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Atualidade política inspira nova campanha da Ikea. Nas redes sociais não se fala de outra coisa

“Boa para guardar livros. Ou 75.800 €”, é desta forma que a Ikea promove a estante Kallax na nova campanha publicitária da multinacional de mobiliário e decoração sueca, que em […]

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Atualidade política inspira nova campanha da Ikea. Nas redes sociais não se fala de outra coisa

“Boa para guardar livros. Ou 75.800 €”, é desta forma que a Ikea promove a estante Kallax na nova campanha publicitária da multinacional de mobiliário e decoração sueca, que em […]

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“Boa para guardar livros. Ou 75.800 €”, é desta forma que a Ikea promove a estante Kallax na nova campanha publicitária da multinacional de mobiliário e decoração sueca, que em poucas horas se tornou viral. Os 75.800 € são uma alusão ao valor encontrado nos envelopes descobertos durante as buscas efetuadas, no âmbito da Operação Influencer, no escritório de Vítor Escária, na altura chefe de gabinete de António Costa, primeiro-ministro demissionário.

Esta nova campanha, que comunica a redução dos preços que a marca tem vindo a efetuar no âmbito da sua estratégia comercial, inspirou-se na atualidade política para apresentar slogans irónicos e humorísticos. Além do episódio dos 75.800 €, também menciona a inflação, a geringonça [acordo político entre PS, CDU e BE] e as coligações partidárias.

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“Para se aquecerem sozinhos ou coligados”, “A nossa geringonça contra o frio” ou “Puxamos o tapete à inflação” são outras das frases que se leem nos múpis idealizados pela Uzina. “Não costumo mostrar aqui o trabalho que vou fazendo na agência, mas confesso que estou muito curioso para ver as reações a este”, assumiu o copywriter Luís Jorge numa publicação na rede social X, ao início da manhã desta quarta-feira.

Nas horas seguintes, nas redes sociais, não se falava de outra coisa. Nos grupos de WhatApp, as fotografias que iam sendo tiradas nas ruas também dominavam as partilhas, ainda que nem todos acreditassem que a marca de mobiliário escandinava tivesse a ousadia de avançar com uma campanha publicitária inspirada na atividade política e partidária lusa, uma temática que (praticamente) todas as empresas evitam.

“A ser real, é a melhor campanha de sempre”, elogiou Carla Marques, administrativa, na mensagem que partilhou no WhatsApp. “Não é fake. O Ikea já ganhou”, esclareceu no X Fernando Figueiredo, outro dos portugueses impactados pela iniciativa da insígnia, que, perante o burburinho causado em torno dos 75.800 €, já veio a público justificar a aposta.

“Fazemos parte do dia a dia dos portugueses há 20 anos e gostamos de desenvolver campanhas que reflitam a sua vida real. Esse foi o ponto de partida deste e de outros múpis que temos e teremos a circular pelas cidades nas próximas semanas, sem qualquer intenção ou propósito de contribuir, seja de que forma for, para o debate partidário e para o atual contexto pré-eleitoral que se vive no país”, ressalva, todavia, a Ikea Portugal em comunicado.

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Publicis Groupe aumenta faturação em 9,4% para €3,53 mil milhões

Arthur Sadoun, presidente e CEO do Publicis Groupe, destaca o contributo positivo dos novos clientes da ‘holding’ para os resultados do primeiro trimestre. Entre os novos clientes encontram-se a The Coca-Cola Company, o Santander, a Uber e o LinkedIn

Daniel Monteiro Rahman

As receitas de faturação do Publicis Groupe sobem 9,4% para €3,53 mil milhões nos primeiros três meses do ano, face ao período homólogo, em que foram registados €3,23 mil milhões. Arthur Sadoun, presidente e CEO do Publicis Groupe, destaca o contributo positivo de 12 novos clientes da ‘holding’, que contribuíram para os resultados do primeiro trimestre.

Entre os novos clientes encontram-se a The Coca-Cola Company, o Santander, o Sam’s Club, a Uber, a Goodyear, o LinkedIn, a Subway, a Kimberly-Clark e a Abbott Laboratories. O grupo francês revela ainda um crescimento orgânico de 4,9% nas receitas totais de faturação, superando as expetativas dos analistas de 4,5%.

