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Web 3.quê?

Há muito que se ouve, entre o registo cauteloso e o entusiasmado, a chegada da internet inteligente, a famigerada Web 3.0. É quase um mito urbano e parece que ainda ninguém sabe ao certo de que se trata ou quando chegará. Por enquanto, é só ficção científica com vontade de alcançar a realidade

Pedro Durães
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Web 3.quê?

Há muito que se ouve, entre o registo cauteloso e o entusiasmado, a chegada da internet inteligente, a famigerada Web 3.0. É quase um mito urbano e parece que ainda ninguém sabe ao certo de que se trata ou quando chegará. Por enquanto, é só ficção científica com vontade de alcançar a realidade

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Há muito que se ouve, entre o registo cauteloso e o entusiasmado, a chegada da internet inteligente, a famigerada Web 3.0. É quase um mito urbano e parece que ainda ninguém sabe ao certo de que se trata ou quando chegará. Por enquanto, é só ficção científica com vontade de alcançar a realidade.

Um utilizador, uma pergunta, um resultado. É algo deste tipo que o conceito de Web 3.0 promete aos utilizadores, sendo que a pergunta pode ser mais complexa do que aquilo que hoje se consegue com os motores de busca, cujo motor de funcionamento são as palavras-chave e que devolvem uma imensidão de resultados. A resposta será então muito mais personalizada e estreita, com resultados distintos consoante o perfil do utilizador. Os especialistas acreditam que a próxima geração de internet tornará as pesquisas muito mais fáceis, rápidas e intuitivas já que uma espécie de web inteligente se encarregará de descodificar e analisar perguntas complexas e organizar resultados possíveis de acordo com as preferências do utilizador, descartando à partida resultados sem interesse para o internauta. Muitos acreditam até numa web a funcionar quase como um assistente pessoal, no qual nos apoiaremos para tomar as nossas decisões, um assistente que regista os nossos interesses à medida que navegamos e “serve” informação, fazendo sugestões de acordo com aquilo que sabe, pelo histórico, que gostamos ou não gostamos.

Mas tudo isto não passará de ficção científica e de um rol de desejos dos engenheiros informáticos que há muito teorizam e desenvolvem o conceito? O que se sabe afinal, e em concreto, sobre o que pode vir a ser a Web 3.0? “Ainda não se sabe. É um termo polémico, muito pouco consensual e com diferentes interpretações”, sintetiza Rodrigo Gralheiro. Na opinião do director-executivo da Proximity Digital, tratar-se-à mais de “uma declaração de intenções que tem como objectivo criar uma web mais inteligente e, por consequência, mais fácil de utilizar”. “Vejo-a como uma evolução tecnológica natural e, por isso, considero abusivos os termos 3.0 ou nova geração da web”, afirma. Na mesma linha de pensamento, David Reis, managing partner da Massive, agência digital integrada no WYgroup, considera que “ainda não existe uma definição concreta, mas é algo que nos aproxima do futuro, sendo um conceito relacionado com a capacidade dos sistemas agregarem e tratarem a informação disponibilizada na internet”. “À semelhança do que aconteceu com a Web 2.0, este é um conceito que pode demorar o seu tempo a amadurecer”, subscreve também João Fernandes. “Existem várias definições”, aponta o COO da View Isobar, enumerando “a Web Inteligente (Artificial), a virtualização da web (Cloud) e a Web Semântica”. “Na View Isobar temos trabalhado essencialmente nesta última dimensão, dotando os projectos de uma sensibilidade semântica que pode seguramente resultar numa experiência optimizada e com menos esforço para o utilizador”, explica.

É também nesta última definição que se detém David Reis. “A Web Semântica, como também é chamada, é uma extensão da actual internet onde os sistemas, com base nas informações disponibilizadas por todos nós, pelos nossos amigos e por outras fontes, conseguem interpretar e filtrar o que realmente é relevante e assim dar uma resposta mais eficaz e precisa às perguntas que fazemos”. “Basicamente, é dar significado à informação permitindo que computadores e pessoas colaborem melhor”, resume o managing partner da Massive. Também Erik Lassche, que considera o conceito de Web 3.0 “um buzzword inevitável após a invenção de Web 2.0”, foca esta vertente. “Quando falo sobre Web 3.0 refiro-me a algo chamado Web Semântica”, em que “todas as nossas interacções digitais criam informação e dados”, esclarece o CEO da Grand Union Portugal, explicando que se trata da “visão sobre o que acontece quando conseguimos ligar e linkar estes dados”. “É uma visão muito ‘data-driven’ que tem por base avanços tecnológicos e que, no resultado final para os utilizadores, é quase invisível”, refere, sublinhando que “o mobile é muito importante nesta visão, uma vez que nos permite estar sempre ligados”. “Nesta visão tecnológica os computadores até vão visivelmente desaparecer. A tecnologia está lá, só que não é visível, está no background, entraremos numa fase de ‘ubiquitous computing’”, acredita o profissional.

“Em resumo, fazendo uma comparação entre a Web 2.0 e a 3.0, se no primeiro caso quando fazemos uma pesquisa somos encaminhados para várias (ou demasiadas) opções, com a Web 3.0 vamos obter exactamente o que pretendemos, sendo a resposta concreta e personalizada”, esclarece David Reis. “A Web 3.0, também conhecida por Web Semântica, permite assim que diferentes agentes de software sejam capazes de ler e identificar os sentidos das palavras, de modo a relacionarem a informação entre si, mas também com os interesses das pessoas”, completa Aníbal Nogueira. De acordo com o CEO da Up Digital, do grupo Lift, “sustenta-se no software que vai aprendendo com o conteúdo que encontra na internet, que analisa com base em inúmeras variáveis e a partir do qual consegue extrair conclusões que são segmentadas de forma a poderem enquadrar-se com perfis que são construídos, diariamente, através das informações, hábitos e atitudes que são fornecidos pelos utilizadores, de forma consciente ou inconsciente”. “Em vez de sermos nós a refinar os termos da pesquisa, a Web 3.0 é capaz de o fazer sozinha, aproximando-se do mundo da inteligência artificial”, resume.

