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Quando uma marca entra nas urgências

Não há tempo a perder.

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Não há tempo a perder. Cada minuto que passa pode ser decisivo. A capacidade de resposta pode fazer a diferença entre a vida e a morte de uma marca, bem como determinar a gravidade das sequelas sobre a notoriedade junto dos consumidores. Há inúmeras situações e factores, internos ou externos, que podem atirar uma marca para o serviço de urgências. Todas elas possuem planos de emergência para a gestão de crises, delineados para mitigar os efeitos nocivos de um problema com os seus produtos, um escândalo com um embaixador da marca ou uma catástrofe natural que afecta a qualidade dos serviços prestados. Nestes casos, a máquina de relações públicas precisa de estar bem oleada para responder em todas as frentes: internamente, a clientes, aos consumidores em geral e à comunicação social.

Hoje em dia, os planos de contenção já não funcionam. O word-of-mouth é uma faca de dois gumes e, quando rebenta uma crise, esta espalha-se rapidamente. Na internet ganha forma de megafone e os blogues e as redes sociais detêm poder de fogo capaz de destruir uma marca. Por isso, a contenção não é uma hipótese, os consumidores querem ver responsabilidades assumidas. Um dos casos que mais tinta tem feito correr desde o início do ano é o da gigante mundial do fabrico de automóveis Toyota. Em causa está o problema técnico que surgiu no pedal de acelerador de vários modelos, que fica parcialmente preso ou retoma muito lentamente a posição inicial, e que está a obrigar à correcção do problema em milhares de exemplares do emblema nipónico. Mais recentemente, surgiu também um problema com o sistema de ABS do Prius. Mas mais do que o prejuízo financeiro provocado por estas reparações, o mais preocupante é o impacto negativo que este incidente pode ter na imagem global da marca e nas vendas. Desde 21 de Janeiro, quando veio a público a necessidade de inspeccionar 2,3 milhões de veículos nos EUA, o valor da marca em bolsa viu cair um quinto do seu valor. Não param de chover críticas à forma como a Toyota está a gerir a crise, que, mesmo assim, representa uma operação de gestão de crise sem precedentes nos 70 anos de história da marca nipónica.

Em Portugal vai ser levada a cabo uma operação de correcção em cerca de 29 mil veículos de oito modelos da Toyota. Paula Arriscado, directora de marketing da Toyota Caetano Portugal, assegura que estão a ser tomadas todas as diligências para resolver a situação e nega que as responsabilidades tenham sido assumidas tardiamente. “Não agimos como a avestruz, enfiando a cabeça na areia, pelo contrário, damos a cara pela situação e agimos tão rápido quanto possível”, garante. A Toyota Caetano Portugal está a seguir a estratégia mundial “desde a primeira hora”, com uma campanha de serviço orientada para colaboradores, clientes, mercado em geral e para a comunicação social, disponibilizando informação “em constante actualização” através do site da marca, um media site, o call center, os serviços de apoio ao cliente do distribuidor e de cada concessão e as minutas internas para oficinas e stands.

“Quando surge alguma situação, a Toyota averigua exaustivamente todos os factos e estuda a solução mais eficaz para sanar a possível anomalia” explica Paula Arriscado, adiantando que este tipo de intervenções é “relativamente usual” tendo em conta a preocupação do sector automóvel com a segurança dos veículos. Para a responsável não há qualquer razão para alarido. As próprias intervenções são simples: “Cada intervenção deverá ter uma duração de 30 minutos no caso do pedal do acelerador e de 40 minutos para a reprogramação da unidade de gestão do sistema de travagem ABS do Prius”, refere.

A Toyota, garante Paula Arriscado, agiu com a maior rapidez para encontrar soluções. Mas a cobertura dos media “foi muito superior ao que estávamos à espera e aconteceu numa fase em que ainda estávamos a apurar os factos e as causas das situações reportadas, tendo-se antecipado ao nosso contacto com o cliente. Isto inverteu a ordem de procedimentos que habitualmente adoptamos”.

Além disso, “a Toyota assume total responsabilidade pelo ocorrido, afirmando-o junto de cada cliente e perante o mercado”. E as sequelas que poderão manchar a notoriedade da marca? “Acreditamos que a forma como agimos nestas situações, ou seja, de forma aberta e de contacto directo com o cliente e restantes públicos, assim como o facto de termos uma herança de qualidade e fiabilidade alicerçada em factos concretos, nos vai permitir assegurar a confiança dos nossos clientes e dos consumidores em geral”, afirma Paula Arriscado. A responsável refere ainda que “o número de pedidos de informação da comunicação social é incomparavelmente superior proporcionalmente ao número de clientes que nos contactou para saber mais sobre os acontecimentos. Sendo que muitos declararam que estavam a pedir estas informações dada a quantidade e cadência de notícias sobre o caso”. A actuação da comunicação social, que por vezes amplia a situação, é por si só um desafio às equipas de gestão de crise. Paula Arriscado diz que esta é uma intervenção usual mas que, por alguma razão, “despertou particular cobertura por parte dos media, pondo o sector na ordem do dia. É o agenda-setting e o newsmaking a fazer do nosso sector uma das notícias do momento”, acusa. O M&P tentou perceber se a Toyota está a preparar algum tipo de campanha integrada na estratégia de gestão de crise mas a responsável de marketing escusou-se a confirmar, referindo que “no caso da Toyota Portugal ainda é prematuro falar em acções de publicidade massificada”.

