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Que representa o marketing no ponto de venda

Os estudos continuam a sublinhar a importância do ponto de venda para influenciar as escolhas dos consumidores. Em Portugal, a maioria das agências considera que a área está em franco […]

Filipe Pacheco
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Que representa o marketing no ponto de venda

Os estudos continuam a sublinhar a importância do ponto de venda para influenciar as escolhas dos consumidores. Em Portugal, a maioria das agências considera que a área está em franco […]

Filipe Pacheco
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Os estudos continuam a sublinhar a importância do ponto de venda para influenciar as escolhas dos consumidores. Em Portugal, a maioria das agências considera que a área está em franco crescimento

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Aideia de que o melhor local para influenciar a decisão de compra dos consumidores seria nas próprias superfícies de consumo foi alimentada durante anos pelos resultados do estudo realizado em 1995 pela POPAI (Association For Marketing At Retail) – Consumer Buying Habits Study -, que referia que “70 por cento das decisões de compra são feitas no interior da loja”.

A discussão voltou a ter pertinência quando uma pesquisa realizada este ano pela Ogilvy revelou que apenas 30 por cento dos consumidores espalhados por todo o mundo fazem a escolha da sua marca no interior da loja. A origem destas conclusões é a análise de 14 mil entrevistas efectuadas em 700 lojas. Em pormenor, o trabalho debruçou-se sobre cinco canais de retalho que englobam seis categorias de produtos, de modo a examinar como as decisões dos consumidores variam consoante os canais, as categorias de produtos e as marcas, bem como de acordo com o país e o perfil do consumidor. O que o grupo Ogilvy referiu no relatório – Shopper Decisions Made In-Store – vai além das estatísticas apresentadas pela POPAI há uma década, avançando ainda com resultados que estimam que dez por cento dos consumidores mudam a intenção de compra no interior da loja, acabando por adquirir uma marca diferente daquela que tinham em mente. Um outro indicador mostra que quase 20 por cento dos clientes acabam por comprar categorias de produtos que, antes de entrarem no retalho, não tinham intenção de adquirir.

A comparação entre os dois estudos feita recentemente pela Advertising Age, em que os números da Ogilvy puxavam para baixo a influência do ponto de venda nas decisões de compra dos clientes, veio dar azo a um mal-entendido, já que, segundo Peter Breen, director-geral do In-Store Marketing Institute, as metodologias utilizadas pelos dois estudos são distintas e, logo, não comparáveis. Isto acontece porque os números da POPAI têm por base o número de decisões de compra dos clientes no interior na loja, enquanto as estatísticas da Ogilvy representam o número de consumidores a tomarem essas decisões.

Breen vai mais longe e refere que, mesmo feita a comparação, ela se torna irrelevante num contexto em que as empresas estão a adoptar o shopper marketing como um dos pontos fulcrais da sua actividade. Mas essa não é a única variável que engloba esta discussão, pois os estudos da Ogilvy e da POPAI acabam por ter utilidades distintas. Enquanto o primeiro não consegue dar a percepção de como as actividades no interior de uma loja podem determinar as decisões de compra, apesar de ter alertado para a importância do marketing no ponto de venda, o estudo da Ogilvy demonstra que a sua influência nas escolhas dos consumidores depende de uma complexa variedade de factores. Ou seja, o leque de dados oferecido pela mais recente análise permite avaliar melhor que o nível das decisões no ponto de venda varia de acordo com a categoria do produto, o aspecto dos expositores e o tipo de consumidores, entre outras questões.

O estudo, segundo Breen, não veio assim pôr em causa a importância que começa a ser atribuída pelos departamentos de marketing das empresas a este tipo de acções, mas sim reforçar a ideia da sua importância. Um inquérito deste ano da Deloitte e da Grocery Manufacturers junto de cem empresas norte-americanas vem evidenciar ainda mais esta questão, já que 60 por cento dos fabricantes de produtos de grande consumo e retalhistas que participaram na iniciativa afirmaram atribuir grande importância ao ponto de venda nas suas actividades de marketing, em comparação com os seis por cento registados na análise do ano anterior. A importância do marketing no ponto de venda sobe ainda mais quando 19 por cento dos fabricantes de produtos de grande consumo e metade dos retalhistas o elegem como o mais eficaz no retorno do investimento, estando ainda para a maioria entre as quatro actividades mais importantes ao nível do ROI. As dúvidas quanto ao crescimento destas iniciativas de marketing dissipam-se ainda mais quando a Deloitte demonstra que aquelas não estão mais difundidas devido aos custos associados à análise do comportamento dos consumidores. De acordo com a consultora, 70 por cento dos inquiridos apontam como factor impeditivo da aposta neste eixo da comunicação o custo das bases de dados e das análises implícitas para implementar uma estratégia adequada no ponto de venda.

Sampling funciona

O sampling, considerado das acções mais comuns entre as realizadas pelo marketing no ponto de venda, é bastante elucidativo acerca da eficácia destas iniciativas junto dos consumidores. Segundo um estudo do Arbitron – em que participaram 1857 inquiridos -, cerca de 35 por cento dos clientes que levaram da loja a amostra de um produto afirmaram que o comprariam outra vez depois de o experimentarem. Esta análise indica ainda que 28 por cento dos clientes receberam uma amostra grátis de um produto nos últimos três meses e, desse grupo, 47 por cento afirmaram que a partir desse momento iriam ponderar a sua compra. Por último, o Arbitron, revela que 24 por cento dos clientes afirmaram ter comprado o produto que experimentaram no ponto de venda em vez daquele que anteriormente tencionavam adquirir.