Para o responsável da Massive, David Reis, embora este seja ainda um conceito que remete para um futuro próximo, “também podemos considerar que algumas das novas realidades do meio digital integram o conceito de Web 3.0, como é o caso do ‘lifestream’, a personalização de algumas ferramentas como é o exemplo do iGoogle, a publicidade relacionada com o perfil e comportamento dos consumidores, a centralização da comunicação no indivíduo, todo o universo de aplicações e widgets, entre outras evoluções tecnológicas”.

Levar o marketing digital para outro nível

Para lá das possibilidades oferecidas aos utilizadores da internet, a evolução da web para este paradigma representará também inúmeras oportunidades para as marcas, do ponto de vista da comunicação e do marketing. Mas será que este é um conceito que, de facto, trará algo de novo ao relacionamento das marcas com os consumidores ou é algo que está sobrevalorizado? “Sem dúvida que o novo paradigma traz valor acrescentado para a comunicação, na medida em que existe a possibilidade de orientar os resultados das pesquisas para os interesses de cada utilizador”, afiança Aníbal Nogueira. O responsável acredita ser também “expectável que as redes sociais possam evoluir para uma forma de relacionamento mais inteligente, através do qual será possível apresentar pessoas, locais e interesses de uma maneira que nunca teríamos capacidade de fazer”. “Para isso teremos, no entanto, de abdicar da privacidade e não nos coibirmos de partilhar informação sobre nós. Só desta forma permitiremos que o software possa analisar, gerar e relacionar perfis”, sublinha, considerando que, “do ponto de vista do marketing, a Web 3.0 pode ser considerada como uma evolução do marketing emocional para um marketing mais colaborativo, cultural e espiritual”. Trata-se de “um estádio em que as empresas e marcas têm de prestar cada vez mais atenção ao consumidor, que, por sua vez, é cada vez mais esclarecido e preocupado, esperando que as marcas comuniquem de forma genuína e responsável”, conclui.

Do mesmo lado da barricada está Erik Lassche, considerando que “quem diz que o online é sobrevalorizado pensa em online apenas como um canal de comunicação, e não consegue ver a digitalização do mundo que está a acontecer”. “Penso que a grande mudança para as marcas é deixar de ver online apenas como um canal e ver como é estar presente num mundo digitalizado. Isso é o desafio da Web 3.0, uma web que é cada vez mais fluída”, aponta. Assim sendo, “esta evolução do mundo digital oferece grandes oportunidades para quem as consegue agarrar”, garante o profissional, referindo que o “fundamental aqui é ser muito data-driven como empresa e usar estes dados para determinar o que mostramos/fazemos a quem e em que contexto”. “No Web 3.0 comunicação não é apenas ‘histórias’ e ‘mensagens’ mas cada vez mais ‘data’ e ‘targetting’”, concretiza, lamentando o facto de que “há poucas empresas em Portugal a pensar desta forma na sua comunicação” e “há também poucas agências de comunicação a pensar desta forma”. Também Pedro Patrício, partner da Wiz Interactive, afirma que “não nos parece que seja sobrevalorizado, porque os números mostram que os acessos são cada vez mais feitos através de mobile devices. O social sharing é cada vez mais importante e existe todo um conjunto de negócios com base nesta premissa”, refere. Além disso, diz, “as pessoas querem ter acesso a informação on-the-go e on-the-spot e estão dispostas a avaliá-la e difundi-la junto da sua rede de pertença e influência. Isto tem um impacto crescente na forma como se faz comunicação e como se faz negócio, o meio é mesmo a mensagem”, garante. “O desafio actual para quem produz conteúdos é fazer com que estes cheguem a quem se destinam e que sejam relevantes para o utilizador, gerando não só apropriação como disseminação”, considera, antecipando que “a evolução lógica da web é facilitar este relacionamento”.

David Reis, por seu turno, embora acredite que “o conceito é bastante inovador”, frisa que este “não será implementado de um dia para o outro”. “É algo que vai ganhando forma e relevância, à medida que os sistemas informáticos se tornam mais sofisticados e disponíveis para o público em geral”. Mas o responsável não tem dúvidas de que “vai tornar a comunicação mais eficaz, mais próxima e relevante”. “Temos ainda de ter em atenção que actualmente toda a comunicação está centrada no consumidor, que passou a ser o meio de transmissão da mensagem, o que reforça ainda mais a importância da utilização de sistemas inteligentes que disponibilizam informação personalizada”, acrescenta, sublinhando que, por esse motivo, “é importante não ficar para trás e as marcas sabem disso”. “No futuro, quando o consumidor fizer uma pesquisa num motor de busca, já não vai encontrar centenas de resultados mas apenas um e, como é natural, as marcas querem ser esse resultado”, reforça. Também Filipa Caldeira, CEO Ibéria da Fullsix, enaltece o facto de que “enquanto hoje duas pessoas diferentes, ao realizarem a mesma pesquisa na web, obtêm o mesmo resultado, no futuro a web deverá identificar quem faz a pesquisa e devolver um resultado personalizado”. “Estamos numa época em que ‘being digital’ significa digitalizar a relação com os consumidores, muito mais do que digitalizar o produto”, destaca a responsável, indicando que “a Web 3.0, ao potenciar decisões baseadas em dados e conhecimento adquirido, irá elevar a digitalização desta relação para um outro patamar”. “A capacidade de reunir e ligar toda esta informação por forma a conseguir construir uma relação e, consequentemente, uma oferta totalmente personalizada para cada cliente é o grande desafio para as marcas num futuro próximo”, aponta.

