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Como monetizar os conteúdos digitais

O digital ainda é visto como a promessa (por cumprir) de angariação de novas receitas,

Ana Marcela
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O digital ainda é visto como a promessa (por cumprir) de angariação de novas receitas,

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O digital ainda é visto como a promessa (por cumprir) de angariação de novas receitas, uma promessa que tem levado os editores a apostar cada vez mais neste media, sobretudo numa altura em que as receitas de circulação e publicidade têm vindo a sofrer quebras, mais ou menos acentuadas.

A publicidade online é, ao que parece, dos poucos formatos que têm vindo a apresentar crescimentos na ordem dos dois dígitos, começando a representar uma fatia significativa dos resultados dos grupos de media. Na Times Co, de acordo com o mais recente relatório e contas da empresa, relativo ao segundo trimestre, a publicidade digital já representa 26 por cento das receitas de publicidade do grupo detentor do New York Times, The Boston Globe ou da About.com (projecto que no trimestre assinalou um crescimento de 23,6 por cento, para os 32 milhões de dólares). O crescimento de 21 por cento da publicidade digital, contudo, não foi suficiente para ‘eliminar’ o efeito da quebra de seis por cento da publicidade no papel, levando as receitas de publicidade do grupo a uma estabilização.

Com a publicidade digital ainda a provar ser insuficiente para garantir a sustentabilidade das operações de media, os editores viram-se naturalmente para outras possibilidades ou aplicações que possam gerar receita em ambiente digital.

Subscrição e pagamentos de conteúdos online

Rupert Murdoch tem sido o grande paladino da cobrança de conteúdos online, tendo implementado políticas de acesso condicionado aos sites de publicações como os ingleses The Times e Sunday Times, movimento que, já anunciou, irá estender-se a outros títulos do grupo no Reino Unido. Desde o início de Julho que os assinantes das edições em papel estão a pagar uma libra por um dia de acesso aos sites e duas libras por uma subscrição de uma semana. Como oferta promocional, os clientes que se registarem podem aceder aos dois websites durante 30 dias por apenas uma libra. A edição de iPad do The Times custará 9,99 libras mensais, continuando a ser cobrada à parte. Números de receitas obtidas com esta política não são conhecidos, mas a colocação de uma paywall nos sites dos jornais levou a quebras de leitura de cerca 90 por cento, segundo cálculos do The Guardian (com base em números do Experian Hitwise). Um estudo recente realizado pela KPMG, Consumers & Convergence IV, dá conta da mesma reticência dos utilizadores em pagar por conteúdos online revelada por estudos anteriores. O estudo anual da utilização dos consumidores de PC e telemóveis indicia que no Reino Unido 81 por cento dos inquiridos migraria para outro site se a cobrança de conteúdos num site até aqui gratuito começasse a ser efectuada, estando apenas 19 por cento disposto a pagar, informa o estudo citado pela Marketing Week. Noutros mercados o cenário é mais positivo, com 43 por cento dos inquiridos a nível mundial dispostos a pagar por conteúdos, valor que sobe para 59 por cento nos países da Ásia-Pacífico. “Apesar dos consumidores mostrarem resistência ao pagamento de conteúdos, estão mais receptivos à visualização de publicidade e a que o seu perfil online seja monitorizado. Isto aponta a uma tendência que já vimos em anos anteriores e, novamente, funciona como um indicador se um modelo de cobrança ou financiamento por publicidade irá eventualmente ser bem sucedido”, comenta Tudor Aw, head of technology da KPMG Europe. Vídeo, música e jogos são conteúdos pelos quais os utilizadores estão mais dispostos a pagar, diz o estudo. E conteúdos especializados parecem também ganhar adeptos, a avaliar pelos números recentes do Financial Times. As subscrições da edição digital do jornal da Pearson atingiu os 149,047 no final de Junho, valor que representa um aumento de 27 por cento face a igual período do ano anterior, e mais 17 mil em relação a Janeiro. Parte destas subscrições resultam da aplicação iPad do jornal que só nos Estados Unidos representa 250 mil downloads, aumentando em 10 por cento o número de subscrições digitais, embora a mesma esteja ainda disponível gratuitamente durante um período experimental.

Outra opção nas mãos dos editores é a viragem para o mobile e a manutenção de um sistema misto com o melhor dos dois mundos: manter os conteúdos do site abertos, mas oferecendo, a quem está disposto a pagar, um produto superior. Foi a opção tomada pelos italianos L’Expresso. A partir de 2 de Agosto o grupo irá usar telemóveis para cobrar acesso ao conteúdo digital do La Repubblica, disponível em PC, tablet e smartphone. “O conteúdo pode ser acedido e comprado de forma segura através de um simples clique via telemóvel ou fazendo uso de um outro terminal (PC ou tablet), ao introduzir um número de telemóvel e a password escolhida pelo cliente”, explicava o grupo em nota enviada às redacções, citado pelo ABC Global News. Os utilizadores que não têm uma conta de telemóvel local (Itália) podem adquirir as edições através de um cartão de crédito ou no iTunes da Apple. Uma subscrição semanal do La Repubblica irá custar 3,5 euros e uma edição única 0,79 euros, o website do jornal manter-se-à acessível de forma gratuita.

