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O pior ano de sempre

Com uma quota de 6,5 por cento do investimento, a preços de tabela, o exterior é o terceiro suporte de comunicação. Apesar de 2009 ser recordado como o pior ano […]

Maria João Lima
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O pior ano de sempre

Com uma quota de 6,5 por cento do investimento, a preços de tabela, o exterior é o terceiro suporte de comunicação. Apesar de 2009 ser recordado como o pior ano […]

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Maria João Lima
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Com uma quota de 6,5 por cento do investimento, a preços de tabela, o exterior é o terceiro suporte de comunicação. Apesar de 2009 ser recordado como o pior ano de sempre, os operadores não baixam os braços e apresentam novidades

A crise bateu forte no meio exterior e este terá sido talvez o pior ano de sempre. Quem o diz é Alexandre Amorim, director-geral da Urbout, que trabalha como grandes formatos, pendões e projecções outdoor. Segundo este profissional, não vale a pena negar. “A grande maioria das marcas, fruto da actual situação, desinvestiu muito na comunicação e esse desinvestimento teve um forte reflexo nos maus resultados de 2009”, comenta. E explica que isso se sentiu principalmente no que diz respeito aos grandes formatos já que estes, pela sua natureza, são meios complementares e que apelam à notoriedade das marcas. É que, segundo comenta, em 2009 a notoriedade não foi um requisito levado em consideração pela grande maioria dos anunciantes.

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Alexandra Fialho, directora de marketing da JCDecaux, lembra que o mercado da publicidade em Portugal decresceu no ano de 2009 cerca de 17 por cento (dados de Jan-Nov 2009). “No entanto, consideramos que o mercado está já a entrar em fase de recuperação e que 2010 irá ser certamente um ano bem diferente de 2009”, comenta a responsável da empresa que está presente em Portugal há 38 anos e tem na sua oferta mobiliário urbano com abrigos / mupis (2m2) e seniores (8m2), grande formato com redes de painéis 8×3, backlights e formatos gigantes, lonas e empenas, presença nos aeroportos e projectos especiais (decoração e eventos em centros comerciais e acções especiais de rua).

“Mentíamos se afirmássemos que não notamos a crise”, admite Jorge Miguel, director da Publirent, que no ano passado apresentou algumas soluções criativas e de grande impacto, mas não as conseguiu colocar em prática, pelos valores que eram necessários. Ainda assim, este profissional diz que, com a crise, conseguiram uma afirmação no mercado pela qualidade quer dos produtos, quer das soluções. E em momentos de crise não se deve desinvestir. “Devemos mostrar que estamos cá, de boa saúde e prontos para servir os clientes. Esta filosofia aplica-se a todas as áreas de mercado”, refere. Na opinião de Jorge Miguel há que conquistar a confiança dos clientes, sendo transparentes. “Não tendo receio em afirmar que este ou aquele pedido do cliente não vão ter o efeito desejado”, explica. Este profissional acrescenta que outro factor crítico é a qualidade dos materiais aplicados a cada trabalho. “Temos de ter a perfeita consciência que existem bons e maus materiais, e se queremos ser conhecidos como uma empresa que é de qualidade, só nos resta aplicar esses materiais, mesmo tendo o cliente a dizer que tem mais barato”, argumenta.

E acrescenta que devem fazer o cliente entender que estão a falar de materiais com qualidades diferentes. E explica: “Hoje perdemos um negócio, mas ganhamos credibilidade no futuro. Vamos ser conhecidos como empresa séria e não pela empresa de vão de escada.”

A Publiup, empresa com 10 anos de actividade em grandes formatos, também não ficou imune à crise e sente que há mais clientes a querer comunicar, apesar de “quererem fazer as mesmas campanhas dos anos anteriores com menos investimento”, lamenta Sónia Castelo dos Santos, da direcção comercial. Este ano fizeram a aposta no clean media. “A sua aplicação é muito rápida e eficaz: projecta-se água sobre um stencil e obtém-se uma marca de imediato no chão. Fizemo-lo nas ruas de Lisboa em parceria com o lançamento do filme 2012 da Warner”, comenta Sónia Castelo dos Santos.

Já a Cemusa admite que a crise serviu para reajustar a oferta e a estratégia comercial. “Não faz sentido comprar pior, quando se trabalha melhor. No último ano alguns operadores do mercado aguardavam até aos últimos dias para esperar e aproveitar os custos oportunidade proporcionados pelo meio”, lamenta. E acrescenta que comprando assim, continuamente mais barato, quem planeava e negociava com timings mais ajustados às características do meio obtinha, invariavelmente, custos mais altos.

“Esta é uma situação que penso que nos deve preocupar a todos e não só aos meios, mas também às agências e mesmo ao anunciante que apesar de comprar mais barato está apenas a contribuir para o desequilíbrio do mercado, o que a médio prazo se reflectirá na qualidade do mesmo”, explica Pedro Machado.

Olhando para o ano transacto, Pedro Machado lembra que a Cemusa fez o redesenho dos circuitos de maneira a que estes sejam mais adaptados às necessidades do mercado, mais competitivos, reforçando a liderança na Grande Lisboa e no Grande Porto. Segundo este profissional, aumentaram o número de faces na cidade de Lisboa, o que lhes permite representar cerca de 60 por cento das faces versus a concorrência. No Porto aumentaram o número de faces atingindo cerca de 30 por cento de share quando comparado com a principal concorrência.

A MOP tem tentado dar alternativas para as marcas estarem presentes nas suas redes de transportes públicos. Por exemplo, nos dias 12 e 16 de Outubro nas estações de metro de Lisboa e Porto foram feitas acções de degustação da manteiga Mimosa. Segundo Vasco Perestrelo, CEO da empresa, ficou provada a eficácia e a resposta positiva do público neste tipo de ambiente que é o dos transportes públicos, já que logo no primeiro dia foi necessário reforçar o pão e a manteiga. A Mimosa, para além da distribuição do pão com manteiga, elucidou os clientes acerca dos aspectos benéficos deste lacticínio ao distribuir folhetos de informação. A campanha de Natal da Worten contou com a decoração de vários espaços no Metro de Lisboa e painéis 8X3. No final do ano, nas estações de metro do Marquês de Pombal e do Cais do Sodré, foi possível ver sancas e colunas com o mote da campanha. Na Calçada de Carriche a Worten colocou o Pai Natal a descansar numa rede entre dois painéis 8X3.

Na área do sampling a MOP teve uma acção com a Vodafone para informar os utentes sobre o lançamento de um cartão específico com um tarifário mais barato para emigrantes.

Os folhetos foram distribuídos no Metro de Lisboa e Porto, CP e Transtejo.

Fora dos metros a MOP lançou a 22 de Dezembro o desafio a vários anunciantes para experimentarem uma das suas criatividades num painel da nova rede A Plus e ver as vantagens do novo sistema. O objectivo era dar a conhecer a sua última novidade em redes 8X3 com o sistema Graph´it, um novo material patenteado (lona com velcro incorporado), com maior qualidade de impressão relativamente ao sistema tradicional.

