Atualidade política inspira nova campanha da Ikea. Nas redes sociais não se fala de outra coisa
“Boa para guardar livros. Ou 75.800 €”, é desta forma que a Ikea promove a estante Kallax na nova campanha publicitária da multinacional de mobiliário e decoração sueca, que em […]
![Meios & Publicidade](https://backoffice.meiosepublicidade.pt/app/uploads/2024/06/mepuser3-120x120.jpg)
Meios & Publicidade
Impresa com prejuízo de €4 milhões. SIC aumenta lucros para €1,3 milhões
Fora do Escritório com António Fuzeta da Ponte, diretor de marca e comunicação da Nos
El Ojo de Iberoamérica anuncia calendário de inscrições
Receitas da Alphabet aumentam 14% no segundo trimestre
Segunda campanha da Havas Portugal para a APSI põe 26 crianças à prova (com vídeo)
Patrícia Ramos regressa à Repsol como gestora de marketing
Media Capital aumenta receitas publicitárias e reduz prejuízo
Havas trabalha embalagens, publicidade e redes sociais de nova gama da Milaneza
Venda de títulos da Global Media por €16,5 milhões será concluída esta semana
Carclasse associa-se à Camisola Montanha na Volta a Portugal em Bicicleta
“Boa para guardar livros. Ou 75.800 €”, é desta forma que a Ikea promove a estante Kallax na nova campanha publicitária da multinacional de mobiliário e decoração sueca, que em poucas horas se tornou viral. Os 75.800 € são uma alusão ao valor encontrado nos envelopes descobertos durante as buscas efetuadas, no âmbito da Operação Influencer, no escritório de Vítor Escária, na altura chefe de gabinete de António Costa, primeiro-ministro demissionário.
Esta nova campanha, que comunica a redução dos preços que a marca tem vindo a efetuar no âmbito da sua estratégia comercial, inspirou-se na atualidade política para apresentar slogans irónicos e humorísticos. Além do episódio dos 75.800 €, também menciona a inflação, a geringonça [acordo político entre PS, CDU e BE] e as coligações partidárias.
“Para se aquecerem sozinhos ou coligados”, “A nossa geringonça contra o frio” ou “Puxamos o tapete à inflação” são outras das frases que se leem nos múpis idealizados pela Uzina. “Não costumo mostrar aqui o trabalho que vou fazendo na agência, mas confesso que estou muito curioso para ver as reações a este”, assumiu o copywriter Luís Jorge numa publicação na rede social X, ao início da manhã desta quarta-feira.
Nas horas seguintes, nas redes sociais, não se falava de outra coisa. Nos grupos de WhatApp, as fotografias que iam sendo tiradas nas ruas também dominavam as partilhas, ainda que nem todos acreditassem que a marca de mobiliário escandinava tivesse a ousadia de avançar com uma campanha publicitária inspirada na atividade política e partidária lusa, uma temática que (praticamente) todas as empresas evitam.
“A ser real, é a melhor campanha de sempre”, elogiou Carla Marques, administrativa, na mensagem que partilhou no WhatsApp. “Não é fake. O Ikea já ganhou”, esclareceu no X Fernando Figueiredo, outro dos portugueses impactados pela iniciativa da insígnia, que, perante o burburinho causado em torno dos 75.800 €, já veio a público justificar a aposta.
“Fazemos parte do dia a dia dos portugueses há 20 anos e gostamos de desenvolver campanhas que reflitam a sua vida real. Esse foi o ponto de partida deste e de outros múpis que temos e teremos a circular pelas cidades nas próximas semanas, sem qualquer intenção ou propósito de contribuir, seja de que forma for, para o debate partidário e para o atual contexto pré-eleitoral que se vive no país”, ressalva, todavia, a Ikea Portugal em comunicado.