A promessa do iPad

É a nova coqueluche dos aficionados da Apple e, rapidamente, está a transformar-se no terminal favorito dos editores que vêem no iPad a reunião do melhor das edições em papel, com o mundo digital. Resultado? Apenas 80 dias depois de ter lançado este tablet nos Estados Unidos a Apple já tinha vendido 3 milhões de iPad estando disponíveis mais de 11 mil aplicações para este terminal, segundo informava em finais de Junho a empresa. A Wired é apenas um exemplo de publicações a acreditar no potencial desta plataforma, tendo lançado uma versão adaptada a este terminal. E o iPad foi encarado por alguns editores como o terminal ideal para o regresso de títulos entretanto descontinuados. É o caso da Condé Nast e da desaparecida Gourmet. Saída das bancas no Outono passado, a marca deverá regressar até ao último trimestre, desta feita sob a forma de uma aplicação gratuita para o iPad: a Gourmet Live. O arquivo de receitas da revista, ensaios sobre gastronomia, fotografias, bem como uma maior interactividade com os leitores é o que a ‘renovada’ Gourmet quer oferecer. Para promover uma maior proximidade com os leitores, a Condé Nast estabeleceu ainda uma parceria com a Activate, permitindo aos utilizadores partilhar receitas no Facebook ou Twitter, marcar artigos como favoritos e ver quais aqueles que são mais populares na rede de amigos. A Gourmet Live irá também incorporar um jogo em tempo real, semelhante ao popularizado pela aplicação móvel Foursquare, que irá disponibilizar novos conteúdos (gratuitos e por um valor reduzido) à medida que os utilizadores navegam pela aplicação. “Esta não será uma revista e não é uma versão digital de uma revista. É uma forma totalmente nova de nos relacionarmos com os consumidores”, diz Chuck Townsend, CEO da Condé Nast, citado pela edição online do The New York Times.

Mas não são apenas as revistas a tirar partido, e potenciais receitas, desta plataforma. Também os jornais o estão a fazer. O L.A. Times, por exemplo, avançou este mês com uma aplicação para este terminal. Com um custo de 1,99 dólares, a aplicação permite aos leitores acederem aos mais recentes destaques, fotografias, tweets e um feed noticioso do jornal. De acordo com o site do jornal, os utilizadores podem ainda guardar histórias e fotografias numa secção de Favoritos para visualizar mais tarde, bem como partilhar histórias nas redes sociais, (twitter) e por e-mail.

Bancas digitais: a resposta aos agregadores de notícias

Se não os podes vencer, junta-te a eles. Pelo menos é o que parece ter pensado um conjunto de seis jornais franceses que decidiram avançar para a criação de um site de notícias alternativo ao Google News e uma banca digital a ser lançada em Setembro. Le Monde, Le Figaro, Les Echos, Le Parisien e L’´Equipe juntaram-se para construir uma alternativa ao serviço de notícias do Google, surgindo o projecto como uma resposta à indisponibilidade do motor de busca em partilhar receitas do Google News. O preço dos conteúdos da banca virtual será fixado por cada um dos diários, que também disponibilizam diversos pacotes de subscrição para artigos individuais ou cada publicação. De acordo com o Les Echos, “a monetização dos conteúdos web, o que foi acordado pelos grupos editoriais, é o objectivo”. Neste momento o projecto é financiado pelos seis jornais, mas segundo o ABC.es o grupo está a tentar também obter subsídios disponibilizados pelo governo de Sarkosy para a imprensa e, de acordo com o Xornal de Galicia, os diários estão ainda a negociar com a Orange e a Microsoft para a criação da plataforma que ficará acessível por PC, telemóvel, e-reader e iPad.

A resposta francesa ao Google surge numa altura em que o próprio motor de busca está a desenvolver um sistema de pagamento de conteúdos para sites noticiosos, com lançamento previsto até o final do ano. De acordo com o jornal La Repubblica, o sistema denominado Newspass permite aos utilizadores com apenas um clique aceder a conteúdos pagos e aos editores – através de uma única infraestrutura para web, mobile e tablet – monetizar os seus conteúdos. O serviço permitirá a compra de conteúdos como notícias, vídeo, áudio ou fotografia, estando acessível na web, nos telemóveis ou terminais como o iPad ou outros tablets, adaptando-se a qualquer forma de pagamento que o editor defina, desde micro-pagamentos ou a sistemas de assinatura. Fazendo uma pesquisa no Google News os utilizadores obtêm resultados de conteúdos pagos e gratuitos. Ao optar por um conteúdo pago, será feita uma cobrança através do Google Checkout, não podendo o utilizador aceder ao conteúdo marcado como pago, caso não efectue um pagamento. O Google irá partilhar a informação com os editores, de modo a que possam averiguar o sucesso do sistema.

Quando as redes viram revistas

Fundada por Mike McCue (antigo CEO da Tellme) e Evan Doll (ex-engenheiro sénior da Apple), a Flipboard foi este mês apresentada ao mercado como “a primeira revista social do mundo”. Desenhada de raiz para o iPad, a Flipboard resulta dos conteúdos dos utilizadores disponíveis nas redes sociais, bastando ‘abrir’ a capa da revista e, através do índice de conteúdos, os leitores podem criar e visualizar as suas secções e personalizar a revista. “Com mais de mil milhões de mensagens postadas todos os dias, as redes sociais estão rapidamente a transformar-se na fonte primária onde as pessoas descobrem e partilham conteúdo na rede. O resultado é um fluxo enorme de mensagens e links que as pessoas têm de escolher em múltiplos web sites apenas para se manterem a par”, afirmou Mike McCue, CEO da Flipboard, em comunicado. “Acreditamos que os princípios intemporais da imprensa possam fazer com que as redes sociais sejam menos ruidosas, visualmente mais estimulantes e, em última análise, mais mainstream”, continua.