Também a C2M aposta em colocar no mercado espaços que tenham uma qualidade de comunicação tão elevada que se tornem incontornáveis no planeamento das campanhas. Além disso, garante Filipe Vaz, sócio da empresa, fazem questão de apresentar ideias criativas e inovadoras que façam a diferença. “Sabemos que nos dias que correm cada cêntimo conta e a sua utilização é, mais do que nunca, verdadeiramente ponderada”, comenta. E entre os trabalhos do último ano salienta, em termos de inovação e criatividade, a campanha de escadas rolantes que desenvolveram para a Nespresso em que numa única noite conseguiram decorar mais de 1500m2 em vinil, repartido por centros comerciais em todo o país. Lembra ainda a campanha multi-plataforma da Centrum em que decoraram escadas rolantes, instalaram puffs, criaram lounges e decoraram autocarros nos aeroportos. Outra é a campanha para a série CSI-Miami do canal AXN onde, entre outros espaços, simularam uma cena de crime num edifício de Lisboa. A instalação para a Nespresso de mega-lonas in-door com 30m2 cada, suspensas no tecto do Dolce Vita Tejo, ou a recriação em formato 8×3 das caixas de cartão da IKEA são outros exemplos desta empresa.

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O que fazer perante a crise?

“Resistiu melhor quem soube ser inovador e apresentar às marcas projectos de comunicação verdadeiramente desafiantes e novos espaços de comunicação”, disse Filipe Vaz, da C2M Outdoor. 2009 foi o ano de afirmação da C2M junto do mercado publicitário. A empresa colocou no mercado a activação publicitária dos centros comerciais Dolce Vita Tejo e Mar Shopping. “Paralelamente iniciámos a exploração publicitária do interior de todos os aviões da frota da TAP, incluindo vídeo de bordo, assim como business lounges da TAP e Groundforce e autocarros de transporte de passageiros em todos os aeroportos nacionais”, refere o responsável. A oferta da empresa abrangeu ainda posições de grande formato em Lisboa e Porto.

Perante a grande crise que está a afectar o mercado publicitário, Alexandre Amorim traça dois cenários possíveis para a Urbout. O primeiro é o de reajustar a oferta e partir para outros meios. Um cenário que parece “arriscado” já que passavam a ser provavelmente mais um player entre outros tantos. O segundo cenário, que será a linha de orientação para 2010 desta empresa, “passa por manter uma oferta na qualidade no que diz respeito aos espaços, continuar a promover a inclusão de novas tecnologias nas produções e, por outro lado, tentar ajustar os valores a realidade económica actual”.

Estamos a viver uma nova fase no panorama geral da publicidade, a oferta de meios multiplica-se sob a capa da inovação, o que torna mais complicadas as opções dos planeadores, explana. Mas Alexandre Amorim adverte: “Nas alturas de crise tomam-se muitas vezes opções por critérios puramente economicistas o que nem sempre dá o resultado pretendido”.

No último ano a Clearspot desenvolveu e apresentou uma rede de grande impacto baseada no grande formato (telas) e médio formato (backlight halo 12×3) inseridos em circuitos temáticos vs target e indexados às novas e actualizadas centralidades urbanas. Além disso, desenvolveram instrumentos de apoio à decisão que foram colocados ao dispor dos anunciantes e parceiros. E estas novidades foram a resposta à crise que a empresa sentiu em termos de desenvolvimento e retorno de esforços, não em termos de facturação. Mas foi essa mesma crise, diz João Varela, que “reforçou a necessidade permanente de, auscultando o mercado e as tendências urbanas, construir de forma sólida uma rede que assegure valor acrescentado ao nível da comunicação”. Neste contexto a Clearspot fez uma aposta na componente de inovação ao nível técnico, de que são exemplo as telas com sistema de fixação frameless 2D na qual não se visualizam as tradicionais cintas e cabos de aço, permitindo um upgrade estético.

A responsável da JCDecaux comenta que sabem que os clientes da empresa valorizam a capacidade de inovar. “Os clientes estão à espera que seja a JCDecaux a introduzir no mercado novidades que marquem a diferença de forma muito clara”, assume, dizendo que o principal desafio da empresa é proporcionar espaços onde as marcas se diferenciam totalmente e consigam comunicar com o seu target de forma inovadora.

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Ainda assim, um Porto Seguro

Pedro Machado, da Cemusa, aponta como uma lacuna a ultrapassar, a falta de dados de audiência. No entanto, diz, “todos acreditamos que quando as mesmas surgirem irão credibilizar o próprio meio mas também permitir um crescimento em termos de share versus os outros meios e provavelmente a sua utilização de uma forma mais isolada”.

Apesar de ainda sofrer da falta de estudos de audiências, Alexandre Amorim considera que a publicidade exterior continua a ser uma aposta segura para os anunciantes, na medida em que é um meio que comunica para grandes massas e permite um grande número de contactos. Acresce o facto de, pelas suas características, utilizar mensagens simples e assertivas (acessíveis a todos) e centrar 90 por cento do layout no produto. O responsável da Urbout lembra ainda que se falarmos dos grandes formatos acrescenta-se ainda a estas valias uma dimensão (a tal notoriedade) que, garante, “dificilmente se consegue através de outros meios, pelo menos na relação preço/beneficio”.

Pedro Machado, director comercial da Cemusa, defende que da mesma forma que a publicidade exterior foi dos primeiros meios de comunicação, será dos últimos a desaparecer. Isto porque, refere, tem características únicas e que a diferencia dos restantes, como por exemplo o facto de, ao contrario de todos os outros meios, não necessitar de atitude de selecção por parte do consumidor. “Impomo-nos”, admite. Segundo este profissional, desde que haja predisposição para a mensagem, ela terá o seu natural impacto.

Alexandra Fialho identifica como principal vantagem da publicidade exterior o facto de estar fisicamente onde estão as pessoas. “Este meio, tem a enorme capacidade de fixar e diferenciar toda a comunicação dinâmica que seja efectuada”, acrescenta. Mas, segundo esta profissional, a comunicação exterior, de excelência, exige que o conceito da comunicação pretendida pelo cliente seja claramente definido e compreensível. Ou seja, diz, “é necessário que haja uma boa criatividade associada!” Pedro Machado corrobora que a criatividade deverá ser alvo da maior preocupação. “Uma vez que nos impomos ao consumidor, não deveremos desperdiçar a hipótese de comunicar bem logo no primeiro contacto. A criatividade é fundamental.”

Alexandra Fialho acredita que o crescimento do mercado exterior assenta na confiança dos anunciantes, através de provas dadas, que ano após ano investem cada vez mais nesses produtos. E acrescenta que na JCDecaux, “temos diversos clientes que utilizam as redes da JCDecaux como suporte exclusivo de comunicação”.

Filipe Vaz lembra ainda que a publicidade exterior é o único meio onde as marcas podem fazer mass market sem risco de dispersão e, em alguns casos, comunicar directamente em point of sale, no momento em que o consumidor toma a decisão de compra. “Temos clientes que nos confirmam que aumentam exponencialmente as suas vendas, por exemplo em centros comerciais onde fizeram publicidade nos nossos espaços, quando comparando com outros centros comerciais onde vendem o mesmo produto mas não fizeram publicidade”, comenta.

No grande e médio formato (se devidamente localizado e dimensionado) assegura-se visibilidade, elevado impacto, comunicação onde as pessoas estão e onde existem menos restrições à publicidade, diz João Varela. E a prova de tudo isto são alguns dos trabalhos da Clearspot: telas do Canal Odisseia em Vila Nova de Gaia na qual associaram os alpinistas a montarem a tela com baratas à costas reforçando a própria criatividade da tela, a tela do MEO no backlight halo 12×3 no centro do Funchal e as telas do TNSJ e do ICAP no principal acesso ao Norte Shopping.