O presidente e CEO do Publicis Groupe aproveita a apresentação de resultados do grupo para abordar as atuais preocupações económicas, suscitadas pela guerra comercial, no que se refere ao setor das empresas de publicidade. Em entrevista à Ad Age, Arthur Sadoun vê nas novas contas conquistadas pelo grupo uma forma de compensar as dificuldades que possam surgir devido à questão das tarifas.

Arthur Sadoun reafirma ainda o objetivo de crescimento das receitas para 2025 de 4% a 5% e salienta que é mais provável que a prudência dos clientes afete os investimentos a longo prazo do que os gastos de marketing a curto prazo. “Depois de já terem resistido à pandemia, à guerra e à inflação, os clientes estão habituados a gerir a incerteza. E sabem que uma redução excessiva dos investimentos resultará, na realidade, numa perda de quota de mercado, que será muito difícil de recuperar”, defende Arthur Sadoun.

Clientes na área da saúde continuam a pesar mais

Em relação à distribuição das receitas totais de faturação do grupo por áreas de negócio dos clientes, a saúde continua pesar mais e representa 15% das receitas do trimestre, seguida do setor automóvel (13%), dos serviços financeiros (13%) e da alimentação e bebidas (13%).

O setor da tecnologia, dos media e das telecomunicações contribui com 11%, enquanto os produtos de consumo não alimentares representam 9%. O retalho mantém-se sólido, com uma quota de 8%, enquanto os setores do lazer e turismo (4%), público (3%) e indústria e energia (3%) complementam a distribuição da receita. Outros segmentos, incluindo publicidade exterior e projetos experimentais, representam 8% do total.

A análise geográfica demonstra um crescimento em todas as regiões. A América do Norte lidera com €2,23 mil milhões em receitas, o que equivale a um crescimento de 11,3%. A Europa segue-se com €827 milhões, um crescimento de 4,3%, beneficiando do desempenho positivo nos principais mercados.

A região Ásia-Pacífico apresenta um crescimento de 7,5%, com faturação total de €286 milhões. O Médio Oriente e África, por seu lado, registam um aumento de 14,4% das receitas de faturação para €103 milhões, enquanto a América Latina destaca-se como o mercado de crescimento mais acelerado, com um aumento de 15,1% da faturação para €84 milhões.

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Estão abertas as candidaturas ao ADCE Agency Exchange 2025

A iniciativa convida jovens criativos a explorar novos ambientes de trabalho no estrangeiro. O branding do Agency Exchange (na foto) é, pelo segundo ano consecutivo, da autoria de duas criativas portuguesas: Beatriz Pinto (Uzina) e Carolina Cunha (DPZ)

O Art Directors Club of Europe (ADCE) abre as candidaturas para o Agency Exchange 2025, programa de intercâmbio de agências que convida jovens criativos a explorar novos ambientes de trabalho no estrangeiro. O programa está aberto a todos os criativos que tenham, no mínimo, dois anos de experiência profissional.

A identidade visual do Agency Exchange é criada, pelo segundo ano consecutivo, por duas criativas portuguesas: Beatriz Pinto, diretora de arte da Uzina, e Carolina Cunha, redatora da DPZ.

O programa oferece a oportunidade aos jovens de trabalharem no estrangeiro durante algumas semanas, sem terem de abandonar o emprego atual. Trata-se simplesmente de fazer uma pausa, adquirir novos conhecimentos e regressar com novas ideias e uma energia renovada.
Para participar no programa, cada agência que nomeia um participante deve também estar aberta a acolher outro jovem criativo.

As agências que já participaram incluem: Morillas (Espanha), Werklin e Hasan & Partners (Finlândia), Caffeina (Itália), Triad (Chéquia), WKND (Letónia) e PeterSmith (Alemanha), cada uma das quais proporciona experiências diferentes aos criativos visitantes.

As candidaturas para o programa são gratuitas para os membros da ADCE ou dos clubes criativos associados e custam €500 para os não membros, podendo ser feitas na página oficial até 21 de maio.
A apresentação das correspondências entre agências e criativos ocorre a 10 de junho, com os intercâmbios a decorrerem entre setembro e novembro.