Experiências portuguesas

Em Portugal, embora não existam dados disponíveis que permitam a avaliação detalhada das tendências do marketing no ponto de venda, o certo é que o depoimento de algumas empresas a actuarem na área de prestação de serviços de shopper marketing reforça a evolução positiva da actividade. É o caso da agência de marketing Way, que, entre outros serviços, também tem apostado no shopper marketing desde a sua fundação. Bruno Costa, CEO da agência, destaca a maior receptividade das empresas a estas iniciativas. “Os anunciantes estão cada vez mais conscientes de que as campanhas de activação de ponto de venda são actividades fundamentais para as marcas pelo acréscimo real de vendas que representam”, afirma, e classifica-a como uma área de “serviço importante na globalidade da oferta” da empresa.

Há casos que sublinham a influência do trabalho criativo no impacto das vendas. Quando a Way desenvolveu o Nokia ao Vivo no Arrábida Shopping e no Centro Comercial Colombo, as lojas foram visitadas em média por cinco mil visitantes no espaço de três dias, o que “significou um aumento de tráfego qualificado superior a 300 por cento”, diz Bruno Costa. Para este resultado contribuiu a transfiguração da loja, com a implementação de quatro zonas de experimentação. O ambiente multimédia e a introdução de aplicações para os consumidores experimentarem de modo virtual os serviços da marca finlandesa foram alguns dos elementos a servir de chamariz aos clientes. A isto aliou-se a animação de DJ, tendo-se a acção saldado nas “mil participações no Nokia ao Vivo”, sublinha o responsável da Way.

A ARC é outra das empresas no mercado português que sempre apostaram nesta área. Embora não possa divulgar números por normas impostas pelo grupo Publicis, holding de que a empresa faz parte, Tiago Strecht, director de contas da ARC WW, confessa que se trata de um trajecto incontornável para a empresa: “A agência desde cedo percebeu a importância deste género de acções, o que nos levou a investir internacionalmente para desenvolver o máximo de competências na área. Temos neste momento aplicado esse skill com vários clientes e estamos conscientes de que é um caminho decisivo no processo de compra do consumidor, logo com uma rentabilidade crescente no nosso negócio”, diz.

Confrontado com a relação entre as estatísticas que provam a influência do shopper marketing nas decisões de compra dos consumidores e os investimentos, o responsável apronta-se a desmistificar a ideia de que esta disciplina esteja a ser ignorada pelas marcas e pelos anunciantes. “Não se trata de ignorar as acções, mas sim de não usar um forte pensamento estratégico na aplicação das mesmas”, afirma. Neste quadro, lança a questão: “Todos os dias vemos acções de ponto de venda a decorrer. Muitas empresas acabam por desistir porque os resultados não são tão fortes como esperavam. Quem não ouviu já falar de acções com apenas cinco participações?” A questão, reforça, passa toda pela estratégia. E é isso e não a quantidade de acções efectuadas pelas marcas que determina todo o sucesso do shopper marketing. “Se as acções tiverem estratégia, com uma análise detalhada dos diversos pontos de transição, conseguimos influenciar o percurso do consumidor até à escolha do nosso produto”, defende.

Para acompanhar a evolução do mercado, a CIMP – que tem distribuído a actividade por áreas como o merchandising, o design ou o brand entertainment -, começou a criar novas soluções no ponto de venda a partir de 2004. Em conjunto com a Sonae Distribuição, a empresa desenvolveu o Store In Store para Área Viva, tendo em quatro anos alargado o conceito para 153 lojas. Também com a mesma holding lançou as primeiras parafarmácias no ano seguinte, estando os casos mais recentes de inovação nesta área ligados aos projectos de customização de espaços para a HP em Portugal e Espanha, assim como para a Tabaqueira e para os corners Cia Marítima. Estes trabalhos, segundo o testemunho de Renata Camargo, administradora do grupo, mostram o quanto “têm vindo a apostar e a inovar no ponto de venda, transformando a compra numa experiência de envolvimento com a marca”. E um dos grandes argumentos a que os anunciantes são sensíveis, diz, são os números da POPAI de 2007, que indicam que entre 62 e 70 por cento dos consumidores tomam a sua decisão de compra no ponto de venda. Contudo, com a evolução do perfil dos consumidores, o grupo defende como pilar do sucesso do negócio a multidisciplinaridade e a resposta integrada às necessidades dos clientes. “Temos desenvolvido estratégias que iniciem o processo de sedução do consumidor fora do ponto de venda, de forma integrada. Daí a aposta em outras áreas, como a activação de marca e o event and street marketing, e o nosso focus na empresa do grupo responsável pela produção interna e pela logística, uma das nossas vantagens competitivas”, acrescenta

Clientes atentos à medição do retorno

A aposta dos anunciantes em acções no ponto de venda não é, por sinal, pacífica para todos os intervenientes no mercado, já que há quem reconheça que a força da comunicação tradicional constitui ainda um entrave ao desenvolvimento de trabalho no ponto de venda. É o caso de Ricardo Costa, director-geral do Touch Group, que avança com a explicação: “Os clientes consideram que os instrumentos de medição de retorno destas acções ainda não são tão fiáveis como os instrumentos convencionais, havendo algumas dificuldades em justificar os investimentos, que não são muito baixos.” Mas esse não é o único factor impeditivo da evolução do trabalho criativo das agências. As regras da utilização dos espaços impostas pelas superfícies comerciais, acrescenta, “também são muito restritas, o que cerceia em grande parte a criatividade da agência”. Daí que o grupo esteja a apostar em trabalhar marcas interessadas em ir ao encontro dos consumidores nos seus “habitats naturais”: “Acabámos de fazer a distribuição de cartões telefónicos para uma marca nacional por mais de 500 escolas portuguesas”, exemplifica. A evolução da relação das marcas com os seus públicos leva-o por fim a deixar a questão: “Será que as acções de ponto de venda tradicionais não se estão a expandir para outros locais em que a experimentação por si só surpreende os alvos em momentos em que as marcas estão isoladas?”