Jorge Miguel, da Publirent, lembra que a publicidade neste meio deverá ser feita de forma ordeira e sem atropelos. “As pessoas que circulam nas nossas estradas, dentro e fora das cidades, paradas no trânsito, nas suas deslocações quer de trabalho quer de lazer, são grandes consumidores de informação”, refere. Mas há que ter cuidado para não haver poluição visual, que já se começa a sentir. Um outro factor importante, diz Jorge Miguel, é a quantidade de informação que colocam nos locais.

“Assisti a alguns painéis 8×3 com tanta informação que era impossível alguém perceber o que lá estava”, recorda.

E aqui o erro pode ser repartido pelo cliente e pelo criativo. “O cliente por falta de conhecimento, mas o criativo por falta de argumentação válida para com o cliente, levando-o a perceber que está a cometer um erro”, acusa.

Quando comparada a publicidade exterior com a publicidade televisiva, Jorge Miguel não tem pejos em garantir que a que tem maior impacto é a publicidade exterior. “A publicidade exterior está em determinado local 24 horas por dia durante um determinado período de tempo, a publicidade televisiva, passa em determinadas circunstâncias e por períodos de tempo muito curtos”, argumenta. E continua: “A absorção de informação é muito menor na publicidade televisiva.”

Práticas menos claras

Jorge Miguel, director da Publirent, põe a nu uma realidade que, segundo diz, existe neste mercado.

“Sabemos de empresas que se ‘esquecem’ de pedir licenças, que colocam publicidade em locais que, para além de não ser permitido, ainda colocam em risco quem por lá passa”, acusa. Quando perdem um negócio para essas entidades, “em nada ficamos chateados pois sabemos e alertamos os clientes da irregularidade que estão a cometer, não directamente mas indirectamente”, comenta.

Também João Varela da Clearspot faz referência a esta situação: “As redes ilegais para além de danificarem a imagem dos anunciantes, colocam em risco a vida das pessoas que circulam nas estradas.” Este profissional congratula-se por existirem cada vez mais anunciantes a terem a consciência da responsabilidade que têm ao financiarem via contratação estas redes ilegais.

“Felizmente também a sociedade e seus meios de comunicação estão a dar mais atenção ao fenómeno, sendo que as autoridades estão lentamente a tomar consciência de que não têm de estar à espera de uma tragédia ’em directo’ nas estradas para intervirem de forma eficaz”, remata.
– Exclusividade do exterior

M&P: Em que situações poderá fazer sentido que o meio exterior seja usado em exclusivo e não como suporte a campanhas multimeios?

Alexandre Amorim, Urbout: “A publicidade exterior é muitas vezes a escolha única entre os meios em campanhas de abertura de lojas, eventos culturais, desportivos. No fundo quando se pretende uma campanha demarcada numa determinada zona geográfica. Um dos meios de que dispomos (pendões) são muitas vezes a escolha única em campanhas com essas características.”

Pedro Machado, Cemusa: “O exterior, para além de um excelente complemento a qualquer meio com outras características, pode ser exclusivo ou mesmo o meio principal quando abordamos o mercado com o objectivo da ‘chapada de marca’, mostrar produto e promoções.”

Alexandra Fialho, JCDecaux: “A publicidade exterior é o único meio que tem uma perfeita adequação aos hábitos de vida dos consumidores que se revela como um enorme ponto forte. Os consumidores passam cada vez mais tempo na rua! ”

Filipe Vaz, C2M Outdoor: “Depende muito do produto ou serviço que se anuncia e do enquadramento e objectivos da campanha. Não sou fundamentalista da publicidade exterior nem retiro mérito aos outros meios. Ainda assim faz sentido apostar fortemente na publicidade exterior quando as marcas querem fazer uma comunicação de massas, quando querem interagir pessoalmente com o consumidor ou quando querem segmentar geograficamente. Mas mesmo quando querem segmentar, por exemplo, por classes ou faixas etárias, conseguimos apresentar soluções de comunicação eficaz em publicidade exterior. Veja-se a diversidade de soluções de comunicação e targets que podemos ter num centro comercial em Oeiras, ou numa lona no centro de Lisboa ou no voo da TAP para o Rio de Janeiro ou nos autocarros em qualquer aeroporto nacional.”

João Varela, Clearspot: “A todos os considerem importante comunicar 24h/7, mas também a todos os anunciantes que têm de contar com restrições como, por exemplo, horários.”

Jorge Miguel, Publirent: “A publicidade exterior faz parte de um conjunto de meios disponíveis para comunicar, não podemos dizer que se apostarmos só em publicidade exterior vamos ter mais sucesso que um concorrente que utiliza vários meios de comunicação, sendo que um deles é comunicação exterior. Tudo depende do objectivo final, do mercado alvo, e sobretudo, do produto ou serviço a comunicar.”

Sónia Castelo dos Santos, Publiup: “Sempre que uma marca identifique e defina facilmente o seu alvo. A publicidade exterior acompanha as pessoas no seu dia-a-dia, no caos do trânsito, nos semáforos encarnados que não abrem, nos trajectos diários casa-trabalho, levar os miúdos à escola, ou seja, não há possibilidade de zapping e o efeito repetição é garantido.”

– O que se passa indoor?

“O ano de 2008 não foi um ano simpático para o sector da publicidade. Começou mal, muito mal, fruto de muitas indecisões e com uma grande retracção”, lembra Miguel Xara Brasil, New Impact, empresa de meios indoor. Porém refere que essa circunstância os obrigou a agir, a mudar e a procurar novas soluções a vários níveis. E a aposta desta empresa centrou-se na activação de marca. Entre os trabalhos desenvolvidos Miguel Xara Brasil destaca a acção do B da Compal que foi direccionada para um público universitário. “Foi implementada nas universidades, onde foram utilizados os painéis da New Impact com cartazes lenticulares (sensação de movimento) e várias equipas de promotores a proporcionar a experimentação do produto”, descreve.

E o mesmo profissional apresenta argumentos de peso para a opção das duas redes: “O nosso posicionamento permite-nos, perante a tipologia de espaço, não só direccionar e segmentar a comunicação, como também quantificá-la com muito rigor.” Este profissional acrescenta ainda que os suportes garantem uma taxa de retenção elevadíssima e os locais (ginásios, bares, discotecas, universidades) possibilitam a colocação de peças decorativas “que são verdadeiras mais-valias à dinamização de acções de activação da marca”.

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Niu investe €1 milhão em estruturas de produção e negoceia regresso a Espanha

No ano em que a empresa que detém e lidera assinala 30 anos no mercado, Nuno Santana avança ao M&P que está focado em conseguir uma maior complementaridade e autonomia, desenvolvendo áreas difíceis e fulcrais nos projetos da Niu, como a serralharia e a carpintaria, que são críticas na empresa de eventos, ativações de marca, produção e marketing de compras, que o ano passado faturou €12 milhões

A Niu vai investir €1 milhão para reforçar a capacidade de produção. Com este investimento, a empresa de eventos, ativações de marca, produção e marketing de compras, que faturou €12 milhões o ano passado e €30,4 milhões entre 2020 e 2023, pretende tornar-se mais autossuficiente. “Estamos focados em conseguir uma complementaridade interna ainda maior, desenvolvendo áreas difíceis, mas que são fulcrais à implementação dos nossos projetos. Vamos investir em áreas técnicas, como a serralharia e a carpintaria que, não sendo muito sofisticadas, são muito críticas”, justifica, ao M&P, Nuno Santana, proprietário e CEO da Niu.