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Há duas campanhas portuguesas no ACT Good Report 2025

‘Sem Acessibilidade, Mal Empregada a Lei’ (na foto), criada pela Dentsu para a Associação Salvador, ocupa o 26º lugar no ranking. ‘Uma Vida Salva Quatro”, da Mantra para o Governo de Cabo Verde, surge no 40º

Há duas campanhas portuguesas no ranking ACT Good Report 2025, que distingue campanhas que promovem o bem-estar social e a responsabilidade ambiental.
‘Sem Acessibilidade, Mal Empregada a Lei’, criada pela Dentsu Creative Portugal para a Associação Salvador e rebatizada ‘Impossibilities’ para o mercado internacional, ocupa o 26º lugar da tabela. A campanha alerta para as dificuldades na integração laboral de pessoas com deficiência por falta de estratégias de mobilidade inclusivas.

Na 40ª posição do ranking de campanhas, elaborado pela ACT Responsible em parceria com o World Advertising Research Center (WARC), surge a campanha ‘Uma Vida Salva Quatro’, concebida pela agência criativa Mantra para o Governo de Cabo Verde.
‘One Saves Four’, como é conhecida internacionalmente, apela à doação de sangue e, além de motivar os potenciais dadores, também explica os benefícios das transfusões sanguíneas.

O ranking de campanhas do ACT Good Report 2025 é liderado por ‘Assume That I Can’, campanha publicitária criada pela agência norte-americana Small para a CoorDown, associação que promove os direitos dos portadores de síndrome de Down, à frente de ‘Dreamcaster for AB InBev’, da FCB New York para a Michelob Ultra.

 

Em termos de agências, o ACT Good Report 2025 coloca a Publicis Conseil na primeira posição, a Small na segunda e a Ogilvy London na terceira. O WML lidera o ranking referente às redes de agências publicitárias, seguido do grupo Havas e da Publicis Worldwide.
Os Estados Unidos, a França e o Reino Unido ocupam os primeiros lugares do ‘ranking’ de países com os melhores anúncios que promovem o bem-estar social e a responsabilidade ambiental.

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Frize recorre a Ljubomir Stanisic para mudar paradigma

A campanha, protagonizada pelo chef jugoslavo (na foto), pretende romper com a ideia pré-concebida de que a água com gás está associada à má disposição. O anúncio tem estratégia e criatividade da Bar Ogilvy

A Frize aposta no chef jugoslavo Ljubomir Stanisic para acabar com a ideia pré-concebida de que a água com gás está associada à má disposição, posicionando-se como uma marca “só para bem-dispostos”, na nova campanha publicitária omnicanal, com criatividade e estratégia da Bar Ogilvy e produção da Krypton. 

“Para comprovar esta afirmação, e agitar as águas, tomámos uma medida inédita e ousada: celebrámos um contrato de ‘não consumo’ com o embaixador da má disposição: Ljubomir Stanisic. Conhecido pelo seu temperamento explosivo, vimo-nos obrigados a proibir-lhe a venda e o consumo, para garantir que nenhuma das nossas águas cairá nas mãos erradas”, explica a Frize em comunicado de imprensa.

A campanha, com planeamento de meios da Initiative, está a ser divulgada em televisão, rádio, digital e redes sociais. A primeira vaga de comunicação decorre entre 14 de abril e 11 de maio. “Como era esperado, o Ljubomir Stanisic fez um grande filme quando percebeu que está proibido de beber Frize”, refere a agência criativa.

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Kor Media ganha concessão de OOH nos autocarros de Évora e Beja

A empresa, que também explora os espaços publicitários exteriores de transportes públicos no Algarve (na foto), alarga a área de intervenção às duas maiores cidades do Alentejo

A Kor Media, submarca da agência de design algarvia Kor Creatives, acaba de conquistar a concessão de exploração da publicidade exterior nas frotas de autocarros de Évora e Beja, em regime de exclusividade. A empresa, que também explora os espaços publicitários ‘out-of-home’ (OOH) de transportes públicos no Algarve, alarga a área de intervenção às duas maiores cidades do Alentejo, numa altura em que olha para o resto do país para crescer.