“A web actual (sintáctica) está para a Web Semântica como o texto está para o hipertexto, é semelhante ao que já conhecemos mas com um potencial muito maior”, refere, por seu turno, Leonor Soczka, digital strategic planner da Wunderman Digital. Nesse sentido, ao nível das novas potencialidades, a profissional refere que, “a um nível mais simples podemos esperar ferramentas de social listening muito mais autónomas e completas do que aquelas que hoje usamos, capazes de fazer interpretações semânticas, e não meramente sintácticas, do que é dito pelos internautas”. “Isto aportará valor ao actual research sobre o que é dito no online e que serve de base para que muitas marcas compreendam a forma como os utilizadores as percepcionem e com elas se relacionem”, frisa. Além disso, enumera, “esta web mais inteligente trará grandes desenvolvimentos em termos de data mining que, a par da utilização do OpenID, permitirá dar um salto na qualificação de bases de dados para potenciar a eficácia do canal digital”. “Em termos de advertising podemos contar com grandes desenvolvimentos na compra de palavras por AdSense, que se tornarão mais e mais relevantes, bem como novas formas de product placement em conteúdos multimédia”, prevê Leonor Soczka.

Mais do mesmo… mas melhor

“Independentemente do conceito que adoptarmos, a Web 3.0 faz parte de um continuum evolutivo natural, e isso dá-lhe todo o sentido de que necessita”, afirma João Fernandes, dando conta de um processo que se faz caminhando e que, no fundo, não é mais do que um upgrade daquilo que conhecemos hoje. Como atestam os vários especialistas ouvidos pelo M&P, a Web 3.0 vem dar novo fôlego e profundidade às capacidades já disponíveis na Web 2.0. Ao nível da comunicação, quais serão então os elementos que poderão ser encaixados numa estratégia digital em Web 3.0 que não possam ser implementados na actual geração de internet? “O único aspecto estrategicamente relevante são os conteúdos, ou melhor, a sua qualidade e diversidade”, aponta o COO da View. “Um sistema deste tipo, capaz de se adaptar a um universo de interesses muito alargado, precisa de responder com um conjunto de conteúdos igualmente alargado”, refere, considerando ser “este um dos motivos porque muitos projectos web falham: trabalha-se muito a forma e muito pouco o conteúdo”.

Já Leonor Soczka exalta o facto de que, “com a potencial difusão de soluções Open Identity, teremos um território a explorar em termos de marketing relacional”. “Hoje os nossos utilizadores são quase todos anónimos, o que obriga as marcas a um tipo de comunicação one-size-fits-all no digital “ e “muitas vezes as marcas estão às escuras”, afirma, assegurando que “o conhecimento dos utilizadores traz um enorme potencial na adequação das mensagens aos diferentes perfis e tornará o digital um canal ainda mais relevante”. Aníbal Nogueira, por seu lado, faz sobressair “as aplicações de inteligência artificial”. “Poderemos vir a incluir acções que permitam obter conhecimento, gerado a partir da análise de relacionamento entre conteúdos, rasto da navegação pessoal e relevância, que os utilizadores imprimem enquanto navegam”, sublinha. “Obter dados sobre tendências, em antecipação aos utilizadores, e mesmo criar aplicações para obter previsões, com base na análise comportamental de uma pessoa ou de grupos de pessoas, são aspectos que deverão estar integrados numa estratégia de comunicação digital na Web 3.0”, antecipa o responsável. Pedro Patrício lembra que “a evolução da web é ditada pela evolução da tecnologia. A geo-referenciação e a sofisticação dos motores de busca vão permitir propor novas soluções aos nossos clientes”, indica. “Este é um ambiente que está em evolução todos os dias, ao contrário dos outros canais tradicionais. Em boa verdade, ninguém sabe como será o futuro da internet daqui a cinco anos”.

Por outro lado, Rodrigo Gralheiro, mais cauteloso, chama a atenção para o facto de que por enquanto a Web 3.0 é apenas um conceito, “não é uma realidade”. “O que para já se sabe, ou melhor, se especula, é que a web 3.0 terá um layer semântico e até de inteligência artificial. Na teoria será uma evolução positiva mas falta perceber como se concretizará”, alerta. “Antes sequer de se conseguir melhorar a adequação da comunicação ao consumidor e torná-la efectivamente personalizada, é preciso que se continuem a desenvolver, a aperfeiçoar as técnicas de processamento, integração e interpretação de dados”, sublinha o responsável da Proximity. Isto porque, diz, “apesar dos avanços constantes nestas áreas, está-se ainda numa fase inicial”. “Só quando dispusermos de ferramentas efectivamente capazes de revelar verdadeiros insights sobre os consumidores é que conseguiremos melhor adequar a comunicação”, refere. Daí que deixe claro que “a Web 3.0 ainda é algo do universo da engenharia”. “Só quando for concretizada e chegar ao consumidor é que poderemos avaliar. Não esqueçamos que estamos a falar de comportamento e por isso há um grau grande de imprevisibilidade”, avisa. “Para já nada indica que haja mais fragmentação, apenas mais e melhor disponibilização de conteúdos. Podemos por isso esperar que o conteúdo, tal como já tem vindo a acontecer, continue a ser rei”, conclui. Posição que Pedro Patrício assina por baixo: “Se o meu conteúdo for bom, se for comunicado de forma correcta, o meu potencial cliente vai querer recebê-lo e beneficiar dele. À partida, estes conteúdos vão ter maior afinidade com a pessoa em questão.”

Sobre o autorPedro Durães

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Guilherme Coelho lidera nova área tecnológica da Havas

“Há uma crescente complexidade regulatória no uso de dados para fins de comunicação, o que obriga à criação de uma equipa especializada”, diz Guilherme Coelho (na foto), sócio-gerente da CSA, consultora focada em tecnologia e análise

Guilherme Coelho, anterior gestor nacional da Incubeta, é o sócio-gerente da CSA, nova consultora tecnológica que o grupo Havas está a lançar em Portugal. Licenciado em engenharia alimentar pela Universidade Católica Portuguesa e mestre em engenharia e gestão industrial pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, lidera a nova consultora de tecnologia, dados e análise.