E o e-commerce, o e-commerce

“As plataformas digitais são cada vez mais atractivas para os anunciantes que exigem uma maior prestação de contas e querem programas inovadores e convincentes que façam com que os utilizadores prestem atenção”. A afirmação é de Connie Anne Philips, publisher da revista de moda InStyle, citada pelo Mashable, justificando a aposta do grupo Time Inc. na compra em Janeiro do Stylefeeder, um motor de busca que faz recomendações com base nas compras online feitas anteriormente pelos utilizadores. A tecnologia do Stylefeeder vai ser usada para potenciar a InStyle Boutique, uma loja virtual que irá estar aberta durante cinco semanas em meados de Agosto aquando da saída em banca da revista de Setembro. Os utilizadores serão encorajados a registar-se e explorar diariamente a boutique, ganhando vários prémios e incentivos. Cada secção da loja irá apresentar até 20 vídeos de peças das marcas anunciantes que os visitantes podem adquirir. Vídeos com as tendências de Outono dos editores da publicação irão também estar disponíveis, podendo os anunciantes introduzir anúncios pre-roll ou em overlay.

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New in Town regressa à CNN Portugal com Sara Sousa Pinto na apresentação

Sara Sousa Pinto é a nova apresentadora de New in Town. O programa produzido pela NiT regressa à antena da CNN Portugal no próximo sábado, 18 de maio. Os vídeos do formato são disponibilizados na plataforma NiTtv e nas redes sociais da marca da MadMen

O programa New in Town, produzido pela NiT, regressa à antena da CNN Portugal, no dia 18 de maio, sábado, com Sara Sousa Pinto na apresentação, confirmou ao M&P Jaime Martins Alberto, diretor-geral da MadMen, empresa que detém a marca. Para além da antiga pivô de Esta Manhã, programa matinal diário da TVI que foi suspenso no início do ano, a versão televisiva da publicação digital de lifestyle conta com a participação de Sara Ribeiro, Marcos Pinto e Miguel Lambertini.

“O desafio da NiT é diferente porque não é em direto. Acabo por ter um papel diferente e a oportunidade de crescer na área do lifestyle. Vou ter uma linguagem diferente e isto acaba por me desafiar”, afirmou Sara Sousa Pinto nas primeiras declarações públicas que fez sobre o projeto, em entrevista à NiT. Também disponíveis na plataforma NiTtv e nas redes sociais da NiT, YouTube e Instagram, os vídeos do programa New in Town integram um código QR que remete para o site da NiT.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

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Comon cria campanha provocadora e humorista para a Makro

A Comon recorreu a estátuas gregas, zebras e fatos espaciais para, com base nas análises data driven feitas ao comportamento dos clientes da Makro, idealizar uma campanha publicitária multimeios disruptiva e divertida que pretende reforçar o posicionamento da marca

A nova campanha publicitária da Makro, idealizada pela Comon, revoluciona a forma de comunicar da marca. Estátuas gregas, zebras e fatos espaciais são os protagonistas dos anúncios. Além das redes sociais da marca e dos media digitais, também figuram nos múpis e nos cartazes de lojas que estão a ser espalhados por todo o país, com maior concentração na região de Lisboa, apresentando um discurso humorístico e provocador. “Tínhamos o desafio de fazer uma comunicação diferenciadora”, assume ao M&P Salvador Mathias, gestor nacional de excelência multicanal da Metro, empresa que detém a marca.

“Quem poderia esperar que esses elementos fossem os protagonistas de uma campanha de uma empresa de distribuição grossista? Mas é exatamente isso que nos torna únicos. Escolhemos uma abordagem menos óbvia, que certamente surpreenderá o mercado. Ao combinar o humor e o tom até provocador, sentimos que estamos a abrir novas oportunidades para a imagem da marca e a cumprir os objetivos da campanha”, refere o responsável. Reforçar o posicionamento como parceiro grossista, mostrando aos clientes que podem encontrar os produtos essenciais os seus negócios, é o propósito da iniciativa.

“O grande objetivo é reforçar o nosso compromisso com o setor da restauração, sublinhando que, no nosso portefólio de produtos alimentares e não alimentares, temos tudo o que os clientes deste segmento necessitam para o sucesso dos seus negócios. É certo que esta tem sido a nossa mensagem nas campanhas que temos vindo a desenvolver, mas desta vez quisemos fazê-lo com este tom disruptivo”, justifica Salvador Mathias. A mensagem da campanha tem em conta os resultados das análises data driven feitas ao comportamento dos clientes da Makro, que também ouviu um grupo de clientes habituais da insígnia.

A campanha multimeios, que arrancou a 15 de maio, prolonga-se até junho, sendo amplificada por um cartaz de formato diferenciado instalado na loja da Makro de Alfragide. “Este ano, o objetivo é maximizar o nosso plano de marketing, de forma estratégica e cirúrgica, com ações e iniciativas que nos projetem como, mais do que fornecedores, parceiros. Esta campanha representa uma aposta criativa, muito grande e disruptiva, que vem reforçar aquilo em que, diariamente, estamos focados, o sucesso dos clientes é o nosso negócio”, refere Salvador Mathias, sem revelar valores de investimento publicitário.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

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Rosalía é a nova embaixadora global da Dior

A artista espanhola protagoniza a nova campanha publicitária da marca. Produzida pela North Six, com direção criativa de Margot Populaire e figurinos de Maria Grazia Chiuri, diretora criativa da Dior desde 2016, promove a carteira Lady Dior e vai ter grande divulgação nos meios digitais

A cantora, compositora e produtora musical espanhola Rosalía é a nova embaixadora global da Dior. A intérprete protagoniza a nova campanha publicitária da marca, que vai ser maioritariamente divulgada nas redes sociais e nos media digitais, apurou o M&P. Produzida pela North Six, com direção criativa de Margot Populaire e produção adicional de Emma Roach, integra um filme publicitário realizado por Collier Schorr, que também assina as fotografias promocionais da parceria.