Os clientes perante o ponto de venda

“Os clientes consideram que os instrumentos de medição de retorno destas acções ainda não são tão fiáveis como os instrumentos convencionais, havendo algumas dificuldades em justificar os investimentos, que não são muito baixos”, Ricardo Costa, director-geral do Touch Group

As marcas “têm vindo a apostar e a inovar no ponto de venda, transformando a compra numa experiência de envolvimento com a marca”, Cláudia Camargo, administradora do grupo CIMP

“Se as acções tiverem estratégia, com uma análise detalhada dos diversos pontos de transição, conseguimos com sucesso influenciar o percurso do consumidor até à escolha do nosso produto”, Tiago Strecht, director de contas da ARC WW

“Os anunciantes estão cada vez mais conscientes de que as campanhas de activação de ponto de venda são actividades fundamentais para as marcas pelo acréscimo real de vendas que representam”, Bruno Costa, CEO da Way

Colaboração entre retalhistas e marcas

A colaboração entre os retalhistas e os fabricantes é um factor crítico para o sucesso do marketing no ponto de venda, segundo um estudo desenvolvido pela Promotion Marketing Association. De acordo com a pesquisa, dois terços dos retalhistas entrevistados dizem que assistiram a um crescimento das suas vendas e dos seus lucros em resultado dessa cooperação. A mesma proporção de fabricantes afirma que esse factor também contribuiu para o crescimento da rentabilidade do seu negócio.

Mais de metade dos produtores confessa estar a praticar o shopper marketing, havendo 94 por cento dos retalhistas a ter a percepção de que a maioria ou parte dos seus concorrentes estão a apostar neste tipo de iniciativas. A pesquisa avança ainda que cerca de 60 por cento dos produtores consideram que os retalhistas estão a dar maior apoio ao shopper marketing do que há um ano atrás. A preocupação com o comportamento dos consumidores também está a aumentar, já que dois terços das marcas dizem que estão a fazer pesquisas quantitativas e qualitativas nesse sentido.

O incremento das vendas, prossegue a análise, está no topo dos objectivos dos retalhistas e produtores quando abordam esta matéria. Já o reforço da relação com os consumidores é entendido como a primeira motivação dos retalhistas no âmbito do marketing do ponto de venda, sendo que menos de dez por cento dos produtores considera ser essa a sua prioridade. Por último, 22 por cento dos produtores referem que no topo das suas prioridades está o reforço da cooperação com os responsáveis pelas superfícies de retalho.

Esta pesquisa online foi realizada em Março de 2008 e inquiriu fabricantes e retalhistas, assim como as agências de marketing que trabalham com eles.

POPAI prepara estudo

Um dos reflexos da importância dada pelas marcas de grande consumo às acções de marketing no ponto de venda foi a entrada da POPAI em Portugal. O interesse foi reforçado pela forma sofisticada como o retalho está a desenvolver-se em todo o mundo. Segundo Paul Miles, presidente da POPAI Portugal, a inexistência de dados acerca do comportamento do consumidor no retalho não permite ainda estabelecer uma comparação entre a realidade portuguesa e a existente noutros países da Europa.

Para colmatar essa lacuna, a POPAI começou a desenvolver há um mês um estudo com a Gfk, e o objectivo é “avaliar o impacto da comunicação em loja” para dotar as marcas de “informação global sobre a loja”, sendo ainda avaliadas as zonas com maior tráfego de clientes. O trabalho de campo arranca em Janeiro, estando prevista a realização de 1200 entrevistas nos Jumbo, Feira Nova e Continente distribuídos pelas áreas da Grande Lisboa, Grande Porto e outra ainda por definir. O outro método a aplicar é o eye tracking (que permite visualizar em directo o comportamento do cliente na loja) e, de acordo com o presidente da associação, a metodologia seguida “está a par dos estudos que estão ser feitos em países como a Alemanha e os Estados Unidos”. “Este estudo vai permitir avaliar, consoante as categorias dos produtos e o perfil dos consumidores, as acções mais eficazes no ponto de venda, de modo que a promoção dos produtos vá ao encontro das necessidades dos clientes”, esclarece Paul Miles.

A abrangência deste estudo permitirá complementar os estudos que algumas marcas têm vindo a desenvolver, o que, de acordo com o presidente da POPAI, acaba por ser a demonstração da seriedade com que as empresas abordam o marketing na área do retalho. A Unicer e a Coca-Cola são alguns dos associados que por iniciativa própria desenvolveram análises no ponto de venda, tendo como objectivo avaliar a eficácia que as iniciativas de promoção de produtos nas áreas de grande consumo poderão ter nas suas vendas. “Dos nossos associados, há empresas que já estão muito interessadas no ponto de venda. É uma aposta bastante recente, mas com a procura da eficácia começa a haver muito maior enfoque neste tipo de acções”, conclui.

Sobre o autorFilipe Pacheco

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Guilherme Coelho lidera nova área tecnológica da Havas

“Há uma crescente complexidade regulatória no uso de dados para fins de comunicação, o que obriga à criação de uma equipa especializada”, diz Guilherme Coelho (na foto), sócio-gerente da CSA, consultora focada em tecnologia e análise

Guilherme Coelho, anterior gestor nacional da Incubeta, é o sócio-gerente da CSA, nova consultora tecnológica que o grupo Havas está a lançar em Portugal. Licenciado em engenharia alimentar pela Universidade Católica Portuguesa e mestre em engenharia e gestão industrial pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, lidera a nova consultora de tecnologia, dados e análise.