“Cada país está a intervir ou a planear acções above e below the line, que passam por campanhas de fidelização, conferências de imprensa, comunicados internos e de media, acções de publicidade massificada, informação online em constante actualização ou contacto directo com clientes”, acrescenta.

Quando não há luz no Natal

Quando a resposta de uma marca a uma situação de crise não é imediata, o capital de confiança começa a decair e o descontentamento de alguns consumidores pode fazer eco suficiente para que a marca perca notoriedade junto do todo e não apenas daqueles que foram afectados. Foi o que aconteceu com a EDP na sequência do temporal que afectou a região do Oeste durante a quadra natalícia e que destruiu equipamento técnico da empresa, deixando milhares de pessoas sem electricidade, algumas durante quase uma semana. A situação esteve em destaque na comunicação social e as críticas à capacidade de resposta da EDP não tardaram, com especulações sobre o investimento da marca na manutenção dos seus equipamentos. Questionado sobre esta alegada resposta tardia, Paulo Campos Costa, director da equipa de media da EDP, esclarece que “a resposta foi imediata e eficaz e na noite de Natal estavam já 99 por cento dos clientes afectados com a electricidade reposta. Os restantes demoraram um pouco mais, sobretudo, devido às dificuldades de acesso ao terreno. Esta foi uma situação absolutamente extraordinária, não se tratou de uma avaria na rede, mas sim a destruição de parte da mesma, com 700 postes de electricidade partidos e 160 km de rede danificada”. Nestes casos, o gabinete de crise da EDP é accionado e funciona 24 horas por dia em contacto com a Protecção Civil Nacional e Regional, com o gabinete de comunicação a avançar com informação aos media em tempo real. De um modo geral, Paulo Campos Costa mostra-se satisfeito quanto aos resultados da gestão desta crise, salientando que “a EDP integrou desde a primeira hora o plano de comunicação em articulação com a Protecção Civil. Quando a maioria dos clientes tinha já a energia reposta, avançámos para uma comunicação directa, diária, com vários pontos de situação com os órgãos de comunicação social. No terreno, tivemos equipas que foram informando os clientes da evolução dos trabalhos”. A par deste trabalho directo, o responsável de comunicação da EDP lembra que foram feitos vários esforços ao nível de acções de comunicação em jornais regionais onde se agradecia a compreensão das populações e o empenho dos colaboradores que passaram a noite de Natal a reparar a rede. Para Paulo Campos Costa, a gestão de crise neste caso foi bem sucedida. Para comprová-lo adianta resultados de um estudo conduzido logo após os acontecimentos: “37 por cento dos clientes consideraram a actuação da EDP no terreno como boa ou excelente e apenas 19 por cento consideraram insuficiente ou má. Conclui-se que os temporais não tiveram um impacto negativo ao nível da satisfação global com a marca.”

E o doping pode atingir uma marca

Outra situação que exige resposta rápida tem a ver com os valores que pretendem associar às marcas. Quando esses valores são postos em causa é necessário agir depressa sob pena de os ver corrompidos. Nas últimas semanas, a vida privada de Tiger Woods teve repercussões nas marcas a que estava ligado, como foi o exemplo da Gillette, que deixou cair a sua associação ao ás dos greens. Por cá, um situação semelhante foi protagonizada por Hector Guerra, Isidro Nozal e Nuno Ribeiro em Setembro passado. Menos galácticos do que Tiger, os três ciclistas da equipa Liberty Seguros acusaram positivo num controlo de doping e viram a seguradora retirar-lhes o patrocínio que vigorava desde 2005. “A Liberty Seguros pauta-se pela honestidade, rigor e comportamento ético, não podemos nunca permitir uma situação destas”, afirmou na altura o CEO da marca, José António de Sousa, em comunicado de imprensa. Era o fim do patrocínio da Liberty à equipa de ciclismo. “A decisão de deixar de apoiar a equipa de ciclismo, em caso de doping, estava prevista no contrato de patrocínio. Assim que fomos informados da situação, accionámos imediatamente o plano de gestão de crise”, afirma ao M&P Rodrigo Esteves, director de marketing da Liberty Seguros. Para o responsável de comunicação foi esse imediatismo que marcou a diferença: “Tomámos a liderança de toda a comunicação. Fomos os primeiros a informar o país da decisão e garantimos que toda a situação fosse esclarecida”. A Liberty atacou em todas as frentes, comunicando a situação aos jornalistas, às entidades desportivas e tirando proveito das ferramentas web para “reagir de forma personalizada a cada comentário e mensagem de apoio”. Isto porque foi reconhecido o potencial negativo que poderia colar-se à marca. “Ao nível da imagem e notoriedade da marca, temos consciência que este caso foi um passo atrás. A nossa resposta perante o que aconteceu não podia ter sido outra. Gerimos o processo da melhor forma e minimizámos o impacto que este acontecimento pudesse ter na nossa marca”, reconhece Rodrigo Esteves.