“Este investimento permite-nos fazer coisas diferenciadoras, senão estaremos sempre limitados. O setor da construção atravessa uma fase muito complexa, porque há défice de mão de obra”, sublinha o empresário, que, com esta aposta estratégica, tem a ambição de continuar a fazer crescer o negócio. “Nos últimos 15 anos, temos mantido sempre um intervalo de faturação entre os €7 milhões e os €9 milhões e, nos últimos dois anos, crescemos praticamente 25% em termos de valor acumulado”, revela o gestor.

Os próximos meses são de grande atividade. “Vamos fazer a Fan Zone do Euro 2024 na Cidade do Futebol, entre 14 de junho e 14 de julho, em Oeiras. Também vamos estar presentes em todos os grandes festivais. Estamos agora em negociações, a fechar o plano com as marcas. O stand da Heineken no Nos Alive já está adjudicado. Vamos estar seguramente no Rock in Rio, no Meo Marés Vivas e no Meo Kalorama, mas ainda não consigo avançar com que insígnias”, confidencia o empresário.

Atualmente, a ativação de marca e a organização de eventos é responsável por 50% do volume de faturação da Niu. O negócio da produção 2D e 3D representa 25%, tal como o de marketing de compras, uma área que tem vindo a crescer.

“Somos uma empresa de serviço a clientes. Tão depressa estamos a fazer um jantar para cinco mil pessoas no Meo Arena como estamos a inaugurar uma loja criada e produzida por nós num centro comercial como o Ubbo. Como nascemos da produção, temos muitos ativos internos e somos relativamente autossuficientes”, sustenta Nuno Santana.

O CEO da Niu salienta os 4.000 m2 de área, na sede da empresa em Alfragide, que tem disponíveis para criar, desenhar, produzir e implementar ações para stands de festivais, congressos, lojas e grandes eventos de rua, como o Wonderland Lisboa, que regressa este ano para a oitava edição.

Promovido em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa e com a Media Capital, desde 2016, o Wonderland Lisboa é um dos eventos com maior visibilidade mediática que a Niu organiza e que, entre 30 de novembro de 2023 e 8 de janeiro de 2024, teve 852 mil visitantes. Jogos Santa Casa, Coca-Cola, McDonald’s, Licor Beirão e TVI são algumas das insígnias que se têm associado à iniciativa.

“Uma das formas de retribuirmos o investimento que as marcas fazem em nós é através das ativações que fazemos. Comunicamos e amplificamos também muitas dessas insígnias, através dos media e das redes sociais”, sublinha o empresário.

Com audiências cada vez mais diferenciadas, segmentadas e dispersas por plataformas distintas, criar e desenvolver eventos, ativações e comunicações que envolvam os consumidores é, nos dias de hoje, uma tarefa mais desafiante.

“Temos uma área que só pensa nisso, que é a área de ambientes, liderada pela minha irmã Joana [Santana]. Quando desenvolvemos um evento, há a preocupação de ver como será visível nas redes sociais. Temos um projeto, que por acaso é nosso, que é o Praia no Parque, em que a última renovação estética que a Niu lhe fez funcionou muito bem no digital”, admite o também cofundador do Grupo Praia e acionista da Media Capital.

“Vivemos no mundo físico a pensar para o digital. Mesmo em pequenas apresentações, temos sempre âncoras cénicas que amplificam essa divulgação. Começámos a produzir néones nos últimos três anos porque são elementos muito fáceis de amplificar. As pessoas veem-nos e têm tendência a fotografá-los”, afiança.

A diferenciação avera-se crucial, principalmente num mercado pequeno como o português. “Temos um grande laboratório comportamental que são os restaurantes do Grupo Praia. Os frequentadores do Praia no Parque, por exemplo, têm perfis muito diferentes. Ao almoço, temos os empresários e os decisores. Ao jantar, durante a semana, temos os turistas. Ao fim de semana, temos a geração Y e as pessoas que gostam de festas. Conseguimos mapear os comportamentos e oferecer uma proposta diferenciada”, assegura Nuno Santana.

A evolução do negócio

Na génese da Niu está a Sistemas Rafael, uma empresa espanhola especializada em pós-produção de imagem que, quando decidiu investir em Portugal, em 1994, desafiou José Santana a dirigir a operação nacional. Hoje afastado do negócio, o pai de Nuno Santana, que foi durante duas décadas relações públicas da Mercedes-Benz, aceitou o repto. Em 1996, é contactado pela Euro RSCG, que em 2012 se viria a transformar na Havas Worldwide, por causa da campanha publicitária que a agência estava a desenvolver para promover a Expo 98.

Na altura em que gravaram o filme que mostrava bebés a nadar debaixo de água, a produtora londrina que o produzia esqueceu-se de os fotografar para os anúncios de imprensa e para os materiais promocionais impressos. “Solucionámos o problema. Fomos a Londres digitalizar um fotograma e fizemos a pós-produção com base nele. Foi um sucesso. A partir daí, começámos a trabalhar com a Euro RSCG. Foi um cliente estratégico para nós”, recorda Nuno Santana.

Em 1997, a Sistemas Rafael passa também a disponibilizar um serviço de processamento de cor para fotolitos. “Era a sequência lógica”, considera. Em 1999, com o crescimento do negócio e a evolução tecnológica, a empresa abre o primeiro estúdio de fotografia digital da Península Ibérica. “Ninguém, na altura, acreditava nisto. Os próprios fotógrafos eram muito céticos. E eram investimentos completamente loucos para a altura. Uma máquina podia custar facilmente €100 mil e fazia fotos de 16 megabytes. Hoje, um telefone tira fotografias com 100 megabytes”, relembra.

2002 é um ano de viragem, com a Sistemas Rafael a deixar de trabalhar apenas com agências de publicidade para começar a produzir materiais promocionais para pontos de venda e a esboçar as primeiras ativações para marcas. É nessa fase que a Coca-Cola a desafia a decorar os espaços da insígnia nos estádios construídos para o UEFA Euro 2004. “Ficaram muito bem impressionados. Ainda hoje são um dos nossos principais clientes”, conta Nuno Santana.

Pouco depois, são desafiados pela Sagres e pela Portugal Telecom a desenvolver projetos estéticos para o SL Benfica. “O Miguel Arruda, que foi o arquiteto do novo Estádio da Luz, pediu-nos para desenvolvermos uma ativação para o dia da inauguração”, recorda Nuno Santana. A parceria estabelecida com a Rank Xerox permitiu imprimir postais com fotografias do jogo inaugural e distribuí-las pelos espetadores minutos depois, com 50 promotores a entrar nas bancadas para as entregar.

Outro momento decisivo foi o Mega Pic-Nic Continente, que a futura Niu também viria a dinamizar ao longo das seis edições do evento. “Fomos dando resposta aos desafios que nos foram sendo feitos. Demos pulos em grandes momentos, como a Expo 98 e o Euro 2004, mas, curiosamente, nunca como organizadores de eventos. Hoje, são o nosso core”, sublinha.