“Um dos principais desafios deste mercado centra-se na complexidade da análise de dados e na sua transformação em ‘insights’ acionáveis que sejam de fácil compreensão para os clientes. Será esse um dos nossos maiores focos, sermos tradutores capazes de simplificar algo tão técnico sem perder profundidade e riqueza de informação”, refere ao M&P Guilherme Coelho, sócio-gerente da CSA.

Fomentar nas empresas portuguesas uma cultura de utilização dos dados mais estratégica é uma das prioridades do proprietário da Bracket, consultora de ‘data analytics’, ‘web development’ e ‘media strategy’, que ao longo da carreira passou pela Lisbon Digital School, Samsung Portugal, SIVA, Emailbidding, Kwanko e Adclick.

“Ter uma cultura de utilização de dados mais estratégica é algo que ainda não é amplamente priorizado, mas, a par disto, há também uma crescente complexidade regulatória no uso de dados para fins de comunicação, o que obriga a uma atenção constante às exigências legais e à criação de uma equipa especializada na área de dados aplicada ao marketing, preparada para tirar máximo partido das oportunidades em tempo real”, sublinha Guilherme Coelho.

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Faturação da ByteDance sobe para €136,1 mil milhões

A faturação do TikTok em 2024 representa um quarto das receitas totais da ByteDance, que atingem um novo recorde apesar da desaceleração das operações na China

As receitas de faturação da ByteDance, empresa-mãe do TikTok, aumentam 29% para 155 mil milhões de dólares (€136,1 mil milhões) em 2024, de acordo com um relatório obtido pelo site The Information, mas não confirmado pela empresa. Os lucros da marca chinesa aumentam 6% para 33 mil milhões de dólares (€28,9 mil milhões) no mesmo período.

A faturação do TikTok em 2024 representa um quarto das receitas totais da ByteDance, que atingem um novo recorde apesar da desaceleração das operações na China, segundo o relatório. Os mercados internacionais também representam um quarto da faturação total da ByteDance e registam um aumento de 63% em 2024, para 39 mil milhões de dólares (€34,2 mil milhões), impulsionado pelo crescimento da rede social.

A ByteDance tem vindo a expandir o comércio eletrónico, através do TikTok Shop, para um maior número de mercados estrangeiros, incluindo Espanha e Irlanda em 2024, com o objetivo de competir com empresas como a Shein e a Temu. A empresa está também a tentar expandir o TikTok Shop para Itália, Alemanha e França, com planos de entrar no Japão e no Brasil ainda este ano.

A ByteDance está ainda a tentar competir no setor da inteligência artificial (IA), com o desenvolvimento de novos óculos inteligentes, de acordo com outro relatório da The Information. O foco deste novo dispositivo será a captação de imagens e vídeos de boa qualidade.

A empresa até já terá iniciado o processo de negociação com os fornecedores para determinar os detalhes do dispositivo, nomeadamente as especificações técnicas, o custo e a data de lançamento.

Atualmente, a ByteDance enfrenta inúmeros desafios nos Estados Unidos, o seu maior mercado, onde terá de vender a operação da rede social, sob risco de ser proibida por motivos de segurança nacional e preocupações com a privacidade dos dados.

Sobre o autorDaniel Monteiro Rahman

Daniel Monteiro Rahman

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Sugestões para ler, ver e escutar da edição 977 do M&P

O livro ‘Storytelling — A Melhor História Ganha’, de Mark Edwards, a série ‘Vinagre de Sidra’, da Netflix, e o podcast ‘Uncensored CMO’, são alguns dos destaques

Ler

Storytelling — A Melhor História Ganha

Ao longo de várias décadas dedicadas ao jornalismo, Mark Edwards criou um método próprio para escrever histórias convincentes e cativantes. Neste livro, partilha as técnicas que desenvolveu e a abordagem seguida na criação de histórias vencedoras e na comunicação eficaz. A obra inclui vários exemplos aplicáveis a diferentes áreas, como a publicidade, o marketing e os negócios.

Partindo da premissa de que, num mundo saturado de informação, as melhores histórias são as que se destacam e conquistam audiências, Mark Edwards demonstra que a forma como uma mensagem é contada pode ter mais impacto do que a própria mensagem. Explica ainda como estruturar histórias eficazes, utilizando personagens, conflito e resolução para criar uma ligação autêntica com o público, mostrando como histórias bem construídas geram emoção, envolvimento e ação.

Autor Mark Edwards
Editora Clube do Autor
Lançamento Março de 2025
Páginas 248
Preço €18,00

Personal Branding — O Guia Para Uma Marca Pessoal de Sucesso

Neste livro, Raquel Soares, fundadora da Love People, consultora de marca pessoal, imagem e da conferência Personal Branding Summit, partilha estratégias, histórias e as lições que aprendeu ao longo de anos de experiência na transformação de carreiras e negócios.

A obra apresenta estratégias para destacar talentos, criar conexões e aumentar a credibilidade profissional. Com sugestões aplicáveis e casos reais, Raquel Soares mostra como se pode destacar num ambiente competitivo, reforçando a importância da consistência e do propósito, e como criar uma marca pessoal autêntica, influente e memorável.

Autor Raquel Soares
Editora Ideias de Ler
Lançamento Março de 2025
Páginas 272
Preço €17,75

Ver

Vinagre de Sidra


Criada por Samantha Strauss e realizada por Jeffrey Walker, Vinagre de Sidra inspira-se na história verídica de Belle Gibson, influenciadora que enganou os seguidores ao afirmar ter-se curado de um cancro através da medicina alternativa, para lucrar com esse estilo de vida.

A série destaca os perigos das falsas promessas no mundo do bem-estar, o impacto das redes sociais e o papel dos influenciadores na disseminação de informações de saúde.