O estilismo é de Elin Svahn, com maquilhagem de Ariel Tejada e cabelos de Olivier Schawalder. Os figurinos são da responsabilidade de Maria Grazia Chiuri, diretora criativa da Dior desde 2016. Além de apresentar a nova embaixadora global da marca, a campanha publicita a carteira Lady Dior, uma das criações da etiqueta fundada pelo estilista francês Christian Dior em 1946.

“Explorando a emoção espontânea da cor e a intensidade profunda do preto e branco, as fotografias captadas por Collier Schorr transmitem uma pluralidade maravilhosa. Num ambiente íntimo, apenas com um microfone e um piano, um tributo às atuações ao vivo e às ligações apaixonantes entre moda, palco e música, a multitalentosa cantora espanhola é revelada, incrivelmente radiante”, informa a Dior, que em Portugal é comunicada pela Press Club, em comunicado de imprensa.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

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Quase metade dos criativos têm uma relação difícil com as marcas

A inteligência artificial, o comércio social e as comunidades baseadas em interesses são as áreas do marketing e da criatividade que terão mais investimento este ano, segundo o estudo Estado da Criatividade, da Lions Advisory

Se a voz de Pedro Ribeiro, diretor criativo da Tux & Gill, refletir o mercado publicitário, a conclusão do relatório internacional Estado da Criatividade, da Lions Advisory, que indica que 45% dos criativos tem uma relação difícil com as marcas, não está longe da realidade portuguesa.

“Revejo-me nesses 45% e até me surpreende que não seja um número maior”, adianta o diretor criativo da Tux & Gill. O estudo em causa, conduzido pela consultora do Cannes Lions que se dedica à análise do mercado publicitário, a Lions Advisory, revela que a rutura na comunicação entre os principais intervenientes no processo criativo, agências e marcas, representa um risco para o mercado, nomeadamente por acontecer num momento em que há um maior investimento no setor.

Para Vasco Perestrelo, diretor-geral da MOP e representante em Portugal do Festival de Publicidade de Cannes, a perspetiva é outra, mas a realidade é a mesma. “Uma das coisas que o relatório indica é que, não havendo do lado dos clientes pessoas com perfil virado para a criatividade e que gostam de arriscar e fazer coisas novas, a tendência é cortar esse ímpeto que as agências têm, por definição. Até boas ideias, que podem ser transformadoras, acabam por ser condenadas à partida por serem arriscadas. A criatividade vive muito de fazer a diferença e isso implica alguma assunção de risco. Se as marcas não arriscarem no posicionamento e nas campanhas, torna-se mais difícil distinguirem-se umas das outras”, afirma Vasco Perestrelo.

Para Pedro Ribeiro, os desafios que tornam mais complexa a relação de trabalho entre criativos e marcas passam pelos “orçamentos mais reduzidos, prazos mais apertados, processos de ‘pitch’ mais insustentáveis, equipas mais reduzidas e inexperientes, de ambos os lados, e um foco maior nos resultados imediatos, com menos consideração pela construção de marca a longo-prazo”.

Já Levi Olivares, diretor digital da McCann Lisboa, assinala, à semelhança de Vasco Perestrelo, a necessidade de as marcas arriscarem mais no que toca ao processo criativo, uma vez que “a baixa competitividade entre as marcas leva a uma menor necessidade de arriscar, logo cria-se um cenário de poucas oportunidades para o mercado criativo inovar e sair do ‘mais do mesmo’, que para mim é a principal razão pela qual me revejo nessa estatística”.

Questionado sobre o estado da criatividade em Portugal face aos resultados apresentados no estudo internacional da Lions Advisory, Vasco Perestrelo considera que “estamos em linha com as principais tendências do mundo, não nos destacamos de forma muito diferente dessas tendências e conclusões. A única vertente que nos distingue é a situação política que vivemos”.

Levi Olivares, por seu lado, acredita que o nível criativo e o potencial do mercado português são muito bons. Admite, no entanto, que “face a outros mercados existe alguma falta de competitividade, não entre as agências, mas entre as marcas, e esse contexto de pouca apetência para arriscar e lutar pelo ‘spotlight’ de cada categoria não colabora para um mercado criativo, que tem potencial para ter mais expressão e trabalho destacado no cenário internacional”.

Pedro Ribeiro vai mais além e defende que a melhoria do desempenho das nossas agências em prémios internacionais nos últimos anos revela a capacidade que existe no mercado português, contudo, o criativo também refere que “Portugal não escapa à falência do modelo de gestão e de remuneração das agências criativas, em que parece que ainda ninguém encontrou a fórmula certa para cobrar de forma justa pelo pensamento e pelas ideias”.

O relatório, que se baseia num inquérito feito a cerca de 3000 profissionais criativos e marketers, alguns dos quais portugueses, revela que 51% dos inquiridos prevê que a indústria do marketing e da criatividade cresça fortemente, em 2024, tendo em conta que 60% dos inquiridos, no primeiro semestre de 2023, afirmaram que tencionavam reduzir os gastos em criatividade em 2024. A realidade, afinal, é outra e em vez de irem cortar, 69% das marcas dizem que vão manter ou aumentar o investimento este ano.