Operação em Espanha dependente das negociações em curso

O dinamismo da Sistemas Rafael em Portugal acaba por levar a empresa a ser selecionada pela Coca-Cola para participar no reposicionamento mundial da insígnia, iniciado em março de 2006 com a campanha publicitária Coke Side of Life. Numa reunião, em Espanha, a proposta portuguesa vence um concurso interno, mas o nome da empresa suscita dúvidas.

“Decidimos então criar a marca Niu, que chega ao mercado a 21 de junho de 2007. Nasce aí a nossa fase 2.0 e, em breve, vamos apresentar um racional que sustente a nossa entrada na fase 3.0, mas ainda não posso falar sobre isso”, ressalva Nuno Santana.

Todavia, nem tudo foram rosas ao longo do percurso. “Houve alturas em que perdemos dois ou três clientes grandes e em que achei que o mundo ia acabar. Hoje, olho para trás e percebo que esses foram momentos de transformação do negócio”, desabafa, enaltecendo a capacidade de resiliência da equipa e o elevado nível de retenção de funcionários.

A pandemia, em 2020, foi outro teste. “Apesar de ter sido um processo muito doloroso, não deixámos sair ninguém. Mantivemos os 70 colaboradores. Houve, inclusive, pessoas que passaram para os quadros a meio do surto. Tivemos algum sangue-frio para percebermos que isto iria passar e que os eventos iriam regressar. Quando a economia abriu, nós estávamos preparados e com capacidade de resposta, ao contrário de outras empresas que tinham diminuído muito as equipas”, sublinha.

A operação da Niu em Espanha, alavancada a partir de 2006, acaba, todavia, por ser afetada pelo surto viral que confinou o mundo. “A pandemia obrigou-nos a focar no mercado nacional e a suspender o processo de expansão em território espanhol. Estamos, neste momento, em negociações com um grande grupo para o retomar, mas nesta fase ainda não posso adiantar mais informação”, admite Nuno Santana.

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Comon cria campanha provocadora e humorística para a Makro

A Comon recorreu a estátuas gregas, zebras e fatos espaciais para, com base nas análises data driven feitas ao comportamento dos clientes da Makro, idealizar uma campanha publicitária multimeios disruptiva e divertida que pretende reforçar o posicionamento da marca

A nova campanha publicitária da Makro, idealizada pela Comon, revoluciona a forma de comunicar da marca. Estátuas gregas, zebras e fatos espaciais são os protagonistas dos anúncios. Além das redes sociais da marca e dos media digitais, também figuram nos múpis e nos cartazes de lojas que estão a ser espalhados por todo o país, com maior concentração na região de Lisboa, apresentando um discurso humorístico e provocador. “Tínhamos o desafio de fazer uma comunicação diferenciadora”, assume ao M&P Salvador Mathias, gestor nacional de excelência multicanal da Metro, empresa que detém a marca.

“Quem poderia esperar que esses elementos fossem os protagonistas de uma campanha de uma empresa de distribuição grossista? Mas é exatamente isso que nos torna únicos. Escolhemos uma abordagem menos óbvia, que certamente surpreenderá o mercado. Ao combinar o humor e o tom até provocador, sentimos que estamos a abrir novas oportunidades para a imagem da marca e a cumprir os objetivos da campanha”, refere o responsável. Reforçar o posicionamento como parceiro grossista, mostrando aos clientes que podem encontrar os produtos essenciais os seus negócios, é o propósito da iniciativa.

“O grande objetivo é reforçar o nosso compromisso com o setor da restauração, sublinhando que, no nosso portefólio de produtos alimentares e não alimentares, temos tudo o que os clientes deste segmento necessitam para o sucesso dos seus negócios. É certo que esta tem sido a nossa mensagem nas campanhas que temos vindo a desenvolver, mas desta vez quisemos fazê-lo com este tom disruptivo”, justifica Salvador Mathias. A mensagem da campanha tem em conta os resultados das análises ‘data driven’ feitas ao comportamento dos clientes da Makro, que também ouviu um grupo de clientes habituais da insígnia.

A campanha multimeios, que arrancou a 15 de maio, prolonga-se até junho, sendo amplificada por um cartaz de formato diferenciado instalado na loja da Makro de Alfragide. “Este ano, o objetivo é maximizar o nosso plano de marketing, de forma estratégica e cirúrgica, com ações e iniciativas que nos projetem como, mais do que fornecedores, parceiros. Esta campanha representa uma aposta criativa, muito grande e disruptiva, que vem reforçar aquilo em que, diariamente, estamos focados, o sucesso dos clientes é o nosso negócio”, refere Salvador Mathias, sem revelar valores de investimento publicitário.

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Rosalía é a nova embaixadora global da Dior

A artista espanhola protagoniza a nova campanha publicitária da marca. Produzida pela North Six, com direção criativa de Margot Populaire e figurinos de Maria Grazia Chiuri, diretora criativa da Dior desde 2016, promove a carteira Lady Dior e vai ter grande divulgação nos meios digitais

A cantora, compositora e produtora musical espanhola Rosalía é a nova embaixadora global da Dior. A intérprete protagoniza a nova campanha publicitária da marca, que vai ser maioritariamente divulgada nas redes sociais e nos media digitais, apurou o M&P. Produzida pela North Six, com direção criativa de Margot Populaire e produção adicional de Emma Roach, integra um filme publicitário realizado por Collier Schorr, que também assina as fotografias promocionais da parceria.

O estilismo é de Elin Svahn, com maquilhagem de Ariel Tejada e cabelos de Olivier Schawalder. Os figurinos são da responsabilidade de Maria Grazia Chiuri, diretora criativa da Dior desde 2016. Além de apresentar a nova embaixadora global da marca, a campanha publicita a carteira Lady Dior, uma das criações da etiqueta fundada pelo estilista francês Christian Dior em 1946.

“Explorando a emoção espontânea da cor e a intensidade profunda do preto e branco, as fotografias captadas por Collier Schorr transmitem uma pluralidade maravilhosa. Num ambiente íntimo, apenas com um microfone e um piano, um tributo às atuações ao vivo e às ligações apaixonantes entre moda, palco e música, a multitalentosa cantora espanhola é revelada, incrivelmente radiante”, informa a Dior, que em Portugal é comunicada pela Press Club, em comunicado de imprensa.

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Quase metade dos criativos têm uma relação difícil com as marcas

A inteligência artificial, o comércio social e as comunidades baseadas em interesses são as áreas do marketing e da criatividade que terão mais investimento este ano, segundo o estudo Estado da Criatividade, da Lions Advisory

Se a voz de Pedro Ribeiro, diretor criativo da Tux & Gill, refletir o mercado publicitário, a conclusão do relatório internacional Estado da Criatividade, da Lions Advisory, que indica que 45% dos criativos tem uma relação difícil com as marcas, não está longe da realidade portuguesa.

“Revejo-me nesses 45% e até me surpreende que não seja um número maior”, adianta o diretor criativo da Tux & Gill. O estudo em causa, conduzido pela consultora do Cannes Lions que se dedica à análise do mercado publicitário, a Lions Advisory, revela que a rutura na comunicação entre os principais intervenientes no processo criativo, agências e marcas, representa um risco para o mercado, nomeadamente por acontecer num momento em que há um maior investimento no setor.