Formato Minissérie
Género Drama
Realizador Jeffrey Walker
Estúdio See-Saw Films
Distribuidora Netflix
Plataformas Netflix
Lançamento Fevereiro de 2025

A Batalha das Pop-Tarts

Escrito e realizado pelo ator e humorista norte-americano Jerry Seinfeld, A Batalha das Pop-Tarts é uma comédia que retrata a guerra entre as marcas Kellogg’s e Post, que resulta na criação da icónica Pop-Tart da Kellogg’s, que revolucionou o pequeno-almoço dos norte-americanos.

Através do humor, o filme mostra os bastidores da rivalidade entre as gigantes da indústria alimentar e como o marketing transforma umas simples bolachas num fenómeno cultural.

Formato Filme
Género Comédia
Realizador Jerry Seinfield
Estúdio Columbus 81 Productions
Distribuidora Netflix
Plataformas Netflix
Lançamento Maio de 2024

Escutar

Uncensored CMO

O Uncensored CMO é um podcast de Jon Evans, diretor de marketing e clientes da plataforma de eficácia de marca System 1, criado para explorar os prós, os contras e a verdade por trás da prática do marketing.

Com entrevistas a diretores de marketing e líderes do setor, o podcast aborda estratégias de marca, casos de sucesso e desafios das marcas, entre outros temas.

Screaming Creativity

Conduzido por Rob Reilly, diretor criativo executivo global do grupo WPP, o Screaming Creativity explora o impacto da criatividade nos negócios e na cultura.

O podcast inclui conversas com personalidades influentes do marketing e da publicidade, nas quais são abordados temas como o impacto da tecnologia na criatividade, o panorama em constante evolução do setor criativo, o futuro da publicidade e os percursos criativos dos convidados.

What Next?

O What Next? explora como a globalização, a tecnologia e as mudanças demográficas estão a remodelar a forma como criamos, consumimos e comunicamos.

Rishad Tobaccowala, conselheiro sénior do Publicis Groupe, conversa com diretores executivos e diretores criativos, para discutir o impacto da tecnologia nos meios de comunicação social, o atual cenário empresarial e da publicidade, bem como os desafios da liderança no futuro do trabalho.

Sobre o autorDaniel Monteiro Rahman

Daniel Monteiro Rahman

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Palhaçadas sérias

‘Clowns’ da BBH, para a Audi, é a campanha que Joana Antunes, redatora da Fuel, gostava de ter feito. ‘Estrelas Perfeitas’ da Dentsu Creative Portugal, para a Associação Salvador, é a que mais gostou de fazer, revela na rubrica Como É Que Não Me Lembrei Disto?

Vencedora de uma Prata no Young Lions Portugal 2023, Joana Antunes, redatora da Fuel, não tem na escrita a maior das paixões. Do que gosta mesmo é de pegar num ‘briefing’ e explorar as potencialidades do projeto que tem em mãos, procurando desafiar-se até ao limite, sem receio de pensar em grande.

É por isso que elege ‘Clowns’, que só descobriu recentemente, como a campanha que gostaria de ter feito. A simplicidade da ideia é o que mais a cativa, revela na rubrica do M&P Como É Que Não Me Lembrei Disto, dedicada à criatividade.

‘Estrelas Perfeitas’, a campanha que mais gostou de fazer, foi desenvolvida durante o período em que trabalhou na Dentsu Creative Portugal, entre julho de 2022 e outubro de 2023, antes de sair para a Alfred e depois para a Judas. Está na Fuel desde junho de 2024.

Qual é a campanha publicitária que gostaria de ter feito?

São várias as campanhas que gostaria de ter feito, especialmente as da Apple e do Burger King, que são sempre incríveis. No entanto, recentemente, deparei-me com uma campanha da Audi, de 2017, chamada ‘Clowns’, que me fez querer vê-la e revê-la vezes sem conta.

Quais são as razões dessa escolha?

Gosto sempre de fazer um exercício quando vejo uma boa campanha, que é imaginar qual seria o ‘briefing’. Neste caso, o ‘briefing’ deve ter sido daqueles que tinha tudo para ser aborrecido. Algo na linha de “precisamos de criar uma campanha que fale dos novos atributos de segurança dos nossos carros”.

A equipa que o recebeu deve ter conseguido dar-lhe a volta, desenvolvendo uma ideia muito simples, com base num ‘insight’ verdadeiro, o que é incrível. É algo que eu gostaria de ter conseguido fazer, caso tivesse recebido esse ‘briefing’.

O que é que lhe chama mais a atenção na campanha?

A simplicidade é o que me fascina nesta campanha. O filme passa uma mensagem forte. Consegue ter humor e emocionar em simultâneo. Porque há, de facto, muitos ‘palhaços’ na estrada, que são um perigo para todos nós. Este seria, talvez, o caminho mais óbvio, fazer uma campanha emocional e pesada.

Joana Antunes, redatora da Fuel

É só a simplicidade que a cativa?

Para mim, a inteligência da ideia é o uso da metáfora, ao trazerem os palhaços para o filme, o que torna a ideia mais leve, cativante e com algum humor. O facto de não serem necessárias falas para explicar a mensagem é outro dos pontos que adoro nesta campanha.

A assinatura no final do filme, ‘Audi Technology. Clown Proof’, é suficiente e resume a ideia de forma muito clara. Por fim, a escolha da música [‘Send In The Clowns’ de Faultline feat. Lisa Hannigan], é a cereja no topo do bolo.

É uma música que nos transporta para algo triste, mas que acaba por trazer algum sarcasmo para a campanha, reforçando a ideia de que podem mandar vir os palhaços porque a Audi está preparada para nos proteger deles.

Esta campanha inspirou-a a nível criativo?

Comunicar para marcas de carros nunca foi uma ambição e sempre achei que, criativamente, era algo um pouco limitado. No entanto, esta campanha fez-me ver este segmento de outra forma. Veio, inclusive, relembrar-me de que não existem maus ‘briefings’.