Ter um plano de gestão de crises preparado “sempre foi fundamental na vida das empresas”, diz o director de marketing da Liberty. O que hoje faz com que esse tipo de estratégia de antevisão de problemas seja mais proeminente e tenha maior necessidade de eficácia prende-se com o desafio criado pelas redes sociais e blogues. “As redes sociais e os blogues vieram introduzir na equação a velocidade a que a informação se propaga, pelo que temos que agir muito mais rápido perante uma crise do que acontecia antes da existência da web 2.0”, aponta Rodrigo Esteves. Mas nem tudo será mau: “As novas ferramentas têm o poder de matar uma marca, mas também proporcionam o reverso da medalha, como pudemos experienciar com o projecto web 2.0 que levámos a cabo” na resposta a esta situação de crise. A título de exemplo, o CEO da empresa justificou no YouTube, a posição da seguradora.

– O caso da Madeira


Na sequência da catástrofe natural que assolou a região autónoma da Madeira durante o passado fim-de-semana, inúmeras marcas colocaram em movimento estratégias enquadradas em gestão de crise. O Turismo da Madeira avançou rapidamente com comunicações oficiais, distribuídas pelos agentes do sector turístico e pelos meios de comunicação nacionais e internacionais, no sentido de minimizar os prejuízos para a imagem da Madeira enquanto produto turístico de primeira escolha.

Alberto João Jardim, presidente do governo regional chegou a relembrar que “a nossa economia depende muito do exterior. Vamos resolver os problemas internamente, não dramatizar muito a situação lá para fora”. A prioridade passou por transmitir as mensagens de que “a hotelaria da Madeira não foi afectada pelo temporal e mantém todas as condições de funcionamento com segurança” e “o Aeroporto Internacional da Madeira está operacional”. Outra das preocupações consiste em sublinhar o facto de, entre os 17 mil turistas presentes na Madeira, se ter registado apenas uma vítima mortal. O site oficial do Turismo da Madeira (www.madeiraislands.travel) disponibiliza os comunicados do governo regional em português, espanhol, alemão, inglês e francês. Além disso, para passar uma imagem de normalidade para os turistas, foram colocados online 13 vídeos que mostram imagens bem mais positivas que aquelas que estão a ser difundidas pela televisão. De acordo com informações apuradas pelo M&P junto da assessoria de imprensa do Turismo da Madeira, a campanha de promoção que decorre actualmente nos meios de comunicação social não será suspensa apesar dos problemas que estão a afectar a ilha.

Sobre o autorPedro Durães

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Guilherme Coelho lidera nova área tecnológica da Havas

“Há uma crescente complexidade regulatória no uso de dados para fins de comunicação, o que obriga à criação de uma equipa especializada”, diz Guilherme Coelho (na foto), sócio-gerente da CSA, consultora focada em tecnologia e análise

Guilherme Coelho, anterior gestor nacional da Incubeta, é o sócio-gerente da CSA, nova consultora tecnológica que o grupo Havas está a lançar em Portugal. Licenciado em engenharia alimentar pela Universidade Católica Portuguesa e mestre em engenharia e gestão industrial pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, lidera a nova consultora de tecnologia, dados e análise.

“Um dos principais desafios deste mercado centra-se na complexidade da análise de dados e na sua transformação em ‘insights’ acionáveis que sejam de fácil compreensão para os clientes. Será esse um dos nossos maiores focos, sermos tradutores capazes de simplificar algo tão técnico sem perder profundidade e riqueza de informação”, refere ao M&P Guilherme Coelho, sócio-gerente da CSA.

Fomentar nas empresas portuguesas uma cultura de utilização dos dados mais estratégica é uma das prioridades do proprietário da Bracket, consultora de ‘data analytics’, ‘web development’ e ‘media strategy’, que ao longo da carreira passou pela Lisbon Digital School, Samsung Portugal, SIVA, Emailbidding, Kwanko e Adclick.

“Ter uma cultura de utilização de dados mais estratégica é algo que ainda não é amplamente priorizado, mas, a par disto, há também uma crescente complexidade regulatória no uso de dados para fins de comunicação, o que obriga a uma atenção constante às exigências legais e à criação de uma equipa especializada na área de dados aplicada ao marketing, preparada para tirar máximo partido das oportunidades em tempo real”, sublinha Guilherme Coelho.

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Faturação da ByteDance sobe para €136,1 mil milhões

A faturação do TikTok em 2024 representa um quarto das receitas totais da ByteDance, que atingem um novo recorde apesar da desaceleração das operações na China

As receitas de faturação da ByteDance, empresa-mãe do TikTok, aumentam 29% para 155 mil milhões de dólares (€136,1 mil milhões) em 2024, de acordo com um relatório obtido pelo site The Information, mas não confirmado pela empresa. Os lucros da marca chinesa aumentam 6% para 33 mil milhões de dólares (€28,9 mil milhões) no mesmo período.

A faturação do TikTok em 2024 representa um quarto das receitas totais da ByteDance, que atingem um novo recorde apesar da desaceleração das operações na China, segundo o relatório. Os mercados internacionais também representam um quarto da faturação total da ByteDance e registam um aumento de 63% em 2024, para 39 mil milhões de dólares (€34,2 mil milhões), impulsionado pelo crescimento da rede social.

A ByteDance tem vindo a expandir o comércio eletrónico, através do TikTok Shop, para um maior número de mercados estrangeiros, incluindo Espanha e Irlanda em 2024, com o objetivo de competir com empresas como a Shein e a Temu. A empresa está também a tentar expandir o TikTok Shop para Itália, Alemanha e França, com planos de entrar no Japão e no Brasil ainda este ano.