Em termos das áreas que vão acolher a maioria dos investimentos, o estudo salienta a inteligência artificial (IA), o comércio social e as comunidades baseadas em interesses. Em relação à IA, o relatório refere que, em 2023, 7,3% dos trabalhos a concurso no Festival de Publicidade de Cannes foram criados com recurso a IA, enquanto em 2022 havia apenas 3,7%. Até as marcas que em 2024 vão investir menos em marketing (62% dos inquiridos) vão aumentar os gastos com IA.

Para Pedro Ribeiro, a IA na criatividade é inevitável e a resposta das agências não pode ser de negação nem rejeição. “Pode reforçar o papel das agências criativas, ao automatizar processos mais executivos, trazendo o protagonismo de volta ao pensamento e à ideia. A IA exige estratégia, criatividade e critério, capacidades que o nosso mercado tem de sobra”.

Levi Olivares defende que “a utilização da IA veio para ficar”, não acreditando que o seu uso no mercado criativo “deva ficar restrito a geração de imagens através de ‘prompts’, nem seria essa a sua mais-valia. Idealmente o seu uso devia ficar ligado à performance, automação e à otimização de processos”.

No que toca ao comércio social, o relatório conclui que 44% dos inquiridos vão investir mais nesta área, em 2024, com 8% a excluir a aposta neste formato de vendas. Com as redes sociais e o comércio eletrónico a fundirem-se, o comércio social torna-se num canal fundamental para envolver os consumidores, destaca o relatório. De acordo com o Statista, empresa de pesquisa de mercado citada no estudo da Lions Advisory, as vendas globais do comércio social estão projetadas para atingir 8,5 triliões de dólares (€7,9 biliões), até 2030.

“As marcas estão cada vez mais a usar a comunicação que fazem nas redes sociais como um drive-in direto para vendas. Mas em vez desta linha, de fazer comunicação que pode derivar numa venda, as marcas vão investir cada vez mais em redes sociais para vendas diretas, utilizando-as como lojas. Estas acabam por ser simultaneamente, janelas de comunicação, mas também de retalho por ídolo disso, que é o chamado comércio social”, explica Vasco Perestrelo.

Relativamente às comunidades baseadas em interesses, o relatório afirma que 54% dos inquiridos vão investir mais nesta área, que irá tornar-se mais importante para satisfazer as gerações mais jovens. De acordo com os dados da Euromonitor, referidos no estudo Estado da Criatividade, 48% dos consumidores da geração Z quer ativamente interagir com as marcas em plataformas como o TikTok, para terem mais influência nos produtos que as marcas lançam.

Sobre o autorDaniel Monteiro Rahman

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Iscte Executive Education realiza webinars gratuitos sobre comunicação de destinos e marcas locais

O webinar Placebrand e Turismo Sustentável, moderado por Ana Simaens, realiza-se a 20 de junho, às 18h30, no Iscte Executive Education. Uma semana depois, à mesma hora, Designed in Portugal: Reinventar Tradição, Criar Marcas é a temática abordada. As vagas são limitadas

O Iscte Executive Education está a organizar sete webinars temáticos sobre comunicação e promoção de destinos e marcas locais. Moderados por docentes da pós-graduação em placebrand e place marketing da instituição, contam com a participação de especialistas da área e são gratuitos, apesar de exigirem uma inscrição prévia que pode ser feita online. As vagas são, no entanto, limitadas a 20 participantes por sessão.

O webinar Placebrand e Turismo Sustentável, moderado por Ana Simaens, realiza-se a 20 de junho, às 18h30. Além de Carolina Mendonça, coordenadora da estrutura de sustentabilidade do destino turístico Açores DMO, a iniciativa conta com a participação de Maria de Lurdes Vale, diretora do Turismo de Portugal em Espanha.

Uma semana depois, a 27 de junho, à mesma hora, Designed in Portugal: Reinventar Tradição, Criar Marcas é o webinar que se segue. Moderado por João Faria Gomes, tem Carlos Coelho, presidente da Ivity Brand Corp, como convidado. Diáspora Como Ativo Estratégico de Portugal, Cidades Inteligentes: Criação de Valor e Um Futuro Que Passa por África e Bacalhau Bridge Effect são outros dos webinares gratuitos agendados.

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Adidas escolhe modelo e desportista português para campanha internacional

Com assinatura do estúdio criativo alemão Aboutkokomo, a campanha publicitária foi produzida pela Twentyfour Seven. João Pinto, filho do ex-jogador de futebol João Vieira Pinto e da atriz e apresentadora de televisão Marisa Cruz, é uma das imagens da marca desportiva alemã

Depois de ter usado a imagem do futebolista português Rafael Leão para promover as novidades de calçado desportivo da marca, a Adidas acaba de contratar o modelo e desportista João Pinto, filho do ex-jogador de futebol João Vieira Pinto e da atriz e apresentadora Marisa Cruz, para a nova campanha internacional. Desenvolvida pelo estúdio criativo alemão Aboutkokomo, sediado em Berlim, foi produzida pela Twentyfour Seven, produtora internacional com escritórios em Portugal, Espanha, Polónia, Lituânia, Estados Unidos, Chile, Argentina e República Dominicana.