Se existir um cliente aberto a novas abordagens, conseguimos fazer coisas diferentes, que toquem as pessoas e que passem uma mensagem clara e impactante. Esta campanha inspirou-me a olhar para os ‘briefings’ que parecem aborrecidos com um novo olhar.

Qual é a campanha que fez que mais a concretizou profissionalmente?

Ainda tenho de pedalar muito nesta área para poder responder a esta pergunta. No entanto, com a experiência que tenho, posso dizer que o projeto que me fez sentir mais realizada foi a campanha ‘Estrelas Perfeitas’, para a Associação Salvador.

Primeiro, porque criámos um produto de raiz, o que por si só já é algo que me dá orgulho. Depois, ver o impacto do projeto e pôr as pessoas a contribuir e a falar sobre uma causa importante, é gratificante.

Sabemos que, só com a publicidade, não conseguimos mudar o mundo, mas se podermos contribuir para que seja um sítio melhor, torna-se mais fácil criá-la todos os dias.

Como é que chega a essa ideia?

O desafio que a Associação Salvador nos lançou consistia em criar um amuleto, um objeto, para assinalar o Natal e reforçar a importância da acessibilidade.

Ao fim de várias ideias chumbadas, lembrámo-nos de um momento, de uma tradição, que é comum em todas as casas, pôr a estrela no topo da árvore. É um momento que vemos como algo normal, mas que para muitas pessoas não é possível.

E assim nasceu a ideia de criarmos árvores de Natal inclusivas, construindo estrelas que podiam ser colocadas em qualquer parte da árvore.

Como é que avançou para a execução?

Para que a inclusão estivesse presente no nosso próprio produto, decidimos criar estrelas assimétricas e imperfeitas, simbolizando as fragilidades que todos temos. A nossa ideia era, também, que este objeto fosse bonito e apelativo, para que as pessoas o quisessem comprar para decorar as suas árvores.

Por isso, decidimos fazer uma parceria com a Burel, que facultou o excedente de produto e produziu as estrelas, tornando também a ideia sustentável.

 

As campanhas atualmente estão mais ou menos criativas do que antigamente?

Acho que os tempos mudam e devemos adaptar-nos. Presumo que, antigamente, as marcas investissem e arriscassem mais na comunicação. No entanto, acho que, hoje em dia, o ruído é tanto e está em tantos meios ao mesmo tempo que se torna essencial fazer uma comunicação mais de entretenimento e menos de ‘hard selling’.

O que faz quando não tem ideias?

Era incrível existir uma fórmula que resultasse sempre, mas no meu caso ainda não a descobri, nem depois de ler o guia prático de criatividade do John Cleese.

Quando não tenho ideias, passo primeiro pela clássica fase de síndrome de impostor, onde tudo é motivo de questionamento. Depois, vou dormir sobre o assunto, literalmente, o que resulta muito bem.

Noutras alturas, arregaço as mangas, abro um documento de Word em branco e começo a desenvolver uma pesquisa e a escrever ‘insights’ soltos.

Ficha técnica

Campanha ‘Clowns’
Cliente Audi
Agência Bartle Bogle Hegarty (BBH)
Diretor criativo Ian Heartfield
Diretor de arte Mikael Alcock
Diretor de estratégia Damien Le Castrec
Redator Doug Fridlund
Produtora Rattling Stick
Produtora executiva Katie Keith
Produtores David Lynch, Tim Nunn e Sally Humphries
Realizador Ringan Ledwidge
Diretor de fotografia Adam Arkapaw
Edição Rich Orrick/Work Editorial
Pós-produção The Mill Sonoplastia String and Tins
Diretora musical Ayla Owen
País Reino Unido
Ano 2017

Ficha técnica

Campanha ‘Estrelas Perfeitas’
Cliente Associação Salvador
Agência Dentsu Creative Portugal
Diretor criativo Ivo Purvis
Diretora de arte Madalena Montellano
Redatores Joana Antunes e Nuno Leal
Realizadora Maria Mena
Vídeografia Luís Pinto Magalhães
Fotografia Fernando Sousa
Entrevistas Nuno Mata, Diana Niepse e Hugo Maia
País Portugal
Ano 2023

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

Luis Batista Gonçalves

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Havas inspira-se na força do vento para reposicionar EDP

O filme institucional da campanha conta com a participação da atleta norte-americana Melissa Jefferson (na foto) que, aos 24 anos, está a consolidar-se como uma das principais velocistas do mundo

A Havas destaca o papel da energia eólica na campanha institucional global que marca o reposicionamento da EDP.
Somos Mais Rápidos Com o Poder do Vento’ é o mote da nova campanha produzida e realizada pela Garage, com planeamento de meios da Wavemaker. Em Portugal, vai estar três semanas no digital, redes sociais e televisão.

A campanha decorre também em digital e redes sociais em Espanha, Alemanha, França, Itália, Reino Unido, Polónia, Bélgica e Dinamarca.

O filme publicitário conta com a presença da desportista Melissa Jefferson, que, aos 24 anos, está a consolidar-se como uma das principais velocistas do mundo. No anúncio, a atleta norte-americana supera o seu recorde pessoal numa pista situada num parque eólico, reforçando a mensagem de que todos somos mais rápidos quando aproveitamos a força do vento.

Para além do novo posicionamento da EDP, o ‘spot’ realça o papel transformador da energia eólica na construção de um futuro neutro em carbono.

“Em 2024, ultrapassámos os 12 mil megawatts de capacidade instalada e gerámos mais de 31 mil gigawatts de energia limpa a partir da força vento. Esta é a década da ação, em que cada rotação das turbinas conta”, salienta Vera Pinto Pereira, administradora executiva da EDP, citada em comunicado de imprensa.