“Um dos principais desafios deste mercado centra-se na complexidade da análise de dados e na sua transformação em ‘insights’ acionáveis que sejam de fácil compreensão para os clientes. Será esse um dos nossos maiores focos, sermos tradutores capazes de simplificar algo tão técnico sem perder profundidade e riqueza de informação”, refere ao M&P Guilherme Coelho, sócio-gerente da CSA.

Fomentar nas empresas portuguesas uma cultura de utilização dos dados mais estratégica é uma das prioridades do proprietário da Bracket, consultora de ‘data analytics’, ‘web development’ e ‘media strategy’, que ao longo da carreira passou pela Lisbon Digital School, Samsung Portugal, SIVA, Emailbidding, Kwanko e Adclick.

“Ter uma cultura de utilização de dados mais estratégica é algo que ainda não é amplamente priorizado, mas, a par disto, há também uma crescente complexidade regulatória no uso de dados para fins de comunicação, o que obriga a uma atenção constante às exigências legais e à criação de uma equipa especializada na área de dados aplicada ao marketing, preparada para tirar máximo partido das oportunidades em tempo real”, sublinha Guilherme Coelho.

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Faturação da ByteDance sobe para €136,1 mil milhões

A faturação do TikTok em 2024 representa um quarto das receitas totais da ByteDance, que atingem um novo recorde apesar da desaceleração das operações na China

As receitas de faturação da ByteDance, empresa-mãe do TikTok, aumentam 29% para 155 mil milhões de dólares (€136,1 mil milhões) em 2024, de acordo com um relatório obtido pelo site The Information, mas não confirmado pela empresa. Os lucros da marca chinesa aumentam 6% para 33 mil milhões de dólares (€28,9 mil milhões) no mesmo período.

A faturação do TikTok em 2024 representa um quarto das receitas totais da ByteDance, que atingem um novo recorde apesar da desaceleração das operações na China, segundo o relatório. Os mercados internacionais também representam um quarto da faturação total da ByteDance e registam um aumento de 63% em 2024, para 39 mil milhões de dólares (€34,2 mil milhões), impulsionado pelo crescimento da rede social.

A ByteDance tem vindo a expandir o comércio eletrónico, através do TikTok Shop, para um maior número de mercados estrangeiros, incluindo Espanha e Irlanda em 2024, com o objetivo de competir com empresas como a Shein e a Temu. A empresa está também a tentar expandir o TikTok Shop para Itália, Alemanha e França, com planos de entrar no Japão e no Brasil ainda este ano.

A ByteDance está ainda a tentar competir no setor da inteligência artificial (IA), com o desenvolvimento de novos óculos inteligentes, de acordo com outro relatório da The Information. O foco deste novo dispositivo será a captação de imagens e vídeos de boa qualidade.

A empresa até já terá iniciado o processo de negociação com os fornecedores para determinar os detalhes do dispositivo, nomeadamente as especificações técnicas, o custo e a data de lançamento.

Atualmente, a ByteDance enfrenta inúmeros desafios nos Estados Unidos, o seu maior mercado, onde terá de vender a operação da rede social, sob risco de ser proibida por motivos de segurança nacional e preocupações com a privacidade dos dados.

Sobre o autorDaniel Monteiro Rahman

Daniel Monteiro Rahman

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Sugestões para ler, ver e escutar da edição 977 do M&P

O livro ‘Storytelling — A Melhor História Ganha’, de Mark Edwards, a série ‘Vinagre de Sidra’, da Netflix, e o podcast ‘Uncensored CMO’, são alguns dos destaques

Ler

Storytelling — A Melhor História Ganha

Ao longo de várias décadas dedicadas ao jornalismo, Mark Edwards criou um método próprio para escrever histórias convincentes e cativantes. Neste livro, partilha as técnicas que desenvolveu e a abordagem seguida na criação de histórias vencedoras e na comunicação eficaz. A obra inclui vários exemplos aplicáveis a diferentes áreas, como a publicidade, o marketing e os negócios.

Partindo da premissa de que, num mundo saturado de informação, as melhores histórias são as que se destacam e conquistam audiências, Mark Edwards demonstra que a forma como uma mensagem é contada pode ter mais impacto do que a própria mensagem. Explica ainda como estruturar histórias eficazes, utilizando personagens, conflito e resolução para criar uma ligação autêntica com o público, mostrando como histórias bem construídas geram emoção, envolvimento e ação.

Autor Mark Edwards
Editora Clube do Autor
Lançamento Março de 2025
Páginas 248
Preço €18,00

Personal Branding — O Guia Para Uma Marca Pessoal de Sucesso

Neste livro, Raquel Soares, fundadora da Love People, consultora de marca pessoal, imagem e da conferência Personal Branding Summit, partilha estratégias, histórias e as lições que aprendeu ao longo de anos de experiência na transformação de carreiras e negócios.

A obra apresenta estratégias para destacar talentos, criar conexões e aumentar a credibilidade profissional. Com sugestões aplicáveis e casos reais, Raquel Soares mostra como se pode destacar num ambiente competitivo, reforçando a importância da consistência e do propósito, e como criar uma marca pessoal autêntica, influente e memorável.

Autor Raquel Soares
Editora Ideias de Ler
Lançamento Março de 2025
Páginas 272
Preço €17,75

Ver

Vinagre de Sidra


Criada por Samantha Strauss e realizada por Jeffrey Walker, Vinagre de Sidra inspira-se na história verídica de Belle Gibson, influenciadora que enganou os seguidores ao afirmar ter-se curado de um cancro através da medicina alternativa, para lucrar com esse estilo de vida.

