer a qualidade de impressão. A nova solução pode ser usada, com ou sem adesivo, em comunicações visuais, decorações de interior, publicidade, rotulagens e embalagens.

“Com uma compatibilidade abrangente com tecnologias de impressão digital como o UV LED, o UV gel, o eco-solvente, o látex e a impressão mecanográfica flexografia e ‘offset’, a Biond adapta-se facilmente às necessidades mais exigentes do mercado”, salienta o responsável, que aposta na assinatura ‘A Branded Film Today for a Carbon-Free Tomorrow’ para exportar os novos filmes, investindo numa estratégia de distribuição global.

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Marketing

Marcas americanas adaptam estratégias em resposta às tarifas de Trump

Para marcas que produzem na China e no Vietname, como a Nike, a situação é preocupante. As que fabricam nos EUA estão numa boa posição, mas têm de ser cautelosas com o marketing ‘Made in the USA’

À medida que as marcas nos Estados Unidos se confrontam com um cenário marcado por tarifas comerciais alargadas e aumentos de preços nas importações, os anunciantes estão a adaptar as estratégias para enfrentarem um novo período de incerteza que os especialistas preveem que possa resultar numa crise mundial, noticia a Ad Age.

As marcas estão cautelosas em relação ao impacto das tarifas nos preços e na procura por parte dos consumidores. O mais recente plano de tarifas imposto por Donald Trump inclui uma taxa de 10% sobre todas as importações, bem como tarifas recíprocas sobre os países que impõem tarifas às importações dos Estados Unidos. O presidente norte-americano promete taxar os “piores infratores”, nomeadamente a União Europeia, a China e o Vietname.

A situação é preocupante para marcas como a Nike, que tem grande parte da produção centrada em fábricas na China e no Vietname, ou para a Bogg Bags, obrigada a procurar alternativas à produção na China. De acordo com dados da Bloomberg Intelligence, marcas como a Gap, a Victoria’s Secret e a Ralph Lauren também vão ser afetadas pelas pressões resultantes da instalação de fábricas no Vietname.

As marcas que fabricam a maior parte dos produtos nos Estados Unidos, por seu lado, estão numa boa posição. Segundo avança o The Wall Street Journal, é provável que uma vaga de anunciantes promova campanhas focadas no termo ‘Made in the U.S.A.’. A tendência já começa a surgir, com marcas como a New Balance e a Ford, entre outras, a divulgarem publicidade centrada na produção nacional.

‘Made in the U.S.A.’ pode trazer problemas

Embora estejam numa boa posição comercial face às tarifas, devido ao fabrico nacional, as marcas norte-americanas devem escolher cuidadosamente as expressões que utilizam, visto que as normas da Comissão Federal do Comércio dos Estados Unidos exigem que os produtos comercializados com a etiqueta ‘Made in the USA’ sejam, de facto, “totalmente ou quase totalmente” fabricados no país.

A fabricante de automóveis Stellantis foi das primeiras empresas a ver nas tarifas uma oportunidade de negócio, apostando na divulgação de anúncios patrióticos para a Jeep, a Ram e a Dodge. Entretanto, a empresa já foi obrigada a alterar a mensagem, em resposta a um inquérito de uma organização de regulação publicitária que alega que a Stellantis estaria a promover publicidade enganosa, sendo que algumas das peças utilizadas nos veículos das marcas são importadas e que os carros não são, de facto, fabricados nos Estados Unidos, mas sim montados no país.

“A Stellantis tem todo o direito de se vangloriar das fábricas de montagem das marcas que detém nos Estados Unidos, que criam empregos e fortalecem a economia americana, mas não pode induzir os consumidores em erro sobre a verdadeira dimensão da produção nacional”, escreve a Truth in Advertising, organização sem fins lucrativos que regula a publicidade enganosa, numa carta dirigida a Olivier François, diretor de marketing global da Stellantis, e a Giorgio Fossati, conselheiro geral da fabricante de automóveis.

Na sequência desta queixa, a Stellantis remove os anúncios do YouTube e termina prematuramente as campanhas televisivas para fazer alterações à linguagem utilizada nos anúncios. Este é mais um caso que retrata o impacto direto da instabilidade promovida pela Administração Trump.