Para Vasco Perestrelo, diretor-geral da MOP e representante em Portugal do Festival de Publicidade de Cannes, a perspetiva é outra, mas a realidade é a mesma. “Uma das coisas que o relatório indica é que, não havendo do lado dos clientes pessoas com perfil virado para a criatividade e que gostam de arriscar e fazer coisas novas, a tendência é cortar esse ímpeto que as agências têm, por definição. Até boas ideias, que podem ser transformadoras, acabam por ser condenadas à partida por serem arriscadas. A criatividade vive muito de fazer a diferença e isso implica alguma assunção de risco. Se as marcas não arriscarem no posicionamento e nas campanhas, torna-se mais difícil distinguirem-se umas das outras”, afirma Vasco Perestrelo.

Para Pedro Ribeiro, os desafios que tornam mais complexa a relação de trabalho entre criativos e marcas passam pelos “orçamentos mais reduzidos, prazos mais apertados, processos de ‘pitch’ mais insustentáveis, equipas mais reduzidas e inexperientes, de ambos os lados, e um foco maior nos resultados imediatos, com menos consideração pela construção de marca a longo-prazo”.

Já Levi Olivares, diretor digital da McCann Lisboa, assinala, à semelhança de Vasco Perestrelo, a necessidade de as marcas arriscarem mais no que toca ao processo criativo, uma vez que “a baixa competitividade entre as marcas leva a uma menor necessidade de arriscar, logo cria-se um cenário de poucas oportunidades para o mercado criativo inovar e sair do ‘mais do mesmo’, que para mim é a principal razão pela qual me revejo nessa estatística”.

Questionado sobre o estado da criatividade em Portugal face aos resultados apresentados no estudo internacional da Lions Advisory, Vasco Perestrelo considera que “estamos em linha com as principais tendências do mundo, não nos destacamos de forma muito diferente dessas tendências e conclusões. A única vertente que nos distingue é a situação política que vivemos”.

Levi Olivares, por seu lado, acredita que o nível criativo e o potencial do mercado português são muito bons. Admite, no entanto, que “face a outros mercados existe alguma falta de competitividade, não entre as agências, mas entre as marcas, e esse contexto de pouca apetência para arriscar e lutar pelo ‘spotlight’ de cada categoria não colabora para um mercado criativo, que tem potencial para ter mais expressão e trabalho destacado no cenário internacional”.

Pedro Ribeiro vai mais além e defende que a melhoria do desempenho das nossas agências em prémios internacionais nos últimos anos revela a capacidade que existe no mercado português, contudo, o criativo também refere que “Portugal não escapa à falência do modelo de gestão e de remuneração das agências criativas, em que parece que ainda ninguém encontrou a fórmula certa para cobrar de forma justa pelo pensamento e pelas ideias”.

O relatório, que se baseia num inquérito feito a cerca de 3000 profissionais criativos e marketers, alguns dos quais portugueses, revela que 51% dos inquiridos prevê que a indústria do marketing e da criatividade cresça fortemente, em 2024, tendo em conta que 60% dos inquiridos, no primeiro semestre de 2023, afirmaram que tencionavam reduzir os gastos em criatividade em 2024. A realidade, afinal, é outra e em vez de irem cortar, 69% das marcas dizem que vão manter ou aumentar o investimento este ano.

Em termos das áreas que vão acolher a maioria dos investimentos, o estudo salienta a inteligência artificial (IA), o comércio social e as comunidades baseadas em interesses. Em relação à IA, o relatório refere que, em 2023, 7,3% dos trabalhos a concurso no Festival de Publicidade de Cannes foram criados com recurso a IA, enquanto em 2022 havia apenas 3,7%. Até as marcas que em 2024 vão investir menos em marketing (62% dos inquiridos) vão aumentar os gastos com IA.

Para Pedro Ribeiro, a IA na criatividade é inevitável e a resposta das agências não pode ser de negação nem rejeição. “Pode reforçar o papel das agências criativas, ao automatizar processos mais executivos, trazendo o protagonismo de volta ao pensamento e à ideia. A IA exige estratégia, criatividade e critério, capacidades que o nosso mercado tem de sobra”.

Levi Olivares defende que “a utilização da IA veio para ficar”, não acreditando que o seu uso no mercado criativo “deva ficar restrito a geração de imagens através de ‘prompts’, nem seria essa a sua mais-valia. Idealmente o seu uso devia ficar ligado à performance, automação e à otimização de processos”.

No que toca ao comércio social, o relatório conclui que 44% dos inquiridos vão investir mais nesta área, em 2024, com 8% a excluir a aposta neste formato de vendas. Com as redes sociais e o comércio eletrónico a fundirem-se, o comércio social torna-se num canal fundamental para envolver os consumidores, destaca o relatório. De acordo com o Statista, empresa de pesquisa de mercado citada no estudo da Lions Advisory, as vendas globais do comércio social estão projetadas para atingir 8,5 triliões de dólares (€7,9 biliões), até 2030.

“As marcas estão cada vez mais a usar a comunicação que fazem nas redes sociais como um drive-in direto para vendas. Mas em vez desta linha, de fazer comunicação que pode derivar numa venda, as marcas vão investir cada vez mais em redes sociais para vendas diretas, utilizando-as como lojas. Estas acabam por ser simultaneamente, janelas de comunicação, mas também de retalho por ídolo disso, que é o chamado comércio social”, explica Vasco Perestrelo.

Relativamente às comunidades baseadas em interesses, o relatório afirma que 54% dos inquiridos vão investir mais nesta área, que irá tornar-se mais importante para satisfazer as gerações mais jovens. De acordo com os dados da Euromonitor, referidos no estudo Estado da Criatividade, 48% dos consumidores da geração Z quer ativamente interagir com as marcas em plataformas como o TikTok, para terem mais influência nos produtos que as marcas lançam.

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Iscte Executive Education realiza webinars gratuitos sobre comunicação de destinos e marcas locais

O webinar Placebrand e Turismo Sustentável, moderado por Ana Simaens, realiza-se a 20 de junho, às 18h30, no Iscte Executive Education. Uma semana depois, à mesma hora, Designed in Portugal: Reinventar Tradição, Criar Marcas é a temática abordada. As vagas são limitadas

O Iscte Executive Education está a organizar sete webinars temáticos sobre comunicação e promoção de destinos e marcas locais. Moderados por docentes da pós-graduação em placebrand e place marketing da instituição, contam com a participação de especialistas da área e são gratuitos, apesar de exigirem uma inscrição prévia que pode ser feita online. As vagas são, no entanto, limitadas a 20 participantes por sessão.

O webinar Placebrand e Turismo Sustentável, moderado por Ana Simaens, realiza-se a 20 de junho, às 18h30. Além de Carolina Mendonça, coordenadora da estrutura de sustentabilidade do destino turístico Açores DMO, a iniciativa conta com a participação de Maria de Lurdes Vale, diretora do Turismo de Portugal em Espanha.

Uma semana depois, a 27 de junho, à mesma hora, Designed in Portugal: Reinventar Tradição, Criar Marcas é o webinar que se segue. Moderado por João Faria Gomes, tem Carlos Coelho, presidente da Ivity Brand Corp, como convidado. Diáspora Como Ativo Estratégico de Portugal, Cidades Inteligentes: Criação de Valor e Um Futuro Que Passa por África e Bacalhau Bridge Effect são outros dos webinares gratuitos agendados.

