Sol renasce graficamente e 1 euro mais barato
“Em tempo de crise o preço assume uma grande importância e temos que nos tornar mais competitivos”, diz, em declarações ao M&P, José António Saraiva, director do semanário.

Elsa Pereira
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O semanário Sol apresentar-se-à em banca na próxima sexta-feira, dia 20 de Abril, com um novo grafismo e irá subtrair 1 euro ao seu preço de capa, até aqui de 3 euros, avança ao M&P, José António Saraiva, director do título da Newshold. “O jornal vai ser totalmente diferente, impresso com qualidade de revista, agrafado e aparado”, conta o responsável.
A que se deve a diminuição do preço? “A administração decidiu baixá-lo para 2 euros, trata-se de uma diminuição de 33%”, comenta José António Saraiva, e partilha duas leituras para esta decisão. A primeira prende-se com motivos “estruturais”. “Em tempo de crise o preço assume uma grande importância e temos que nos tornar mais competitivos”, diz. A segunda razão, sustenta, é “conjuntural”, estando directamente ligada à colecção Eusébio em que o Sol irá distribuir 200 mil cadernetas. Assente numa parceria com o Benfica, “durante 19 semanas ofereceremos 10 cromos aos nossos leitores, desenhados pelo Nuno Saraiva e com legendas da Paula Cardoso”. A este propósito, a partir da próxima quarta-feira arranca uma campanha em mupis, televisão e rádio, desenvolvida pela Fuel para comunicar a iniciativa. Ora, continua a explicar o director do semanário, “com este volume de cadernetas haverá muita gente a querer comprar o Sol e 3 euros era muito dinheiro. Assim teremos mais compradores e esperamos atingir um público que nem sequer compra jornais habitualmente”. As cadernetas serão também distribuídas no estádio da Luz e com o desportivo A Bola.
Adstrita à nova imagem do semanário, desenvolvida internamente, está também uma mudança de tipografia: o Sol passará a ser impresso pela Sogapal. Antes era a Funchalense que garantia esses serviços. “Mais moderno, sofisticado, com grandes fotos a rasgar e títulos com letras maiores” é, grosso modo, como o director descreve o novo Sol. No entanto, salienta, “teremos mais força mas sem perder a eficácia”. Além do 1º Caderno, a revista Tabu também registará alterações gráficas e de conteúdo, bem como as suas congéneres Caju (Angola) e Lua (Moçambique). “Os grandes temas de investigação passarão a ser integrados na área da revista, que assim ganhará ainda mais actualidade”, revela o responsável.
Questionado pelo M&P acerca de possíveis comparações com o Público poderem sugerir algum seguidismo, José António Saraiva observa: “O Sol estará mais parecido com o Público, mas esse é o futuro. Quando uns jornais começam a aparecer com mais qualidade de acabamento os outros vão atrás. Não fazia sentido ficar a agarrado a um modelo que pertence ao passado”, refere o responsável. Quanto a valores de investimento, o director opta por não detalhar números, mas não esconde que toda esta operação “foi muito, muito, cara”. Não obstante, mostra-se convicto de que o retorno irá surgir através “de um aumento de vendas substancial”.