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Flesh512 cria campanha digital para a Água Serra da Estrela

“O programa que a campanha (na foto) promove vai permitir evitar a utilização de cerca de 700 toneladas de plástico virgem em 2025”, explica ao M&P Ana Rita Martins, diretora de marketing da marca

A agência criativa e produtora audiovisual Flesh512 assina ‘Para Que Nunca Acabe’, campanha digital da Água Serra da Estrela que divulga o programa de promoção de sustentabilidade ambiental, que apela à valorização da água e dos recursos naturais da região que a marca está a dinamizar.

“A Serra da Estrela enfrenta desafios crescentes, como os incêndios, as alterações climáticas e a ação humana. Esta iniciativa surge como a consolidação de uma resposta concreta e urgente, reforçando o compromisso da marca com a valorização da sua origem e preservação e regeneração do ecossistema único onde nascemos e estamos inseridos”, justifica ao M&P Ana Rita Martins, diretora de marketing da Água Serra da Estrela.

Lançada a 8 de abril na fábrica da empresa, em Gouveia, a campanha está a ser divulgada nas redes sociais da marca e das organizações com quem a Água Serra da Estrela estabeleceu parcerias de cooperação que preveem a plantação de 15 mil árvores até 2035.

“Este ano, alcançamos um marco inédito no setor, ao garantirmos a utilização de 100% plástico reciclado em todas as nossas embalagens. O programa que a campanha promove vai permitir evitar a utilização de cerca de 700 toneladas de plástico virgem em 2025, passo este que corresponde a uma antecipação e superação do requisito legal, com o objetivo de mitigar ao máximo o impacto das garrafas de uso único”, sublinha Ana Rita Martins. 

Desde 2002, a Água Serra da Estrela já apoiou a plantação de 1,7 milhões de árvores. “Além de medidas concretas na operação da marca, o programa integra a dimensão comunitária, chamando à ação parceiros, instituições e cidadãos. Sabemos que não movemos montanhas, mas juntos podemos atravessá-las e chegar mais longe, mobilizando e inspirando mudanças de comportamentos”, refere ainda a responsável.

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TV: Os programas que dominam as audiências, gravações e redes sociais em março

O futebol lidera a lista dos programas mais vistos. Nas gravações diárias, o programa de Ricardo Araújo Pereira, ‘Isto é Gozar com Quem Trabalha’, conquista a primeira posição. A TVI ganha novamente nas menções nas redes sociais com os ‘reality shows’ do canal

Em março, o jogo a contar para a Liga das Nações que opõe a seleção nacional à Dinamarca é o programa mais visto. Transmitido na RTP1 a 23 de março, o jogo de futebol lidera o top de programas, com uma audiência média de 2,531,000 espectadores, num ranking liderado pela transmissão de eventos desportivos, segundo a análise da Marktest com base nos dados da Mediamonitor.

Na segunda posição encontra-se a primeira mão do mesmo confronto entre Portugal e a Dinamarca, exibido a 20 de março na RTP1, com uma audiência média acima dos dois milhões de espectadores. A fechar as três primeiras posições está o programa de Ricardo Araújo Pereira ‘Isto é Gozar com Quem Trabalha’, transmitido a 9 de março, na SIC.

Nos programas gravados e visionados no próprio dia, a liderança cabe novamente a um episódio do programa ‘Isto é Gozar com Quem Trabalha’, transmitido na SIC a 30 de março, que regista 228,300 espectadores em termos de audiência média. Nas gravações de sete dias, a emissão do programa ‘Taskmaster’, na RTP1 a 29 de março, ocupa o primeiro lugar.

Nas redes sociais, os ‘reality shows’ da TVI ‘Secret Story – Casa dos Segredos’ e ‘Big Brother’, encontram-se em destaque nas primeiras e segundas posições da tabela, respetivamente.

Na terceira posição surge o programa da manhã da TVI, ‘Dois às 10’, à frente do ‘reality show’ da SIC ‘Casados à Primeira Vista’, que ocupa a quarta posição. ‘Goucha’, o programa da tarde da TVI, encontra-se na quinta posição, seguido do concurso de talentos da RTP1 ‘Got Talent Portugal’ e da novela da TVI ‘A Protegida’, na sexta e sétima posição, respetivamente.

O top 10 dos programas com mais menções nas redes sociais no segundo mês do ano é completado pela novelas ‘A Fazenda’, da TVI, e ‘A Herança’, da SIC, na oitava e nona posição respetivamente, seguidas da  série juvenil da TVI ‘Morangos Com Açúcar’, em décimo.

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