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Marketing

L’Oréal Paris escolhe Philippine Leroy-Beaulieu

A atriz (na foto) que interpreta Sylvie Grateau na série da Netflix ‘Emily em Paris’ protagoniza a campanha da linha Age Perfect Collagen Expert da marca francesa

A L’Oréal Paris anuncia a atriz Philippine Leroy-Beaulieu, de 61 anos, para embaixadora da marca em França. A atriz vai promover a linha Age Perfect Collagen Expert, a partir de 9 de junho. A divulgação é feita na página do Instagram da L’Oréal Paris com a mensagem: ‘a idade perfeita é agora!’

Conhecida pela personagem Sylvie Grateau na série da Netflix, ‘Emily em Paris,’ a atriz francesa desperta a atenção pelo estilo francês sofisticado. A L’Oréal Paris descreve-a como “um modelo de perseverança e ousadia”.

Para a diretora-geral da L’Oréal Paris, Marie-Julie Monnot, a atriz é a personificação do ‘french chic’. “Ao celebrar a idade, torna-se uma verdadeira fonte de inspiração para todas as mulheres”, conclui em comunicado.

A escolha de Philippine Leroy-Beaulieu faz parte de um movimento mais amplo da L’Oréal Paris, para defender a diversidade e a inclusão em todas as idades, culturas e estilos de vida.

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FOTO DR
Comunicação

Digidelta lança marca de filmes sustentáveis para impressões digitais

Desenvolvidos nos últimos dois anos, os filmes da Biond (na foto), da Digidelta, podem ser usados, com ou sem adesivo, em comunicações visuais, decorações de interior, publicidade, rotulagens e embalagens

A Digidelta, empresa que desenvolve e comercializa soluções de impressão, está a lançar no mercado a Biond, uma gama de filmes sustentáveis. Desenvolvidos com materiais biodegradáveis, de origem vegetal, que absorvem dióxido de carbono durante o processo de crescimento, são 100% biodegradáveis e podem decompor-se em menos de 90 dias, nas condições adequadas.

“A sustentabilidade não é apenas uma escolha, mas uma necessidade imperativa para o mercado global. Com a gama Biond, que traz ao mercado uma inovação sem precedentes, acreditamos que podemos redefinir os padrões de qualidade e responsabilidade ambiental, promovendo uma alternativa que alia a eficiência e o respeito pelo planeta”, salienta Armando Mota, CEO da Digidelta, citado em comunicado de imprensa.

Além de minimizarem as emissões de compostos orgânicos voláteis, tornando-os mais seguros e ecológicos, os novos filmes, desenvolvidos pela empresa nos últimos dois anos, também garantem benefícios de usabilidade idênticos aos tradicionais filmes adesivos de PVC, sem comprometer a qualidade de impressão. A nova solução pode ser usada, com ou sem adesivo, em comunicações visuais, decorações de interior, publicidade, rotulagens e embalagens.

“Com uma compatibilidade abrangente com tecnologias de impressão digital como o UV LED, o UV gel, o eco-solvente, o látex e a impressão mecanográfica flexografia e ‘offset’, a Biond adapta-se facilmente às necessidades mais exigentes do mercado”, salienta o responsável, que aposta na assinatura ‘A Branded Film Today for a Carbon-Free Tomorrow’ para exportar os novos filmes, investindo numa estratégia de distribuição global.

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Marketing

Marcas americanas adaptam estratégias em resposta às tarifas de Trump

Para marcas que produzem na China e no Vietname, como a Nike, a situação é preocupante. As que fabricam nos EUA estão numa boa posição, mas têm de ser cautelosas com o marketing ‘Made in the USA’

À medida que as marcas nos Estados Unidos se confrontam com um cenário marcado por tarifas comerciais alargadas e aumentos de preços nas importações, os anunciantes estão a adaptar as estratégias para enfrentarem um novo período de incerteza que os especialistas preveem que possa resultar numa crise mundial, noticia a Ad Age.

As marcas estão cautelosas em relação ao impacto das tarifas nos preços e na procura por parte dos consumidores. O mais recente plano de tarifas imposto por Donald Trump inclui uma taxa de 10% sobre todas as importações, bem como tarifas recíprocas sobre os países que impõem tarifas às importações dos Estados Unidos. O presidente norte-americano promete taxar os “piores infratores”, nomeadamente a União Europeia, a China e o Vietname.

A situação é preocupante para marcas como a Nike, que tem grande parte da produção centrada em fábricas na China e no Vietname, ou para a Bogg Bags, obrigada a procurar alternativas à produção na China. De acordo com dados da Bloomberg Intelligence, marcas como a Gap, a Victoria’s Secret e a Ralph Lauren também vão ser afetadas pelas pressões resultantes da instalação de fábricas no Vietname.

As marcas que fabricam a maior parte dos produtos nos Estados Unidos, por seu lado, estão numa boa posição. Segundo avança o The Wall Street Journal, é provável que uma vaga de anunciantes promova campanhas focadas no termo ‘Made in the U.S.A.’. A tendência já começa a surgir, com marcas como a New Balance e a Ford, entre outras, a divulgarem publicidade centrada na produção nacional.

‘Made in the U.S.A.’ pode trazer problemas

Embora estejam numa boa posição comercial face às tarifas, devido ao fabrico nacional, as marcas norte-americanas devem escolher cuidadosamente as expressões que utilizam, visto que as normas da Comissão Federal do Comércio dos Estados Unidos exigem que os produtos comercializados com a etiqueta ‘Made in the USA’ sejam, de facto, “totalmente ou quase totalmente” fabricados no país.

