Quando as marcas criam redes sociais
As redes sociais ganham cada vez mais espaço na vida das pessoas e na estratégia das marcas. Em Portugal, a McDonald’s, a Mars, a Optimus, a Cidade FM e a […]
Sofia Pires
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As redes sociais ganham cada vez mais espaço na vida das pessoas e na estratégia das marcas. Em Portugal, a McDonald’s, a Mars, a Optimus, a Cidade FM e a Vodafone já apostaram neste meio…
Actualmente, a maioria das pessoas com acesso à internet, especialmente o público jovem, estão registadas em uma ou mais redes sociais. Seja o Facebook, seja o Hi5, o Myspace, o Chilltime, o Flickr, o Netlog ou o LinkedIn, a popularidade das comunidades virtuais é um facto e as marcas, sabendo disso, começaram a apostar na criação de comunidades virtuais próprias. Lá fora a Coca-Cola lançou em Julho de 2007 o Sprite Yard, comunidade virtual direccionada para os telemóveis ou pda com o intuito de alavancar as vendas da Sprite. A Adidas, em Março de 2008, apresentou a Adidas Code, rede social dedicada aos amantes do atletismo. Mais recentemente, a Bristish Airways criou a Metrotwin.com, onde o objectivo é promover as cidades de Londres e Nova Iorque através de uma comunidade virtual onde os utilizadores partilham opiniões sobre os locais mais in das duas metrópoles.
Por cá, a McDonald’s foi pioneira na criação de uma rede social – a UAILDE -, em Julho de 2006. Já com 160 mil membros, a comunidade tem como objectivo “juntar um grupo de pessoas com gostos comuns, aumentando a sua afinidade com a marca”, refere ao M&P uma fonte oficial da McDonald’s Portugal. A rede social promove iniciativas na área da música, do cinema, do desporto e da tecnologia, além dos vários passatempos que dão prémios aos membros da comunidade. A rede UAILDE, que resulta da apropriação do termo inglês wild, tem cerca de 800 mil page views por mês. Com a criatividade da Fullsix, a comunidade da McDonald’s pretende aproveitar a componente viral deste tipo de comunidade, já que todos os membros podem criar novas ligações e convidar amigos a tornar-se membros.
A Mars, em 2007, criou uma rede social para cães e gatos. Na Pet Net os perfis não são de pessoas, mas dos seus animais de estimação. Ricardo Clemente, director-geral da OgilvyOne & Interactive, referiu no Congresso Internacional de Marketing que o objectivo é “criar e aprofundar as relações entre as marcas e os seus consumidores”. Com 31 mil pets activos no site, o Pet Net, que agora pertence à rede do portal IOL, resultado de uma parceria com a Mars, tem uma audiência mensal de dois milhões de page views. Ricardo Clemente arrisca afirmar que “as redes sociais serão o novo canal de mass media”, e por isso é muito importante que “as marcas facilitem a comunicação com os consumidores”.
A Optimus, em Abril de 2008, criou o novo tarifário Optimus Tag, e com ele a comunidade Tag. “É uma oferta única que se materializa em comunicações ilimitadas disponíveis numa vertente multiplataforma.” A direcção de comunicação institucional da Sonaecom está convicta de que o objectivo, além de promover o novo tarifário, é “que a comunidade seja um espaço de auto-expressão, de partilha de experiências, de conteúdos e de tudo o que os utilizadores entenderem”. Segundo os responsáveis da Optimus, a iniciativa tem sido um sucesso e a comunidade Tag “é um espaço aberto a todos os jovens, quer sejam clientes da Optimus quer não sejam”. A ideia da rede social, que partiu de Pedro Magalhães e Marco Figueiredo, da Euro RSCG, acaba por ser um “factor de diferenciação relativamente à concorrência”.
A 3 de Outubro de 2008, aproveitando o seu aniversário, a Cidade FM lançou a rede social Cena, que Nuno Gonçalves, director de programas da Cidade FM, afirma ter como objectivo “fidelizar e reforçar a ligação do público com os DJ/estrelas da estação, expormo-nos a ideias, críticas e sugestões”. O director de programas da Cidade FM refere que o seu “target é o sub 24 e sempre apostámos na web como uma extensão de comunicação da nossa marca. E, se há uma ocupação-chave para os teens e jovens, ela é socializar. Somando 2 e 2, a rádio líder neste segmento tinha de ter uma rede social”, conclui.
Também em Outubro, mas no dia 28, a Vodafone apostou na criação de uma rede social – a ZYB -, que também tem a função de transportar a rede de contactos do telefone para a internet. “O objectivo é tornar a rede social dinâmica e dotá-la de componentes sociais e, simultaneamente, interligar essa rede de contactos com as principais redes sociais de internet”, refere António Carriço, responsável pelos serviços de internet da Vodafone em Portugal. António Carriço acrescenta ainda que o “efeito viral na componente de rede social do serviço se torna mais abrangente e imediato, tornando-se extremamente simples e transparente a partilha de conteúdos ou mensagens com amigos que já fazem parte da lista de contactos do telemóvel”, conclui.
As redes permitem:
– Comunicar com um número alargado de pessoas
– Reforçar a notoriedade das marcas
– Obter feedback, criar uma presença de marketing, monitorizar as marcas e os consumidores
– Criar um movimento viral em torno de marcas, produtos e serviços
– Aceder a conteúdos e informações exclusivos das marcas
– Estabelecer o diálogo com o consumidor através de fóruns, chats, etc.
– Promover a interactividade
– Desenvolver acções de baixo custo