“Estamos a estudar novas possibilidades a nível de espaços publicitários em centros comerciais e a preparar o estabelecimento de parcerias com as maiores agências de meios de Portugal”, revela ao M&P Pedro Águas, CEO da Kor Creatives. A agência, fundada como LCPA Creative Agencies em 2014, está também a reforçar a aposta no design digital focado na experiência e no interface do utilizador.

“Acreditamos que a área de webdesign UX/UI é uma das alavancas para o crescimento da agência, a par da forte aposta que fazemos na gestão de redes sociais, que é a área onde temos crescido mais nos últimos dois anos. Temos uma metodologia própria e conseguimos ser diferenciadores nesta área, a nível nacional”, salienta Pedro Águas.

Com 16 colaboradores afetos à Kor Creatives e à Kor Media, a agência, que faturou cerca de €925 mil em 2024, antevê um aumento do volume de negócios em 2025. “Prevemos acabar o ano com 20 colaboradores”, refere o responsável, que acaba de estabelecer uma parceria com a Universidade do Algarve, no âmbito da Kor Academy, para formar profissionais especializados em produção e edição de vídeo para as redes sociais.

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Novobanco rejuvenesce marca com campanha da BBDO

Coprotagonizado pela atriz Júlia Palha (na foto), o filme publicitário é divulgado em televisão, cinema, rádio, digital e redes sociais, com o planeamento de meios da Hearts & Science

O Novobanco prossegue a estratégia de rejuvenescimento da comunicação da marca com uma campanha criada pela BBDO. Coprotagonizado pela atriz Júlia Palha, que volta a dar a cara pela instituição bancária, o filme publicitário está a ser divulgado em televisão, cinema, rádio, digital e múpis digitais dos balcões, com adaptações mais curtas para as redes sociais. A Hearts & Science assina a estratégia de planeamento de meios da campanha.

“Esta comunicação assinala uma evolução clara no nosso posicionamento, materializado numa identidade visual mais vibrante, alinhada com a leveza e frescura dos protagonistas”, explica o Novobanco em comunicado de imprensa.

A instituição bancária recorre, pela primeira vez, a um tema musical internacional, ‘Alright’, lançada pela banda britânica Supergrass em 1995, que ultrapassa os 400 milhões de ‘streams’ no Spotify. “Esta música é um hino à juventude que perdura. Capta a energia e o otimismo de quem é e se mantém jovem, onde a vida aparece sempre cheia de possibilidades”, refere o documento.

A campanha serve também para apresentar a nova assinatura de marca da instituição bancária: ‘Novobanco. Presente no meu futuro’. “É uma declaração expressa pelos clientes, na primeira pessoa, e que capta a essência do que representamos, um parceiro de confiança que desempenha um papel ativo, hoje, na vida dos seus clientes e que os acompanha na construção do futuro que desejam”, esclarece ainda o comunicado.

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P28 expõe arte em painéis publicitários de grande formato

Setúbal exibe o trabalho da artista Isabel Baraona (na foto) e é uma das sete cidades que acolhem as criações de sete artistas durante sete meses, no âmbito da Outdoor ’25, mostra de arte contemporânea

A P28 está a expor arte em painéis publicitários de grande formato (8x3m) em sete cidades do país (Viana do Castelo, Viseu, Coimbra, Lisboa, Setúbal, Évora e Faro). Ao longo de sete meses, a associação de desenvolvimento criativo e artístico divulga obras de sete de artistas plásticos (Cláudia R. Sampaio, Edson Chagas, Isabel Baraona, Isabel Simões, José Maçãs de Carvalho, Luísa Cunha e Pedro Valdez Cardoso), no âmbito da mostra de arte simultânea Outdoor ’25.

“Estamos a aproveitar o enorme potencial destes ‘outdoors’, que são meios de comunicação de massas, para levar a arte contemporânea a todos de forma gratuita e improvável”, salienta a P28 em comunicado de imprensa, explicando que “a iniciativa surge da necessidade de reabilitar e de reavivar suportes que foram concebidos para outros propósitos”.