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Adidas escolhe modelo e desportista português para campanha internacional

Com assinatura do estúdio criativo alemão Aboutkokomo, a campanha publicitária foi produzida pela Twentyfour Seven. João Pinto, filho do ex-jogador de futebol João Vieira Pinto e da atriz e apresentadora de televisão Marisa Cruz, é uma das imagens da marca desportiva alemã

Depois de ter usado a imagem do futebolista português Rafael Leão para promover as novidades de calçado desportivo da marca, a Adidas acaba de contratar o modelo e desportista João Pinto, filho do ex-jogador de futebol João Vieira Pinto e da atriz e apresentadora Marisa Cruz, para a nova campanha internacional. Desenvolvida pelo estúdio criativo alemão Aboutkokomo, sediado em Berlim, foi produzida pela Twentyfour Seven, produtora internacional com escritórios em Portugal, Espanha, Polónia, Lituânia, Estados Unidos, Chile, Argentina e República Dominicana.

Fotografada por Raquel Chicheri, com estilismo de Carolina di Leo e imagem de Paulo Fonte, responsável pelos cabelos e pela maquilhagem, a campanha vai ser divulgada internacionalmente em media digitais, redes sociais e múpis. Em Portugal, ainda não foi definida uma data para a exibir, apurou o M&P. No perfil global da marca nas redes sociais, houve outro desportista português a destacar-se no último mês. O futebolista João Félix, avançado do FC Barcelona, é um dos protagonistas do filme publicitário que a marca partilhou a 2 de maio para promover a aplicação Adidas Running.

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7 em cada 10 portugueses atribui responsabilidade às marcas na resolução dos problemas globais

Os consumidores sentem que as marcas não estão a conseguir corresponder às novas exigências, chegando a afirmar que não se importariam se 75% das marcas que existem hoje desaparecessem. 84% dos portugueses esperam que as marcas sejam transparentes sobre o que prometem, mas apenas 22% acreditam que as marcas realmente o fazem

Sete em cada 10 portugueses afirma que as empresas e as marcas têm o poder e o dever de contribuir para a resolução de alguns dos problemas globais da sociedade, revela o estudo Meaningful Brands, realizado pela Havas Media Network.

Apesar de 91% dos inquiridos destacar a crise ambiental como a preocupação mais urgente a nível global, a crise económica é o que mais preocupa os consumidores a nível pessoal. O estudo revela que 54% dos inquiridos, a nível global, defendem que as empresas deveriam estar mais focadas em ajudar os clientes, e não só na venda dos produtos ou serviços.

“As pessoas têm plena consciência de que estão a enfrentar crises globais que afetam quase todos os aspetos das suas vidas. Todas as crises representam uma enorme ameaça à nossa capacidade de sobreviver e prosperar. As pessoas vêem-se obrigadas a adaptar-se e a mudar e, com isso, o que exigem das marcas muda também”, sustenta Mark Sinnock, diretor global de estratégia, dados e inovação da Havas Creative Network.

Os consumidores inquiridos definem as marcas e as empresas como o segundo interveniente mais importante na resolução dos desafios económicos, depois das entidades governamentais e políticas. No entanto, os inquiridos sentem que as marcas não estão a conseguir corresponder às novas exigências, chegando a afirmar que não se importariam se 75% das marcas que existem hoje desaparecessem.

A falta de confiança e aparente indiferença estão relacionados à disparidade entre as expectativas dos consumidores e o desempenho das marcas, sendo que 84% dos portugueses esperam que as marcas sejam transparentes sobre o que prometem, mas apenas 22% acreditam que as marcas realmente o fazem.

Por outro lado, a crescente exigência global dos consumidores observa-se a vários níveis, nomeadamente no que toca ao papel das marcas na promoção de um mundo melhor, mas sobretudo na promoção do bem-estar individual dos seus clientes. Segundo os dados do estudo, 80% dos inquiridos em Portugal esperam que as marcas façam mais pelo seu bem-estar e saúde. Uma percentagem semelhante à dos que esperam que as marcas ajam pelo bem da sociedade e do planeta.

As conclusões do Meaningful Brands referem que esta é a era da ‘Economia do Eu’, na qual os benefícios pessoais assumem maior peso na construção de marcas relevantes. Expectativa reflete-se no facto de as marcas relevantes e significativas atualmente terem um desempenho superior em termos de benefícios pessoais em comparação com a média das marcas. E, nesta perspetiva, a capacidade de uma marca ajudar os consumidores a simplificar a sua vida (63%), a poupar tempo e dinheiro (61%), e a inspirá-los (56%), é o principal desafio para as marcas permanecerem relevantes e significativas.

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Quem são os favoritos do Euro 2024?

Com o Euro 2024 a aproximar-se rapidamente, os entusiastas do futebol em toda a Europa estão ansiosos para ver as suas seleções favoritas em ação. Com uma série de seleções talentosas a competir pelo prestigioso título europeu, é hora de analisar quem são os favoritos para levantar o troféu do Euro 2024.

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Muitos dos entusiastas do futebol já pensam no Campeonato da Europa de 2024, que este ano é organizado na Alemanha. Esta promete ser uma das edições do Europeu mais disputada, com várias seleções de enorme qualidade, não sendo fácil prever quem pode, de facto, levantar o troféu. Por esse motivo, fomos ver aquilo que acha um dos sites de referência nas previsões desportivas e a página de prognósticos do Campeonato Europeu 2024 é bastante elucidativa, analisando os principais favoritos, mas também quem vai levantar o troféu no final do torneio, a 14 de julho, em Berlim.

Inglaterra: a jovem e talentosa seleção dos Três Leões

A Inglaterra chega ao Euro 2024 com uma seleção jovem e talentosa, repleta de jogadores emocionantes que têm impressionado nos respetivos clubes. Sob a liderança do treinador Gareth Southgate, os Três Leões têm mostrado um futebol vibrante e ofensivo, e muitos acreditam que esta pode ser a sua oportunidade de finalmente conquistar um título importante. Com jogadores como Harry Kane, Jude Bellingham e Phil Foden no seu auge, a Inglaterra está pronta para desafiar qualquer seleção que se atravesse no seu caminho. Apesar de ser a favorita das casas de apostas, a Sportytrader prefere apostar numa equipa com maior força psicológica.

França: em busca do troféu que escapa há mais de 20 anos

Com uma seleção repleta de estrelas, incluindo Kylian Mbappé, Antoine Griezmann e Ousmane Dembelé, os Les Bleus estão entre os favoritos para o Euro 2024. Com o último europeu a ser conquistado na edição de 2000, a França vai em busca do troféu que escapa há mais de 20 anos. Sob a liderança do experiente treinador Didier Deschamps, os franceses estão determinados a lutar pelo título e acabar esta “seca” de títulos europeus. O que é bastante estranho tendo em conta que nesse período, a França já disputou três finais de Mundiais (venceu mesmo em 2018) e perdeu a final do Europeu em Paris, frente a Portugal. Os finalistas do último Mundial são de facto, os grandes favoritos dos especialistas em previsões desportivas. Vai a França sagrar-se campeã da Europa no país vizinho?

Alemanha: nova geração de talentos joga em casa

A Alemanha que ainda está a passar por um período de transição, chega ao Euro 2024 como uma seleção a ser levada a sério. Com uma nova geração de talentos emergentes encabeçada pelo craque do Bayern, Jamal Musiala, os alemães estão determinados a mostrar ao mundo que ainda são uma força a ser reconhecida no futebol europeu. Sob a orientação do treinador Julian Nagelsmann, a Mannschaft está pronta para surpreender os seus adversários e levantar o troféu no Euro 2024. Por também jogar em casa, a Sportytrader aposta que a Alemanha chegue pelo menos às meias-finais.