A série destaca os perigos das falsas promessas no mundo do bem-estar, o impacto das redes sociais e o papel dos influenciadores na disseminação de informações de saúde.

Formato Minissérie
Género Drama
Realizador Jeffrey Walker
Estúdio See-Saw Films
Distribuidora Netflix
Plataformas Netflix
Lançamento Fevereiro de 2025

A Batalha das Pop-Tarts

Escrito e realizado pelo ator e humorista norte-americano Jerry Seinfeld, A Batalha das Pop-Tarts é uma comédia que retrata a guerra entre as marcas Kellogg’s e Post, que resulta na criação da icónica Pop-Tart da Kellogg’s, que revolucionou o pequeno-almoço dos norte-americanos.

Através do humor, o filme mostra os bastidores da rivalidade entre as gigantes da indústria alimentar e como o marketing transforma umas simples bolachas num fenómeno cultural.

Formato Filme
Género Comédia
Realizador Jerry Seinfield
Estúdio Columbus 81 Productions
Distribuidora Netflix
Plataformas Netflix
Lançamento Maio de 2024

Escutar

Uncensored CMO

O Uncensored CMO é um podcast de Jon Evans, diretor de marketing e clientes da plataforma de eficácia de marca System 1, criado para explorar os prós, os contras e a verdade por trás da prática do marketing.

Com entrevistas a diretores de marketing e líderes do setor, o podcast aborda estratégias de marca, casos de sucesso e desafios das marcas, entre outros temas.

Screaming Creativity

Conduzido por Rob Reilly, diretor criativo executivo global do grupo WPP, o Screaming Creativity explora o impacto da criatividade nos negócios e na cultura.

O podcast inclui conversas com personalidades influentes do marketing e da publicidade, nas quais são abordados temas como o impacto da tecnologia na criatividade, o panorama em constante evolução do setor criativo, o futuro da publicidade e os percursos criativos dos convidados.

What Next?

O What Next? explora como a globalização, a tecnologia e as mudanças demográficas estão a remodelar a forma como criamos, consumimos e comunicamos.

Rishad Tobaccowala, conselheiro sénior do Publicis Groupe, conversa com diretores executivos e diretores criativos, para discutir o impacto da tecnologia nos meios de comunicação social, o atual cenário empresarial e da publicidade, bem como os desafios da liderança no futuro do trabalho.

Sobre o autorDaniel Monteiro Rahman

Daniel Monteiro Rahman

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Palhaçadas sérias

‘Clowns’ da BBH, para a Audi, é a campanha que Joana Antunes, redatora da Fuel, gostava de ter feito. ‘Estrelas Perfeitas’ da Dentsu Creative Portugal, para a Associação Salvador, é a que mais gostou de fazer, revela na rubrica Como É Que Não Me Lembrei Disto?

Vencedora de uma Prata no Young Lions Portugal 2023, Joana Antunes, redatora da Fuel, não tem na escrita a maior das paixões. Do que gosta mesmo é de pegar num ‘briefing’ e explorar as potencialidades do projeto que tem em mãos, procurando desafiar-se até ao limite, sem receio de pensar em grande.

É por isso que elege ‘Clowns’, que só descobriu recentemente, como a campanha que gostaria de ter feito. A simplicidade da ideia é o que mais a cativa, revela na rubrica do M&P Como É Que Não Me Lembrei Disto, dedicada à criatividade.

‘Estrelas Perfeitas’, a campanha que mais gostou de fazer, foi desenvolvida durante o período em que trabalhou na Dentsu Creative Portugal, entre julho de 2022 e outubro de 2023, antes de sair para a Alfred e depois para a Judas. Está na Fuel desde junho de 2024.

Qual é a campanha publicitária que gostaria de ter feito?

São várias as campanhas que gostaria de ter feito, especialmente as da Apple e do Burger King, que são sempre incríveis. No entanto, recentemente, deparei-me com uma campanha da Audi, de 2017, chamada ‘Clowns’, que me fez querer vê-la e revê-la vezes sem conta.

Quais são as razões dessa escolha?

Gosto sempre de fazer um exercício quando vejo uma boa campanha, que é imaginar qual seria o ‘briefing’. Neste caso, o ‘briefing’ deve ter sido daqueles que tinha tudo para ser aborrecido. Algo na linha de “precisamos de criar uma campanha que fale dos novos atributos de segurança dos nossos carros”.

A equipa que o recebeu deve ter conseguido dar-lhe a volta, desenvolvendo uma ideia muito simples, com base num ‘insight’ verdadeiro, o que é incrível. É algo que eu gostaria de ter conseguido fazer, caso tivesse recebido esse ‘briefing’.

O que é que lhe chama mais a atenção na campanha?

A simplicidade é o que me fascina nesta campanha. O filme passa uma mensagem forte. Consegue ter humor e emocionar em simultâneo. Porque há, de facto, muitos ‘palhaços’ na estrada, que são um perigo para todos nós. Este seria, talvez, o caminho mais óbvio, fazer uma campanha emocional e pesada.

Joana Antunes, redatora da Fuel

É só a simplicidade que a cativa?

Para mim, a inteligência da ideia é o uso da metáfora, ao trazerem os palhaços para o filme, o que torna a ideia mais leve, cativante e com algum humor. O facto de não serem necessárias falas para explicar a mensagem é outro dos pontos que adoro nesta campanha.

A assinatura no final do filme, ‘Audi Technology. Clown Proof’, é suficiente e resume a ideia de forma muito clara. Por fim, a escolha da música [‘Send In The Clowns’ de Faultline feat. Lisa Hannigan], é a cereja no topo do bolo.

É uma música que nos transporta para algo triste, mas que acaba por trazer algum sarcasmo para a campanha, reforçando a ideia de que podem mandar vir os palhaços porque a Audi está preparada para nos proteger deles.