A ByteDance está ainda a tentar competir no setor da inteligência artificial (IA), com o desenvolvimento de novos óculos inteligentes, de acordo com outro relatório da The Information. O foco deste novo dispositivo será a captação de imagens e vídeos de boa qualidade.

A empresa até já terá iniciado o processo de negociação com os fornecedores para determinar os detalhes do dispositivo, nomeadamente as especificações técnicas, o custo e a data de lançamento.

Atualmente, a ByteDance enfrenta inúmeros desafios nos Estados Unidos, o seu maior mercado, onde terá de vender a operação da rede social, sob risco de ser proibida por motivos de segurança nacional e preocupações com a privacidade dos dados.

Sobre o autorDaniel Monteiro Rahman

Daniel Monteiro Rahman

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Sugestões para ler, ver e escutar da edição 977 do M&P

O livro ‘Storytelling — A Melhor História Ganha’, de Mark Edwards, a série ‘Vinagre de Sidra’, da Netflix, e o podcast ‘Uncensored CMO’, são alguns dos destaques

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Storytelling — A Melhor História Ganha

Ao longo de várias décadas dedicadas ao jornalismo, Mark Edwards criou um método próprio para escrever histórias convincentes e cativantes. Neste livro, partilha as técnicas que desenvolveu e a abordagem seguida na criação de histórias vencedoras e na comunicação eficaz. A obra inclui vários exemplos aplicáveis a diferentes áreas, como a publicidade, o marketing e os negócios.

Partindo da premissa de que, num mundo saturado de informação, as melhores histórias são as que se destacam e conquistam audiências, Mark Edwards demonstra que a forma como uma mensagem é contada pode ter mais impacto do que a própria mensagem. Explica ainda como estruturar histórias eficazes, utilizando personagens, conflito e resolução para criar uma ligação autêntica com o público, mostrando como histórias bem construídas geram emoção, envolvimento e ação.

Autor Mark Edwards
Editora Clube do Autor
Lançamento Março de 2025
Páginas 248
Preço €18,00

Personal Branding — O Guia Para Uma Marca Pessoal de Sucesso

Neste livro, Raquel Soares, fundadora da Love People, consultora de marca pessoal, imagem e da conferência Personal Branding Summit, partilha estratégias, histórias e as lições que aprendeu ao longo de anos de experiência na transformação de carreiras e negócios.

A obra apresenta estratégias para destacar talentos, criar conexões e aumentar a credibilidade profissional. Com sugestões aplicáveis e casos reais, Raquel Soares mostra como se pode destacar num ambiente competitivo, reforçando a importância da consistência e do propósito, e como criar uma marca pessoal autêntica, influente e memorável.

Autor Raquel Soares
Editora Ideias de Ler
Lançamento Março de 2025
Páginas 272
Preço €17,75

Ver

Vinagre de Sidra


Criada por Samantha Strauss e realizada por Jeffrey Walker, Vinagre de Sidra inspira-se na história verídica de Belle Gibson, influenciadora que enganou os seguidores ao afirmar ter-se curado de um cancro através da medicina alternativa, para lucrar com esse estilo de vida.

A série destaca os perigos das falsas promessas no mundo do bem-estar, o impacto das redes sociais e o papel dos influenciadores na disseminação de informações de saúde.

Formato Minissérie
Género Drama
Realizador Jeffrey Walker
Estúdio See-Saw Films
Distribuidora Netflix
Plataformas Netflix
Lançamento Fevereiro de 2025

A Batalha das Pop-Tarts

Escrito e realizado pelo ator e humorista norte-americano Jerry Seinfeld, A Batalha das Pop-Tarts é uma comédia que retrata a guerra entre as marcas Kellogg’s e Post, que resulta na criação da icónica Pop-Tart da Kellogg’s, que revolucionou o pequeno-almoço dos norte-americanos.

Através do humor, o filme mostra os bastidores da rivalidade entre as gigantes da indústria alimentar e como o marketing transforma umas simples bolachas num fenómeno cultural.

Formato Filme
Género Comédia
Realizador Jerry Seinfield
Estúdio Columbus 81 Productions
Distribuidora Netflix
Plataformas Netflix
Lançamento Maio de 2024

Escutar

Uncensored CMO

O Uncensored CMO é um podcast de Jon Evans, diretor de marketing e clientes da plataforma de eficácia de marca System 1, criado para explorar os prós, os contras e a verdade por trás da prática do marketing.

Com entrevistas a diretores de marketing e líderes do setor, o podcast aborda estratégias de marca, casos de sucesso e desafios das marcas, entre outros temas.

Screaming Creativity

Conduzido por Rob Reilly, diretor criativo executivo global do grupo WPP, o Screaming Creativity explora o impacto da criatividade nos negócios e na cultura.

O podcast inclui conversas com personalidades influentes do marketing e da publicidade, nas quais são abordados temas como o impacto da tecnologia na criatividade, o panorama em constante evolução do setor criativo, o futuro da publicidade e os percursos criativos dos convidados.

What Next?

O What Next? explora como a globalização, a tecnologia e as mudanças demográficas estão a remodelar a forma como criamos, consumimos e comunicamos.