A fabricante de automóveis Stellantis foi das primeiras empresas a ver nas tarifas uma oportunidade de negócio, apostando na divulgação de anúncios patrióticos para a Jeep, a Ram e a Dodge. Entretanto, a empresa já foi obrigada a alterar a mensagem, em resposta a um inquérito de uma organização de regulação publicitária que alega que a Stellantis estaria a promover publicidade enganosa, sendo que algumas das peças utilizadas nos veículos das marcas são importadas e que os carros não são, de facto, fabricados nos Estados Unidos, mas sim montados no país.

“A Stellantis tem todo o direito de se vangloriar das fábricas de montagem das marcas que detém nos Estados Unidos, que criam empregos e fortalecem a economia americana, mas não pode induzir os consumidores em erro sobre a verdadeira dimensão da produção nacional”, escreve a Truth in Advertising, organização sem fins lucrativos que regula a publicidade enganosa, numa carta dirigida a Olivier François, diretor de marketing global da Stellantis, e a Giorgio Fossati, conselheiro geral da fabricante de automóveis.

Na sequência desta queixa, a Stellantis remove os anúncios do YouTube e termina prematuramente as campanhas televisivas para fazer alterações à linguagem utilizada nos anúncios. Este é mais um caso que retrata o impacto direto da instabilidade promovida pela Administração Trump.

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Flesh512 cria campanha digital para a Água Serra da Estrela

“O programa que a campanha (na foto) promove vai permitir evitar a utilização de cerca de 700 toneladas de plástico virgem em 2025”, explica ao M&P Ana Rita Martins, diretora de marketing da marca

A agência criativa e produtora audiovisual Flesh512 assina ‘Para Que Nunca Acabe’, campanha digital da Água Serra da Estrela que divulga o programa de promoção de sustentabilidade ambiental, que apela à valorização da água e dos recursos naturais da região que a marca está a dinamizar.

“A Serra da Estrela enfrenta desafios crescentes, como os incêndios, as alterações climáticas e a ação humana. Esta iniciativa surge como a consolidação de uma resposta concreta e urgente, reforçando o compromisso da marca com a valorização da sua origem e preservação e regeneração do ecossistema único onde nascemos e estamos inseridos”, justifica ao M&P Ana Rita Martins, diretora de marketing da Água Serra da Estrela.

Lançada a 8 de abril na fábrica da empresa, em Gouveia, a campanha está a ser divulgada nas redes sociais da marca e das organizações com quem a Água Serra da Estrela estabeleceu parcerias de cooperação que preveem a plantação de 15 mil árvores até 2035.

“Este ano, alcançamos um marco inédito no setor, ao garantirmos a utilização de 100% plástico reciclado em todas as nossas embalagens. O programa que a campanha promove vai permitir evitar a utilização de cerca de 700 toneladas de plástico virgem em 2025, passo este que corresponde a uma antecipação e superação do requisito legal, com o objetivo de mitigar ao máximo o impacto das garrafas de uso único”, sublinha Ana Rita Martins. 

Desde 2002, a Água Serra da Estrela já apoiou a plantação de 1,7 milhões de árvores. “Além de medidas concretas na operação da marca, o programa integra a dimensão comunitária, chamando à ação parceiros, instituições e cidadãos. Sabemos que não movemos montanhas, mas juntos podemos atravessá-las e chegar mais longe, mobilizando e inspirando mudanças de comportamentos”, refere ainda a responsável.

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Media

TV: Os programas que dominam as audiências, gravações e redes sociais em março

O futebol lidera a lista dos programas mais vistos. Nas gravações diárias, o programa de Ricardo Araújo Pereira, ‘Isto é Gozar com Quem Trabalha’, conquista a primeira posição. A TVI ganha novamente nas menções nas redes sociais com os ‘reality shows’ do canal

Em março, o jogo a contar para a Liga das Nações que opõe a seleção nacional à Dinamarca é o programa mais visto. Transmitido na RTP1 a 23 de março, o jogo de futebol lidera o top de programas, com uma audiência média de 2,531,000 espectadores, num ranking liderado pela transmissão de eventos desportivos, segundo a análise da Marktest com base nos dados da Mediamonitor.

Na segunda posição encontra-se a primeira mão do mesmo confronto entre Portugal e a Dinamarca, exibido a 20 de março na RTP1, com uma audiência média acima dos dois milhões de espectadores. A fechar as três primeiras posições está o programa de Ricardo Araújo Pereira ‘Isto é Gozar com Quem Trabalha’, transmitido a 9 de março, na SIC.

Nos programas gravados e visionados no próprio dia, a liderança cabe novamente a um episódio do programa ‘Isto é Gozar com Quem Trabalha’, transmitido na SIC a 30 de março, que regista 228,300 espectadores em termos de audiência média. Nas gravações de sete dias, a emissão do programa ‘Taskmaster’, na RTP1 a 29 de março, ocupa o primeiro lugar.

Nas redes sociais, os ‘reality shows’ da TVI ‘Secret Story – Casa dos Segredos’ e ‘Big Brother’, encontram-se em destaque nas primeiras e segundas posições da tabela, respetivamente.

Na terceira posição surge o programa da manhã da TVI, ‘Dois às 10’, à frente do ‘reality show’ da SIC ‘Casados à Primeira Vista’, que ocupa a quarta posição. ‘Goucha’, o programa da tarde da TVI, encontra-se na quinta posição, seguido do concurso de talentos da RTP1 ‘Got Talent Portugal’ e da novela da TVI ‘A Protegida’, na sexta e sétima posição, respetivamente.

O top 10 dos programas com mais menções nas redes sociais no segundo mês do ano é completado pela novelas ‘A Fazenda’, da TVI, e ‘A Herança’, da SIC, na oitava e nona posição respetivamente, seguidas da  série juvenil da TVI ‘Morangos Com Açúcar’, em décimo.

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