Esta campanha inspirou-a a nível criativo?

Comunicar para marcas de carros nunca foi uma ambição e sempre achei que, criativamente, era algo um pouco limitado. No entanto, esta campanha fez-me ver este segmento de outra forma. Veio, inclusive, relembrar-me de que não existem maus ‘briefings’.

Se existir um cliente aberto a novas abordagens, conseguimos fazer coisas diferentes, que toquem as pessoas e que passem uma mensagem clara e impactante. Esta campanha inspirou-me a olhar para os ‘briefings’ que parecem aborrecidos com um novo olhar.

Qual é a campanha que fez que mais a concretizou profissionalmente?

Ainda tenho de pedalar muito nesta área para poder responder a esta pergunta. No entanto, com a experiência que tenho, posso dizer que o projeto que me fez sentir mais realizada foi a campanha ‘Estrelas Perfeitas’, para a Associação Salvador.

Primeiro, porque criámos um produto de raiz, o que por si só já é algo que me dá orgulho. Depois, ver o impacto do projeto e pôr as pessoas a contribuir e a falar sobre uma causa importante, é gratificante.

Sabemos que, só com a publicidade, não conseguimos mudar o mundo, mas se podermos contribuir para que seja um sítio melhor, torna-se mais fácil criá-la todos os dias.

Como é que chega a essa ideia?

O desafio que a Associação Salvador nos lançou consistia em criar um amuleto, um objeto, para assinalar o Natal e reforçar a importância da acessibilidade.

Ao fim de várias ideias chumbadas, lembrámo-nos de um momento, de uma tradição, que é comum em todas as casas, pôr a estrela no topo da árvore. É um momento que vemos como algo normal, mas que para muitas pessoas não é possível.

E assim nasceu a ideia de criarmos árvores de Natal inclusivas, construindo estrelas que podiam ser colocadas em qualquer parte da árvore.

Como é que avançou para a execução?

Para que a inclusão estivesse presente no nosso próprio produto, decidimos criar estrelas assimétricas e imperfeitas, simbolizando as fragilidades que todos temos. A nossa ideia era, também, que este objeto fosse bonito e apelativo, para que as pessoas o quisessem comprar para decorar as suas árvores.

Por isso, decidimos fazer uma parceria com a Burel, que facultou o excedente de produto e produziu as estrelas, tornando também a ideia sustentável.

 

As campanhas atualmente estão mais ou menos criativas do que antigamente?

Acho que os tempos mudam e devemos adaptar-nos. Presumo que, antigamente, as marcas investissem e arriscassem mais na comunicação. No entanto, acho que, hoje em dia, o ruído é tanto e está em tantos meios ao mesmo tempo que se torna essencial fazer uma comunicação mais de entretenimento e menos de ‘hard selling’.

O que faz quando não tem ideias?

Era incrível existir uma fórmula que resultasse sempre, mas no meu caso ainda não a descobri, nem depois de ler o guia prático de criatividade do John Cleese.

Quando não tenho ideias, passo primeiro pela clássica fase de síndrome de impostor, onde tudo é motivo de questionamento. Depois, vou dormir sobre o assunto, literalmente, o que resulta muito bem.

Noutras alturas, arregaço as mangas, abro um documento de Word em branco e começo a desenvolver uma pesquisa e a escrever ‘insights’ soltos.

Ficha técnica

Campanha ‘Clowns’
Cliente Audi
Agência Bartle Bogle Hegarty (BBH)
Diretor criativo Ian Heartfield
Diretor de arte Mikael Alcock
Diretor de estratégia Damien Le Castrec
Redator Doug Fridlund
Produtora Rattling Stick
Produtora executiva Katie Keith
Produtores David Lynch, Tim Nunn e Sally Humphries
Realizador Ringan Ledwidge
Diretor de fotografia Adam Arkapaw
Edição Rich Orrick/Work Editorial
Pós-produção The Mill Sonoplastia String and Tins
Diretora musical Ayla Owen
País Reino Unido
Ano 2017

Ficha técnica

Campanha ‘Estrelas Perfeitas’
Cliente Associação Salvador
Agência Dentsu Creative Portugal
Diretor criativo Ivo Purvis
Diretora de arte Madalena Montellano
Redatores Joana Antunes e Nuno Leal
Realizadora Maria Mena
Vídeografia Luís Pinto Magalhães
Fotografia Fernando Sousa
Entrevistas Nuno Mata, Diana Niepse e Hugo Maia
País Portugal
Ano 2023

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

Luis Batista Gonçalves

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Havas inspira-se na força do vento para reposicionar EDP

O filme institucional da campanha conta com a participação da atleta norte-americana Melissa Jefferson (na foto) que, aos 24 anos, está a consolidar-se como uma das principais velocistas do mundo

A Havas destaca o papel da energia eólica na campanha institucional global que marca o reposicionamento da EDP.
Somos Mais Rápidos Com o Poder do Vento’ é o mote da nova campanha produzida e realizada pela Garage, com planeamento de meios da Wavemaker. Em Portugal, vai estar três semanas no digital, redes sociais e televisão.

A campanha decorre também em digital e redes sociais em Espanha, Alemanha, França, Itália, Reino Unido, Polónia, Bélgica e Dinamarca.

O filme publicitário conta com a presença da desportista Melissa Jefferson, que, aos 24 anos, está a consolidar-se como uma das principais velocistas do mundo. No anúncio, a atleta norte-americana supera o seu recorde pessoal numa pista situada num parque eólico, reforçando a mensagem de que todos somos mais rápidos quando aproveitamos a força do vento.

Para além do novo posicionamento da EDP, o ‘spot’ realça o papel transformador da energia eólica na construção de um futuro neutro em carbono.