Rishad Tobaccowala, conselheiro sénior do Publicis Groupe, conversa com diretores executivos e diretores criativos, para discutir o impacto da tecnologia nos meios de comunicação social, o atual cenário empresarial e da publicidade, bem como os desafios da liderança no futuro do trabalho.

Sobre o autorDaniel Monteiro Rahman

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‘Clowns’ da BBH, para a Audi, é a campanha que Joana Antunes, redatora da Fuel, gostava de ter feito. ‘Estrelas Perfeitas’ da Dentsu Creative Portugal, para a Associação Salvador, é a que mais gostou de fazer, revela na rubrica Como É Que Não Me Lembrei Disto?

Vencedora de uma Prata no Young Lions Portugal 2023, Joana Antunes, redatora da Fuel, não tem na escrita a maior das paixões. Do que gosta mesmo é de pegar num ‘briefing’ e explorar as potencialidades do projeto que tem em mãos, procurando desafiar-se até ao limite, sem receio de pensar em grande.

É por isso que elege ‘Clowns’, que só descobriu recentemente, como a campanha que gostaria de ter feito. A simplicidade da ideia é o que mais a cativa, revela na rubrica do M&P Como É Que Não Me Lembrei Disto, dedicada à criatividade.

‘Estrelas Perfeitas’, a campanha que mais gostou de fazer, foi desenvolvida durante o período em que trabalhou na Dentsu Creative Portugal, entre julho de 2022 e outubro de 2023, antes de sair para a Alfred e depois para a Judas. Está na Fuel desde junho de 2024.

Qual é a campanha publicitária que gostaria de ter feito?

São várias as campanhas que gostaria de ter feito, especialmente as da Apple e do Burger King, que são sempre incríveis. No entanto, recentemente, deparei-me com uma campanha da Audi, de 2017, chamada ‘Clowns’, que me fez querer vê-la e revê-la vezes sem conta.

Quais são as razões dessa escolha?

Gosto sempre de fazer um exercício quando vejo uma boa campanha, que é imaginar qual seria o ‘briefing’. Neste caso, o ‘briefing’ deve ter sido daqueles que tinha tudo para ser aborrecido. Algo na linha de “precisamos de criar uma campanha que fale dos novos atributos de segurança dos nossos carros”.

A equipa que o recebeu deve ter conseguido dar-lhe a volta, desenvolvendo uma ideia muito simples, com base num ‘insight’ verdadeiro, o que é incrível. É algo que eu gostaria de ter conseguido fazer, caso tivesse recebido esse ‘briefing’.

O que é que lhe chama mais a atenção na campanha?

A simplicidade é o que me fascina nesta campanha. O filme passa uma mensagem forte. Consegue ter humor e emocionar em simultâneo. Porque há, de facto, muitos ‘palhaços’ na estrada, que são um perigo para todos nós. Este seria, talvez, o caminho mais óbvio, fazer uma campanha emocional e pesada.

Joana Antunes, redatora da Fuel

É só a simplicidade que a cativa?

Para mim, a inteligência da ideia é o uso da metáfora, ao trazerem os palhaços para o filme, o que torna a ideia mais leve, cativante e com algum humor. O facto de não serem necessárias falas para explicar a mensagem é outro dos pontos que adoro nesta campanha.

A assinatura no final do filme, ‘Audi Technology. Clown Proof’, é suficiente e resume a ideia de forma muito clara. Por fim, a escolha da música [‘Send In The Clowns’ de Faultline feat. Lisa Hannigan], é a cereja no topo do bolo.

É uma música que nos transporta para algo triste, mas que acaba por trazer algum sarcasmo para a campanha, reforçando a ideia de que podem mandar vir os palhaços porque a Audi está preparada para nos proteger deles.

Esta campanha inspirou-a a nível criativo?

Comunicar para marcas de carros nunca foi uma ambição e sempre achei que, criativamente, era algo um pouco limitado. No entanto, esta campanha fez-me ver este segmento de outra forma. Veio, inclusive, relembrar-me de que não existem maus ‘briefings’.

Se existir um cliente aberto a novas abordagens, conseguimos fazer coisas diferentes, que toquem as pessoas e que passem uma mensagem clara e impactante. Esta campanha inspirou-me a olhar para os ‘briefings’ que parecem aborrecidos com um novo olhar.

Qual é a campanha que fez que mais a concretizou profissionalmente?

Ainda tenho de pedalar muito nesta área para poder responder a esta pergunta. No entanto, com a experiência que tenho, posso dizer que o projeto que me fez sentir mais realizada foi a campanha ‘Estrelas Perfeitas’, para a Associação Salvador.

Primeiro, porque criámos um produto de raiz, o que por si só já é algo que me dá orgulho. Depois, ver o impacto do projeto e pôr as pessoas a contribuir e a falar sobre uma causa importante, é gratificante.

Sabemos que, só com a publicidade, não conseguimos mudar o mundo, mas se podermos contribuir para que seja um sítio melhor, torna-se mais fácil criá-la todos os dias.

Como é que chega a essa ideia?

O desafio que a Associação Salvador nos lançou consistia em criar um amuleto, um objeto, para assinalar o Natal e reforçar a importância da acessibilidade.