Os trabalhos dos artistas selecionados para a Outdoor ’25 vão circular entre as sete cidades entre abril e outubro, apresentando criações em fotografia, pintura, texto e escultura. “Em vez de serem exibidas penduradas numa típica parede branca, as obras surgem em ponto grande, expostas na paisagem urbana, fazendo com que seja a exposição que se desloca até ao visitante”, esclarece a associação.

Nascida em 2012, a iniciativa Outdoor, dinamizada pela P28, tem divulgado, ao longo dos anos, obras de artistas como Jorge Molder, Pedro Cabrita Reis ou Jeff Koons, sempre com o objetivo de trazer a arte contemporânea para a rua, mostrando-a em lugares improváveis.

“Pode acontecer que a pessoa só se aperceba da presença daquela obra depois de ter passado naquele local três ou quatro vezes, mas é esse tipo de contacto com o grande público – inesperado, invulgar e subversivo – que pretendemos alcançar, levando a arte aos visitantes através destes espaços públicos que são não-lugares”, refere ainda a associação, que está sediada em Lisboa.

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Palhaçadas sérias

‘Clowns’ da BBH, para a Audi, é a campanha que Joana Antunes, redatora da Fuel, gostava de ter feito. ‘Estrelas Perfeitas’ da Dentsu Creative Portugal, para a Associação Salvador, é a que mais gostou de fazer, revela na rubrica Como É Que Não Me Lembrei Disto?

Vencedora de uma Prata no Young Lions Portugal 2023, Joana Antunes, redatora da Fuel, não tem na escrita a maior das paixões. Do que gosta mesmo é de pegar num ‘briefing’ e explorar as potencialidades do projeto que tem em mãos, procurando desafiar-se até ao limite, sem receio de pensar em grande.

É por isso que elege ‘Clowns’, que só descobriu recentemente, como a campanha que gostaria de ter feito. A simplicidade da ideia é o que mais a cativa, revela na rubrica do M&P Como É Que Não Me Lembrei Disto, dedicada à criatividade.

‘Estrelas Perfeitas’, a campanha que mais gostou de fazer, foi desenvolvida durante o período em que trabalhou na Dentsu Creative Portugal, entre julho de 2022 e outubro de 2023, antes de sair para a Alfred e depois para a Judas. Está na Fuel desde junho de 2024.

Qual é a campanha publicitária que gostaria de ter feito?

São várias as campanhas que gostaria de ter feito, especialmente as da Apple e do Burger King, que são sempre incríveis. No entanto, recentemente, deparei-me com uma campanha da Audi, de 2017, chamada ‘Clowns’, que me fez querer vê-la e revê-la vezes sem conta.

Quais são as razões dessa escolha?

Gosto sempre de fazer um exercício quando vejo uma boa campanha, que é imaginar qual seria o ‘briefing’. Neste caso, o ‘briefing’ deve ter sido daqueles que tinha tudo para ser aborrecido. Algo na linha de “precisamos de criar uma campanha que fale dos novos atributos de segurança dos nossos carros”.

A equipa que o recebeu deve ter conseguido dar-lhe a volta, desenvolvendo uma ideia muito simples, com base num ‘insight’ verdadeiro, o que é incrível. É algo que eu gostaria de ter conseguido fazer, caso tivesse recebido esse ‘briefing’.

O que é que lhe chama mais a atenção na campanha?

A simplicidade é o que me fascina nesta campanha. O filme passa uma mensagem forte. Consegue ter humor e emocionar em simultâneo. Porque há, de facto, muitos ‘palhaços’ na estrada, que são um perigo para todos nós. Este seria, talvez, o caminho mais óbvio, fazer uma campanha emocional e pesada.

Joana Antunes, redatora da Fuel

É só a simplicidade que a cativa?

Para mim, a inteligência da ideia é o uso da metáfora, ao trazerem os palhaços para o filme, o que torna a ideia mais leve, cativante e com algum humor. O facto de não serem necessárias falas para explicar a mensagem é outro dos pontos que adoro nesta campanha.

A assinatura no final do filme, ‘Audi Technology. Clown Proof’, é suficiente e resume a ideia de forma muito clara. Por fim, a escolha da música [‘Send In The Clowns’ de Faultline feat. Lisa Hannigan], é a cereja no topo do bolo.