Fotografada por Raquel Chicheri, com estilismo de Carolina di Leo e imagem de Paulo Fonte, responsável pelos cabelos e pela maquilhagem, a campanha vai ser divulgada internacionalmente em media digitais, redes sociais e múpis. Em Portugal, ainda não foi definida uma data para a exibir, apurou o M&P. No perfil global da marca nas redes sociais, houve outro desportista português a destacar-se no último mês. O futebolista João Félix, avançado do FC Barcelona, é um dos protagonistas do filme publicitário que a marca partilhou a 2 de maio para promover a aplicação Adidas Running.

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7 em cada 10 portugueses atribui responsabilidade às marcas na resolução dos problemas globais

Os consumidores sentem que as marcas não estão a conseguir corresponder às novas exigências, chegando a afirmar que não se importariam se 75% das marcas que existem hoje desaparecessem. 84% dos portugueses esperam que as marcas sejam transparentes sobre o que prometem, mas apenas 22% acreditam que as marcas realmente o fazem

Sete em cada 10 portugueses afirma que as empresas e as marcas têm o poder e o dever de contribuir para a resolução de alguns dos problemas globais da sociedade, revela o estudo Meaningful Brands, realizado pela Havas Media Network.

Apesar de 91% dos inquiridos destacar a crise ambiental como a preocupação mais urgente a nível global, a crise económica é o que mais preocupa os consumidores a nível pessoal. O estudo revela que 54% dos inquiridos, a nível global, defendem que as empresas deveriam estar mais focadas em ajudar os clientes, e não só na venda dos produtos ou serviços.

“As pessoas têm plena consciência de que estão a enfrentar crises globais que afetam quase todos os aspetos das suas vidas. Todas as crises representam uma enorme ameaça à nossa capacidade de sobreviver e prosperar. As pessoas vêem-se obrigadas a adaptar-se e a mudar e, com isso, o que exigem das marcas muda também”, sustenta Mark Sinnock, diretor global de estratégia, dados e inovação da Havas Creative Network.

Os consumidores inquiridos definem as marcas e as empresas como o segundo interveniente mais importante na resolução dos desafios económicos, depois das entidades governamentais e políticas. No entanto, os inquiridos sentem que as marcas não estão a conseguir corresponder às novas exigências, chegando a afirmar que não se importariam se 75% das marcas que existem hoje desaparecessem.

A falta de confiança e aparente indiferença estão relacionados à disparidade entre as expectativas dos consumidores e o desempenho das marcas, sendo que 84% dos portugueses esperam que as marcas sejam transparentes sobre o que prometem, mas apenas 22% acreditam que as marcas realmente o fazem.

Por outro lado, a crescente exigência global dos consumidores observa-se a vários níveis, nomeadamente no que toca ao papel das marcas na promoção de um mundo melhor, mas sobretudo na promoção do bem-estar individual dos seus clientes. Segundo os dados do estudo, 80% dos inquiridos em Portugal esperam que as marcas façam mais pelo seu bem-estar e saúde. Uma percentagem semelhante à dos que esperam que as marcas ajam pelo bem da sociedade e do planeta.

As conclusões do Meaningful Brands referem que esta é a era da ‘Economia do Eu’, na qual os benefícios pessoais assumem maior peso na construção de marcas relevantes. Expectativa reflete-se no facto de as marcas relevantes e significativas atualmente terem um desempenho superior em termos de benefícios pessoais em comparação com a média das marcas. E, nesta perspetiva, a capacidade de uma marca ajudar os consumidores a simplificar a sua vida (63%), a poupar tempo e dinheiro (61%), e a inspirá-los (56%), é o principal desafio para as marcas permanecerem relevantes e significativas.

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Quem são os favoritos do Euro 2024?

Com o Euro 2024 a aproximar-se rapidamente, os entusiastas do futebol em toda a Europa estão ansiosos para ver as suas seleções favoritas em ação. Com uma série de seleções talentosas a competir pelo prestigioso título europeu, é hora de analisar quem são os favoritos para levantar o troféu do Euro 2024.

Muitos dos entusiastas do futebol já pensam no Campeonato da Europa de 2024, que este ano é organizado na Alemanha. Esta promete ser uma das edições do Europeu mais disputada, com várias seleções de enorme qualidade, não sendo fácil prever quem pode, de facto, levantar o troféu. Por esse motivo, fomos ver aquilo que acha um dos sites de referência nas previsões desportivas e a página de prognósticos do Campeonato Europeu 2024 é bastante elucidativa, analisando os principais favoritos, mas também quem vai levantar o troféu no final do torneio, a 14 de julho, em Berlim.

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A Inglaterra chega ao Euro 2024 com uma seleção jovem e talentosa, repleta de jogadores emocionantes que têm impressionado nos respetivos clubes. Sob a liderança do treinador Gareth Southgate, os Três Leões têm mostrado um futebol vibrante e ofensivo, e muitos acreditam que esta pode ser a sua oportunidade de finalmente conquistar um título importante. Com jogadores como Harry Kane, Jude Bellingham e Phil Foden no seu auge, a Inglaterra está pronta para desafiar qualquer seleção que se atravesse no seu caminho. Apesar de ser a favorita das casas de apostas, a Sportytrader prefere apostar numa equipa com maior força psicológica.

França: em busca do troféu que escapa há mais de 20 anos

Com uma seleção repleta de estrelas, incluindo Kylian Mbappé, Antoine Griezmann e Ousmane Dembelé, os Les Bleus estão entre os favoritos para o Euro 2024. Com o último europeu a ser conquistado na edição de 2000, a França vai em busca do troféu que escapa há mais de 20 anos. Sob a liderança do experiente treinador Didier Deschamps, os franceses estão determinados a lutar pelo título e acabar esta “seca” de títulos europeus. O que é bastante estranho tendo em conta que nesse período, a França já disputou três finais de Mundiais (venceu mesmo em 2018) e perdeu a final do Europeu em Paris, frente a Portugal. Os finalistas do último Mundial são de facto, os grandes favoritos dos especialistas em previsões desportivas. Vai a França sagrar-se campeã da Europa no país vizinho?