Ao fim de várias ideias chumbadas, lembrámo-nos de um momento, de uma tradição, que é comum em todas as casas, pôr a estrela no topo da árvore. É um momento que vemos como algo normal, mas que para muitas pessoas não é possível.

E assim nasceu a ideia de criarmos árvores de Natal inclusivas, construindo estrelas que podiam ser colocadas em qualquer parte da árvore.

Como é que avançou para a execução?

Para que a inclusão estivesse presente no nosso próprio produto, decidimos criar estrelas assimétricas e imperfeitas, simbolizando as fragilidades que todos temos. A nossa ideia era, também, que este objeto fosse bonito e apelativo, para que as pessoas o quisessem comprar para decorar as suas árvores.

Por isso, decidimos fazer uma parceria com a Burel, que facultou o excedente de produto e produziu as estrelas, tornando também a ideia sustentável.

 

As campanhas atualmente estão mais ou menos criativas do que antigamente?

Acho que os tempos mudam e devemos adaptar-nos. Presumo que, antigamente, as marcas investissem e arriscassem mais na comunicação. No entanto, acho que, hoje em dia, o ruído é tanto e está em tantos meios ao mesmo tempo que se torna essencial fazer uma comunicação mais de entretenimento e menos de ‘hard selling’.

O que faz quando não tem ideias?

Era incrível existir uma fórmula que resultasse sempre, mas no meu caso ainda não a descobri, nem depois de ler o guia prático de criatividade do John Cleese.

Quando não tenho ideias, passo primeiro pela clássica fase de síndrome de impostor, onde tudo é motivo de questionamento. Depois, vou dormir sobre o assunto, literalmente, o que resulta muito bem.

Noutras alturas, arregaço as mangas, abro um documento de Word em branco e começo a desenvolver uma pesquisa e a escrever ‘insights’ soltos.

Ficha técnica

Campanha ‘Clowns’
Cliente Audi
Agência Bartle Bogle Hegarty (BBH)
Diretor criativo Ian Heartfield
Diretor de arte Mikael Alcock
Diretor de estratégia Damien Le Castrec
Redator Doug Fridlund
Produtora Rattling Stick
Produtora executiva Katie Keith
Produtores David Lynch, Tim Nunn e Sally Humphries
Realizador Ringan Ledwidge
Diretor de fotografia Adam Arkapaw
Edição Rich Orrick/Work Editorial
Pós-produção The Mill Sonoplastia String and Tins
Diretora musical Ayla Owen
País Reino Unido
Ano 2017

Ficha técnica

Campanha ‘Estrelas Perfeitas’
Cliente Associação Salvador
Agência Dentsu Creative Portugal
Diretor criativo Ivo Purvis
Diretora de arte Madalena Montellano
Redatores Joana Antunes e Nuno Leal
Realizadora Maria Mena
Vídeografia Luís Pinto Magalhães
Fotografia Fernando Sousa
Entrevistas Nuno Mata, Diana Niepse e Hugo Maia
País Portugal
Ano 2023

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

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Havas inspira-se na força do vento para reposicionar EDP

O filme institucional da campanha conta com a participação da atleta norte-americana Melissa Jefferson (na foto) que, aos 24 anos, está a consolidar-se como uma das principais velocistas do mundo

A Havas destaca o papel da energia eólica na campanha institucional global que marca o reposicionamento da EDP.
Somos Mais Rápidos Com o Poder do Vento’ é o mote da nova campanha produzida e realizada pela Garage, com planeamento de meios da Wavemaker. Em Portugal, vai estar três semanas no digital, redes sociais e televisão.

A campanha decorre também em digital e redes sociais em Espanha, Alemanha, França, Itália, Reino Unido, Polónia, Bélgica e Dinamarca.

O filme publicitário conta com a presença da desportista Melissa Jefferson, que, aos 24 anos, está a consolidar-se como uma das principais velocistas do mundo. No anúncio, a atleta norte-americana supera o seu recorde pessoal numa pista situada num parque eólico, reforçando a mensagem de que todos somos mais rápidos quando aproveitamos a força do vento.

Para além do novo posicionamento da EDP, o ‘spot’ realça o papel transformador da energia eólica na construção de um futuro neutro em carbono.

“Em 2024, ultrapassámos os 12 mil megawatts de capacidade instalada e gerámos mais de 31 mil gigawatts de energia limpa a partir da força vento. Esta é a década da ação, em que cada rotação das turbinas conta”, salienta Vera Pinto Pereira, administradora executiva da EDP, citada em comunicado de imprensa.

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L’Oréal Paris escolhe Philippine Leroy-Beaulieu

A atriz (na foto) que interpreta Sylvie Grateau na série da Netflix ‘Emily em Paris’ protagoniza a campanha da linha Age Perfect Collagen Expert da marca francesa

A L’Oréal Paris anuncia a atriz Philippine Leroy-Beaulieu, de 61 anos, para embaixadora da marca em França. A atriz vai promover a linha Age Perfect Collagen Expert, a partir de 9 de junho. A divulgação é feita na página do Instagram da L’Oréal Paris com a mensagem: ‘a idade perfeita é agora!’

Conhecida pela personagem Sylvie Grateau na série da Netflix, ‘Emily em Paris,’ a atriz francesa desperta a atenção pelo estilo francês sofisticado. A L’Oréal Paris descreve-a como “um modelo de perseverança e ousadia”.