É uma música que nos transporta para algo triste, mas que acaba por trazer algum sarcasmo para a campanha, reforçando a ideia de que podem mandar vir os palhaços porque a Audi está preparada para nos proteger deles.

Esta campanha inspirou-a a nível criativo?

Comunicar para marcas de carros nunca foi uma ambição e sempre achei que, criativamente, era algo um pouco limitado. No entanto, esta campanha fez-me ver este segmento de outra forma. Veio, inclusive, relembrar-me de que não existem maus ‘briefings’.

Se existir um cliente aberto a novas abordagens, conseguimos fazer coisas diferentes, que toquem as pessoas e que passem uma mensagem clara e impactante. Esta campanha inspirou-me a olhar para os ‘briefings’ que parecem aborrecidos com um novo olhar.

Qual é a campanha que fez que mais a concretizou profissionalmente?

Ainda tenho de pedalar muito nesta área para poder responder a esta pergunta. No entanto, com a experiência que tenho, posso dizer que o projeto que me fez sentir mais realizada foi a campanha ‘Estrelas Perfeitas’, para a Associação Salvador.

Primeiro, porque criámos um produto de raiz, o que por si só já é algo que me dá orgulho. Depois, ver o impacto do projeto e pôr as pessoas a contribuir e a falar sobre uma causa importante, é gratificante.

Sabemos que, só com a publicidade, não conseguimos mudar o mundo, mas se podermos contribuir para que seja um sítio melhor, torna-se mais fácil criá-la todos os dias.

Como é que chega a essa ideia?

O desafio que a Associação Salvador nos lançou consistia em criar um amuleto, um objeto, para assinalar o Natal e reforçar a importância da acessibilidade.

Ao fim de várias ideias chumbadas, lembrámo-nos de um momento, de uma tradição, que é comum em todas as casas, pôr a estrela no topo da árvore. É um momento que vemos como algo normal, mas que para muitas pessoas não é possível.

E assim nasceu a ideia de criarmos árvores de Natal inclusivas, construindo estrelas que podiam ser colocadas em qualquer parte da árvore.

Como é que avançou para a execução?

Para que a inclusão estivesse presente no nosso próprio produto, decidimos criar estrelas assimétricas e imperfeitas, simbolizando as fragilidades que todos temos. A nossa ideia era, também, que este objeto fosse bonito e apelativo, para que as pessoas o quisessem comprar para decorar as suas árvores.

Por isso, decidimos fazer uma parceria com a Burel, que facultou o excedente de produto e produziu as estrelas, tornando também a ideia sustentável.

 

As campanhas atualmente estão mais ou menos criativas do que antigamente?

Acho que os tempos mudam e devemos adaptar-nos. Presumo que, antigamente, as marcas investissem e arriscassem mais na comunicação. No entanto, acho que, hoje em dia, o ruído é tanto e está em tantos meios ao mesmo tempo que se torna essencial fazer uma comunicação mais de entretenimento e menos de ‘hard selling’.

O que faz quando não tem ideias?

Era incrível existir uma fórmula que resultasse sempre, mas no meu caso ainda não a descobri, nem depois de ler o guia prático de criatividade do John Cleese.

Quando não tenho ideias, passo primeiro pela clássica fase de síndrome de impostor, onde tudo é motivo de questionamento. Depois, vou dormir sobre o assunto, literalmente, o que resulta muito bem.

Noutras alturas, arregaço as mangas, abro um documento de Word em branco e começo a desenvolver uma pesquisa e a escrever ‘insights’ soltos.

Ficha técnica

Campanha ‘Clowns’
Cliente Audi
Agência Bartle Bogle Hegarty (BBH)
Diretor criativo Ian Heartfield
Diretor de arte Mikael Alcock
Diretor de estratégia Damien Le Castrec
Redator Doug Fridlund
Produtora Rattling Stick
Produtora executiva Katie Keith
Produtores David Lynch, Tim Nunn e Sally Humphries
Realizador Ringan Ledwidge
Diretor de fotografia Adam Arkapaw
Edição Rich Orrick/Work Editorial
Pós-produção The Mill Sonoplastia String and Tins
Diretora musical Ayla Owen
País Reino Unido
Ano 2017