Alemanha: nova geração de talentos joga em casa

A Alemanha que ainda está a passar por um período de transição, chega ao Euro 2024 como uma seleção a ser levada a sério. Com uma nova geração de talentos emergentes encabeçada pelo craque do Bayern, Jamal Musiala, os alemães estão determinados a mostrar ao mundo que ainda são uma força a ser reconhecida no futebol europeu. Sob a orientação do treinador Julian Nagelsmann, a Mannschaft está pronta para surpreender os seus adversários e levantar o troféu no Euro 2024. Por também jogar em casa, a Sportytrader aposta que a Alemanha chegue pelo menos às meias-finais.

Portugal: a nova cara da Seleção das Quinas

Portugal chega ao Euro 2024 com uma seleção repleta de talento e experiência, incluindo alguns dos melhores jogadores do mundo, como Cristiano Ronaldo, Bernardo Silva ou Bruno Fernandes. Com a chegada do treinador Roberto Martínez, os campeões europeus de 2016, que fizeram uma fase de qualificação exímia e com performances bastante positivas, estão determinados a adicionar mais um troféu ao seu palmarés. Com um estilo de jogo baseado na posse de bola e na criatividade, a seleção das quinas é uma equipa que ninguém pode subestimar no Euro 2024. Portugal é também destacado como aquela Seleção que pode atrapalhar as melhores previsões e não surpreenderia se conquistar o Europeu alemão.

Espanha determinada em voltar ao topo

Depois de um desempenho dececionante no Euro 2020 e no Mundial 2023, a Espanha está determinada a mostrar ao mundo que ainda é uma força a ser reconhecida. Sob a orientação do experiente treinador Luis de la Fuente, a La Roja está a passar por uma fase de reconstrução, mas continua a contar com jogadores experientes como Daniel Carvajal e Álvaro Morata que se juntam com os jovens talentos como Gavi, Pedri e Lamine Yamal. Com um estilo de jogo baseado na posse de bola e na técnica refinada, a Espanha está determinada a fazer uma boa figura no Euro 2024.

Uma competição de elevado nível aguarda-nos

Com seleções como Inglaterra, França, Alemanha, Portugal e Espanha prontas para competir, o Euro 2024 promete ser uma competição emocionante e imprevisível. Desde os favoritos estabelecidos até às seleções em ascensão, há uma grande variedade de candidatos a ter em conta na maior competição europeia de seleções. Mal podemos esperar para ver como tudo se desenrolará quando o torneio começar. Preparem-se para um mês de futebol emocionante e cheio de emoções!

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Todos os influenciadores importam

Em 2023, o investimento em marketing de influência no Instagram em Portugal ascendeu a €59,5 milhões, num mercado em que os nano e microinfluenciadores aumentam. Os macroinfluenciadores e celebridades continuam a ser indispensáveis e a Prozis é a marca mais mencionada no Instagram, segundo o estudo da Brinfer

A aposta em nano e microinfluenciadores nas redes sociais está a aumentar, por permitir às marcas terem uma maior taxa de envolvimento com os utilizadores, revela o relatório Top Brands da Brinfer, que analisa os conteúdos partilhados por influenciadores portugueses no Instagram. Os macroinfluenciadores e as celebridades, no entanto, continuam a ser importantes nas estratégias de marketing digital. O estudo, referente a 2023, revela também que foram investidos €59,5 milhões em marketing de influência no Instagram em Portugal, no ano passado.

Este valor contabiliza o número de publicações pagas multiplicado pelo preço de tabela médio cobrado por cada um dos perfis de influenciadores. “Para chegar a um preço médio por publicação, consultámos agências de influenciadores para saber o valor médio pago a cada tipo de influenciador, seja por um post, por um reel ou por um story, e calculando a média entre esses valores, chegamos a um valor total”, explica Roberto Gomes, CEO da Brinfer.

Se o recurso a influenciadores com menos de 10 mil ou de 50 mil seguidores é cada vez mais uma realidade, os macroinfluenciadores (a partir de 50 mil seguidores), os megainfluenciadores (entre 500 mil e um milhão) e as celebridades (mais de um milhão) não são dispensados por algumas das marcas que lideram os rankings da Brinfer de menções no Instagram, devido à necessidade de adequar os perfis de influenciadores aos resultados pretendidos.

A Nespresso, que lidera a categoria Alimentação, “tem vindo a trabalhar com todo o tipo de perfis, tendo feito uma aposta crescente em nano e microinfluenciadores nos últimos tempos, mas que têm um bom envolvimento e um maior sentido de comunidade que, combinados entre si, permitem gerar uma ótima mancha no Instagram”, revela ao M&P Diogo Duarte João, responsável de relações públicas e eventos da Nespresso.

Do lado da Sephora, que lidera as menções do estudo da Brinfer em Beleza, a estratégia é trabalhar com todos os perfis de influenciadores. “Se procurarmos obter um alcance maior, apostamos em perfis de macroinfluencidadores e em celebridades. Se o objetivo for mais envolvimento vamos procurar nano e microinfluenciadores”, refere um porta-voz da Sephora.