Para a diretora-geral da L’Oréal Paris, Marie-Julie Monnot, a atriz é a personificação do ‘french chic’. “Ao celebrar a idade, torna-se uma verdadeira fonte de inspiração para todas as mulheres”, conclui em comunicado.

A escolha de Philippine Leroy-Beaulieu faz parte de um movimento mais amplo da L’Oréal Paris, para defender a diversidade e a inclusão em todas as idades, culturas e estilos de vida.

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Digidelta lança marca de filmes sustentáveis para impressões digitais

Desenvolvidos nos últimos dois anos, os filmes da Biond (na foto), da Digidelta, podem ser usados, com ou sem adesivo, em comunicações visuais, decorações de interior, publicidade, rotulagens e embalagens

A Digidelta, empresa que desenvolve e comercializa soluções de impressão, está a lançar no mercado a Biond, uma gama de filmes sustentáveis. Desenvolvidos com materiais biodegradáveis, de origem vegetal, que absorvem dióxido de carbono durante o processo de crescimento, são 100% biodegradáveis e podem decompor-se em menos de 90 dias, nas condições adequadas.

“A sustentabilidade não é apenas uma escolha, mas uma necessidade imperativa para o mercado global. Com a gama Biond, que traz ao mercado uma inovação sem precedentes, acreditamos que podemos redefinir os padrões de qualidade e responsabilidade ambiental, promovendo uma alternativa que alia a eficiência e o respeito pelo planeta”, salienta Armando Mota, CEO da Digidelta, citado em comunicado de imprensa.

Além de minimizarem as emissões de compostos orgânicos voláteis, tornando-os mais seguros e ecológicos, os novos filmes, desenvolvidos pela empresa nos últimos dois anos, também garantem benefícios de usabilidade idênticos aos tradicionais filmes adesivos de PVC, sem comprometer a qualidade de impressão. A nova solução pode ser usada, com ou sem adesivo, em comunicações visuais, decorações de interior, publicidade, rotulagens e embalagens.

“Com uma compatibilidade abrangente com tecnologias de impressão digital como o UV LED, o UV gel, o eco-solvente, o látex e a impressão mecanográfica flexografia e ‘offset’, a Biond adapta-se facilmente às necessidades mais exigentes do mercado”, salienta o responsável, que aposta na assinatura ‘A Branded Film Today for a Carbon-Free Tomorrow’ para exportar os novos filmes, investindo numa estratégia de distribuição global.

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Marcas americanas adaptam estratégias em resposta às tarifas de Trump

Para marcas que produzem na China e no Vietname, como a Nike, a situação é preocupante. As que fabricam nos EUA estão numa boa posição, mas têm de ser cautelosas com o marketing ‘Made in the USA’

À medida que as marcas nos Estados Unidos se confrontam com um cenário marcado por tarifas comerciais alargadas e aumentos de preços nas importações, os anunciantes estão a adaptar as estratégias para enfrentarem um novo período de incerteza que os especialistas preveem que possa resultar numa crise mundial, noticia a Ad Age.

As marcas estão cautelosas em relação ao impacto das tarifas nos preços e na procura por parte dos consumidores. O mais recente plano de tarifas imposto por Donald Trump inclui uma taxa de 10% sobre todas as importações, bem como tarifas recíprocas sobre os países que impõem tarifas às importações dos Estados Unidos. O presidente norte-americano promete taxar os “piores infratores”, nomeadamente a União Europeia, a China e o Vietname.

A situação é preocupante para marcas como a Nike, que tem grande parte da produção centrada em fábricas na China e no Vietname, ou para a Bogg Bags, obrigada a procurar alternativas à produção na China. De acordo com dados da Bloomberg Intelligence, marcas como a Gap, a Victoria’s Secret e a Ralph Lauren também vão ser afetadas pelas pressões resultantes da instalação de fábricas no Vietname.

As marcas que fabricam a maior parte dos produtos nos Estados Unidos, por seu lado, estão numa boa posição. Segundo avança o The Wall Street Journal, é provável que uma vaga de anunciantes promova campanhas focadas no termo ‘Made in the U.S.A.’. A tendência já começa a surgir, com marcas como a New Balance e a Ford, entre outras, a divulgarem publicidade centrada na produção nacional.

‘Made in the U.S.A.’ pode trazer problemas

Embora estejam numa boa posição comercial face às tarifas, devido ao fabrico nacional, as marcas norte-americanas devem escolher cuidadosamente as expressões que utilizam, visto que as normas da Comissão Federal do Comércio dos Estados Unidos exigem que os produtos comercializados com a etiqueta ‘Made in the USA’ sejam, de facto, “totalmente ou quase totalmente” fabricados no país.

A fabricante de automóveis Stellantis foi das primeiras empresas a ver nas tarifas uma oportunidade de negócio, apostando na divulgação de anúncios patrióticos para a Jeep, a Ram e a Dodge. Entretanto, a empresa já foi obrigada a alterar a mensagem, em resposta a um inquérito de uma organização de regulação publicitária que alega que a Stellantis estaria a promover publicidade enganosa, sendo que algumas das peças utilizadas nos veículos das marcas são importadas e que os carros não são, de facto, fabricados nos Estados Unidos, mas sim montados no país.