Portugal: a nova cara da Seleção das Quinas

Portugal chega ao Euro 2024 com uma seleção repleta de talento e experiência, incluindo alguns dos melhores jogadores do mundo, como Cristiano Ronaldo, Bernardo Silva ou Bruno Fernandes. Com a chegada do treinador Roberto Martínez, os campeões europeus de 2016, que fizeram uma fase de qualificação exímia e com performances bastante positivas, estão determinados a adicionar mais um troféu ao seu palmarés. Com um estilo de jogo baseado na posse de bola e na criatividade, a seleção das quinas é uma equipa que ninguém pode subestimar no Euro 2024. Portugal é também destacado como aquela Seleção que pode atrapalhar as melhores previsões e não surpreenderia se conquistar o Europeu alemão.

Espanha determinada em voltar ao topo

Depois de um desempenho dececionante no Euro 2020 e no Mundial 2023, a Espanha está determinada a mostrar ao mundo que ainda é uma força a ser reconhecida. Sob a orientação do experiente treinador Luis de la Fuente, a La Roja está a passar por uma fase de reconstrução, mas continua a contar com jogadores experientes como Daniel Carvajal e Álvaro Morata que se juntam com os jovens talentos como Gavi, Pedri e Lamine Yamal. Com um estilo de jogo baseado na posse de bola e na técnica refinada, a Espanha está determinada a fazer uma boa figura no Euro 2024.

Uma competição de elevado nível aguarda-nos

Com seleções como Inglaterra, França, Alemanha, Portugal e Espanha prontas para competir, o Euro 2024 promete ser uma competição emocionante e imprevisível. Desde os favoritos estabelecidos até às seleções em ascensão, há uma grande variedade de candidatos a ter em conta na maior competição europeia de seleções. Mal podemos esperar para ver como tudo se desenrolará quando o torneio começar. Preparem-se para um mês de futebol emocionante e cheio de emoções!

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Todos os influenciadores importam

Em 2023, o investimento em marketing de influência no Instagram em Portugal ascendeu a €59,5 milhões, num mercado em que os nano e microinfluenciadores aumentam. Os macroinfluenciadores e celebridades continuam a ser indispensáveis e a Prozis é a marca mais mencionada no Instagram, segundo o estudo da Brinfer

A aposta em nano e microinfluenciadores nas redes sociais está a aumentar, por permitir às marcas terem uma maior taxa de envolvimento com os utilizadores, revela o relatório Top Brands da Brinfer, que analisa os conteúdos partilhados por influenciadores portugueses no Instagram. Os macroinfluenciadores e as celebridades, no entanto, continuam a ser importantes nas estratégias de marketing digital. O estudo, referente a 2023, revela também que foram investidos €59,5 milhões em marketing de influência no Instagram em Portugal, no ano passado.

Este valor contabiliza o número de publicações pagas multiplicado pelo preço de tabela médio cobrado por cada um dos perfis de influenciadores. “Para chegar a um preço médio por publicação, consultámos agências de influenciadores para saber o valor médio pago a cada tipo de influenciador, seja por um post, por um reel ou por um story, e calculando a média entre esses valores, chegamos a um valor total”, explica Roberto Gomes, CEO da Brinfer.

Se o recurso a influenciadores com menos de 10 mil ou de 50 mil seguidores é cada vez mais uma realidade, os macroinfluenciadores (a partir de 50 mil seguidores), os megainfluenciadores (entre 500 mil e um milhão) e as celebridades (mais de um milhão) não são dispensados por algumas das marcas que lideram os rankings da Brinfer de menções no Instagram, devido à necessidade de adequar os perfis de influenciadores aos resultados pretendidos.

A Nespresso, que lidera a categoria Alimentação, “tem vindo a trabalhar com todo o tipo de perfis, tendo feito uma aposta crescente em nano e microinfluenciadores nos últimos tempos, mas que têm um bom envolvimento e um maior sentido de comunidade que, combinados entre si, permitem gerar uma ótima mancha no Instagram”, revela ao M&P Diogo Duarte João, responsável de relações públicas e eventos da Nespresso.

Do lado da Sephora, que lidera as menções do estudo da Brinfer em Beleza, a estratégia é trabalhar com todos os perfis de influenciadores. “Se procurarmos obter um alcance maior, apostamos em perfis de macroinfluencidadores e em celebridades. Se o objetivo for mais envolvimento vamos procurar nano e microinfluenciadores”, refere um porta-voz da Sephora.

O The Yeatman, o mais mencionado na categoria de Hotéis, por seu lado, faz mais parcerias de permuta com macro influenciadores e celebridades, porque geram uma maior taxa de alcance. “Ao mesmo tempo, temos expressão junto dos nano e dos microinfluenciadores, que muitas vezes são os nossos próprios clientes, visitantes ou participantes nos eventos e iniciativas que promovemos e organizamos”, diz Matilde Ribeirinho, diretora do departamento de marketing do The Yeatman.

Roberto Gomes, CEO da Brinfer, considera que a procura de microinfluenciadores é uma questão de volume e do algoritmo do Instagram. “As marcas não têm budget para investir nos segmentos mais altos de influenciadores constantemente, é mais fácil pagar menos a mais microinfluenciadores que, por sua vez, publicam mais conteúdos do que o oposto. Existe também outra vertente relacionada com o algoritmo, em que quanto mais pequeno for o número de seguidores do influenciador, maior é o número de interações e a taxa de envolvimento”, sustenta Roberto Gomes.

De acordo com o relatório da Brinfer, no top 5 das marcas mais mencionadas no Instagram em Portugal encontram-se a Prozis (Desporto, 199 mil menções), a Zara (Moda, 20 mil menções), a SIC (Media, 13 mil menções), a Sephora (Beleza, 6942 menções) e o Celeiro (Retalho Alimentar, com 6107 menções). Com um número inferior de menções, há líderes em outras categorias como Alimentação (Nespresso), Restaurantes & Cafés (Neto Restaurantes), Hotéis (The Yeatman), a Automóveis (Toyota), Eletrónica (Canon), a Telecomunicações (Nos) e Energia (Galp).

Em relação à liderança destacada da Prozis (muito distante da segunda marca mais mencionada, a Zara), Roberto Gomes argumenta que “a Prozis usou desde cedo a sua audiência para divulgar os seus produtos. Conseguiram criar um equilíbrio muito inteligente entre ações de notoriedade, com diversas estratégias de marketing de influência e de marketing de afiliados, para criar uma network de afiliados muito bem hierarquizada”.

Para o CEO da Brinfer, o grande sucesso da Prozis é o facto de ser quase obcecada por influenciadores e trabalhar bem todos os ângulos possíveis no mercado do marketing de influência, salientando que “o caso da Zara, é completamente o oposto da Prozis. A Zara lidera em menções na Moda, mas não lidera por ter uma estratégia de marketing de influência incrível. As menções da Zara são quase todas orgânicas.

O facto de a marca ter um impacto muito grande no seu segmento é a razão pelo qual lidera as menções na sua categoria, e esse também é o caso de muitas marcas que lideram os rankings”. Os resultados deste estudo dizem respeito ao período entre 1 de janeiro de 2023 a 31 de dezembro de 2023, em que a Brinfer analisou 247 mil conteúdos publicitários publicados por mais de 26 mil pessoas.

Sobre o autorDaniel Monteiro Rahman

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