“Em 2024, ultrapassámos os 12 mil megawatts de capacidade instalada e gerámos mais de 31 mil gigawatts de energia limpa a partir da força vento. Esta é a década da ação, em que cada rotação das turbinas conta”, salienta Vera Pinto Pereira, administradora executiva da EDP, citada em comunicado de imprensa.

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Marketing

L’Oréal Paris escolhe Philippine Leroy-Beaulieu

A atriz (na foto) que interpreta Sylvie Grateau na série da Netflix ‘Emily em Paris’ protagoniza a campanha da linha Age Perfect Collagen Expert da marca francesa

A L’Oréal Paris anuncia a atriz Philippine Leroy-Beaulieu, de 61 anos, para embaixadora da marca em França. A atriz vai promover a linha Age Perfect Collagen Expert, a partir de 9 de junho. A divulgação é feita na página do Instagram da L’Oréal Paris com a mensagem: ‘a idade perfeita é agora!’

Conhecida pela personagem Sylvie Grateau na série da Netflix, ‘Emily em Paris,’ a atriz francesa desperta a atenção pelo estilo francês sofisticado. A L’Oréal Paris descreve-a como “um modelo de perseverança e ousadia”.

Para a diretora-geral da L’Oréal Paris, Marie-Julie Monnot, a atriz é a personificação do ‘french chic’. “Ao celebrar a idade, torna-se uma verdadeira fonte de inspiração para todas as mulheres”, conclui em comunicado.

A escolha de Philippine Leroy-Beaulieu faz parte de um movimento mais amplo da L’Oréal Paris, para defender a diversidade e a inclusão em todas as idades, culturas e estilos de vida.

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FOTO DR
Comunicação

Digidelta lança marca de filmes sustentáveis para impressões digitais

Desenvolvidos nos últimos dois anos, os filmes da Biond (na foto), da Digidelta, podem ser usados, com ou sem adesivo, em comunicações visuais, decorações de interior, publicidade, rotulagens e embalagens

A Digidelta, empresa que desenvolve e comercializa soluções de impressão, está a lançar no mercado a Biond, uma gama de filmes sustentáveis. Desenvolvidos com materiais biodegradáveis, de origem vegetal, que absorvem dióxido de carbono durante o processo de crescimento, são 100% biodegradáveis e podem decompor-se em menos de 90 dias, nas condições adequadas.

“A sustentabilidade não é apenas uma escolha, mas uma necessidade imperativa para o mercado global. Com a gama Biond, que traz ao mercado uma inovação sem precedentes, acreditamos que podemos redefinir os padrões de qualidade e responsabilidade ambiental, promovendo uma alternativa que alia a eficiência e o respeito pelo planeta”, salienta Armando Mota, CEO da Digidelta, citado em comunicado de imprensa.

Além de minimizarem as emissões de compostos orgânicos voláteis, tornando-os mais seguros e ecológicos, os novos filmes, desenvolvidos pela empresa nos últimos dois anos, também garantem benefícios de usabilidade idênticos aos tradicionais filmes adesivos de PVC, sem comprometer a qualidade de impressão. A nova solução pode ser usada, com ou sem adesivo, em comunicações visuais, decorações de interior, publicidade, rotulagens e embalagens.

“Com uma compatibilidade abrangente com tecnologias de impressão digital como o UV LED, o UV gel, o eco-solvente, o látex e a impressão mecanográfica flexografia e ‘offset’, a Biond adapta-se facilmente às necessidades mais exigentes do mercado”, salienta o responsável, que aposta na assinatura ‘A Branded Film Today for a Carbon-Free Tomorrow’ para exportar os novos filmes, investindo numa estratégia de distribuição global.

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Marketing

Marcas americanas adaptam estratégias em resposta às tarifas de Trump

Para marcas que produzem na China e no Vietname, como a Nike, a situação é preocupante. As que fabricam nos EUA estão numa boa posição, mas têm de ser cautelosas com o marketing ‘Made in the USA’

À medida que as marcas nos Estados Unidos se confrontam com um cenário marcado por tarifas comerciais alargadas e aumentos de preços nas importações, os anunciantes estão a adaptar as estratégias para enfrentarem um novo período de incerteza que os especialistas preveem que possa resultar numa crise mundial, noticia a Ad Age.

As marcas estão cautelosas em relação ao impacto das tarifas nos preços e na procura por parte dos consumidores. O mais recente plano de tarifas imposto por Donald Trump inclui uma taxa de 10% sobre todas as importações, bem como tarifas recíprocas sobre os países que impõem tarifas às importações dos Estados Unidos. O presidente norte-americano promete taxar os “piores infratores”, nomeadamente a União Europeia, a China e o Vietname.

A situação é preocupante para marcas como a Nike, que tem grande parte da produção centrada em fábricas na China e no Vietname, ou para a Bogg Bags, obrigada a procurar alternativas à produção na China. De acordo com dados da Bloomberg Intelligence, marcas como a Gap, a Victoria’s Secret e a Ralph Lauren também vão ser afetadas pelas pressões resultantes da instalação de fábricas no Vietname.

As marcas que fabricam a maior parte dos produtos nos Estados Unidos, por seu lado, estão numa boa posição. Segundo avança o The Wall Street Journal, é provável que uma vaga de anunciantes promova campanhas focadas no termo ‘Made in the U.S.A.’. A tendência já começa a surgir, com marcas como a New Balance e a Ford, entre outras, a divulgarem publicidade centrada na produção nacional.

‘Made in the U.S.A.’ pode trazer problemas

Embora estejam numa boa posição comercial face às tarifas, devido ao fabrico nacional, as marcas norte-americanas devem escolher cuidadosamente as expressões que utilizam, visto que as normas da Comissão Federal do Comércio dos Estados Unidos exigem que os produtos comercializados com a etiqueta ‘Made in the USA’ sejam, de facto, “totalmente ou quase totalmente” fabricados no país.