O The Yeatman, o mais mencionado na categoria de Hotéis, por seu lado, faz mais parcerias de permuta com macro influenciadores e celebridades, porque geram uma maior taxa de alcance. “Ao mesmo tempo, temos expressão junto dos nano e dos microinfluenciadores, que muitas vezes são os nossos próprios clientes, visitantes ou participantes nos eventos e iniciativas que promovemos e organizamos”, diz Matilde Ribeirinho, diretora do departamento de marketing do The Yeatman.

Roberto Gomes, CEO da Brinfer, considera que a procura de microinfluenciadores é uma questão de volume e do algoritmo do Instagram. “As marcas não têm budget para investir nos segmentos mais altos de influenciadores constantemente, é mais fácil pagar menos a mais microinfluenciadores que, por sua vez, publicam mais conteúdos do que o oposto. Existe também outra vertente relacionada com o algoritmo, em que quanto mais pequeno for o número de seguidores do influenciador, maior é o número de interações e a taxa de envolvimento”, sustenta Roberto Gomes.

De acordo com o relatório da Brinfer, no top 5 das marcas mais mencionadas no Instagram em Portugal encontram-se a Prozis (Desporto, 199 mil menções), a Zara (Moda, 20 mil menções), a SIC (Media, 13 mil menções), a Sephora (Beleza, 6942 menções) e o Celeiro (Retalho Alimentar, com 6107 menções). Com um número inferior de menções, há líderes em outras categorias como Alimentação (Nespresso), Restaurantes & Cafés (Neto Restaurantes), Hotéis (The Yeatman), a Automóveis (Toyota), Eletrónica (Canon), a Telecomunicações (Nos) e Energia (Galp).

Em relação à liderança destacada da Prozis (muito distante da segunda marca mais mencionada, a Zara), Roberto Gomes argumenta que “a Prozis usou desde cedo a sua audiência para divulgar os seus produtos. Conseguiram criar um equilíbrio muito inteligente entre ações de notoriedade, com diversas estratégias de marketing de influência e de marketing de afiliados, para criar uma network de afiliados muito bem hierarquizada”.

Para o CEO da Brinfer, o grande sucesso da Prozis é o facto de ser quase obcecada por influenciadores e trabalhar bem todos os ângulos possíveis no mercado do marketing de influência, salientando que “o caso da Zara, é completamente o oposto da Prozis. A Zara lidera em menções na Moda, mas não lidera por ter uma estratégia de marketing de influência incrível. As menções da Zara são quase todas orgânicas.

O facto de a marca ter um impacto muito grande no seu segmento é a razão pelo qual lidera as menções na sua categoria, e esse também é o caso de muitas marcas que lideram os rankings”. Os resultados deste estudo dizem respeito ao período entre 1 de janeiro de 2023 a 31 de dezembro de 2023, em que a Brinfer analisou 247 mil conteúdos publicitários publicados por mais de 26 mil pessoas.

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José Mourinho protagoniza campanha da Uber Eats (com vídeo)

Matilde Mourinho, Maya, Bárbara Tinoco, Marina Machete e Cifrão são outras das figuras públicas que acompanham o treinador na adaptação nacional da campanha Get Almost Almost Anything, feita pela Stream and Tough Guy. A produção é da Playground e a realização de Cristiana Miranda, com planeamento de meios da PHD Media

Depois de Luís Figo e Georgina Rodriguez na versão espanhola da campanha internacional Get Almost Almost Anything, da Uber Eats, com criatividade da Ogilvy Madrid e da equipa criativa da empresa, a plataforma de entregas recorreu à Stream and Tough Guy para, a partir do mesmo briefing, idealizar a versão portuguesa, Pede Quase Quase Tudo. Protagonizado pelo treinador José Mourinho, o filme publicitário que a integra recupera a ironia e o sarcasmo dos anúncios dos outros países.

A campanha pretende demonstrar que a Uber Eats é também uma plataforma onde se pode fazer encomendas de supermercados, farmácias, lojas de conveniência, floristas, mercearias e de todo o tipo de extravagância, além de comida.

Para além da empresária e designer de joias Matilde Mourinho, filha do orientador desportivo, a campanha, produzida pela Playground e realizada por Cristiana Miranda, conta com a participação da astróloga e apresentadora de televisão Maya, da modelo e miss Portugal Marina Machete, do ator e coreógrafo Cifrão e da cantora e compositora Bárbara Tinoco.

“Tratam-se de celebridades relevantes e com notoriedade para os diversos targets da marca e que têm particularidades divertidas para serem exploradas criativamente”, justifica ao M&P Ricardo Pabón. O diretor de marketing da Uber Eats revela que todas as figuras públicas presentes no anúncio foram remuneradas, escusando-se, no entanto, a revelar os valores envolvidos.

Disponível em televisão, digital e suportes exteriores, a campanha está no ar de 15 de maio e 30 de junho, numa primeira fase. “Haverá uma segunda vaga de comunicação em setembro, com novidades”, revela ainda o responsável. O planeamento de meios foi desenvolvido pela PHD Media, agência do Omnicom Media Group, enquanto a comunicação é assegurada pela Hill+Knowlton.

“Esta é, possivelmente, a maior campanha que já fizemos. E, depois de 17 versões de filme, 27 outdoors e 13 ‘social edits’ diferentes, não podíamos estar mais felizes com o resultado, com a forma perfeita com que todo o processo se desenrolou, com a liberdade criativa que nos foi dada numa adaptação de uma campanha e o constante desafio criativo por parte do cliente”, explica Miguel Durão, diretor criativo da Stream and Tough Guy, que também assinou a campanha do serviço Uber One.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

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