Ficha técnica

Campanha ‘Estrelas Perfeitas’
Cliente Associação Salvador
Agência Dentsu Creative Portugal
Diretor criativo Ivo Purvis
Diretora de arte Madalena Montellano
Redatores Joana Antunes e Nuno Leal
Realizadora Maria Mena
Vídeografia Luís Pinto Magalhães
Fotografia Fernando Sousa
Entrevistas Nuno Mata, Diana Niepse e Hugo Maia
País Portugal
Ano 2023

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

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Havas inspira-se na força do vento para reposicionar EDP

O filme institucional da campanha conta com a participação da atleta norte-americana Melissa Jefferson (na foto) que, aos 24 anos, está a consolidar-se como uma das principais velocistas do mundo

A Havas destaca o papel da energia eólica na campanha institucional global que marca o reposicionamento da EDP.
Somos Mais Rápidos Com o Poder do Vento’ é o mote da nova campanha produzida e realizada pela Garage, com planeamento de meios da Wavemaker. Em Portugal, vai estar três semanas no digital, redes sociais e televisão.

A campanha decorre também em digital e redes sociais em Espanha, Alemanha, França, Itália, Reino Unido, Polónia, Bélgica e Dinamarca.

O filme publicitário conta com a presença da desportista Melissa Jefferson, que, aos 24 anos, está a consolidar-se como uma das principais velocistas do mundo. No anúncio, a atleta norte-americana supera o seu recorde pessoal numa pista situada num parque eólico, reforçando a mensagem de que todos somos mais rápidos quando aproveitamos a força do vento.

Para além do novo posicionamento da EDP, o ‘spot’ realça o papel transformador da energia eólica na construção de um futuro neutro em carbono.

“Em 2024, ultrapassámos os 12 mil megawatts de capacidade instalada e gerámos mais de 31 mil gigawatts de energia limpa a partir da força vento. Esta é a década da ação, em que cada rotação das turbinas conta”, salienta Vera Pinto Pereira, administradora executiva da EDP, citada em comunicado de imprensa.

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Flesh512 cria campanha digital para a Água Serra da Estrela

“O programa que a campanha (na foto) promove vai permitir evitar a utilização de cerca de 700 toneladas de plástico virgem em 2025”, explica ao M&P Ana Rita Martins, diretora de marketing da marca

A agência criativa e produtora audiovisual Flesh512 assina ‘Para Que Nunca Acabe’, campanha digital da Água Serra da Estrela que divulga o programa de promoção de sustentabilidade ambiental, que apela à valorização da água e dos recursos naturais da região que a marca está a dinamizar.

“A Serra da Estrela enfrenta desafios crescentes, como os incêndios, as alterações climáticas e a ação humana. Esta iniciativa surge como a consolidação de uma resposta concreta e urgente, reforçando o compromisso da marca com a valorização da sua origem e preservação e regeneração do ecossistema único onde nascemos e estamos inseridos”, justifica ao M&P Ana Rita Martins, diretora de marketing da Água Serra da Estrela.

Lançada a 8 de abril na fábrica da empresa, em Gouveia, a campanha está a ser divulgada nas redes sociais da marca e das organizações com quem a Água Serra da Estrela estabeleceu parcerias de cooperação que preveem a plantação de 15 mil árvores até 2035.

“Este ano, alcançamos um marco inédito no setor, ao garantirmos a utilização de 100% plástico reciclado em todas as nossas embalagens. O programa que a campanha promove vai permitir evitar a utilização de cerca de 700 toneladas de plástico virgem em 2025, passo este que corresponde a uma antecipação e superação do requisito legal, com o objetivo de mitigar ao máximo o impacto das garrafas de uso único”, sublinha Ana Rita Martins. 

Desde 2002, a Água Serra da Estrela já apoiou a plantação de 1,7 milhões de árvores. “Além de medidas concretas na operação da marca, o programa integra a dimensão comunitária, chamando à ação parceiros, instituições e cidadãos. Sabemos que não movemos montanhas, mas juntos podemos atravessá-las e chegar mais longe, mobilizando e inspirando mudanças de comportamentos”, refere ainda a responsável.

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