“A Stellantis tem todo o direito de se vangloriar das fábricas de montagem das marcas que detém nos Estados Unidos, que criam empregos e fortalecem a economia americana, mas não pode induzir os consumidores em erro sobre a verdadeira dimensão da produção nacional”, escreve a Truth in Advertising, organização sem fins lucrativos que regula a publicidade enganosa, numa carta dirigida a Olivier François, diretor de marketing global da Stellantis, e a Giorgio Fossati, conselheiro geral da fabricante de automóveis.

Na sequência desta queixa, a Stellantis remove os anúncios do YouTube e termina prematuramente as campanhas televisivas para fazer alterações à linguagem utilizada nos anúncios. Este é mais um caso que retrata o impacto direto da instabilidade promovida pela Administração Trump.

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Flesh512 cria campanha digital para a Água Serra da Estrela

“O programa que a campanha (na foto) promove vai permitir evitar a utilização de cerca de 700 toneladas de plástico virgem em 2025”, explica ao M&P Ana Rita Martins, diretora de marketing da marca

A agência criativa e produtora audiovisual Flesh512 assina ‘Para Que Nunca Acabe’, campanha digital da Água Serra da Estrela que divulga o programa de promoção de sustentabilidade ambiental, que apela à valorização da água e dos recursos naturais da região que a marca está a dinamizar.

“A Serra da Estrela enfrenta desafios crescentes, como os incêndios, as alterações climáticas e a ação humana. Esta iniciativa surge como a consolidação de uma resposta concreta e urgente, reforçando o compromisso da marca com a valorização da sua origem e preservação e regeneração do ecossistema único onde nascemos e estamos inseridos”, justifica ao M&P Ana Rita Martins, diretora de marketing da Água Serra da Estrela.

Lançada a 8 de abril na fábrica da empresa, em Gouveia, a campanha está a ser divulgada nas redes sociais da marca e das organizações com quem a Água Serra da Estrela estabeleceu parcerias de cooperação que preveem a plantação de 15 mil árvores até 2035.

“Este ano, alcançamos um marco inédito no setor, ao garantirmos a utilização de 100% plástico reciclado em todas as nossas embalagens. O programa que a campanha promove vai permitir evitar a utilização de cerca de 700 toneladas de plástico virgem em 2025, passo este que corresponde a uma antecipação e superação do requisito legal, com o objetivo de mitigar ao máximo o impacto das garrafas de uso único”, sublinha Ana Rita Martins. 

Desde 2002, a Água Serra da Estrela já apoiou a plantação de 1,7 milhões de árvores. “Além de medidas concretas na operação da marca, o programa integra a dimensão comunitária, chamando à ação parceiros, instituições e cidadãos. Sabemos que não movemos montanhas, mas juntos podemos atravessá-las e chegar mais longe, mobilizando e inspirando mudanças de comportamentos”, refere ainda a responsável.

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TV: Os programas que dominam as audiências, gravações e redes sociais em março

O futebol lidera a lista dos programas mais vistos. Nas gravações diárias, o programa de Ricardo Araújo Pereira, ‘Isto é Gozar com Quem Trabalha’, conquista a primeira posição. A TVI ganha novamente nas menções nas redes sociais com os ‘reality shows’ do canal

Em março, o jogo a contar para a Liga das Nações que opõe a seleção nacional à Dinamarca é o programa mais visto. Transmitido na RTP1 a 23 de março, o jogo de futebol lidera o top de programas, com uma audiência média de 2,531,000 espectadores, num ranking liderado pela transmissão de eventos desportivos, segundo a análise da Marktest com base nos dados da Mediamonitor.

Na segunda posição encontra-se a primeira mão do mesmo confronto entre Portugal e a Dinamarca, exibido a 20 de março na RTP1, com uma audiência média acima dos dois milhões de espectadores. A fechar as três primeiras posições está o programa de Ricardo Araújo Pereira ‘Isto é Gozar com Quem Trabalha’, transmitido a 9 de março, na SIC.

Nos programas gravados e visionados no próprio dia, a liderança cabe novamente a um episódio do programa ‘Isto é Gozar com Quem Trabalha’, transmitido na SIC a 30 de março, que regista 228,300 espectadores em termos de audiência média. Nas gravações de sete dias, a emissão do programa ‘Taskmaster’, na RTP1 a 29 de março, ocupa o primeiro lugar.

Nas redes sociais, os ‘reality shows’ da TVI ‘Secret Story – Casa dos Segredos’ e ‘Big Brother’, encontram-se em destaque nas primeiras e segundas posições da tabela, respetivamente.

Na terceira posição surge o programa da manhã da TVI, ‘Dois às 10’, à frente do ‘reality show’ da SIC ‘Casados à Primeira Vista’, que ocupa a quarta posição. ‘Goucha’, o programa da tarde da TVI, encontra-se na quinta posição, seguido do concurso de talentos da RTP1 ‘Got Talent Portugal’ e da novela da TVI ‘A Protegida’, na sexta e sétima posição, respetivamente.

O top 10 dos programas com mais menções nas redes sociais no segundo mês do ano é completado pela novelas ‘A Fazenda’, da TVI, e ‘A Herança’, da SIC, na oitava e nona posição respetivamente, seguidas da  série juvenil da TVI ‘Morangos Com Açúcar’, em décimo.

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