A fabricante de automóveis Stellantis foi das primeiras empresas a ver nas tarifas uma oportunidade de negócio, apostando na divulgação de anúncios patrióticos para a Jeep, a Ram e a Dodge. Entretanto, a empresa já foi obrigada a alterar a mensagem, em resposta a um inquérito de uma organização de regulação publicitária que alega que a Stellantis estaria a promover publicidade enganosa, sendo que algumas das peças utilizadas nos veículos das marcas são importadas e que os carros não são, de facto, fabricados nos Estados Unidos, mas sim montados no país.

“A Stellantis tem todo o direito de se vangloriar das fábricas de montagem das marcas que detém nos Estados Unidos, que criam empregos e fortalecem a economia americana, mas não pode induzir os consumidores em erro sobre a verdadeira dimensão da produção nacional”, escreve a Truth in Advertising, organização sem fins lucrativos que regula a publicidade enganosa, numa carta dirigida a Olivier François, diretor de marketing global da Stellantis, e a Giorgio Fossati, conselheiro geral da fabricante de automóveis.

Na sequência desta queixa, a Stellantis remove os anúncios do YouTube e termina prematuramente as campanhas televisivas para fazer alterações à linguagem utilizada nos anúncios. Este é mais um caso que retrata o impacto direto da instabilidade promovida pela Administração Trump.

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Flesh512 cria campanha digital para a Água Serra da Estrela

“O programa que a campanha (na foto) promove vai permitir evitar a utilização de cerca de 700 toneladas de plástico virgem em 2025”, explica ao M&P Ana Rita Martins, diretora de marketing da marca

A agência criativa e produtora audiovisual Flesh512 assina ‘Para Que Nunca Acabe’, campanha digital da Água Serra da Estrela que divulga o programa de promoção de sustentabilidade ambiental, que apela à valorização da água e dos recursos naturais da região que a marca está a dinamizar.

“A Serra da Estrela enfrenta desafios crescentes, como os incêndios, as alterações climáticas e a ação humana. Esta iniciativa surge como a consolidação de uma resposta concreta e urgente, reforçando o compromisso da marca com a valorização da sua origem e preservação e regeneração do ecossistema único onde nascemos e estamos inseridos”, justifica ao M&P Ana Rita Martins, diretora de marketing da Água Serra da Estrela.

Lançada a 8 de abril na fábrica da empresa, em Gouveia, a campanha está a ser divulgada nas redes sociais da marca e das organizações com quem a Água Serra da Estrela estabeleceu parcerias de cooperação que preveem a plantação de 15 mil árvores até 2035.

“Este ano, alcançamos um marco inédito no setor, ao garantirmos a utilização de 100% plástico reciclado em todas as nossas embalagens. O programa que a campanha promove vai permitir evitar a utilização de cerca de 700 toneladas de plástico virgem em 2025, passo este que corresponde a uma antecipação e superação do requisito legal, com o objetivo de mitigar ao máximo o impacto das garrafas de uso único”, sublinha Ana Rita Martins. 

Desde 2002, a Água Serra da Estrela já apoiou a plantação de 1,7 milhões de árvores. “Além de medidas concretas na operação da marca, o programa integra a dimensão comunitária, chamando à ação parceiros, instituições e cidadãos. Sabemos que não movemos montanhas, mas juntos podemos atravessá-las e chegar mais longe, mobilizando e inspirando mudanças de comportamentos”, refere ainda a responsável.

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Media

TV: Os programas que dominam as audiências, gravações e redes sociais em março

O futebol lidera a lista dos programas mais vistos. Nas gravações diárias, o programa de Ricardo Araújo Pereira, ‘Isto é Gozar com Quem Trabalha’, conquista a primeira posição. A TVI ganha novamente nas menções nas redes sociais com os ‘reality shows’ do canal

Em março, o jogo a contar para a Liga das Nações que opõe a seleção nacional à Dinamarca é o programa mais visto. Transmitido na RTP1 a 23 de março, o jogo de futebol lidera o top de programas, com uma audiência média de 2,531,000 espectadores, num ranking liderado pela transmissão de eventos desportivos, segundo a análise da Marktest com base nos dados da Mediamonitor.

Na segunda posição encontra-se a primeira mão do mesmo confronto entre Portugal e a Dinamarca, exibido a 20 de março na RTP1, com uma audiência média acima dos dois milhões de espectadores. A fechar as três primeiras posições está o programa de Ricardo Araújo Pereira ‘Isto é Gozar com Quem Trabalha’, transmitido a 9 de março, na SIC.

Nos programas gravados e visionados no próprio dia, a liderança cabe novamente a um episódio do programa ‘Isto é Gozar com Quem Trabalha’, transmitido na SIC a 30 de março, que regista 228,300 espectadores em termos de audiência média. Nas gravações de sete dias, a emissão do programa ‘Taskmaster’, na RTP1 a 29 de março, ocupa o primeiro lugar.

Nas redes sociais, os ‘reality shows’ da TVI ‘Secret Story – Casa dos Segredos’ e ‘Big Brother’, encontram-se em destaque nas primeiras e segundas posições da tabela, respetivamente.

Na terceira posição surge o programa da manhã da TVI, ‘Dois às 10’, à frente do ‘reality show’ da SIC ‘Casados à Primeira Vista’, que ocupa a quarta posição. ‘Goucha’, o programa da tarde da TVI, encontra-se na quinta posição, seguido do concurso de talentos da RTP1 ‘Got Talent Portugal’ e da novela da TVI ‘A Protegida’, na sexta e sétima posição, respetivamente.

O top 10 dos programas com mais menções nas redes sociais no segundo mês do ano é completado pela novelas ‘A Fazenda’, da TVI, e ‘A Herança’, da SIC, na oitava e nona posição respetivamente, seguidas da  série juvenil da TVI ‘Morangos Com Açúcar’, em décimo.

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